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Já repararam como algumas pessoas não guardam rancor? Pois é, certas gentes não guardam raiva, na vedade escondem-na, alimemtam-na, fortalecem-na, aumentam-na; e depois trituram-na vaaagaaarooosaaameeente, esperando o momento exato para cuspí-la de uma só vez em nossa cara, e vão cuspindo, aqui e ali, pela vida afora. E haaaja paciência para aguentar os mesmos eteeernos cuspes. Aff! Ninguééém merece isso, né?
A caridade é uma coroa que o capitalismo exibe para lembrar ao dono do dinheiro que a miséria existe como virtude do seu espírito e não como consequência nefasta do seu egoísmo.
Amo o meu país. Essa é a minha bandeira. E que os meus irmãos cidadãos tenham no peito a mesma coisa: um coração brasileiro.
Enquanto jornalistas contavam histórias sobre falta de água, casos de fome e investigavam as origens das tragédias, lá estava eu: pesquisando sobre cidades para passar a lua de mel, escrevendo sobre looks, Netflix e personagens de novela. Senti como se fosse um pássaro sobrevoando os escombros de um grande desastre. Imune à lama e ao sangue alheio, e presenciando o sofrimento de todos sem ajudar ninguém. Quando eu senti a necessidade de mergulhar… percebi que sou um jornalista, não um publicitário.
Em tempos de Redes Sociais, a popularidade canibalizou a notoriedade. Não é à toa que vemos personagens extremamente vulgares se comportarem como influenciadores digitais. Além disso, se revelou o aspecto de submissão intelectual de uma classe de brasileiros, que ainda se comporta como indígenas reverenciando totens. Bajulam juízes midiáticos, procuradores televisivos, políticos de ocasião, jornalistas de primeira página, escritores caça prêmios, etc. A maioria deles, muito mais de sofistas banais do que pensadores de profundidade. Extinguiu-se a relevância social como pré-requisito para o reconhecimento público. A Internet não deu voz aos imbecis, como dizem por aí; a Internet revelou o que ainda somos: uma tribo em busca de entidades que ofereçam sentido a nossa ignorância.
"Não perca a sua capacidade de fazer contraponto. Amém a gente diz somente na igreja, não no trabalho"
Cidadãos de cultura duvidosa, com visão política à direita, invariavelmente repetem mantras neoliberais que incluem o Estado mínimo, a meritocracia, rejeitam o papel social dos governos (é o ensinar a pescar, jamais dar o peixe), apreciam a privatização do patrimônio público, são egoístas, profundamente egoístas e alheios a qualquer humanismo nas relações de classe. Muitas vezes, foram ou são beneficiários da coisa pública, mas não aceitam que outros sejam. Repudiam o comunismo sem o mínimo traço de conhecimento teórico, sem sequer terem investido numa leitura básica do Manifesto de Marx e Engels. É difícil respeitar as opiniões dessa gente, que raramente são opiniões de fato, geralmente se resumem a aspectos autobiográficos de um pensamento medíocre.
Perdeu-se a paciência ao criticar figuras públicas. Assim, com o barulho e distração coletiva que isto causa entre defensores e acusadores, tudo transcorre na mais perfeita desordem política.
Reinam...
A Otsuchi de Alejandro Chaskielberg: esperança de futuro através do caos
(Victor Drummond, de Buenos Aires)
Esta semana fui conferir o art-meeting para convidados da Galeria Gachi Prieto. Motivo: bate-papo com o super fotógrafo Alejandro Chaskielberg, que está com a exposição fotográfica "Otsuchi, Future Memories", em cartaz na própria galeria.
Somos recebidos no foyer por um impactante painel fotográfico, repleto de fotos sobrepostas. Recortes de um caos, após o terremoto de 2011, seguido de um tsunami com ondas de 40 metros que devastaram o povoado de Otsuchi, no Japão. Longe de ser sensacionalista ou querer chocar com suas imagens captadas, Alejandro constrói um cenário quase onírico. Há tristeza pela devastação - um olhar punk de destruição sobre as ruínas do desastre natural - mas também há beleza, poesia e acima de tudo, perspectiva de um recomeço.
O pequeno povoado de Otsuchi foi provavelmente o mais destruído. 10% da população morreu ou desapareceu e sessenta por cento dos edifícios residenciais e comerciais como escolas, hospitais e biblioteca foram destruídos. Em meio a essa dor, o único resgate físico possível do passado seria através das fotografias de familiares que foram encontradas pelos escombros. "Uma comunidade praticamente rural, que possuía apenas registros fotográficos impressos, de repente se vê sem referências. Mas através daquelas fotografias, muitas destruídas pela água, sabíamos que poderíamos encontrar uma busca por essa memória.” explica Alejandro.
Em 2011 Alejandro foi nomeado "fotógrafo do ano" pela World Photography Organization. A revista nova iorquina Photo District News o colocou em 2009 entre os 30 fotógrafos mundiais em franca ascensão. Um ano antes, participou do projeto All Roads Photography, da National Geographic Society. Chaskielberg pegou toda essa bagagem somada à sua graduação como Diretor de Fotografia e os colocou à disposição do resgate da memória de Otsuchi, que por sinal virou seu segundo livro fotográfico, com o mesmo título da exposição.
Os dois projetos mostram a superfície da destruição. E ficam evidentes grandes contrastes: de um lado, montanhas de lixo e entulhos e do outro, uma cidade completamente aplainada; o fim e recomeço juntos nesses registros. "Eu enxergava a cidade como uma peça de esqueleto. Lugares vazios, mas carregados de história.”, descreve ele.
Todas as obras são impressionantes e carregadas de nostalgia, como a intitulada “La biblioteca de Otsuchi” , com a foto da bibliotecária sentada sobre o nada que restou.
Alejandro trabalha com câmera de filme e ama a fotografia noturna; esses recursos trazem um diálogo interessante entre luzes e sombras, cores e profundidades.
E por falar em cores, lembra das destruídas fotografias das famílias de Otsuchi encontradas pelas ruas? Alejandro fez um verdadeiro trabalhado de arqueologia colométrica. "Pareciam uma sequência de paletas borradas, com um efeito blur.", explica. Assim veio a ideia de trabalhar mesclando cores, inspirados por essas fotos “borrões”. Ele as apertava ainda úmidas, e as tintas iam se misturando. O resultado é impressionante: como uma "aquarela fotográfica orgânica" viva. Como se alguém houvesse jogado um grande balde d`água sobre uma obra-prima, na tentativa de destruir um passado, mas ele permanece ali, impregnado, ganhando outras formas e se transformando num presente-futuro cheio de resiliência, como se fosse impossível apagar por completo o que ficou para trás.
Uma das obra desta exposição foi intitulada "Una memória de el futuro.". Uma provocaç!ao de Alejandro; como se pode recuperar uma memória destruída?”, pergunta ele. Através de sua escolha artístico-profissional, de sua carreira, do olhar tão delicado e dedicado à Otsuchi, o próprio Alejandro traz a resposta: ”sou fotógrafo porque quero preservar a memória." E aquilo que se preserva, viram traços de cores e esperança para o futuro. Bravo!
Serviço:
@gachiprieto Calle Uriarte, 1373 - Palermo. Lunes a sábados, de 14 a 19h). Até 25/7
Está precisando se soltar de todas as amarras e convenções sociais? Quer desafrouxar a gravata, deixar o terno de lado, descer do salto alto, tirar a maquiagem, ficar despenteado, andar pela casa de cueca e pijamas?
De vez em quando a gente precisa sim se soltar. E se permitir. Precisamos deixar de lado as armaduras. Ou melhor do que isso: precisamos ignorar o olhar do outro, as críticas, cobranças e aquilo que a sociedade, a família, emprego, chefe, pais, amigos, religião esperam de nós. Para deixarmos de ser fantoche das expectativas dos outros. Arranque suas roupas, suas amarras. Desconstrua-se sempre! Liberte-se! Tenha coragem de ser você!
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Como é de se esperar, aqui de tudo se espera, e quando nada se pode esperar, cruzam as pernas e esperam.
Quem muito fala e não diz, rebusca por palavras oblíquas e conhecimentos se perde na raiz e se enfraquece no objetivo.
Parece que o jornalismo de uns tempos pra cá só considera notícia se for algo terrível ou escandaloso.
Políticos e a imprensa devem cultivar o espírito de contraditório sempre que houver algum tipo de insatisfação. Temos os direitos de resposta e o de retratação para manter a vitalidade da nossa democracia.
O noticiário tem veiculado notícias importantes para nossa vida ou quer que acreditemos serem importantes?
Hoje, 11/02/2019, inesperadamente, me acordei às 5h da manhã, e como havia perdido o sono, resolví ligar a TV, coisa que eu não costumo fazer, e foi quando ví o Boechat, acho que no Canal Livre, foi o primeiro rosto que eu ví neste dia. Fiquei assistindo um pouco, mas não estava atenta ao programa, nem mesmo sei quem era o entrevistado, porque ao ver o Boechat, tentei me lembrar de uma postagem que eu havia feito sobre a Ministra Cármen Lúcia que, se não me engano, foi entrevistada por ele nesse mesmo programa. E como um assunto, automaticamente, puxa outro, logo em seguida me peguei pensando em quão bom jornalista era o Boechat, na verdade naquela hora era "é", mas infelizmente, horas depois já era "era".
Eu estava para sair de casa quando o telefone tocou, por volta das 13:30h, e uma amiga me contou o que tinha acontecido com o Boechat, pois ela sabia o quanto eu o admirava. Fiquei muda. Não acreditei naquelas palavras. Ela havia se enganado. É um engano dela, eu pensei. Eu só acreditei quando eu vì a jornalista Sandra Annenber lamentando a morte inesperada do Boechat, no Jornal Hoje da Globlo. Aquilo foi um choque. Aí fiquei pensando, como é que pode, que coisa assim pudesse acontecer, tão depressa, com alguém tão importante pra nação...
Sem desmerecer os demais profissionais da área, pra mim, o Ricardo Boechat havia se tornado o melhor jornalista brasileiro de todo este tempo. Ele não apenas apresentava bem as informações, como também interagia com elas, era capaz de compreender e de se envolver responsavelmente com as notícias que ele mesmo nos noticiava.
Ele me representava, ele falava o que, na maioria das vezes, eu queria falar, quando via uma determinada matéria no jornal, e não podia. Ele não era como um "robô", frio e indiferente, e era justamente isso o que eu mais gostava nele, era GENTE como a gente, e se preocupava com a gente, com toda a gente brasileira, enfim, era inteligente.
Eu, como cidadã, me sentia segura em ter alguém do quilate do Boechat para nos simbolizar com tanta responsabilidade, sinceridade, honradez, dignidade, e discernimento.
E agora nem sei mais o que dizer... Sem ele, o Brasil fica mais vulnerável e muito mais pobre...
Me parece que os anjos, do bem, eståo abandonando este país... 🌠
Infelizmente a sociedade civil está trazendo para si o partido da briga entre a política e a imprensa, enquanto deveria ser conscientizada que no final da onda quem fica do nosso lado mesmo é só a imprensa, enquanto os políticos arrumam as malas e vão embora.
Agredir profissionais da imprensa é sinal de retrocesso civilizatório.
Criticar, questionar ou desafiar intelectualmente é o que é plausível e razoável quando você não gosta de determinada informação ou artigo de opinião.
Desafie e questione o conteúdo e nunca intimide individualmente o profissional da imprensa em nome do desejável bom senso para a convivência em sociedade.
