Tag memória
Quem foi que disse que a primeira impressão é a que fica? Conheço quem passou toda sua existência tentando aplicar o golpe perfeito, e na última oportunidade o consegue... E sai como mocinho desfrutando de todas as prerrogativas dos heróis, onde os golpes de uma vida inteira são zerados porque se mostrou bastante convincente no último.
Eu quero matar teu desejo,
em todas as formas que entendes,
que sabes ou imaginas,
onde o querer se faz infinito.
Te dar o beijo mais quente,
fazer meu calor e energia
pararem teu raciocínio,
tirar-te o juízo, sem saída.
Que meu cheiro fique em ti,
na tua memória a persistir,
a ponto de procurares algo
próximo, quando estás a partir.
Que teu corpo deseje o meu,
a ponto de tuas pernas tremerem,
sentadas, só de lembrar
da química que nos aquece,
quando ocupamos o mesmo espaço.
Se não quiser que mágoas, dores e medos antigos subam à superfície transparente da memória, não agite as suas águas.
indiferente ao crepúsculo do dia, vou-me transformando num deserto sem memória, a ver-me de mim mesmo, a perder-me...
Nem a memória individual nem a memória coletiva são fotografias do que realmente aconteceu. São reconstruções.
O céu guarda a parte viva da pessoa, aquela coisa que não morre nunca, não a saudade, a saudade é amor e é dos vivos, estou falando da coisa viva que fica nos mortos.
Já vivemos momentos preciosos
que pra nós, não têm preço
com histórias engraçadas e tristes,
risos, lágrimas e trocas de apreços
pra guardarmos na memória,
quero ter-te sempre por perto,
caso contrário, não será a mesma coisa,
que ainda tenhamos bastante tempo.
“O passado foi ontem, guarde na memória as boas lembranças... O presente é agora... Viva! Pois amanhã terá do que recordar”.
As lembranças ensolaradas e cheias de calor daquele verão me ajudarão a suportar o frio até a primavera.
Minha ideia de cinema estava sempre ligada à brisa das noites de verão. Nós só víamos filmes no verão. Os filmes eram projetados em uma enorme parede branca. Eu me lembro especialmente dos filmes que tinham água. Cachoeiras, praias, fundo do mar, rios e nascentes.
A infância deixou marcas com as quais eu não sei o que fazer. Nos dias tranquilos, digo a mim mesmo que é dela que eu tiro minha força e minha sensibilidade. Quando encaro o fundo da garrafa vazia, vejo nela a causa de minha incapacidade de me adaptar ao mundo.
Sinto-me triste como um restaurante de estrada vazio no inverno. É sempre a mesma coisa no dia do meu aniversário: uma pesada melancolia abate-se sobre mim como uma chuva tropical cada vez que eu penso de novo em Papai, em Mamãe, nos colegas e naquela festa eterna ao redor de um crocodilo estripado no fundo do jardim...
Eu e ... memória
Existem muitos motivos para não lembrar
Mas dentre todos eles se destaca um
Aquele que é contrário ao meu querer
O pequeno rebelde , não quer desistir
Mas , mesmo assim irei ignora-lo
Sei que não posso dar continuidade
A algo que já acabou
Nada resta de bom
O tempo passa e passou
Mas a memória infelizmente não se apagou
Saiba meu caro eu
Não deixe seu coração se corromper
Ele não sente gosto de ódio
Apenas cultiva sentimentos bons
Continue sem deixar que isso acabe
Está bem , da maneira que está
Sabe? Sei que já quis mudar
Mas querer não é desejar
Pois se quer algo , você alcança
Então viva com esperança de melhores dias
Nada , definitivamente nada poderá lhe impedir
Apenas , o seu próprio eu
Se algum dia que seja , soubesse que se corrompeu
Mas isto não será real
Pois você não é e não será assim
Não vivemos no passado,
Porém ele vive em nós:
É o antes sem o qual
Não haveria o após,
É a voz da humanidade
Ecoando em minha voz.
Rememorar, é uma forma nobre e necessária de se viver, reviver e, à vista disso, recuperar em parte sensações, ideias, motivos, medos, decisões imperiosas e, fundamentalmente, relembrar imputar-lhe-á novamente a certeza de sua brevidade frente ao tempo cronológico, tal justeza, certamente derrubar-lhe-á do alto do muro de hipocrisia em que você pode estar firmado, agarrando-se fielmente ao pensamento soberbo de superioridade.