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E obrigado, sério mesmo. Por ter me ensinado a acreditar mais na vida. Por me mostrar que nem sempre as coisas serão como esperamos que sejam, e que nem por isso não significa que deram errado. E obrigado, principalmente por abrir meus olhos e me mostrar o que realmente importa pra minha felicidade. Você. Nós.
Saiba que nos momentos mais duros da vida, nas noites mais difíceis, foi em você que eu procurei abrigo. Você então me acolheu, me pôs nos braços, abraçou-me e pude sentir o doce e suave som da sua voz dizendo: “It’s okay, baby. It’s okay”. E realmente, estando ali nos seus braços, estava tudo okay.
Mas não se pode expulsar o que sente. O ódio, a tristeza, tampouco a solidão. Quando eles sentem que o Amor está prestes a entrar, eles saem sozinhos. Abrem espaço para um sentimento oportuno, propício a situação. Puro, leve, agradável, e consequentemente, suportável.
Mas isso não é errado é? Digo, trancar a porta, debruçar-me na cama e tentar pôr pra fora toda a dor, toda a angústia acumulada na vida me afogando em meio a lágrimas. Vomitando os choros engolidos durante o dia-a-dia. Estou fazendo certo não estou? Por favor, me diz que estou. Ou me mostra o jeito certo.
Você quer alguém que te cuide, te escute e te entenda, alguém que te mime, que ligue e diga que sentiu falta da tua voz, que te dê confiança, alguém que em tempestades segure a tua mão até o fim. Digo, alguém que não te largue na primeira oportunidade.
Sabe aquela aula que você não gosta, aquela música que você parou de ouvir, o filme que cansou de assistir, e aquele livro que você mal começou a ler e deixou de lado por que não o achava interessante? Era eu.
Os escritores por vezes lançam-se a eles próprios nas maiores profundezas do desespero, a fim de o dominarem e seguirem em frente.
Não fique onde não te cabe
Não diminua quem você é apenas para caber
Onde não és feliz
Parta
Ser corajoso é um ato de amor para consigo mesmo
Não há nenhum problema em recomeçar
Há problema em perder tempo aonde não és feliz
Apenas por comodismo ou medo de recomeçar
Troque o medo pela coragem e recomece hoje mesmo.
Na trama da vida, os fracos fogem, os covardes denunciam, os fortes resolvem, os injustos julgam e os escritores percebem.
COBIÇA
Eis que eu estou aqui frustrado!
E tendo, por momentos, a sensação de fracasso.
Mas fracassado eu seria na verdade,
Se trocasse meus ideias pelos conceitos impostos pela sociedade.
Se o dinheiro não vem à frente do amor para mim,
Não sou eu o fracassado,
Mas os outros sim...
Tudo que é comercializado pode ser arrematado por outro comprador...
Então, logo você não é o dono vitalício desse amor - não o tem,
És apenas o proprietário momentâneo de um bem...
Por isso as relações findam-se nos dias atuais,
A cobiça dita as regras e o amor é trocado por coisas banais.
Sem família não há valor que permaneça de pé diante de Deus, pois a única forma de amor genuíno está enraizada nesta sólida árvore da vida.
Sem a inspiração, escreve-se sobre o vazio…
Sem força e ânimo, escreve-se sobre a inércia.
Quando não há alguém para cuidar, escreve-se sobre o amor-próprio!
Quando as palavras não saem, transpomos as tempestades de nosso interior!
Há dias em que a alma grita! Então paralisamos os pensamentos, a fala e a escrita.
Benditos os seres que pouco sentem, que não amam, que não se apegam a planos.
Abençoados sejam os insensíveis, que só vivem, sem a mínima pretensão de felicidade!
Pensando bem… esses super-seres, será que existem?
Quanto a nós, míseros terrenos sensíveis, vivemos da espera do impossível, planejamos demasiadamente, ao ponto de nos pesar nos ombros!
As palavras “vazam” de nós, elas são as lágrimas da alma!
Se estamos felizes, nossos textos exalam dopamina!
Se tristes, abraçamos e compomos sobre o caos!
Quando amamos, redigimos os detalhes da pessoa amada!
Tem dias que tudo se mistura! Aí é fogo!
Dor, incertezas, insegurança, a falta de um amor que nos ame e acompanhe, os desejos, o futuro, a vida profissional, os familiares que amamos, o ócio, a baixa produtividade…
Queremos viver e resolver tudo ao mesmo tempo, e mal nos levantamos da cama!
Nesses dias… petrificamos a alma e estagnamos no transbordar, e todos esses sentimentos represam dentro de nós e isso assusta!
Aí, é o corpo que fala, implora por calma. Pede que abramos os olhos, para o simples, o corriqueiro, para a paz do apenas observar…
Que abracemos a natureza e olhemos nos olhos, os nossos próprios medos!
Como uma aldravia, a vida vai sendo escrita, palavra por palavra!
É quando respiramos que os excessos se dissolvem.
Ao final dessa fase, lentamente avançamos, mais uma vez.
O problema é que os maus escritores tendem a ter autoconfiança, enquanto os bons tendem a ter dúvidas.
