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A peneira da seletividade não começa na infância, afinal lá temos a inocente mania de achar que família são todos que tem o mesmo sangue que a gente.
A vida adulta chega e com ela também chega o que a Bíblia chama de dia mal. E não queiram saber como esse dia dói, penso que a Ciência jamais explicará o que sente aquele que o vivenciou. Um vazio que nem a vasta imensidão das coisas criadas conseguiria preencher, uma dor que nem o mais eficaz dos remédios poderia resolver.
Nesse momento a consanguinidade se torna tão ínfima que uma mágica acontece, os lindos laços vermelhos da infância, representados pelo sangue, se transformam em laços brancos, representados pelo Espírito. Afinal aonde o sangue não se faz presente, o espírito não se faz ausente.
Uma das coisas mais fáceis do mundo é ser visita. Vc chega na casa do outro, alheio a rotina daquela casa, é bem recebido, acha que a imagem que vê corresponde ao dia a dia, aos problemas, as dores, as superações (sim, porque a convivência diária é uma superacão constante). Aí vc julga internamente cada movimento, cada ação de uns e exalta outros. Acha que sabe de tudo que se passa ali porque sentou à mesa e tomou um café. Não se sabe não. É preciso muito mais que conveniência sentimental, afinidade parental e pedestais pré determinados para saber como vive e convive os moradores de um lar.
O coach nunca foi tão irritante antes como tem sido hoje em dia quando sabemos que os parentes têm problemas iguais aos nossos e nós achávamos que só a gente tinha problemas.
“A morte tem a virtude de ser brusca, de chocar, mas não corroer, como essas moléstias duradouras nas pessoas amadas; passado que é o choque, vai ficando em nós uma suave recordação do ente querido, uma boa fisionomia sempre presente aos nossos olhos.”
Quando for avaliar um parente primeiro avalie-o como se avalia um amigo qualquer e assim terá o verdadeiro significado do mesmo para você.
Há pais que dão todo o amor aos netos como forma de compensarem o amor que não deram aos filhos.
Há filhos que se aproveitam como forma de sentirem-se compensados pelo amor que não receberam dos pais.
Há netos que se aproveitam como forma de sentirem-se compensados pelo amor que não recebem dos pais.
E assim se seguirá esse amor substituído.
Esse amor fictício.
Deus é tão sábio que criou o AMOR!
O Amor é tão sábio que independe de laços sanguíneos!
Laços sanguíneos são tão frageis que nem sempre significam família!
Família é tão maior que uma simples genética, a isso se dá o nome de parente!
Tenho pessoas do sangue que nem sabem quem eu sou, e pessoas que AMO tanto independente do laço sanguíneo! A esses últimos chamo de MINHA FAMÍLIA!
“Três coisas desanimam a gente: arrancar dente, beber com crente e passar férias na casa de parente.”
São imensuráveis os tipos de amores: há o amor por um filho(a); por um irmão(ã); por um(a) pai(mãe); por um parente ou amigo(a); há o amor por lugares e até coisas; há também o amor conjugal e o amor infantil. Ainda que sejam muitas as faces do amor, amor mesmo só é quando se quer perto, junto ou apenas ter a certeza de que se está bem, pois se for para ter para si, para mais que cuidar, se para dominar ou como objeto de amostra, não é amor.
A maior e melhor dádiva do ser humano é viver em união, com sua família, entes e amigos.
Mas essa dádiva não depende de todos eles, mas sim de mim.
O ponto em comum entre o PARÊNTESE na álgebra e o PARENTE em nossa vida é que enquanto não forem eliminados, não chegaremos à solução do problema
Só é sábio,quem errou, quem errou muito pode ser líder, quem errou bastante, pode se tornar empreendedor, quem errou, mais do que o normal é inventor.
É de admirar como os nossos parentes são fracos na fé, cuja alegria é passageira, cujos projetos são uns fracassos e cujos propósitos são vazios, notáveis pela sua forma de viver em família.