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VOCÊ É

Você é os brinquedos que brincou, as gírias que usava, você é os nervos à flor da pele no vestibular, os segredos que guardou, você é sua praia preferida, Garopaba, Maresias, Ipanema, você é o renascido depois do acidente que escapou, aquele amor atordoado que viveu, a conversa séria que teve um dia com seu pai, você é o que você lembra.

Você é a saudade que sente da sua mãe, o sonho desfeito quase no altar, a infância que você recorda, a dor de não ter dado certo, de não ter falado na hora, você é aquilo que foi amputado no passado, a emoção de um trecho de livro, a cena de rua que lhe arrancou lágrimas, você é o que você chora.

Você é o abraço inesperado, a força dada para o amigo que precisa, você é o pêlo do braço que eriça, a sensibilidade que grita, o carinho que permuta, você é as palavras ditas para ajudar, os gritos destrancados da garganta, os pedaços que junta, você é o orgasmo, a gargalhada, o beijo, você é o que você desnuda.

Você é a raiva de não ter alcançado, a impotência de não conseguir mudar, você é o desprezo pelo o que os outros mentem, o desapontamento com o governo, o ódio que tudo isso dá, você é aquele que rema, que cansado não desiste, você é a indignação com o lixo jogado do carro, a ardência da revolta, você é o que você queima.

Você é aquilo que reinvidica, o que consegue gerar através da sua verdade e da sua luta, você é os direitos que tem, os deveres que se obriga, você é a estrada por onde corre atrás, serpenteia, atalha, busca, você é o que você pleiteia.

Você não é só o que come e o que veste. Você é o que você requer, recruta, rabisca, traga, goza e lê. Você é o que ninguém vê.

Martha Medeiros
MEDEIROS, M. Non-Stop: crônicas do cotidiano. Porto Alegre: L&PM Editores, 2001.

Lembra-te sempre: cada dia nasce de um novo amanhecer.

Grande Edgar

Já deve ter acontecido com você.

- Não está se lembrando de mim?

Você não está se lembrando dele. Procura, freneticamente, em todas as fichas armazenadas na memória o rosto dele e o nome correspondente, e não encontra. E não há tempo para procurar no arquivo desativado. Ele está ali, na sua frente, sorrindo, os olhos iluminados, antecipando a sua resposta. Lembra ou não lembra?

Neste ponto, você tem uma escolha. Há três caminhos a seguir.

Um, o curto, grosso e sincero.

- Não.

Você não está se lembrando dele e não tem por que esconder isso. O “Não” seco pode até insinuar uma reprimenda à pergunta. Não se faz uma pergunta assim, potencialmente embaraçosa, a ninguém, meu caro. Pelo menos não entre pessoas educadas. Você devia ter vergonha. Não me lembro de você e mesmo que lembrasse não diria. Passe bem.

Outro caminho, menos honesto mas igualmente razoável, é o da dissimulação.

- Não me diga. Você é o... o...

“Não me diga”, no caso, quer dizer “Me diga, me diga”. Você conta com a piedade dele e sabe que cedo ou tarde ele se identificará, para acabar com a sua agonia. Ou você pode dizer algo como:

- Desculpe deve ser a velhice, mas...

Este também é um apelo à piedade. Significa “Não torture um pobre desmemoriado, diga logo quem você é!” É uma maneira simpática de dizer que você não tem a menor idéia de quem ele é, mas que isso não se deve à insignificância dele e sim a uma deficiência de neurônios sua.

E há o terceiro caminho. O menos racional e recomendável. O que leva à tragédia e à ruína. E o que, naturalmente, você escolhe.

- Claro que estou me lembrando de você!

Você não quer magoá-lo, é isso. Há provas estatísticas que o desejo de não magoar os outros está na origem da maioria dos desastres sociais, mas você não quer que ele pense que passou pela sua vida sem deixar um vestígio sequer. E, mesmo, depois de dizer a frase não há como recuar. Você pulou no abismo. Seja o que Deus quiser. Você ainda arremata:

- Há quanto tempo!

Agora tudo dependerá da reação dele. Se for um calhorda, ele o desafiará.

- Então me diga quem eu sou.

Neste caso você não tem outra saída senão simular um ataque cardíaco e esperar, falsamente desacordado, que a ambulância venha salvá-lo. Mas ele pode ser misericordioso e dizer apenas:

- Pois é.

Ou:

- Bota tempo nisso.

Você ganhou tempo para pesquisar melhor a memória. Quem é esse cara, meu Deus? Enquanto resgata caixotes com fichas antigas do meio da poeira e das teias de aranha do fundo do cérebro, o mantém à distância com frases neutras como “jabs” verbais.

- Como cê tem passado?

- Bem, bem.

- Parece mentira.

- Puxa.

(Um colega da escola. Do serviço militar. Será um parente? Quem é esse cara, meu Deus?)

Ele está falando:

- Pensei que você não fosse me reconhecer...

- O que é isso?!

- Não, porque a gente às vezes se decepciona com as pessoas.

- E eu ia esquecer você? Logo você?

- As pessoas mudam. Sei lá.

- Que idéia!

(É o Ademar! Não, o Ademar já morreu. Você foi ao enterro dele. O... o... como era o nome dele? Tinha uma perna mecânica. Rezende! Mas como saber se ele tem uma perna mecânica? Você pode chutá-lo, amigavelmente. E se chutar a perna boa? Chuta as duas. “Que bom encontrar você!” e paf, chuta uma perna. “Que saudade!” e paf, chuta a outra. Quem é esse cara?)

- É incrível como a gente perde contato.

- É mesmo.

Uma tentativa. É um lance arriscado, mas nesses momentos deve-se ser audacioso.

- Cê tem visto alguém da velha turma?

- Só o Pontes.

- Velho Pontes!

(Pontes. Você conhece algum Pontes? Pelo menos agora tem um nome com o qual trabalhar. Uma segunda ficha para localizar no sótão. Pontes, Pontes...)

- Lembra do Croarê?

- Claro!

- Esse eu também encontro, às vezes, no tiro ao alvo.

- Velho Croarê!

(Croarê. Tiro ao alvo. Você não conhece nenhum Croarê e nunca fez tiro ao alvo. É inútil. As pistas não estão ajudando. Você decide esquecer toda a cautela e partir para um lance decisivo. Um lance de desespero. O último, antes de apelar para o enfarte.)

- Rezende...

- Quem?

Não é ele. Pelo menos isso está esclarecido.

- Não tinha um Rezende na turma?

- Não me lembro.

- Devo estar confundindo.

Silêncio. Você sente que está prestes a ser desmascarado.

- Sabe que a Ritinha casou?

- Não!

- Casou.

- Com quem?

- Acho que você não conheceu. O Bituca.

Você abandonou todos os escrúpulos. Ao diabo com a cautela. Já que o vexame é inevitável, que ele seja total, arrasador. Você está tomado por uma espécie de euforia terminal. De delírio do abismo. Como que não conhece o Bituca?

- Claro que conheci! Velho Bituca...

- Pois casaram...

É a sua chance. É a saída. Você passa ao ataque.

- E não me avisaram nada?!

- Bem...

- Não. Espera um pouquinho. Todas essas coisas acontecendo, a Ritinha casando com o Bituca, o Croarê dando tiro, e ninguém me avisa nada?!

- É que a gente perdeu contato e...

- Mas o meu nome está na lista, meu querido. Era só dar um telefonema. Mandar um convite.

- É...

- E você ainda achava que eu não ia reconhecer você. Vocês é que esqueceram de mim!

- Desculpe, Edgar. É que...

- Não desculpo não. Você tem razão. As pessoas mudam...

(Edgar. Ele chamou você de Edgar. Você não se chama Edgar. Ele confundiu você com outro. Ele também não tem a mínima idéia de quem você é. O melhor é acabar logo com isso. Aproveitar que ele está na defensiva. Olhar o relógio e fazer cara de “Já?!”)

- Tenho que ir. Olha, foi bom ver você, viu?

- Certo, Edgar. E desculpe, hein?

- O que é isso? Precisamos nos ver mais seguido.

- Isso.

- Reunir a velha turma.

- Certo.

- E olha, quando falar com a Ritinha e o Mutuca...

- Bituca.

- E o Bituca, diz que eu mandei um beijo. Tchau, hein?

- Tchau, Edgar!

Ao se afastar, você ainda ouve, satisfeito, ele dizer “Grande Edgar”. Mas jura que é a última vez que fará isso. Na próxima vez que alguém lhe perguntar “Você está me reconhecendo?” não dirá nem não. Sairá correndo.


Este texto está nos livros As mentiras que os homens contam, Comédias da vida privada e O suicida e O computador.

A borboleta contempla alegremente suas asas e fato de poder voar, porque se lembra de quando se arrastava no período que era uma lagarta. Contemple seus voos, mas nunca esqueça de quando se arrastava.

A pessoa que machuca nunca sabe. Somente aquela que está machucada se lembra.

Lembra da gente se amando?
Você lembra de quando jurávamos amor eterno? E só de pensar em nos separar nossos olhos já enchiam de lágrimas, você lembra?
E naqueles momentos que nossos corpos conversavam, não era possível distinguir o eu do você, tudo era nós, nosso mundo, nossa fantasia, nosso sonho, nossos três filhos, você lembra? E quando abria a porta com aquele sorriso e o cabelo ainda molhado, reclamava da bagunça que eu deixava sua cama, nossas pernas entrelaçadas... Você lembra de tudo isso? Ou foi só um sonho onde acordamos e tudo acabou? De repente, não mais que de repente tudo mudou!

Quando se lembra de alguém e este te faz sorrir, tê-lo conhecido valeu a pena!

Você lembra?

⁠Lembra aquele dia no passeio de barco como você me olhava?
É impossível não perceber, o quanto o teu coração funciona como um gêiser.

Lembra na varanda do hotel, eu você e as estrelas conversando com um mar de sorrisos e um céu de felicidades?
Lembra?

A história não se lembra do sangue. Ela se lembra de nomes.

(Corlys Velaryon)

A Casa do Dragão (série)
1ª temporada, episódio 7.


Lembra?


Lembra, quando costumávamos brincar de realizar nossos sonhos,
Lembra, como brincávamos de entrelaçar nossos dedos trocando beijinhos,
Lembra, como era bom acordarmos juntinhos trocando caricias pela manhã,
Você lembra?

E então você me diz que lembra
de como eu ligava pra você todas as manhãs.
Diz que lembra de como eu deixava qualquer de lado
pra correr até você sempre que você me chamava.

Lembra de como eu não me media esforços
para te auxiliar em tua caminhada,
e de como eu te defendia com unhas e dentes
contra qualquer um que quisesse atrapalhar o teu caminho.
Fiz isso tantas vezes, com toda a força de meu espírito,
mas jurava que você nem se importava...

Mas agora você diz que lembra
dos nossos tão raros momentos juntos, a sós.
De como eu te abraçava,
te confortava,
e te entregava meu coração.

Eu achei que você nem lembrava...
Mas gostaria, mesmo, que você não lembrasse disso.
Nunca mais. Nem por um segundo,
porque tudo isso passou.
De fato, eu te amei.
Mas você não deu valor.

Inserida por AugustoBranco1

Tudo que você lembra é importante.

Inserida por poronaisk

Lembra-te

Lembra-te?
Daquela noite fria?
Quando dividíamos a mesma cama?
Olhávamos nos olhos?
Intercalando palavras e caricias?
Desejando que o tempo parasse?
Ou que apenas, um lapso de memória nos fizesse esquecer do mundo?
Lembra-te?
Da jura de nunca esquecer de ti?
O desejo de não lhe deixar partir?
Da vontade de te fazer sorrir?
A pressa que eu tinha em permanecer?
A promessa mesquinha de não lhe permitir sofrer?
Do desejo ardente de amar você?
Lembra-te?
Das palavras duras, pedindo para eu mudar?
Da insana jura de não me amar?
O maldito vicio de me fazer sofrer?
Do seu não, sufocando meu ser?
Suas palavras frias me pedindo para esquecer?
Tudo por que eu não merecia você?
Lembra-te?
Então, hoje tenha certeza
Que em meio a minha ilusão
Não sei cuidar de meu coração
Não percebi que tinhas razão
E hoje em uma nova paixão,
Entendo e me rendo ao que vivi com você
E assumo sem querer, que nessa história de amar, o meu papel será sempre sofrer.

Inserida por CleversonModesto

Lembre-se nem uma das suas paixões foram mera conhecidência.

Inserida por joao35lol

Dizem que de forma alguma devemos Olhar para trás !!!!
Discordo,e como saber se melhoramos e como lembrar de quem nos fez bem.??
Porque querendo ou não deixamos um pedaço de nós mesmo por onde passamos,Mas também carregamos um pedaço de todos que convivemos..Lembranças..
Perfumes,Gestos,Olhares,Sentimentos,Vontades,Mentiras e Verdades...
Sim devemos sempre olhar para trás,mas voltar para trás que não !!!!
Talvez você diga,"Eu não oque passou passou !!"
Sim olhar para trás não o torna fraco,nem um saudoso,
Mais sim um ser-humano muito mais capaz e muito mais forte para continua....

Inserida por MorpheuLyma

"Lembra de mim...
dos beijos que escrevi",
dos beijos que não senti...
dos beijos que perdi...
lembra de mim...

Inserida por RosangelaCalza

Por mais difícil que possa estar jamais se esqueça, sempre estarei ao teu lado, lembre-se disso, e que este pensamento te conforte e te de forças para continuar, por mais difícil que isso seja, por mais difícil que pareça.

Inserida por iranmnr

Aquele que dá ao pobre empresta a Deus.e a sua recompensa vem do cèu......

Inserida por ttallya-kelly

Sou Uma Flor

Sempre...
que esquecer-se
de regar os meus sonhos.
Lembra-se,
que sou uma flor!

Inserida por daysesene

Lembra de agradecer antes do galo cantar, quando o sol sair e o dia clarear.

Inserida por Virtue

Diga-me, do que você se lembra?
Do dia que nos conhecemos?
Do meu pedido de namoro?
De quando conheci seus pais?
Dos dias que ficávamos na rua conversando
por horas e horas porque eu não podia
entrar na sua casa, o que era totalmente
compreensivo, afinal éramos jovens e estávamos
em início de relacionamento.

Dos beijos longos de saudade, quando ficávamos
dias sem se ver.

Das ligações noturnas, quase que diárias, onde
você me pedia para eu ficar na linha até você
dormir

Lembra das promessas?
Eu te prometi dizer que você é linda todos os dias,
Nós prometemos dizer eu te amo todos os dias e
nunca dormir brigado,
Você me fez prometer nunca te deixar.

Eu me lembro, me lembro de tudo.
Dos momentos bons, dos momentos ruins, e hoje tudo que me
resta é a sua falta, sinto falta até dos seus defeitos,
das suas ligações no meio do dia pra saber se eu estava
bem, do cheiro do seu corpo e o cheiro do seu perfume.

E mesmo sem querer meu coração continua mantendo a
promessa que te fiz, ele não consegue te deixar, mesmo
eu mantendo as rédeas sobre o resto do meu corpo.
Ao mesmo tempo eu respeito a sua decisão, não te procuro
de forma alguma tampouco deixo rastros pra criar alguma
expectativa de você. Só queria dizer que eu me lembro,
me lembro que você foi a melhor parte de mim.

Inserida por zero61

Dois tipos de pessoas que você não deve esquecer: quem te ajudou na hora da dor e quem não ajudou.

Inserida por Liandi

Lembra do dia que você foi embora? Foi o começo do fim...

Inserida por Ricardossouza

O obvio também precisa ser dito...
Mas oque foi esquecido, não tem porque ser lembrado...

Inserida por Noato

você se preocupa demais... Deus está no controle, lembra? Confiei.

. A maioria de nós já passou por um período em que a vida parece está estagnada, e ao menor descuido o desânimo reprime nossos sonhos e aspirações; notadamente quando focamos no que queremos, e quando isto não se realiza, pensamos que nada está acontecendo. Por esta razão a vida é desafiadora, entretanto em vez de preocupar-se, deposite sua esperança no Senhor! “Você estará confiante graças à esperança que haverá; olhará ao redor, e repousará em segurança”. Jó: 11.18.
. Se você crê em Jesus e o segue de todo o coração, sua força não está nas coisas que outras pessoas confiam. Essas coisas falham, mas Deus tem todo o poder. Não tenha medo, Deus está segurando sua vida! Ele é o todo-poderoso e, portanto, maior que qualquer problema que você tenha que enfrentar, pois com Ele tudo é possível!

Inserida por FCNOBREGA