Tag mortos
Os funerais não são para os mortos, mas sim para os vivos. Os vivos é que precisam desse dia, eles é que precisam de se despedir, de honrar/homenagear a alma e a vida da pessoa que morreu, eles é que "carregam" todos os sentimentos e os arrependimentos de uma vida. Então valorize quem você ama, enquanto ele ainda está vivo ao seu lado, porque quando ele se for inesperadamente, não verá suas lágrimas, pedido de desculpas e nem seu EU TE AMO.
Moralidade
Nossa gente pratica a moral
E faz de cada ato uma lição de ética.
Aqui jamais enterramos nossos mortos.
Que apodrecem em praça pública.
Para que esta humilhação final
Nos obrigue a ver-nos como somos.
O céu vai se abrir e Ele aparecerá
Jesus Cristo nas nuvens todo olho há de ver
Os mortos em Cristo ressuscitarão
Corpo glorificado vamos receber
Não vale a pena desenterrar defuntos do passado para sofrer. Deixe os mortos enterrarem seus mortos, vá ser feliz!
Os mortos, coitadinhos, só pedem que ouçamos suas vozes extintas e tentemos compreendê-los com realismo e compaixão.
O GRITO DOS MAUS E O SILÊNCIO DOS BONS
Meu querido Martin você disse que o que te preocupava não era tanto o grito dos maus, mas o silêncio dos bons... Permita-me discordar de você, Martin. Os bons não ficam em silêncio. Aqueles a quem você chama de bons não passam de maus travestidos de bons e se estão em silêncio é porque são coniventes com aqueles maus que assumem que são maus. Esses maus travestidos de bons, Martin são piores que os outros que assumem que são maus. Parecem estar em silêncio, mas não estão. Eles estão gritando como os outros nos bastidores de todo e qualquer tipo de poder. Têm em seu poder uma leva de fracos que fazem o que eles mandam. Tudo no silêncio. Já os bons de fato vão para a rua e gritam sem medo da morte. E não raro são mortos. E os bons de fato, Martin, assim como você, são muito poucos. É na verdade uma minoria da sociedade.
A crença é um obstáculo alto para se pular e acho que é ainda mais alto para as pessoas inteligentes. As pessoas inteligentes sabem muito, e talvez isso as faça achar que sabem tudo.
Disse Jesus: "DEIXEM QUE OS MORTOS ENTERREM SEUS PRÓPRIOS MORTOS".
Para Cristo, os que preparam o funeral ou enterram o defunto são em sua maioria "mortos" porque não nasceram para a verdadeira vida. A verdadeira vida não está neste nosso mundinho onde passamos no máximo, em torno de 100 anos, mas em uma vida espiritual que não tem fim e em contínua evolução. Em outra passagem do Evangelho Jesus dirá a um admirador seu que o seguia às ocultas: "Importa-vos nascer de novo. Quem não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus". Alguns interpretaram essas palavras como se Jesus falasse de reencarnação, mas fico com a corrente que prefere ver nessas palavras um chamamento para renovação mental. As palavras acima do Cristo é um ponto de encontro com o Budismo que ensina que estamos "dormindo" e é preciso acordar. E nesse sentido o Apóstolo Paulo faz um apelo aos cristão usando as seguintes palavras: "Acorda, ó tu que dormes! Levanta de entre os mortos e Cristo te iluminará". Podemos dizer também que todo aquele que não se conhece tem uma visão ilusória de si mesmo e neste estado é como se estivesse dormindo e sonhando. Despertar é conhecer a si mesmo. Conhecer a si mesmo é renascer. E conhecer a si mesmo no mais profundo do seu ser é reconhecer que é filho de Deus é traz em si uma centelha divina do seu Criador.
Que neste dia de Finados todos despertem para a verdadeira vida.
Já me perdi na frieza de seus olhos perdidos e mortos, me iludindo e vendo amor onde não existia, daí, iludido, amei demais, me entreguei demais, e em até num certo momento, seus olhos brilharam. Fez brotar vida. Mais durou pouco. No pesar de uma balança, sua frieza se destacava em peso, qualquer vacilo ou erro era julgado severas e arquivado na linha de frente antes mesmo dos sentimentos bons que, mesmo poucos, ainda existiam em você. Depois de tanto tempo, vejo; que perca de tempo! Cada dia me surpreendo mais e mais, não com você, mais com a minha possibilidade de felicidade longe. Cada singularidade de cada nova alma que se permite entrar de mansinho na minha vida é unica. Marca e faz eu enxergar que você não era tão especial assim, que eu idealizei uma coisa inexistente, e foi isso que eu amei e me apaixonei, um ideal, um objetivo, que nem cabia a você. Tento não sentir raiva quando penso em tudo, sem entrar em cada detalhe, somente descrevo como, "foi desagradável". Na balança me agarrava ao minimo quase flutuando lá em cima no contra peso, onde raiva quase transpassava o chão de tão pesado. Hoje, depois de cada nova experiencia, de cada troca de energia, de cada olhar vivo, de cada sorriso , de cada beijo, e de cada paixão, tá tudo tão fácil, passando aquela saudadezinha da dor q eu sentia da batalha travada para conquistar um pouco de atenção e reciprocidade de amor. Mais não valia a pena. Não valeu a pena. Daqui um tempo, a balança entre as coisas boas novas e os rancores velhos, vai pender mais pelo amor e felicidade. Pode parecer que é recalque, que em você isso passou a muito tempo, e que em mim ainda você cria muito efeito. Sim, pode ser, eu sempre tive sentimentos, muito alias, e como te disse no inicio, eu me perdi na frieza dos seus olhos.
Dos homens que passaram por este mundo,
convém guardar apenas as boas ações,
as boas palavras, os bons exemplos.
Não precisamos ficar apontando os defeitos dos que se foram.
Isto não melhorará o lixo que somos.
Precisamos, sim, edificar-nos com as coisas boas.
Seres imperfeitos fazendo coisas nobres
mostram que a salvação é possível.
HOMENS RAROS (BARTOLOMEU ASSIS SOUZA)
Quantos fincaram uma cruz
Nos túmulos dos seus destinos
Antes de sentarem à mesa
Do banquete das ideologias?
Quantos amargaram o sofrimento
Do próprio suor
Cheio de dores e revoltas
E que choraram pelos poros de seus corpos?
Quantos fizeram de suas vidas
De seus ideais e lutas
Insanidades transitórias
E gestos de grandezas eternas?
Quantos lamberam os próprios corações
Sangrantes nas lutas diárias
Enfrentando o chumbo e a solidão
Para construir um mundo melhor ou pior?
Quantos palmilharam estradas tortas
Que ligam a tênue fronteira
Entre a morte e a vida
Para entender o absurdo da existência?
Quantos choraram seus mortos
E depois Guardaram as bandeiras
Cessaram as batalhas e ressentimentos
E mergulharam no grande mar do perdão?
Quantos caminharam descalços
Pelos desertos interiores e exteriores
Em busca de tórridas e quentes
Verdades filosóficas e religiosas?
Quantos não fraudaram as leis e normas
Em rasteiras surdinas e trapaças
Em busca do enriquecimento ilícito
Esses são homens raros ou bandidos épicos?
Por fim, gritei o mais alto essas questões
Para as montanhas, planícies, colinas
E mundo afora... E o eco me disse:
Só os raros...
ISBN: 978-85-4160-632-5
O vinho dos mortos....
Bebamos o vinho dos Mortos...
Em homenagem a todos nós os vivos...
Com as saudades que ficaram....
Nas nossas curtas....ou longas lembranças.....
Memórias nunca esquecidas...ou perdidas....
Não choreis os que já partiram......os mortos....
Os mortos já esquecidos......
Na escuridão das suas sepulturas ou jazigos....
Onde cresce à solta......
As ervas daninhas...relva.. e silvas....
Sobre os corpos adormecidos que agonizam de dor...
Que precisam de procurar a paz.......
A paz para encontrar....caminho...caminho....
Dos mortos perdidos......esquecidos....
Almas sofridas......doridas....
Perdidas na funda escuridão......
E quando o sol....dos tristes esquecer os vencidos...
Reze e medite orações......
Calmas.....puras.....e profundas.....
Para todos aqueles que vivem.......
Mudos e esquecidos...
No final bebei o vinho dos mortos ....
Em memória de todos aqueles que já partiram ........
Para uma nova jornada.......os mortos...ou os vivos.!!
