Suspiro
O suspiro de um vazio, o suspiro do desespero.
Tão fácil e leve quanto aqueles que se escondem atrás de seu medo.
Debaixo de suas críticas, nem sempre construtivas, se escondem falsas superações, que se nivelam na face oculta de seus desesperos.
Não há oque temer, mas não há oque colher.
Fácil lhe apontar os dedos, quando tudo oque se vê são seus erros refletidos por meio de ocultos reflexos.
Não há como agir diante de uma situação dramática, porém sádica.
Como será a nivelação de sua própria ação, na mesma proporção em que seu medo, supera sua ação?
Não há como fugir, pare de tentar, pare de agir.
que todo novo amor seja
infinito
até que dure.
Pois se não há intensidade que nos faz esquecer dos dias,
pq eu levantaria
daqui?
Quando a morte chega
O café esfria e ninguém o toma
O tempo se torna o total inimigo
Pois segundos fazem diferença
O tempo fica lento
As cenas param
As pessoas ficam
E você vai
E nessa hora tudo faz sentido e ao mesmo tempo todo sentido se perde
Você entende tudo e
Não entende nada
Lágrimas escorrem
Livres
Mas escorrem
E assim como secam
Morrem com um último suspiro
E nesse último segundo
Toda a vida passou na frente dos seus olhos
E você agradeceu por tudo
Por todos
Por tudo de bom que passou
Por tudo de ruim que passou
E você acreditou
Mas não é mais
Você se foi
O tempo acabou.
SUSPIRO OFEGANTE
Que é saudade sem ter-te? apenas um vão
Dum sentir frio e o vazio sem a face da lua
O desejo sem te ter? Esvaziado na solidão
Emoção que pelo céu a recordação flutua
Passo a passo. O caminho sem ti? Imensidão
Da noite usurpando o dia, grito e agonia nua
Sofrência? Lágrimas, ai! E pranteia o coração
Pra esquecer o encanto, a graça, prenda sua
Que é de meu poetar? Calado e pobrezinho
Sem o teu olhar. São palavras soltas sem lugar
Peregrino solitário, infecundo e sem carinho
Íngreme e pesado fado, sou eu sem instante
Onde o afeto vive perdido e sem poder amar
Na sobra da tristura e num suspiro ofegante!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Maio, 11, 2021, 09’46” – Araguari, MG
Medo
A vida se torna mais valiosa quando o medo de não respirar mais, chega a nós dominar por alguns segundos. A vida é o sopro mais valioso de todos os 365 dias do ano, se repetindo todas as vezes que se completa mais um ciclo.
He!! Vida, suspiro de gratidão, de leveza de sorrisos de aplausos por momentos célebres de todos os instantes.
Ser grato, se educado, ser gentil, ser sereno ter leveza no corpo e na alma isso torna os supiros dos dias mais agradáveis.
APENAS UM SUSPIRO
Na hora melancólica da luz poente
No cerrado, no ocaso do fim do dia
A voz de um desalento impaciente
Na sensação, um engano repetia
Na lembrança o lembrar ausente
Na dor, uma agonia que asfixia
O aperto em um tom crescente
Avivando o sentimento que jazia
E no entardecer o olhar morria
Nos perdemos de nós dois, fria
A saudade, no silêncio a cicatriz
Depois, sei lá depois, tudo calado
Vazio, sem vontade de ser amado
Pois, era apenas um suspiro, infeliz!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
12/12/ 2020, 08’59” – Araguari, MG
"Há situações na vida em que não vemos mais saída; tudo é incerteza e desesperança e, em lugar do sol, só há densas nuvens. Há circunstâncias em que não temos forças; nem sabemos o que fazer. É nesse momento que precisamos sussurrar, nem que seja em um último suspiro de fé, e olhar para o alto. É de lá que vem o socorro; é de lá que vem a força e a graça para continuarmos até que o sol volte a brilhar e a vida ganhe novamente sentido. Só não vale desistir; só não vale se entregar." (F.C. Cunha)
"Traz até nós, de toda a parte
suspiros, murmúrios e ruídos...
Dormir será delicioso
o sono será terno e puro
na maravilha de um tão belo dia"
Às noites entrego tudo aquilo que não me pertence...
Adverso a si, entrelaço-me ao vácuo entre os suspiros...
Tento, enfim, destruir o que me destrói...
Quando, como, onde? Terás fim com meu último suspiro?
Ou carregar-me-ei pelos escuros labirintos de incertezas?
Ocultarei, assim, minha própria existência?
Enfatizarei, assim, somente a dor?
Das chuvas irei carregar-me...
Tempestades e dilúvios a me rodear...
Sempre desejando afogar-me
Naquilo que parte de mim nunca fará...
Benditos sejam os suspiros da noite que chegam para nos lembrar que entre um dia e outro é necessário uma pausa.
Não dá pra ser sempre tão evidente, traduzido e patente. Alguns dias precisamos emplacar o ar de mistério e sobriedade, o sorriso comum em vez de gargalhada, um suspiro por vez pra passar a dor engasgada. E acreditar de verdade que quem brilha nessa vida jamais terá sua aura apagada, mesmo que nessa estrada tenha cessado a jornada.
Coincidência ou inocência?
Um misto de cada...
Bendita hora que o caminhão parou!
Coração palpitando na mesma velocidade que o doceiro chegou!
Não,obrigado! Disse o bem...
Então,engulo um suspiro seco
E de repente os olhares se cruzam...
E os lábios finalmente se encostam!
Nesta ânsia de concretizar meu desejo,
Percebo que o doce sempre esteve no seu beijo!
Serve-me apenas um suspiro, um alento, para que haja o hoje, o sol; ao menos, um outro sonho, uma nova chance, um outro sopro de vida ou simplesmente um sorriso.
Se o ultimo suspiro da vida de um homem for um desabafo resumindo toda sua vida o que esse suspiro estaria dizendo? Alivio, lamento ou os dois?
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