Suportar e a Lei da minha Raca
Aceitar-me plenamente? É uma violentação de minha vida. Cada mudança, cada projeto novo causa espanto: meu coração está espantado. É por isso que toda minha palavra tem um coração onde circula sangue.
E a minha alma alegra-se com seu sorriso, um sorriso amplo e humano, como o aplauso de uma multidão.
Mesmo que a rota da minha vida me conduza a uma estrela, nem por isso fui dispensado de percorrer os caminhos do mundo.
A espantosa realidade das coisas é a minha descoberta de todos os dias. Cada coisa é o que é. E é difícil explicar a alguém quanto isso me alegra, e quanto isso me basta. Basta existir para se ser completo.
Nota: Trecho do poema “Poemas Inconjuntos” in Poemas de Alberto Caeiro (heterônimo de Fernando Pessoa).
...MaisViajo sozinha com o meu coração.
Não ando perdida, mas desencontrada.
Levo o meu rumo na minha mão.
Nota: Trecho de "Despedida".
...MaisÉ hora de partir, meus irmãos, minhas irmãs
Eu já devolvi as chaves da minha porta
E desisto de qualquer direito à minha casa.
Fomos vizinhos durante muito tempo
E recebi mais do que pude dar.
Agora vai raiando o dia
E a lâmpada que iluminava o meu canto escuro
Apagou-se.
Veio a intimação e estou pronto para a minha jornada.
Não indaguem sobre o que levo comigo.
Sigo de mãos vazias e o coração confiante.
Os professores da minha escola
A professora de Matemática,
com suas contas complicadas,
falando em equações,
no Teorema de Pitágoras.
A professora de Português,
com seu modo indicativo,
falando em advérbios,
interjeições, substantivos.
A professora de Geografia,
com seus complexos regionais,
falando em sítios urbanos,
em pontos cardeais.
A professora de Ciências,
com seus ensinamentos ecológicos,
falando em evolução,
em estudos biológicos.
A professora de História,
com seus povos bizantinos,
falando na Idade Média,
no Imperador Constantino.
A professora de Inglês,
com seus don't, do e does,
falando em personal pronouns,
na diferença entre go e goes.
A professora de Artes,
com suas obras e seus artistas,
falando em artes ópticas,
em pintores surrealistas.
O professor de Educação Física,
com suas regras de voleibol,
falando sobre basquete,
em times de futebol.
Os professores da minha escola,
com suas matérias que às vezes não entendemos,
falando em todas as coisas,
que aos poucos vamos aprendendo.
INSTANTES
Se eu pudesse viver novamente a minha vida, na próxima trataria de cometer mais erros. Não tentaria ser tão perfeito, relaxaria mais. Seria mais tolo ainda do que tenho sido; na verdade, bem poucas coisas levaria a sério.
Seria menos higiênico. Correria mais riscos, viajaria mais, contemplaria mais entardeceres, subiria mais montanhas, nadaria mais rios. Iria a mais lugares onde nunca fui, tomaria mais sorvete e menos lentilha, teria mais problemas reais e menos imaginários.
Eu fui uma dessas pessoas que viveu sensata e produtivamente cada minuto da sua vida. Claro que tive momentos de alegria. Mas, se pudesse voltar a viver, trataria de ter somente bons momentos. Porque, se não sabem, disso é feito a vida: só de momentos – não percas o agora.
Eu era um desses que nunca ia à parte alguma sem um termômetro, uma bolsa de água quente, um guarda-chuva e um paraquedas; se voltasse a viver, viajaria mais leve.
Se eu pudesse voltar a viver, começaria a andar descalço no começo da primavera e continuaria assim até o fim do outono. Daria mais voltas na minha rua, contemplaria mais amanheceres e brincaria com mais crianças, se tivesse outra vez uma vida pela frente.
Mas, já viram, tenho 85 anos e sei que estou morrendo.
Nota: Trecho adaptado do poema original, que se chama I'd Pick More Daisies (Eu colheria mais margaridas, em tradução literal). Essa versão adaptada do poema, intitulada Instantes, costuma ser erroneamente atribuída a Jorge Luis Borges e Nadine Stair.
...MaisNa minha opinião existem dois tipos de viajantes: os que viajam para fugir e os que viajam para buscar.
Me permitir ser um pouco insignificante. E na minha insignificância, poder acordar um dia mais tarde sem dar explicação, conversar com estranhos, me divertir fazendo coisas que nunca imaginei, deixar de ser tão misteriosa pra mim mesma, me conectar com as minhas outras possibilidades de existir.
Nota: Trecho de Link
A minha infância de menina sozinha deu-me duas coisas que parecem negativas, e foram sempre positivas para mim: silêncio e solidão.
PERGUNTO-TE ONDE SE ACHA A MINHA VIDA
Pergunto-te onde se acha a minha vida.
Em que dia fui eu. Que hora existiu formada
de uma verdade minha bem possuída
Vão-se as minhas perguntas aos depósitos do nada.
E a quem é que pergunto? Em quem penso, iludida
por esperanças hereditárias? E de cada
pergunta minha vai nascendo a sombra imensa
que envolve a posição dos olhos de quem pensa.
Já não sei mais a diferença
de ti, de mim, da coisa perguntada,
do silêncio da coisa irrespondida.
É de minha responsabilidade não ficar triste, não deixar ninguém me magoar, não deixar que nada de ruim me aconteça.
Agora sei: sou só. Eu e minha liberdade que não sei usar. Grande responsabilidade da solidão.
Não caminhe detrás de mim, posso não te guiar. Não ande na minha frente, posso não seguir-te. Simplesmente caminhe ao meu lado e seja meu amigo.
Sou muito grato às adversidades que apareceram na minha vida, pois elas me ensinaram a tolerância, a simpatia, o autocontrole, a perseverança e outras qualidades que, sem essas adversidades, eu jamais conheceria.
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