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O importante não é aquilo que fazem de nós, mas o que nós mesmos fazemos do que os outros fizeram de nós.

Jean-Paul Sartre
MACIEL, Luis Carlos, "Sartre vida e obra", Editora Paz e Terra, 1986

Não há necessidade de grelhas, o inferno são os outros.

Jean-Paul Sartre
SARTRE, J., Entre Quatro Paredes, 1945

Detesto as vítimas quando elas respeitam os seus carrascos.

Jean-Paul Sartre
SARTRE, J., Os sequestrados de Altona, 1959

És livre, escolhe, ou seja: inventa.

⁠O passado é fixo, não vai mudar. O futuro é grande, não nos pertence. Mas existe um lugar onde as estrelas brilham, e os gatinhos miam, e as almas cansadas se recuperam. Um lugar onde com um pouco de teimosia você consegue encontrar beleza no meio do caos, nem que seja em algo tão efêmero quanto uma flor. Esse lugar é o presente. Nossa casa é no presente.
Devemos contemplar essa residência não só porque é linda e cheia de vida, mas porque existe uma lição escondida nela. A terra, a grama, as flores - se você observar com carinho, elas revelam um segredo. O céu, o vento, o mar - se você ouvir com cuidado, eles assopram a verdade no seu ouvido. Não precisa se cobrar tanto. Não precisa ser perfeito. Só existe uma coisa que você deve a si mesmo: chegar vivo no fim do dia.
Se conseguir, você está de parabéns. Porque convenhamos: existir basta. O fato de você estar aqui, agora, respirando, é a coisa mais incrível, bizarra e ridícula que já aconteceu na história do universo. Que direito esse mundo tem de te convencer do contrário? Que direito você tem de se convencer do contrário?

Mas a morte é agradável demais
e eu não quero falar sobre
o agradável.
Eu quero falar sobre a grande
tragédia que é
a vida.

⁠Dentro de toda cabeça, por mais caótica que seja, existe uma máquina de escrever novos porquês.

⁠Nós vamos todos falecer.

Devaneios de uma mente Atormentada
A noite por mais que seja sombria, Fria e vazia, ela é bela, o vazio que se aloca nas ruas com o avançar da noite preenche meu espírito vazio, que deseja novas experiências.
[...]
Anseios de coisas que eu não posso ter, estão entranhadas no fundo da minha alma, Que lá foram colocados pelo meu medo sagaz, que não quer me ver com o novo e desconhecido.
[...]
A imensidão do céu estrelado faz me sentir pequeno e insignificante diante de tal grandiosidade, Mas o fato de eu saber que faço parte e tenho meu papel em tal obra, eu me sinto grande novamente.
[...]
Meu espírito puro não consegue ver as mentiras e falsidades que o cercam, Não consigo mensurar o que sinto diante disto, pois sou tão ingênuo para entender tudo isto.
[...]
Em noites frias e trevosas me pego do alto observando o vazio das ruas, imaginando ali 1 milhão de coisas acontecendo ao mesmo tempo, e essas um milhão de coisas são tão arrepiantes e devastadoras que me vejo chorando diante de tudo isto.
15/08/2015 11.28 pm, Juliano fraissat.

O essencial, portanto, não é remontar às origens das coisas, mas, sendo o mundo o que é, saber como conduzir-se nele.

A vida é a maior tragédia de toda essa existência.

O existencialismo que nega a essência, o niilismo e o egoísmo são doenças que açoitam o desenvolvimento humano desde sempre. Isso pode ser remediado pelo uso adequado da razão e, no caso do niilista, pela sabedoria no amar.

A morte é o ponto de fuga da raça humana. Quando ela vem, todos esquecem de seus problemas, esquecem que se odeiam, e ficam em paz... Deixamos para trás tudo o que possuímos e levamos tudo o que somos.

A liberdade é seu jardim secreto. Sua pequena conivência para consigo mesmo. Um sujeito preguiçoso e frio, algo quimérico, razoável no fundo, que malandramente construiu para si próprio uma felicidade medíocre e sólida, feita de inércia, e que ele justifica de quando em vez mediante reflexões elevadas. Não é isso que sou?

Jean-Paul Sartre
SARTRE, J., A Idade da Razão, 1945

Esse sofrimento preto e branco de cinema europeu existencialista e niilista, apesar de ter um charme, é um porre, depois de um tempo. Aquele ar blasé de inteligentinho que sofre pela insolubilidade da vida e preferia estar morto, sem se matar, esconde, geralmente, uma futilidade pseudo-cult de Lana del Rey, Los Hermanos e Wikipédia do Sartre. É um saco!

Se a vida fosse o que dizem não acha que seriamos todos felizes?

⁠O eu só pode realizar-se relacionando-se com Deus.

Todo homem é uma ilha, mas é também um náufrago fugindo de sim mesmo"
(da canção "Ilha")

Existencialismo fútil e inútil é quando a imagem fotográfica de uma pessoa ou a sombra que ela induz passam a valer bem mais que seus verdadeiros valores intelectuais, suas virtudes e sentimentos.

⁠E preciso 
ouvir o barulho das loucuras 
para que possa haver 
um momento 
de paz.

E preciso
ouvir as ondas se quebrarem contra a praia 
para que possamos 
andar sobre à areia 
molhada.

E preciso
ouvir ouvir
os furacões que derrubam 
árvores
para que depois
se ouça o cantar dos pássaros. 

E preciso 
ouvir seus demônios 
gritando em seus ouvidos

para que possa
sentir o máximo de tudo isso.

É preciso calar e apenas ouvir, 
pois é assim que se descobre a vida.

⁠Há entre o céu e a terra apenas um único caminho: seguir após Cristo; tanto no tempo quanto na eternidade só há uma escolha, uma única escolha: escolher este caminho; só há na terra uma única esperança eterna: seguir após Cristo até o céu. Há na vida uma única alegria bem-aventurada: seguir após Cristo; e na morte uma única última alegria bem-aventurada: seguir após Cristo para a vida.

Soren Kierkegaard
Søren Kierkegaard: Discourses and Writings on Spirituality (2019).

Estou aqui pra isto.

"O que certas pessoas pensaram e/ou pensam a nosso respeito é um problema delas e não nosso... O que realmente importa é o que nós fazemos com o que certas pessoas fizeram e/ou fazem de nós..."

Consigo ver pela janela aquela necessidade de escrever, o ímpeto de me perguntar constantemente quem sou. Parece-me que algo quer sair de mim e existir de verdade, como se minha própria vida não fosse digna para o propósito de algo já estabelecido.

E em cada desculpa alimento um sorriso, a satisfação em não lidar com verdades. Entretanto, não tenho certeza se tais verdades, de fato, as são. Algumas lições remetem-me mais a meros julgamentos de um ser curioso, que se perdeu em meio aos grandes questionamentos da simples existência e procura respostas para tudo, a fim de apaziguar a constante busca de sentido

Divagações

Pra quê
Pra onde e pra quando...
Caminhos sinuosos
Estreitos e pontes
Alguém ao norte espia
O que ainda reflete no sul
Placa torta
Tudo importa
Quando não há desatenção
Atento se tenta
Pras variáveis divagações da vida
Versejo aparentemente abrupto
Mas com direção
Endereço certo
Papel apertado na mão
A busca
A conquista
Tudo no rumo
Em direções
Que só se sabe
Pondo o pé pra caminhar
As horas nos sopram rugas na cara
Mastiga o presente
Cospe passado
E cozinha o futuro
Tudo é céu
Que tem nuvens
Que trazem chuvas
Ou sombras
Mas que passa
Como tudo passa
Incrível!... como tudo passa