Surrealismo
Real é este o seguimento de ilusões que transformo em forma narrativa que tem, por vezes, o intuito de instaurar um aparato virtual permanente entre mim e as telas.
As ideias dançam dentro de mim sem a necessidade da minha intervenção.
É lá que vivo e transmito esta dança ,sempre que posso. A minha própria Realidade.
Sou Metáfora...
Em permanente contágio mental em torno da minha loucura que me empurra para a tela, misturo-me com as cores, como se de uma floresta densa de ideias perdidas do meu ser inquietante se tratasse.
Curioso, crio minuciosamente cada pincelada de prazer de onde emanam as coisas fingidas - surreais - para ganharem vida estática em cada tela saída do meu sonho.
E Eu?... eu sou metáfora de cada tela.
Este sou Eu;
Omitido em tantas atmosferas Marcianas,
numa busca de confirmar a existência de mim ...
encontro-me
em lado nenhum.
Tomo a atitude;
mato-me lentamente com pincéis e tintas
na ânsia de satisfazer uma "não separação"
entre o Homem e o Artista.
Neste comportamento inusitado
presencio o começo.
Atinjo o fim.
Tinha o coração dos poetas, a mente dos surrealistas, a coragem dos samurais. Mas a imaginação dos prisioneiros.
As vezes, 90% não é suficiente.
TARDE VAZIA
A tarde está vazia como o cântaro no deserto,
E nublada como miha alma que mergulha na escuridão,
Tal qual a noite mais densa, quando chega sem avisar,
Querendo levar a seu covil a nobre alma de um guerreiro.
Até a mais intensa luz que busca se aproximar se nebula,
Mais se parecendo um tênue farol em meio à neblina densa,
Que, após perceber a turbulência, vai se distanciando,
Continuamente, tornando-se cada vez mais pálida, até desaparecer.
Poucas e pobres almas que inadvertidamente ousam chegar perto,
Em um mar de lamas são lançadas, maculando-se na essência,
Pelo poder negro que brota violentamente em minha alma,
Devorando os restos de humanidade nelas contidos.
Sou como o catarro pútrido onde se hospedam os vermes,
Que se alimentam, constantemente, das entranhas da carne,
Tal como faço com as almas que ousem se aproximar,
Sem se atentarem para o risco da nebulosidade de meu ser.
Do mundo, rechaço quaisquer bens, em descrença de suas futilidades.
E as donas, todas elas, belas ou não, são comidas como frutas,
E os caroços rejeitados no lixo, contaminados com a podridão de meu ser,
Temperados de tal modo que lá ficam como dejetos indesejados.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp
