Tag contos

176 - 200 do total de 396 com a tag contos

Meu coração para encontrar o teu não precisa de GPS

Inserida por helena_valentine

Os melhores e mais fantásticos contos sobre os banais fatos de minhas tantas existências e caminhadas em busca de mim entre os prediletos sou eu mesmo que invento. Fantasio, divinizo e enriqueço com mil detalhes bem antes mesmo que eu esqueça cada proposital enlace. As mais profundas verdades semeio em natura para meu amados imperfeitos, marginais do ócio e diferentes eleitos, escolhidos por amor dedo a dedo por mim, por terem cada um a sagacidade do descredito em quase tudo que dizem e possam vir a dizerem e acrescentar um tanto mais, mais visivelmente absurdo por carinho e respeito a mim. Rejubila me na alma criativa quando ouço de forma diferente alguma parte de certo fato, boato e historia inverídica que eu mesmo inventei. São as doces lendas urbanas que povoam e convidam aos bem aventurados menos experientes e não críticos de coerência, a duvidarem entre si, do real e transmutante poder operante das fatalidades, como se por um verbo de magica, tudo que acontece, por profecia já estava escrito para acontecer da exata forma que eu mesmo inventivamente criei.Mentiras, mentiras, repetidamente ditas de tantas maneira que por justiça alheia começam a abalarem as tantas porcas e falsas verdades impostas de forma rude e cruel aos comuns. São as palhas de aço que começaram a entupir os esgotos e os bueiros das regiões vizinhas que cercavam o improdutivo e estorvo terreno que para nada servia. E hoje enfim descoberto que são limalhas naturais da erosão dos ventos que refrigeram o cume mais alto de uma das maiores jazidas de ferro do planeta, vendida hoje mesmo por um trabalhador que tem por coincidência seu mesmo nome, agora não mais um João ninguém e sim um Doutor rico por teimosia e persistência, com uma confortável fortuna de algumas centenas de milhares de dólares. As capelinhas simples encontro sempre nos lugares devocionais dos ricos pois as majestosas e suntuosas catedrais da fé estão sempre edificadas bem perto das comunidades bem pobres e miseráveis.

Inserida por RicardoBarradas

A vida é um conto de falhas

Tenho um paciente muito bem humorado, que algumas vezes fala com ironia sobre seus planos, dizendo que podemos ficar tranquilos porque “não tem o menor risco de dar certo”.

A vida é uma invenção, e nesse conto de existir oscilamos entre heróis e vilões, vestindo roupas que alguns outros nos deram, e que por culpa, medo ou pertencimento, vestimos.

Sonhamos com castelos e tronos, e onde mais reinamos é no vaso do banheiro. Somos errantes, capengas, corcundas da Candelária às vezes, mas ainda sonhamos.

Sonhamos em ser aquilo que nosso cachorro pensa que somos ou aquele que nossos pais tanto desejaram e falhamos.

Criamos romances coloridos, mas nos empolgamos com os tons de cinza, pois não somos tão coerentes e racionais quanto gostamos de acreditar.

A vida é um conto de falhas que se passa entre o trabalho e a casa, nas mensagens de texto, e nas conversas fiadas. Nas paixões impossíveis e nos amores confusos, no que sabemos da gente e do que jamais poderemos saber.

Falhamos pois a vida precisa ser inventada, e ela começa bem depois que se encerra os felizes para sempre que finalizam toda história mal contada.

Bruno Fernandes Barcellos
Psicólogo Clínico - CRP: 05/39656

Inserida por brunobarcellos

Tentar

Porque não tentar?
Porque abrir os braços na esperança
Quando a cobiça espera a fadiga?
Porque morarmos em buracos fundos ,dia após dia na esperança do ócio fatídico.
O segredo da vida está na tentativa ; essa do não não passa, Em compensação as consequências da não tentativa são desastrosas.
Não viaje de avião na tentativa, viage de trem , calculando cada esquina,, olhando cada jardim florido , sentindo o cheiro de cada flor e, depois de já calculado e ganho o espaço, depois da calmaria da tentativa, ande de avião pois, todo o tempo que se perde é perda e toda perda é motivo de reflexão e algumas vezes nos faz falta.
Fique sóbrio em suas decisões, não se embriague com o orgulho , o preconceito, a paixão e o que pode te cegar.
O cego precisa apurar outros sentidos para caminhar e nós , nós não temos esses sentidos apurados.
Não se livre dos percalços de forma abrupta, eles, uma vez interrompidos sem critérios , voltarão e com outra dimensão, outras consequências, muitas vezes maiores.
Tente, tente , tente, e tente. Tentar significa ter e estar, tentando você sempre estará presente ; em sua própria vida , na de seus amigos, de seus parentes, estará na admiração de cada um, estará no coração de todos.
Inunde-se de perspectivas , tenha fartas opções, precise sempre. Tenha um lugar para amar e que seja sempre bem-vindo.
Nunca seja hóspede de última hora, as entradas com as tentativas sao distintas e amplas e você tem que ver várias portas abertas, quem tem só uma porta aberta corre o risco do vento soprar contra e fecha-la quando você estiver entrando.
Crie hábitos nobres, espurgue a possibilidade de pensamentos obscuros direcionarem sua vida; sorte não existe, existe um amontoado de causas e efeitos dos quais só nós temos responsabilidade.
a vida é uma contabilidade; uma contabilidade amorosa.
Faça presente a nobreza, essa é elegante e nunca sai de moda , além de fidelizar as pessoas.
Tire um tempo para tomar um chá, ler um livro, arrumar seu armário, reservar uma boa hora para resgatar aquela amizade sem cuidados.
Remonte-se,tente, tentar nos põe vivos e quando a música da vida estiver alta, tente abaixa-la ,mas não desligue o som, só abaixe o volume. A vida tem que ter alegria , e essa alegria vai depender diretamente de nossas tentativas e do volume de nossa música interior.

Inserida por Lupaganini

Crônica

Quem sou

Em encontros com amigas, nos questionamos que tipo de mulher somos, a pergunta paira no ar, o silêncio , por um segundo responde: Sou moderna, sou antiga, sou meio termo, sou totalmente doidona... O silêncio volta a falar e nos olhamos repetidamente, não era essa resposta que queríamos ouvir, queríamos ouvir respostas que nos ajudasse a definir nossas vidas, que dessem rumos a nossas dificuldades, que emoldurassem soluções e , como num piscar de olhos tivéssemos dentro de um quadro fixo onde nossa vida recebesse uma bela receita e pudéssemos segui-la , repetidamente, sem tropeços, sem amarras, sem novelos de linhas embolados, onde a trama fica tão difícil que nós , ou jogamos todo o rolo de linha porta afora, ou seguimos cortando os nós cegos.

Após aquele momento,olhamos novamente e quase que mudas e com um sorriso amarelo, não conseguimos responder à pergunta; melhor reconhecer a dificuldade e seguir em frente, como um pedreiro que não consegue desenvolver a sua tarefa e entrega a obra.
Razoável penso.
A dúvida fica ainda maior quando nos olhamos e nos vemos no mesmo barco, com os braços cansados de remar e sem remo suficiente para conseguirmos navegar. Por um momento me sinto fraca, com medo, sem atitude.

Em outros momentos , como aquele , me distraio olhando a roupa nova de minha querida amiga Lucíola, seus brincos novos e como o seu novo amor que a fez mais bonita, mais amável e bem mais feliz.

A fuga foi desnecessaria, quando estava novamente me escondendo , voltei a pergunta e me vi sem resposta: Será então que nada sou? Será que me escondi tanto que sumi. Que me estreitei junto a becos e situações inconformadas que maltrataram tanto o meu coração que já não sei tal definição, ou será que simplesmente entreguei meus pontos,simplesmente não tenho as respostas que o medo me dariam.

Tomei coragem, enchi o peito de dúvidas e reenviei a pergunta, desta vez mais agressivamente:

-Vamos meninas que tipo de mulheres somos? Vamos !

O silêncio passou a ser o anfitrião da reunião, ninguém se atreveu a definir.
Será que havíamos perdido a identidade?
Será que não sabíamos mais quem éramos?

Rosângela timidamente respondeu:

Eu sou Rosangela, sou morena, amo meu marido, amo meus filhos, meu filho está indo pro Canadá, meu filho vai se casar e ele também vai trabalhar lá, minha família é linda, apesar do filho único...

Fiquei olhando minha linda amiga Rosangela definir como sendo ela a sua pequena família, fiquei assustada como em poucos segundos, definimos nossos filhos, nossos parceiros mas não nos definimos,definimos a nossa viagem em família, mas não definimos uma linda viagem sozinha, para fazermos novas amizades, olharmos nossas vidas com olhares de distância, curtir a solidão em companhia própria.

Entendi tristemente que algumas de nós havíamos perdido nossas identidades quando deixamos nossos direitos em prol nossas obrigações, nossos sonhos pelos sonhos familiares, nossas vontades mais ocultas, por um lar quente para que nossos filhos possam se sentir felizes pelo aconchego do lar.

Entendi que, muitas vezes, perdemos nossas respostas pela inutilidade de querer vivermos vidas que não são as nossas, decisões que nos dá prazer mas que dá aos nossos filhos desconforto, daí pensamos muito e chegamos a conclusão que nossos filhos ficariam mais felizes de um determinado jeito. E que aquele jeito não seria o nosso.

E que o incômodo de nossas decisões aflora em nossa família a sina da culpada.
“Se eu não tivesse feito aquilo meus filhos estariam melhor”... Balela! Nada é melhor que a atitude justa , nada é tão verdadeiro que o gosto de se falar um não sabendo que esse não é honesto e necessário.

O que mais me irritou foi que após pensar desta forma , não falei pra minhas amigas, não compartilhei com quem também estava tentando se reinventar.

Daí tristemente, olhei minhas amigas, levantei do banco em que eu estava me assentando e fortemente disse:

Eu consegui me definir:
Todas olharam para mim curiosas, e como uma pessoa que começava a andar novamente após ter as pernas amputadas,
Disse:

Eu sou a escolha, e a dúvida:
A escolha por minha família e a dúvida de que um dia eu morrerei de arrependimento por feito essa escolha.


Lupaganini

Inserida por Lupaganini

Não tenha segredos com grandes amigos, tenha precaução.

Inserida por Lupaganini

Lá vem deslizante
Não sei se vem ou se vai
Não sei se lava
Ou se retrai

Lá vai água boa
Que lava meu sorriso
Ou em beleza magma
Se torna lágrima

Vertente sem pegada
Como nada engraçada é perigo
Um sem abrigo
Sorriso ou dor não sei

Lá vem água boa
Meu sorriso assim define
Pois passeia em meu corpo
E torto no horto sou oco

Lá vai água boa
Que lava
Enxágua
E me banha

Me assanha
Me alegra
E em nenhum momento
É tormento

Porque água tudo lava
Água tudo leva
Água banha
Assanha
Acalma

Água lava a alma
Quando a tristeza bate
Quando não nos queremos
Quando de nós nos perdemos

Lá vai água boa
Não sei se vai ou se vem
Não sei se é magma
Não sei se é lágrima

Inserida por Lupaganini

Se em seus olhos vejo aconchego
Meu conselho é que vibre
Pois de ti tenho medo
De um amar sem retorno

Daí, em torno não me apresso
Me stresso em compassos
Visto que era minha calma
Agito minha alma pois é impossível

E se solicito o plausível
Vou seguindo
Sozinha
Em contento com um som agradável

Sua voz
Que me transporta
Me importa
E esgota

É meu amor
Um solitário bobo
Que quando ouve sua voz
Se dilacera em solidão

Inserida por Lupaganini

A casa da Vovó

A casa da vovó era tão grande, lá eu me sentia Latifundiário em vinte metros quadrados, lá eu subia no muro que parecia o de Berlim , lá eu subia nas Goiabeiras, nas pitangueiras e não tinha medo de subir, de cair, de sussuarana e nem tão pouco de perder a hora do almoço porque eu sabia que meu anjo envelhecido ali estava para me lembrar ,carinhosamente , que meu prato preferido estava na mesa.

A casa da vovó era tão grande , lá , no quintal, tinha uma enorme pedra, que hoje, diante de meus olhos nem tão grande era assim!

Lá às formigas eram gigantes, as flores mais coloridas , o suco mais doce e os biscoitos mais crocantes. Lá tudo ficava gostoso, até a couve que mamãe fazia e pedia pra vovó colocar em meu prato. Lá verdura era carne tenra.

A casa da vovó era meu itinerário preferido e ela a guia turística mais fantástica que eu já conheci .Meu passeio preferido, meu colo preferido, meu abraço mais quente e meu sim constante.

A casa da vovó era tão grande e se tornava maior por tanto carinho, tanta generosidade, tanto amor. Não cabia em suas intenções tanto carinho, expresso em apenas um olhar, um aconchego ou um sabonete e um talco quando ela ,de mãos dadas comigo, íamos receber sua pensão.

Assim a casa da vovó era uma mansão , tamanhos cantos que tinha, tamanha a vontade de agradar, tamanho o tamanho daquele envelhecido coração.

A casa da vovó, a casa da vovó era minha esperança de crescer , crescer e encontrá-la , envolver meus bracos pequeninos em seus bracos envelhecidos, ou o contrário ou ,simplesmente falar baixinho:

-Vó pede pra minha mãe deixar eu ficar aqui hoje? Pede vó , pede!

E ela com aquele sorriso conivente me abraçava e dizia:

-Pode deixar, ficaremos juntas mais um dia.

E eu simplesmente ,hoje envelhecida na saudade, falo:

- A casa da vovó era tão grande! Mas o amor da vovó era bem maior.

Inserida por Lupaganini

Pegou atalhos, passou à frente levando tudo olhou para trás e começou a atirar. Conseguiu montar um forte onde instalou-se e de lá continuara atacando.
Até que um dia, um raio partiu ao meio a torre onde estava instalada, uma forte língua dágua saiu do mar e invadiu as suas instalações e ela foi levada para o mais profundos dos mares, onde foi degustada pelas criaturas marinhas.
A sua alma vagueia, atormentada pela própria consciência e a sua descendência cuspirá sobre a sua lápide simbólica.
Ai de ti...

Inserida por jozedegoes

Às vezes exorcizo meus demônios através da escrita. Escrever me ajuda a entender um pouco esse mundo maluco, às vezes cruel, no qual a gente vive. Faz-me perceber que nem mesmo nos mais lindos contos de fadas os personagens são felizes o tempo todo.

Hoje me lembrei de você
E do quanto me faz falta
Das nossas brincadeiras enquanto crianças
E das histórias que contava
Agora minha vida é como um conto perdido
Uma página amassada
De um livro outrora belo
Mas que agora já está velho e usado
A alegria de acordar todas as manhãs
Te ver sorrindo e gargalhando
Ter a sensação de que estava te fazendo bem
Agora não passo de um conto perdido
Uma velha folha de carvalho que cai no outono
Seria a vida apenas uma parte da jornada?
A vontade de te encontrar é imensurável
Onde você está agora?
Sou apenas um conto perdido
Uma fábula que entristece o coração
Uma plantação com pragas
Ah, como eu queria te ter por perto
Desde quando partiu, minha vida já não é a mesma
Como te alcançarei agora?
Com quem vou disputar o melhor dos desafios?
Me sinto como um conto perdido
Há muito esquecido pelo tempo
E que as pessoas jamais poderão ler novamente
Sinto saudade das fogueiras e dos chás quentes
Das diversas aventuras percorridas pelo bosque
Dos machucados
Das dores
Da pescaria no velho rio, no verão
É como se eu fosse um conto perdido
E minh'alma já não se aquece mais
Apenas espero que um dia o destino se lembre de nós
E que a morte me acolha
Para que eu possa olhar o brilho dos seus olhos novamente
Como se fossem contos perdidos pela vida
Contos encontrados novamente
Contos que podem ser compartilhados à todos
Contos a mim e a você.

Inserida por ChozArt

Alguns dizem que amor é o bastante
Que a afeição é divina
Dizem que o abraço acalma
E que as lágrimas são salgadas
Há quem diga que a luz gera a escuridão
Há quem faça
Há quem fez
A quem?
Me perdi em olhares
Sofri em silêncio
Me torturei sem sequer abrir a boca
Alguns dizem que isso não existe
Como podem dizer os que nunca sentiram?
Como podem falar se o que sabem fazer é julgar?
Jamais apontarei os meus dedos
Eles já não são mais roliços como um dia foram
Mesmo sabendo que o coração já não bate mais como outrora
Mesmo comendo tanto quanto uma criança
Mesmo chorando dias e noites
Ainda estamos aqui?
Te vejo em pé
Acenando para que eu possa te seguir
Dúvidas pairam sobre meu coração
A última vez que ouvi a palavra "alegria" faz tanto tempo que a própria sonoridade me soa estranho
Sempre me vi em um abismo
Infinito
Sem chão
Escuro e frio
A chuva bate em meu rosto e me faz acordar
Não há labirinto
Não há paraíso
Não há abismo

Me encontro em minha respiração
Meu coração está pulsando, mesmo que não muito forte
Minhas mãos ainda se mexem, mesmo que não fervam como antes
Meus pés ainda me sustentam, mesmo que cambaleando
Percebo que não desisti
Você perde para si mesmo?
Me levanto e choro novamente
Abraço meu tronco
Olho para o alto
A vida é a única maneira de se viver por aqui
A passagem importa?
A viagem, a torta?
A folha que cai
A pedra que rola
A garota machucada
O senhor de bengala
O cão ao abanar o rabo
Não há preces para serem atendidas
Não há forças para serem supridas
Há você
Eu
Há o mundo e tudo à sua volta
O caminhar é lento e doloroso
O espírito é forte
A vontade é real
Caminhando pelo mundo
Caindo e levantando
Levando "haver" e criando
Há luz
Há cruz.

Inserida por ChozArt

Deixou de acreditar em contos de fada, decidiu ser seu próprio impulso e força.

Inserida por sara_tiveron

Por que não podemos fugir?
Me pergunto isso ainda traçando um plano
Muitos dizem que não podemos porque seria covardia
O que não é covardia nos tempos atuais?
Fuga
Fugir de algo não significa que você simplesmente não se importa
Fugir de algo significa que você se importa o suficiente para ter medo de lidar
A falta de sabedoria ao lidar com alguma situação ou pessoa
Isso nos faz fugir
Não é como se eu não me importasse
Na verdade me importo tanto que não sei o que fazer
É como se mil agulhas espetassem meu coração
Como se estivesse sendo esmagado por uma tonelada de ar
Como se o fardo ficasse mais pesado a cada dia
Hoje não ficarei para tomar os espólios
Hoje irei embora porque sei que a batalha foi vencida por um preço muito alto
Hoje há homens que dizem que estou fugindo, me escondendo
Mas a verdade é que apenas não sei lidar
Muito sangue foi derramado para que as coisas se acertassem
A alma e o coração já não se fazem tão presentes
Quem disse que não podemos fugir?
Quero ir para um lugar longíquo
Quero chegar tão longe que nem as lembranças poderão me alcançar novamente
Quero partir para o porto da fuga
Onde só eu e ela estaremos a salvo
Fugir é uma opção?
A fuga é apenas mais uma maneira de sobreviver nesse mundo nojento
Já não tenho mais forças para brandir minha espada
Meus braços não se levantam mais para segurar meu escudo
Eu não me lembro mais, de nada
As vezes me pego chorando e me pergunto o motivo
Algumas vezes ele aparece, outras ele apenas foge
Fuga
Já não sei para onde ir
Por mais longe que eu vá, sou perseguido pelo pior dos inimigos
Eu
Já não posso mais fugir de mim mesmo
Já não é mais seguro
Rumo à fuga
Adeus.

Inserida por ChozArt

Não importa se poesia, poema, soneto, contos, crônicas, ou seja lá o que for; o mais importante é você usar sua alma para expressar aquilo que você quer, a um mundo tão carente de ser!

Inserida por seuamigofarmaceutico

Uma aluna me pediu para escrever um conto de fadas para ela, eu escrevi!

As imaginações de Duda Mary
Ione Morais

Em um reino bem perto, mais precisamente em New Age City, vive uma menina princesa. Neste reino, há muitas princesas belas. Mas essa, especificamente, tem cabelos loiros, olhos verdes, delicadamente carinhosa e cheia de dengos. Seu nome é Duda Mary.
Duda Mary tem, ou melhor tinha um bichinho de estimação imaginário que ela guardava com muito zelo em seu coração. A Síssi, um unicórnio fêmea bem colorido que estampava suas roupas e adereços para cabelos que a avó ajudava a desenhar.
Certo dia, Síssi sumiu e Duda Mary ficou muito triste. Procurou, procurou, e nada do cavalinho colorido de chifre espiral na testa aparecer. Cansada de tanto procurar, a princesinha cantarolava o dia inteiro.
_Faz três noites que não durmo, ô lá, lá.
Pois perdi a minha Síssi, ô lá, lá.
Minha amiguinha ô lá, lá
Eu perdi lá no infinito.
Ela é branca e rosinha, ô lá lá
Tem um chifrinho ô lá, lá
Coloridinho ô lá, lá...
_ Que é isso Duda Mary? Perguntou sua mãe, vendo a tristeza da filha.
_ É a Síssy querida mamãe!
_ Quem é Síssy? Indaga a jovem rainha sem entender.
_ É minha melhor amiga! Diz Duda Mary com olhos marejados de lágrimas.
_ Você nunca tinha me falado dessa amiga, filha! Sua majestade sabe dessa tal amiga? A rainha pergunta ao rei, preocupada.
_ Minha rainha, nossa filha, a princesa, é cheia de imaginações. Não se preocupe, isso passa. Diz o rei virando-se para comer um pedaço de pão com maçã que estava em cima da mesa repleta de quitutes deliciosos.
A rainha, com os cabelos em pé foi perguntar para a rainha -avó.
_ Minha ilustre sogra, a senhora sabe por acaso quem é Síssi, a amiga de Duda Mary?
_ Sei sim. E ela foi embora pra nunca mais voltar. A princesa muito a deixou magoada, porque já não a chamava tanto para brincar.
A princesinha, abriu a boca a chorar. E a rainha pôs se a consolar a filha, mesmo sem saber o que estava acontecendo. A velha rainha, que tinha passado o trono para seu filho, ficou com pena da neta, soprou um pó cheio de magia e as três foram parar na terra dos unicórnios. Um lugar tão brilhante como a luz do sol no inverno.
_ Sissí....Síssi! Gritou Duda Mary ao ver sua amiguinha de tanto tempo, galopando no Vale do Arco Íris.
Síssi também correu para perto da princesa, que fez-lhe um carinho no chifre. As duas se conectavam atráves de telepatia. O unicórnio disse que ela tinha mesmo que partir, pois a princesa estava crescendo e logo, logo deixaria as fantasias de criança de lado.
A rainha-mãe, compreendeu que a rainha-avó era quem contava para a neta lindas histórias de dragões, princesas, reinos paralelos, unicórnios e outros seres alados. Então, muito maravilhada com os belos unicórnios prateados, dourados e brancos como a neve, percebeu que no meio do caminho da vida, é tudo igual, mas no início e no fim de alguns que acreditam, ela pode ser fantasticamente especial.
Duda Mary, mesmo sofrendo por deixar Síssi, aceitou voltar para New Age City, e andou apoquentando a cabeça de sua professora no palácio Grow up Station para contar sua história ao mundo. O que ela fez com todo amor e carinho de mestra.

Inserida por IoneMorais

"A grama do vizinho é mais verde".
É uma definição precisa do ser humano que, sempre procura aquilo que não tem, com a ambição de possuir o máximo possível.

Inserida por OscarKlemz

Talvez..
talvez um dia tudo passe, os erros, acertos, tudo.. porém irei lembrar de tudo,afinal isso molda o grande homem que sou.

Inserida por kaduxc

Pequeno conto sobre contar contos

Contador de histórias, narrativas, crônicas, contos, recontos, relatos, porandubas, gestas, gamelas, percursos, enredos, fatos, piadas, historietas, anedotas, suscetibilidades, melindres, perplexidades, sentimentos, aborrecimentos, gostos, tramas, teias, intrigas, entrechos, fabulas, romances, troços, urdiduras, alegretes, invenções...

Contador de HistóriAS

Inserida por ascaldaferri

Sem pedir licença vou entrar na sua mente
Com rabiscos diferentes, sua história vou contar, e vai se ver nos detalhes das palavras, vai pensar que em sua casa um dia já fui morar.
Mas, é por que temos coisas semelhantes sobre fatos importantes nesses contos da vida.

Inserida por LayonSoares

Não se apresente ao MUNDO nem as PESSOAS como FONTE DE DESEJO...
REALIZANDO SONHOS.
Apresente-se como QUEM VOCÊ REALMENTE É pois CONTOS DE FADAS Geralmente tem poucas páginas e sabemos que NÃO é REAL.

Inserida por AliceClarice1001

O incrível Homem de Pedra



Era uma vez,não é a melhor maneira de começar uma historia,mas começo assim pois tem veia de historia que vô conta...Em algum lugar desse mundo extenso havia uma montanha como uma forma estranha,certo dia um jovem desbravador e seu experiente avô se deparam com ela,mas que depressa o jovem perguntou:

- Vovô o senhor que conhece todas historias, sabe de tudo um pouco, mas não toda verdade, sabe o porque da forma estranha dessa montanha?

Logo o senhor atentou e e disse:

- Claro que sei,bonita historia,se não me falhar a memória ela toda lhe contarei:



Havia um grande homem de rocha,de aparência horrenda,seu corpo não fazia sentido,inexplicável era sua vida ou sentido dela,vagava,caminhava,uma vez ou outra alguém lhe atacava,mas nada surtia efeito,era inquebrável,indestrutível,imparável!!!

Meio sem querer se tornou protetor da floresta que habitava, as criaturas mais fracas e indefesas,que já não temiam os predadores, pois a tudo aquele homem pedra amedrontava,na havia aquele que lhe enfrentasse,desafiasse,não sentia dor,e aparentemente nada...

Certo dia um homem de carne,de caráter questionável e inteligência peculiar,resolveu a observar tudo a distancia como se comportava a grotesca criatura de pedra.A rocha humana,amava a natureza,se alegrava com o cantar dos pássaros,com o saltitar dos cervos,fazia sons parecidos com risos a observar as brincadeiras dos esquilos,contemplava o céu,e sabia o nome de cada arvore do local,sabia que as flores,perfumavam o ar e anunciavam a chegada de muitos frutos...Ao ver tudo isso logo o homem de carne constatou:

-Ele sente!Ele sente!Alegra se e ama...Inquebrável,indestrutível,imparável,porem não inabalável!Aos outros necessito informar.



Certa noite,Homem de Pedra,observava e cantava para as estrelas,o som era oco parecia o eco da caverna,mas de certa forma havia harmonia,melodia e paz!Quando repentinamente ouviu um grito:

-Me ajude!Me ajude vamos todos queimar!

Era o grande acre da ponta sul,mais que depressa se pois a correr,foi quando o pinheiro da ponta norte também gritou:

-Estou em chamas,ajude me homem de rocha!



Pobre homem de Pedra,quando se situou aos quatro cantos estava cercado,só havia fogo,cedros,jatobás,eucaliptos,andirobas,bananeiras,arvores mangueiras,ypes,pobres salgueiros todos estalando com o fogo,toda beleza natural se esvaindo,todos frutos se perdendo...Ouviu todo mundo em tua volta gritar,gritavam em agonia,tudo aquilo que conhecia,tudo aquilo que lhe dava alegria estava perdendo a vida,ao nascer do dia estava cercado de cinzas.

Então o homem ao nascer do dia,aquele homem de carne de inteligência peculiar,viu que nem em tudo havia conseguido pensar e começou a esbravejar:

-Que droga,maldita vida!Não restou nada aqui,somente cinzas!Os pássaros voaram, os cervos correram, a água esta suja, e não há o que colher,e nem pelo visto não há sementes,e por aqui nada parecer mais poder nascer,só restou aquele horrendo Homem de Pedra,que não quebra,que não queima,que fique só sem tua natureza,es o que merece,pela raiva,e por toda afronta que nos fez,onde esta a natureza e toda vida que tanto queria proteger?

Assim o homem de carne partiu junto com os demais, sem remorso ou ao menos olhar pra traz!

Estava só,aquele homem de rocha que não se quebrava,que nada o destruía,ou lhe parava,se colocou sob os teus pés e olhou a tua volta,mais não havia vida em tua volta,so cinzas e coisas mortas,olhou pro céu e esbravejou,aquele som estridente,assustador,não tinha paz,era so agonia,dor...aos poucos foi ficando triste,e mais triste,foi se encurvando,pois cabeça entre as pernas não quis mais ver,nem ouvir,nunca mais sentir,so queria ser nada,ser ninguém,chorava,e chorava e ninguém escutava,ninguém lhe via,ninguém se importava...era o que pensava.



Porem de todas as belezas naturais, lhe sobrava mais imensa e intocável, O Céu. E o Céu ouviu teus prantos, o Céu se comoveu e chorou, sem parar por um longo tempo,estrondou mil vezes,para que o homem de Pedra olhasse para ele,para que se levantasse,para que se reerguesse,e observasse a tua volta,pois as lágrimas do Céu haviam trago vida nova,muito mais vida que em outrora...Mas toda aquela fortaleza de rocha,se curvou,se perdeu,desistiu de lutar e o mundo seguiu,ele parou,muitas coisas lhe amontoaram e ele se perdeu!

Meu neto essa é historia do Horrendo homem de Pedra que tinha sentimentos e amava a natureza,que era indestrutível,imparável,Inquebrável,sua existência inexplicável!

Mesmo assim deixou que amontoassem pequenas pedras em tua volta,sob si ate o ponto de não conseguir mais sair e nem se distinguir, o que era ele e que eram as pedras a tua volta,e com o tempo foram tantas pedras que se formou essa frondosa montanha...De todas maravilhas que o Homem de Pedra poderia contemplar,infelizmente na viu a mais maravilhosa,O Milagre Das Lágrimas do Céu.



Olhei para o lado e meu neto,havia dormido,ninguém quer ouvir historias de um velho afinal.

Me aventurei num mar de sonhos
navegando em uma pequena jangada
esbravejando magníficos contos
remando contra lembranças de uma era passada
Sua forma me veio a mente
observando a noite estrelada
Teus olhos brilhando como uma estrela cadente
iluminando meu caminho nesta nova jornada

Inserida por richard_mendes_1

VINTE E DOIS

O músico é uma criança à procura do futuro, do passado, do presente.
Do futuro do presente
De um presente do passado
De um passado de muitos futuros

A música é choro, é chão, é momento
A música é o sempre, é o agora, é uma coisa já vista/ouvida que sempre será novidade
Efêmera e eterna fertilização de corações e mentes.

A música é a definição indefinida do que almejamos ser ou não ser.
É a palavra mais inalcançável ao alcance dos mais incautos ouvidos

A música é uma estrela. Ou seria constelação?
Uma leve brisa ou um tortuoso tufão?

A música é a explicação ao inexplicável.
É o inexplicável translúcido em vasta amplidão
É a liberdade prisioneira
É o teto, a eira e a beira
É o que fomos, o que somos e o que seremos.

A música é utopia real
Fantasia da realidade
Realidade da fantasia

A música é uma criança à espera de zilhões de pais, mães, irmãs e irmãos.
É Arezzo, Cecilia e João, Sãos...

É a certeza da cura
É a cura desenganada
É a ilusão do horizonte
É a bebida que brota de toda e qualquer fonte

É a coisa sem fronteiras, que infelizmente alguns tentam podar.
A música é o mais reluzente significado para nossas vidas, quer queira, quer não .

É angústia, é ânsia, é susto, é suspense, é o amor!

E em seu dia elencado por mortais,
Tento em versos vãos externar o infinito solúvel e sem solução

A música é esperança, é uma criança, é a fêmea e o macho, do flautim ao contrabaixo
Do ventre à luz
Da alma aos sãos
Da cegueira à visão
Do oco aos atos.
Do ogro aos ratos
Dos gnomos aos patos

Da fome ao prato
Existem sons

A música é criança versada e versando
Canções

Luciano Calazans. 22/11/2017

À Deusa que rege a minha vida e a de Zilhões.

Inserida por Maestroazul