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O Ipê-amarelo-flor-de-algodão
dançarino nesta noite
o Lunistício reverencia,
Ter amor por você é por
enquanto é querência íntima
que se poesia a ser pública,
Que seguirá sendo escrita
por nós dois a vida inteira.
Ipê-amarelo-flor-de-algodão
avistado na madrugada
faz a visão apaixonada
de que cruza a longa estrada,
Pensar em você sem
se ter não tem sido fácil,
Deixei por prevenção o quê
sinto nas mãos do destino
para não pôr o coração sob perigo.
Ipê-amarelo-flor-de-algodão
altivo e lindamente florescido
no Médio Vale do Itajaí,
O teu amarelo brindando
com poesia a terra de Rodeio
põe o meu poético peito
em total e sublime florescimento.
Naturalmente lindo
Uma neblina vêm galopante do alto da serra e com violência incomum insiste em esconder o meu enorme jardim de rosas coloridas,
um tapete de algodão doce se forma sobre as rosas fazendo-as chorarem implorando misericórdia pela luz solar,
o choro foi ouvido pela brisa do mar que chega uivante decidida a ajudar espalhando a nuvem de algodão doce abrindo os caminhos para o manto colorido de rosas se alegrar.
Eu vi lá de cima!
Pude ver acima das nuvens,
eu vi o sol lá de cima saindo da escuridão para iluminar o horizonte,
ainda não sei se aquilo tudo era uma fábrica de algodão doce, de pele de ovelhas ou era um mero sonho nas alturas.
Te foste
Ah! As cicatrizes...
Os meus olhos de silêncio.
Sempre que me cortavas...
Palavras duras.
Palavras silenciadas.
Lembro-me do quanto odiava os dias assim.
Mas não conseguia me desvencilhar.
Estava amarrada.
Presa.
Colada.
Sangrava a pele.
E um algodão-doce me adoçava.
Hoje já não sinto tua falta.
Nem do algodão-doce.
Te foste, graças a Deus, de mim te foste.