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É bom quando vem naturalmente, brota da gente. Mas para publicar é necessário (sim) esforço, competência e profissionalismo. E demoras também, visto que um trabalho bem feito é fruto de muito trabalho; E de horas de empenho e dedicação sobre ele, (sobre escrever livros e ser escritor). (09/02/2018)
O tempo que se "perde" a ler, nunca se desperdiça.
Acrescenta-nos.
Somos sempre mais... depois do último livro, lido
Muitas são as vezes em que escrevo simplesmente por solidão. O papel substitui o ouvido. Mas quem vai substituit o abraço, o afago, a cumplicidade, o dormir abraçado até que o choro cesse?
Vesti-me de pétalas,
caminhei com botas enfeitadas de flores!
Entre sombras de gentis cavalheiros
e mãos entrelaçadas,
segui minha estrada
de versáteis camaleões.
E por várias vezes e razões,
também mudei minhas cores...
O apontador
"Oh apontador..
aponte para mim a minha dor..
faça com que eu a ache, a arranque fora de meu peito! com sua pequena lâmina.. Oh se apenas fosse verdade.. pois então já que não, aponte meu lápis para que eu possa ao menos escrever a base de minha dor'
...e, há aquele momento que você acha que entende tudo, mas não entende nada. Você é apenas um floco de neve que caiu em lugar errado... Vai derreter ao primeiro raio de sol...
Pessoas vão... Pessoas vêm...
Assim somos nós, passageiros...
Itinerantes!
Rompantes!
Um cometa!
Uns com cauda, outros sem glamour algum.
Uns brilhantes como flashes em noite escura...
Outros se perdendo em opacidade,
pequenez e amargura...
Irrequietos, todos, quase sempre!
Ora, estamos aqui e ali...
E, de repente, nos perdemos...
De igual, temos a jornada [imprecisa]!
Talvez, lá adiante, tornemos a nos encontrar
Para falar...
Dos feitos que não fizemos,
[ou ficou a desejar]...
Quando você escreve o que sente e o que pensa as vezes entra em contradição e é assim, as vezes o que você sente sufoca o que você pensa e o que você pensa de vez em quando corta as asas do que você sente, pra quem lê, se é que alguém além de mim vai ler isso, parece que só escrevo e ponto, mas pra quem escreveu, quando torna a ler, traz à tona a verdade, reacende sentimentos, e acredito que não seja mal relembrar o que se sentiu ao escrever, reavivar o que se pensava e afinal não faz mal sentir na maioria dos casos não importa o que você sente, e sim o que você faz a respeito.
Me escondo atrás do papel
Para não ter que falar
Escrever é mais fácil
Para quem não consegue se expressar
O lápis é meu aliado
Numa jornada para se abrir
Histórias e mais histórias
Que ninguém nunca vai ouvir
Falo muito com o papel
O lápis desliza
A caneta solta tinta
As palavras aparecem
E minha vida é contada
Quanta mentira
Para uma pessoa de alma rasurada
Talvez a escrita seja o melhor de mim, ou o pior, ou talvez nada, mas como eu ela respira e precisa ser alimentada. E tem urgência.
As pessoas acham que os escritores escrevem para os leitores. Elas não se dão conta de como é terapêutico vomitar as memórias, sonhos e ideias fixadas em nossos subconscientes.
O poeta é um ator
“O poeta é um fingidor”
Finge estar contente quando tem dor
Esconde amor quando é saudade
Mas alguém sabe o que é um poeta de verdade?
O poeta é um ser fingido
Finge ver a morte
Sem nunca ter morrido
Um verdadeiro poeta
Disfarçado tem de ser
De lápis ou caneta
Sem uma palavra escrever
O poeta?
É um fingidor de verdade,
Finge ser livre
Sem nunca obter a liberdade
Das palavras que se foram...
Já joguei cartas e poemas que o passado passou a limpo. Já rasguei tantas frases tolas escritas no calor da emoção. Já amassei bilhetinhos rasos e declarações exaltadas, rabisquei sobre o que já estava escrito, e disse tudo igual de um jeito diferente. As palavras dançam no papel, e por vezes dançam mal, mesmo assim seu ritmo é único, não há igual...Nas horas mais improváveis elas parecem bailarinas ao luar flutuando entre vaga-lumes, de repente caem e se misturam às folhas secas...O ritmo das letras não pausam, apenas diminuem...Enquanto puderem meus dedos bailar, danço. E com cada letra e sinal como se ao som de uma nota e ponto uma vírgula viesse a brilhar, vou escrevendo meus silêncios falantes, e meus risos secretos.Já perdi poema, poesia e texto sem fim, a cada letra perdida se foi junto um pouco de mim... meus pensamentos mais caros de graça os vi partir...Doei aos olhos que leem, e aos corações que podem sentir..
As palavras vão e com elas nossa energia, quem as leva distribui, esconde ou aprecia, mas no fim ...não há fim!
Escrever alivia a alma, a alma que grita em silêncio na madrugada
Escrever é um sentimento, que as vezes fica guardado aqui dentro
Escrever é ir pra outra dimensão, é pensar, refletir, é enxergar com o coração.
Sinto a alma vendida,
quando começo a escrever...
E nesta venda assumida,
vendo palavras em vida,
pagam-me quando eu morrer.
Dê um toque de recolher a tudo o que lhe causa mal;
Dê um break!
A vida é muito mais que isso.
Dispa-se dos adereços que não lhe cabem mais.
Jogue-os a um canto, fora dos limites do halo que lhe cerca...
Feche esse pequeno círculo e costure com a linha mais crua da sua razão.
Não permita a entrada, de nada, nem ninguém,
até que se veja puro e livre dos percalços.
A gente se acostuma à dor, tanto, que ela parece fazer parte de nós...
Mas não; viemos sozinhos e a dor é somente produto de nossas escolhas...
Não há como sabê-la; não há como evitar...
Mil nortes à nossa frente, tínhamos, pudera!
Mil saltos no escuro tivemos que dar...
Tivemos que escolher caminhos, que não sabíamos até onde iriam nos levar...
Não se culpe; apenas pare!
Apenas, dê o toque de recolher... [a todas as outras coisas...]
Agora é hora de cuidar de você...
Só escrevendo é que eu consigo expressar, o que a minha mente pensa, o meu coração sente e a minha boca não consegue falar.
Escrevo como forma de expressão,
Essa é minha forma de tocar pessoas,
Ela é minha tabua de salvação,
Em dias que só a melodia fala por mim.
Acho que quando escrevo não vejo as palavras, vejo as coisas.
Gosto de escrever palavras inteiras, cortadas, compostas, frases, não frases. Gosto de ver as palavras plenas de sentido ou carregadas de vazio dependuradas no varal da linha. Palavras caídas, apanhadas, surgidas, inventadas na corda bamba da vida.
