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SONETO DUM AMOR IGNOTO
Obscuro este amor que me assume
E que delira no meu peito ativado
Me faz devanear, ser apaixonado
Do qual a razão não está incólume
Não o conheço, mas sinto, calado
Ruaceiro no juízo, em alto volume
Me extasiando com seu perfume
O coração totalmente encantado
Dele até me contamino com ciúme
Sem mesmo nunca o ter encontrado
E assim, no desejar, é só queixume
Este amor ignoto, e já tão amado
Neste oceano de vario cardume
O tal, reservado, virá a meu fado...
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano
E lá estava ela
Sentada te esperando na janela
Coitada dela
Queria passar os últimos minutos de sua vida com você
E onde você estava...
Você estava lá com sua ex-namorada
Caminhando de mãos dadas
Parecia obrigação
Mas se fosse estaria na solidão
Por um momento pensei em esperar
Mas sabia que iria me machucar
E no fim não estava mais lá
Já tinha ido pra outro lugar...
Nesse mundo de abutres, onde vivemos a meio de tanta desgraça, a amizade parece um pequeno indício da pena que o universo teve por nós.
