Tag crônica
Não tinha um plano de vida, um curriculum de projetos, planejar lhe tomava tempo e tempo não tinha a perder...
Simplesmente tinha papel, caneta e imaginação...
Rabiscos na cabeça e arte por todo o corpo.
Tinha asas nos pensamentos e voava o dia todo, até cansar, deitar e voltar a voar, nos sonhos que, o subconsciente também lhe proporcionava!
Ai, chega à noite e engole a seco meus medos e adormece minhas inquietudes.
Ai, vem "alguém" e destrói o silêncio, com essa arrogância que não comove e não desperta serenidade...
Existe espaço para todos, mas, se puder montar sua "cabana" de sacanagem bem longe de mim, escavarei uma certa nobreza a seu favor!
Essas surpresas que se instalam e fazem morada nas covinhas dos risos e abreviam as dores, sabem bem que, tenho vivacidade em partilha-las!
Na cabeceira tenho
Um livro chamado vida.
Nos olhos,
Uma persistência inaugurando encontros.
Na boca,
Um doce amargo dos risos e choros, uma saliva quente de experiências...
No corpo,
Tenho veias que pulsam expressões soltas
E no coração, mantenho minha bússola de bom senso, pés firmes para evitar desgastes e essência, cujo estrato é direto da fonte!
Vezes forte como uma rocha, vezes frágil como uma pétala ao balançar do vento...
Rindo e chorando, embalando e encantando, assim simplesmente eu, levando às pessoas um pouco de mim e deixando minhas emoções em palavras, assim dividindo e aceitando que, caminhem junto e permitindo doces encontros e coincidências acidentais, aquelas que fazem cócegas no coração, acidente de amor!
A festa está, nessas circunstâncias enviesadas coloquiais da vida, tende ser barulho e silêncio no mesmo pacote da fração de um instante;
Não faz estardalhaço por pouco mas, também, não indispõe uma presença cintilante!
Não tenho motivos para brigar com a vida...
Deus me ofereceu ótimos presentes, discernimento suficiente quando precisei e preciso, lutas que atravessei e atravesso de salto alto ou chinelos -tanto faz eu saio delas do mesmo jeito- que me fizeram ser o “ser” humano flamejante que sou.
Obtive recompensas que nunca imaginei receber, ganhei pessoas que jamais poderia esnobar e deixar para trás...
Jamais é forte, mas essa palavra é sim, força absoluta, não sou metade de nada, portanto, que seja tudo uma fortaleza entre “meus” ditos em jamais ou nunca mais...
Decidi ser quem eu sou, quando comecei a ter ao meu redor, por força aleatória da vida, princípios pequenos e mentes minúsculas em lugares sujos que por ventura temos de atravessar, com pessoas “porcas” de alma e sem piedade de coração.
Desculpa às más interpretações, mas não faço questão em explicar “passados”, faço o favor de deixá-los às claras, pois tenho essa mania em ser autêntica e flertar com a transparência!
Nunca precisei mendigar amor e respeito, no entanto, sou a justiça em pessoa, trago marca de guerreira e alfineto quando preciso só encostar e já logo dou o tiro de misericórdia quando só poderia dizer: chega!
Não gosto de tempestades em copinhos de xarope, sou mais de exageros em pequenezes...
À vida, nos abre portas e janelas todos os dias, começando pelos olhos, que são duas lindas portas de amor, fonte de ternura e assim vou alcançando, desgastando e revitalizando constante meus limites e saturações.
Quem não sabe ditar às próprias regras me assusta, tenho medo de quem não têm opiniões formadas e decisões imediatas, eu persisto nas urgências, já não é à toa que vivo atropelando minhas tristezas, sou uma má condutora da hipocrisia, das mesmices e da falta de um belo sorriso no rosto, mesmo quando tudo cospe "nãos" em minha "cara" e mesmo que eu tenha que enfiar meus sentimentos no bolso, não sei assim fazer, sou ousada quando se trata em ser feliz e fazer “os meus” felizes...
Ainda criança, conheci alguns livros de uma coleção da Disney que meus pais compraram para que eu pudesse interagir e me esbaldar no mundo da fantasia e da leitura, na verdade, são os livros mais antigos de minha amável coleção e predileção!
Durante toda infância e adolescência, mantive contato diário e direto com os livros.
Desde aquele primeiro contato, esse mundo me cativou e até hoje, tenho essa estima inenarrável pelos meus amores eternos.
Mas, escrever...
Chega ser meu próprio ar, uma bússola, um farol, um mantra...
A poesia, me personaliza, me faz do avesso, me esmorece e faz de mim essa realidade utopista e que enobrece meus instintos mais vulneráveis...
O dia que não escrevo, sou uma planta sem água, um peixe sem oxigênio, um navio sem água pra flutuar, rumo ao seco do deserto.
Não peço que me entendam, menos que me sigam, me leiam, mas peço que abram as "comportas" para esse inatingível, aromático e audível mundo da leitura, do conhecimento, do ir além que os pés por vezes, não podem e as mãos não possibilitam...
Quando tudo se resumi em uma só existência lírica:
À imaginação!
Têm pessoas que gostam de pegar tudo que é seu...
Seu estilo, seus amigos, seu jeito de ser, agir...
Mas acho mesmo o fim da picada, é a famosa competição...
Comigo, não acontece, saio antes de entrar, afinal, tenho tantas outras coisas lindas a ganhar que não seja essa sua corrida a pódios pouco disputados e de pouca relevância.
Fica mesmo se expandindo no seu mundo de "coisas fantásticas", quem sabe, realmente tudo isso que você pensa que é, não se torna verdade.
Cuidado com certos alcances, eles podem passar do seu próprio alcance e virar lenda!
Preguiça dessa gente que, gosta de mostrar o que não é, viver o que não tem e se misturar no meio dos outros que não fazem questão em tê-los.
Preguiça, em presenciar a força ridícula em sustentar amigos, mendigar palavras e pessoas...
Preguiça dessas faces brancas, mergulhadas no blush, escondendo os desatinos que gritam pelos basculantes dos banheiros de rodoviária...
Preguiça de escutar absurdos em preto e branco, dos vômitos exauridos pela peleja em ser alguém tão clichê!
Preguiçoso mesmo -imagino- ter esse hábito desprezível em ser o modelo de si mesmo, sem retoques, um esboço, esboçado!
Pensando em uma forma muito "delicada" em dizer o quanto às pessoas trafegam sendo "indelicadas" e insensíveis por aqui, por acolá, optei em usar a minha fonte de verdades: o coração!
Então...
Simplesmente chego à conclusão de que não vale esforço quando a mente é pequena e o coração é vazio...
Continuo meu caminho...
Dando o melhor de mim, oferecendo meu carisma, meu sorriso, minha sinceridade, minha lealdade e meu companheirismo!
À amizade deixo a critério "da parte" subordinada a esses eventuais descasos e desconsiderações.
Continuo meu caminho...
Segue comigo quem deseja valores e não proporções, cansei de seguir com "mentes pequenas e corações vazios", segue comigo quem tem alma leve, que procura singelezas.
A minha prioridade é seguir borrifando o néctar das flores, perfumando as lacunas em branco, os vagos esnobados e sem distinção, abraçar o seu defeito e considerar que ele compõe a sua essência. Ser humano é isso! Saber que existe defeito (grande ou pequeno), mas existe além dele, o valor de suas qualidades!
Caminho em busca de tesouros emocionais, conquistas sinceras, de prazeres pequenos que rasgam nossos rostos em gargalhadas gostosas, mas caminho acima de tudo, praticando o bem, com o coração transbordando justiça, cumplicidade e amor, amor com calor humano!
Delicadamente digo...
Segue COMIGO, quem se permite!
Desconversei...
Queria tagarelar!
Me confundi, estranhei...
Não pensei e vazei, em lágrima muda!
Rimei um duo bem no meio de nós e compus uma ausência...
Estava parada e tinha uma janela, sem vento, pensei:
-Quente, preciso lavar-me, mas, ausente, sem colo, me restringi a pensar. Só peguei papel, caneta e fui lá fora saudar, o que poderia fazer em mim, um par e um versinho de amor, só pra acolher meu solo num violão imaginário, com uma canção triste e desarranjada, sem coro, sem sopro, só com vela acesa e minha estranheza com essa imensidão de versos que, não pulavam para o amarelo da folha estagnada em minhas mãos, presos em torrentes, o coração e arquivados na memória, desde então!
A vida é assim... há que diga que isso são “os altos e baixos que ela compreende”.
Se é não sei, mas sei que é o vivido...
Todo mundo entende, mas ninguém, na verdade sabe o que sente, se não aquele que passou ou passa.
É a mãe que partiu, é o pai que se foi, é o irmão, o tio, o primo, a esposa, o esposa, o amigo...
É o filho que nunca mais terá o abraço, que nunca mais dará o abraço.
É a vida que amávamos ou amava-nos...
É a corda impar e singular do coração que nunca mais ocupará os espaços esquadrinhados da casa; nunca mais saboreará dos quitutes que gostava...
E as risadas, os choros, as brigas, os conselhos, os momentos em família?
Mas, ainda, há quem afirme que é o “descanso!”... “descansou!”
Sim, descansou.
E a vida de quem ficou? De quem nunca reclamou da fadiga do cuidado, de quem sempre quis e esteve ali presente...
E será que na verdade quem ficou queria mesmo descansar da presença de quem foi?
Não... Certamente, não!
Entende-se, sim, que a presença física alimenta a alma, conforta o coração e equilibra a sensação de bem estar.
Queremos estar, sempre, perto de quem amamos e não importam-se as circunstancias. É estar e pronto...
Mas uma hora, como toda chegada, há uma partida...
O “ir-se”... Mas por que não ficar?
Missão cumprida? Fim de linha? Hora determinada?
Não!
Tempo!
Ah, o “Tempo”...
O Tempo é duro conosco, com a vida, com os modos, com a própria história...
Ontem éramos e hoje não somos mais... ontem foi e hoje já não se existe mais...
Então, resta-nos apenas a certeza do que foi construído antes da partida, antes do término, antes do “tempo de hoje”.
Mas vai ficar sempre aqui, ali...
Ninguém nunca vai por completo... vai uma parte, mas fica um pedaço em cada situação, em cada lugar, em cada música, em cada símbolo gráfico...
Então não vai, apenas deixa de ficar...
Paradoxo? Não! Transcendente... Místico...
Então é belo e não deixa de ser vida...
Com isso essa morte, existe mesmo?
Não sei... Deixo incógnita...
Porque ela vem buscar, mas não consegue levar completamente...
Isso é o que causa, em que fica com parte, a sensação de impotência, de perda, de insuficiência. Porque não se tem na totalidade...
Mas ela, a morte, também, não tem nessa essência, quem nos pertence...
Quem se foi, também ficou... e vai continuar ficando... Um pouco de cada dia dele, entre nós, fica plantado e não se esgotará completamente...
À você que, hoje, está contristada, coração esmigalhado, o meu TRIBUTO DE VITÓRIA... Você foi guerreira nessa situação...
Não apenas eu, mas a comunidade não nega que sua garra, nobreza de mãe, foi um exemplo singular...
Não pense que perdeu, ao contrário, que fizestes valer cada instante, como uma leoa que defende com as garras o fruto do ventre que lhe pertence...
Você, hoje, chora a falta do seu menino, bebê, que está, fisicamente, saindo de perto de você, mas tenha a convicção que a sua tarefa foi, de tudo, cumprida, sem reservas.
ABS
Ser Cruel
Por: amauri valim
As coisas não podem ser explicadas facilmente.
Diagnosticar e dar resposta rápida não são prudentes,
é crueldade.
Ser avaliado por um único instrumento é crueldade.
É desumano idealizar alguém para as próprias satisfações,
é crueldade.
Tudo o que é humano é grotesco e cruel.
As Guerras
Por: amauri valim
Sempre houve dois tipos de guerras:
guerra por ideologia religiosa; guerra por poder político.
As guerras são os experimentos, são os próprios treinamentos
dos poderes bélicos governamentais e dos poderes espirituais
das divindades, que também condenam e matam para as salvações.
As promoções das guerras são camufladas muitas vezes pelos
estigmas da religiosidade, aonde se promovem as guerras e os
experimentos espirituais. Tudo é comércio da guerra, desde a guerra
entre a maçã e a cobra; entre a dor e o remédio; entre Deus e o diabo;
Deus e o Diabo são os mentores desse plano divino e diabólico.
A plebe, sem poderes divinos, nem poderes diabólicos ou bélicos,
entra com a cara a levar chumbo. Todos saem perdendo,
entre membros decepados e vestes estraçalhadas restam às
lágrimas desesperadas dos que ainda podem chorar,
e nos poderes palacianos as glórias e as impunidades.
Os Homens do lixo e os da Fome
Por: amauri valim
De fome ou de sede são todos vítimas da ignorância e dos
poderes dos soberbos; povoam os pátios, tanto quanto os
próprios lixos. Assim como os ratos as moscas por poder
de sobrevivência.
Os lixos que saciam a sede e a fome desses seres vêm
dos grandes pátios dos poderes políticos, dos anciões soberbos
vestidos de homens. Para os homens de poder de influência “lixo é lixo”,
restam aos homens de ignorância cultivada os lixos como alimentos.
A voracidade da fome dos homens não distingue o paladar nem o torna
rejeitável esse lixo como alimento; pois suas necessidades são superadas
e saciadas. Por Deus! O que se pode esperar do bicho homem?
O homem prostra-se diante dos altares da salvação por fome e sede,
mas, o que o homem pode esperar de Deus? São os homens as vítimas
dos víeis das etnias, dos poderes das políticas e dos anciões.
Salvem-se deles! Se puderem.
Mesmo sendo os lixos, alimentam estômagos e cérebros,
o estupefazem na fé e na esperança por um novo lixo no próximo dia.
Vou me ao banheiro, vizitar o meu amigo chuveiro. Nesse frio, e com a cabeça cheia
fico só morrendo de vontade de estar com você, não importando onde e como sua presença me completava
com você me sentia inteiro, e agora me sinto inutil inerte, e logo fará um ano. Me lembro do dia em que te conheci
foi um dia que matou uma pessoa aqui dentro de mim que me arruinava, e ai então fui feliz com você, tranquei os medos
e joguei a chave fora. E então no logo lembro que está frio e na hora de entrar no chuveiro, queria seu calor porem só tinha
o do amigo chuveiro para me aquecer e me perdi na saudade, onde então me lembrei do teu sorriso e dos lindos seios dos teus olhos
e parei inerte com a agua caindo sob minha cabeça. Alucinado me vem um espelho a minha frente, em um piscar de olhos sua imagem junto a mim
por ali aparece, pisco e vejo direito, estou dentro do meu coração, dizia já respondendo a minha pergunta e mais afrente vejo a jaula onde me tranquei
quando te conheci para me salvar e realmente ser feliz. Chego perto da jaula e digo lentamente, te peguei, entao minha imagem se aproxima e diz, por quanto tempo
E sinto frio novamente, então nem o calor do chuveiro me engana mais, então tenho medo de mim mesmo, só me sinto bem sem agonias com você aqui.
E já te disse só você tem o poder de me fazer se sentir bem, saio do chuveiro onde a lágrima desce e me pergunto por quê?.
Crianças são pequenos seres a desafiarem
As grandezas por suas complexidades.
Esses pequenos seres colocam pedras nos caminhos
Para ensinarem adultos a caminhar.
Enfrentam todos os tipos de desentendimentos.
Pois, adultos deviam olhar com olhos diferentes,
E terem percepções para formar e entender
Mentes diferentes e não corpos de cavalos de corrida.
Não faça promessa, viva de acordo com a vida.
Aconteceu em Janeiro de 2015. Eu estava organizando uma lista de coisas pra fazer durante o ano, como de costume eu faço – ou fazia. Acho que não sou só eu que costumo listar algumas promessas para cumprir no ano seguinte, tenho a impressão que muito mais gente ainda faz isso.
Pois é, eu estava em frente ao computador, navegando no facebook e rolando as postagens de fim de ano, quando vi um vídeo de um fotógrafo, com alguns segundos, nos quais ele dizia que era importante que não fizéssemos nenhuma promessa e que deixássemos as coisas acontecerem aleatoriamente conforme a vida seguia. Foi aí que fiz uma única promessa: Permitir viver o novo. Parar da síndrome da repetição, da monotonia desgastante. E assim o fiz.
Este ano levarei experiências que valerão pelo resto da vida, tudo de bom que não planejei aconteceu.
Permiti pessoas entrarem e saírem da minha vida, permiti conhecer aventuras nunca vividas antes, enfim, me permiti VIVER.
Por mais que planejemos, tentemos, ainda sim, não podemos controlar a maioria das variáveis da vida, infelizmente; no entanto, temos a chance de nos moldar a elas, ou melhor, de usá-las a nosso favor. Talvez não nos permitimos evoluir por causa do medo. Aliás, Medo é uma das coisas que sempre nos acompanhará quando tivermos que rumar para o Novo - mas cabe a você deixa-lo se instalar ou mandá-lo para bem longe.
Se você se permitir viver, haverá transformado o momento de mudança numa aventura belíssima e gostosa. Porém, não coloque os dois pés atrás para não perder o controle da situação.
Não seria melhor aproveitar o momento novo para mergulhar de cabeça em um esporte, numa alimentação saudável, numa série de Tv nova, num livro que gostaria de ter lido, conhecer outras culturas, outros amores e outras amizades? Claro que seria excelente! Aceite isso e não será mais o mesmo, aceite, e se transforme.
Reinvente-se. Precisamos nos reinventar a todo o momento. Não faz sentido você ser o mesmo caretinha de anos atrás - e se engana quem pensa que se reinventar é algo apenas externo. A maioria das reinvenções só é possível se houver uma considerável transformação interna.
Saia da zona de conforto. Reinventar-se é ter coragem para se livrar do que anda lhe intoxicando. Saia do esconderijo da vida, e, ao invés de continuar na mesma lama, busque danças na chuva, recarregue os sonhos e esqueça as dores do passado. “Mude, ou será corroído pela mesmice! ”.
Se for pra se despedir, despeça-se e procure gente nova que te faça bem e que te deixe feliz. Acredite, aprendemos com as despedidas.
Viva o melhor de si e surpreenda-se. Então, por favor, menos mimimi e adapte-se ao novo, mude, reinvente-se.
O HOMEM DE UMA MULHER SÓ
Quem será o homem de uma mulher só? Quem será a sortuda de encontrar o dito cujo?
O homem de uma mulher só é um cara muito bem vestido e perfumado, usa roupas e relógios caros. O homem de uma mulher só, gosta de festas, badaladas, raves. O homem de uma mulher só, adora ver gente, ama sair com as amigas e curtir a noite. O homem de uma mulher só, anda de boates em boates. O homem de uma mulher só, experimenta os melhores vinhos e uísques da melhor qualidade. O homem de uma mulher só, é o homem mais feliz do mundo – não reclama de nada.
O homem de uma mulher só chama sua mulher para sair com ele, mas ela sempre diz não quero, não gosto, não vou, não saio, não! Pronto já falei que não! Eles se amam – apenas ela é uma mulher só. Não têm amigas, não conversa, não usa redes sociais, não sai, não faz nada.
Ela tem certezas que ele nunca teria a coragem de traí-la, ele só faz isso pra se diverte pelos dois. Ele não insiste em chamá-la para nenhum lugar. Ela? Bom, ela vive com
uma vassoura na mão, cabelo enrolado feito coque – vestida numa camisa velha que era dele, com meias no pé o dia todo. Quando ela não está no dormindo está deitada no sofá com o controle da Tevê na mão dizendo, eu me sinto uma mulher tão só!
03:08 am
Quando o sol já não se faz presente, penso na minha monótona e agitada vida.
Pensando nele, nos afazeres da semana que vem e o porquê dos meus gostos tão particulares e exóticos.
Não sei em que entrelinha me perdi nesse contexto conturbado do que chamam de " amor".
Não sei se devo reagir, refletir ou apenas aceitar as mudanças que ele me trás. Vago.
Sempre foi carnaval, aquele coração. Já o meu, defino como quarta-feira de cinzas: calmo, leve e com muitas histórias a contar.
Carnaval nunca foi interessante aos meus olhos — tais que muitas coisas já viram — uma vez que acaba com a minha tranquilidade.
Mistura, queima, transborda, retira e repõe. Gradativamente, sem exageros e pausas. Até gosto.
No profundo do meu inconsciente, o amor é mais que bem vindo, apenas não consigo decifrar. Tento.
E a gente vai perdendo aos poucos. Sejam pessoas, coisas ou sensações. A gente vai se distanciando sem perceber. E quando olhamos para trás, percebemos que não somos mais como antes. Para alguns felizmente, para outros, infelizmente!
O MOTORISTA DO ÔNIBUS DA UFBA
As suas boas ações sempre serão recompensadas. Você não sabe quando, na verdade, nem precisa saber. Apenas faça!
Hoje, um motorista de ônibus me surpreendeu. Ele faz o transporte dos alunos da UFBA, na Federação, e me ensinou na prática, que precisamos fazer o bem, sem olhar a quem.
Era umas 11h55, por aí, quando eu desci do ônibus Praça da Sé, imaginando aquela caminhada do ponto até o trabalho. Confesso que não é tão longe assim, mas para quem acordou quase de madrugada, quaisquer 10 passos parecem um longo percurso. Foi aí que o motorista da UFBA apareceu.
Para quem não sabe, o serviço é fornecido gratuitamente, de uso exclusivo para estudantes da instituição, mas hoje ele decidiu fazer uma exceção. Abriu a porta e perguntou para onde eu estava indo. O ônibus estava cheio, mas ele disse que ainda havia lugar para mais um. Eu aceitei, afinal estava realmente cansado.
Foi um pequeno percurso, mas ele me disse uma frase difícil de ser escutada: “No mundo de hoje, as boas ações são tão difíceis de serem vistas, que quando acontecem nos surpreendem né?! Mas aprendi a fazer o bem sem olhar a quem, e percebi que você realmente estava precisando dessa carona.". Sorrimos, ele me deixou na porta do trabalho e concluiu dizendo: “ Um dia, seremos recompensados por tudo que fazemos. Só não sei quando, mas vamos!”
E mais uma vez, os ônibus me trazendo novos aprendizados!!
RESQUÍCIOS
Em determinado dia, notou e compreendeu que tudo o que tinha vivido até ali, no segundo instante que sua consciência gritava o que ele levou tempos buscando, parecia algo que desfecharia todo cenário anterior e calaria seus rumores pretextos para o futuro, no entanto, como já também sabia era que esse desfecho não estaria concluso até que sua segurança em dizer e afirmar algo que não tangia fosse verdadeira, de dentro pra fora e não o contrário, isso sim seria uma certeza. Acredito que ele queira se tornar limpo, verdadeiro consigo mesmo, em outras palavras, ele almejava ser o menos hipócrita possível, mesmo sabendo que por mais que neguem e digam que não, as pessoas sempre haverão de ser hipócritas, umas mais e outras menos, mas todas elas com manobras discursivas muitas vezes convincentes e originais, no entanto, a maioria quer esbanjar vaidade ao invés de humildade, soberba e "afins", o importante é convencer e não contribuir ou ensinar.
Sua conclusão até ali foi tão rápida e suntuosa que decidiu expor seus pensamentos, jogar pra fora, libertar o que ele achava valido e esperar uma retorica digna de reflexão, algo que tivesse um sentido contido, que agregasse mais e mais evidencias as suas insanidades. Na maioria das vezes essas idéias tinham valia para ele, acreditava que elas o levariam há auto realização, não carregava duvida quanto a isso, apenas queria compartilhar o que pensava para poder aguardar o remate de suas eventuais certezas, em contra partida, aguçava os seus sentidos ao imaginar um mundo de verdades absolutas, um mundo onde pessoas poderiam se entender apenas através do dialogo e palavras lançadas, se defender sem ter de utilizar arrogância ou qualquer que fosse o contra ataque depreciativo, essa vontade era maior que o próprio dono dela, afinal, quando se utiliza do bom senso para dizer o que pensa, esse pensamento não se pode causar estragos a alguém que os aguarda também com bom senso.
A medida que escrevia conseguia discernir suas metáforas antológicas que só tinha valia ali, de frente para ele, na sua tela de led de 20". Quanto mais prosseguia imaginava como seria o desfeche daquele que poderia ser uma de suas "obras primas" ou simplesmente mais uma de suas inofensivas horas perdidas delirando e explanando a sós consigo mesmo. Uma ironia, satisfazer a si próprio esperando um retorno melhor ou no mínimo compatível com seus argumentos, sendo que já estava terminado e aprovado pelo mesmo, no final, ele seria a maior autoridade nos seus pensamentos e uma opinião divergente talvez não o convenceria naquele momento.
No fim, lançou suas anotações e aguardou paciente uma retórica ao menos curiosa de algum interessado.
