Tag insensibilidade
O mundo é de quem não sente. A condição essencial para se ser um homem prático é a ausência de sensibilidade.
Lá fora há desamor, desrespeito, aqui dentro transborda intensidade e luz. Lá fora nada muda, aqui dentro se aprende, cresce-se e transforma-se. Lá fora é frio e escuro, aqui dentro é quente, claro e real. Lá fora há cegueira e insensibilidade. Aqui dentro, ah! Aqui dentro, só há espaço para o profundo, já não cabem mais lacunas, aonde a vida queima e a alma transborda.
“ O pássaro...
no canto de uma árvore,
a cantar um conto, ouvi
cantou a tristeza e aflição
da cinza e desbotada paisagem
que teve suas cores apagadas
pela insensibilidade e não mais sorri. “
Viviane Andrade
A leitura nos desloca e nos conecta, ela nos permite transcender barreiras, conhecer a nós mesmos com base em uma perspectiva narrada e/ou vivida pelo outro. A literatura infantil, em especial, contribui para o conhecimento, a recreação, a informação e interação necessária ao ato de ler, influenciando de maneira positiva no desenvolvimento social, emocional e cognitivo da criança. A leitura é o cerne da nossa existência.
Vicent…
Em um vilarejo distante, vivia um homem chamado Vicent, cuja presença era notada por todos ao seu redor. Vicent, dotado de uma aura magnética, era frequentemente admirado por sua beleza e eloquência. No entanto, por trás de seu sorriso encantador, residia uma inquietação profunda e persistente. Desde jovem, Vicent fora moldado por circunstâncias que o levaram a construir uma muralha invisível entre ele e os outros, uma fortaleza que o protegia de um mundo que ele percebia como hostil.
Vicent carregava consigo o peso de uma infância marcada por expectativas desmedidas. Seus pais, sempre em busca de perfeição, jamais reconheciam suas conquistas. Assim, ele cresceu acreditando que o amor era um prêmio a ser conquistado, nunca uma dádiva a ser recebida. Com o tempo, essa crença se transformou em uma necessidade insaciável de validação externa, levando-o a buscar incessantemente o olhar admirado dos outros.
Em sua jornada, Vicent desenvolveu o hábito de adornar a realidade com mentiras sutis, moldando a verdade para se ajustar ao que ele desejava que os outros vissem. Essa distorção era, para ele, uma forma de sobrevivência, uma maneira de construir uma imagem que o protegesse da vergonha que sentia ao encarar suas próprias falhas. Quando confrontado, reagia com uma defesa feroz, erguendo barreiras de agressividade para afastar qualquer ameaça à sua frágil autoestima.
Nos relacionamentos, Vicent se via preso em um ciclo de encontros superficiais, onde o toque físico substituía a conexão emocional. Estranhos se tornavam espelhos para refletir sua grandeza imaginada, mas, no silêncio que seguia tais encontros, ele se sentia mais vazio do que nunca. A admiração dos outros era um bálsamo temporário, logo substituído por uma sensação esmagadora de solidão.
Vicent raramente percebia o impacto de suas ações nos outros. Sua necessidade de ser o centro das atenções o tornava insensível ao sofrimento alheio, e a empatia era um conceito distante. Ele se envolvia em demonstrações de falsa modéstia, proclamando humildade enquanto secretamente ansiava por aplausos. Para aqueles ao seu redor, a convivência com Vicent era um desafio constante, uma batalha para preservar suas próprias identidades diante de sua presença avassaladora.
Aqueles que tentavam se aproximar de Vicent frequentemente se viam esgotados, suas mentes ofuscadas pela manipulação sutil e pelo constante jogo de poder. O risco de se perder nesse turbilhão emocional era real, e muitos precisavam de apoio para recuperar suas forças e reconquistar seu espaço. Para escapar dessa teia, era necessário reconhecer os próprios limites e buscar ajuda, encontrando segurança em mãos amigas e guiando-se por conselhos sábios.
Vicent, em sua solidão autoimposta, também ansiava por mudança, ainda que não o percebesse plenamente. Seu caminho era tortuoso, mas não sem esperança. A jornada para a consciência e transformação era longa e árdua, exigindo coragem para olhar além do espelho e enfrentar a verdade de quem realmente era. No fundo, Vicent desejava romper as correntes que ele mesmo construíra, buscando, talvez ainda sem saber, o alívio de um abraço genuíno e sincero.
O verdadeiro insensível é aquele capaz de se condoer com a ficção e ignorar por completo a realidade
Achas digno arreganhar os dentes às lentes? Nunca o fez pensar no que já fez e ter causado? Se não, não me admira um monstro em pele de cordeiro como tal, se apresentar e não sentir um remorso se quer. Hoje apenas compreendo a tal significância e malevolência de um ser inóspito feito você.
E assim, nos próximos tempos, novamente irromperão grandes guerras desumanas abrangentes, até os confins do mundo, e todos os tipos de doenças e enfermidades devastadoras trarão inúmeras mortes, e irá reinar nos tempos que virão, abrangentemente, até os confins do mundo, a falta de paz para a humanidade, que irá se matar em grandes massas, e aqueles que sobreviverem sem sofrimento e sem danos não saberão o que fazer; e muitos sucumbirão à insensibilidade, à indiferença e à apatia.
Estou munido de versos e frames,
minha alma porta por arma o amor,
meus inimigos são a insensibilidade,
a ignorância, a vaidade e o torpor.
Antes de tomar posse de um Ministério, a pessoa deveria ser submetida a uma rigorosa Prova de Inteligência Emocional. Se continuarmos na mesma batida, corremos um alto risco: o de continuar sendo conduzidos por pessoas insensíveis, o de elegermos novos sociopatas.
Aos detalhes desatentos da vida,
centradas sempre no eu.
O outro não existe, a não ser que seja para mim,
que sirva para mim,
Senão, não viveu.
Talvez a sabedoria consista em: tentar ao máximo ser indiferente à insensibilidade, hostilidade e estupidez alheias; fazer o que é certo só porque é certo; investir mais energias na perseverança do que na esperança; e, socraticamente, manter a mente atenta, pois sempre posso estar enganada.
Tem gente que, antes de analisar certas publicações, não sei se por sensibilidade extrema ou insensibilidade, ambos por falta de raciocínio, faz críticas, e muitas vezes pesadas, a certos assuntos que desconhece totalmente.
Exemplo: Já li muitas publicações de gente reclamando, lavando a roupa suja nas redes sociais, falando de parentes, "amigos"...
Se expondo como se fosse a vítima e expondo a verdadeira vítima duma forma ridícula, totalmente sem-noção.
Essa gente, sem ouvir o outro lado, até porque o outro lado às vezes nem sabe que está sendo exposto, não só concorda como sugere que o responsável pela publicação irresponsável revida de alguma forma.
E essa gente, que curte e comenta, não passa de fantoche nas mãos de quem publica.
Seja a reclamação verdadeira ou falsa, que venham as curtidas e os comentários.
É esta a intenção.
UM POUCO SE VAI
No olhar se perde o encanto
No pranto se despede o riso
Nas correntes da equidade
Renasce a vil desigualdade
E um pouco se vai...
O dia nasce na hora indevida
Degola da madrugada a vida
Restos de fins sem começo
Almas prisioneiras no avesso
E um pouco se vai...
Nas emoções, nas acções
No nada febril e nas orações
Se prende o pouco do muito
Que com esperança devia ficar
Mas, ainda assim, lá se vai
Enfim, nascemos a padecer.
Nem muita emoção ao ponto de te fazer esquecer o raciocínio, e nem muito raciocínio que te torne insensível.
Abri meus olhos, e pude notar que nosso amor morreu...
E as causas da morte esta em sua insensibilidade humana, você não està preparado para receber tamanho amor!
aquela mensagem...
todos os pensamentos constantes sobre ti se afastaram lentamente, me matavam aos poucos, não ponderava meus sentimentos, não pude parar de pensar no quão estúpida fui ao te deixar dominar minha mente, mesmo sendo ambivalente.
no quão estúpida fui em desperdiçar noites falando contigo. lágrimas de saudade, pensamentos e desejos. tudo se foi da pior forma, pois sua insensibilidade sempre se fez presente.
quantas vezes tentei expor a dor que eu carregava no meu peito pela falta do teu afeto? pela falta da sua compreensão? quanto tempo desperdicei tentando te convencer de que seria alguém que poderias contar? ou até mesmo amar...
quis me entregar a você de uma maneira jamais desejada antes, a vontade dos teus lábios juntos aos meus sempre foi inevitável. meu corpo permitiria teus toques em lugares nos quais somente eu conheço.
agora posso me desvencilhar de todas as lágrimas que tenho guardado e pensar: como fui capaz de me sujeitar a isto? como podemos nos torturar tanto? te desejar ao meu lado seria como procurar abrigo entre o verde e o violeta, e estar sempre condenada ao azul. não pertencemos nem se quer ao mesmo espaço, e agradeço ao universo por isso.
mas agora me questiono, como seria viver sem o seu azul, depois de transborda-lo?
