Subestima a minha Inteligencia
Minha vida, sem querer, transformou-se em uma vida de desculpas. Infelizmente acho que virei um adulto.
Preciso de um tempo para mim
Ser o centro da minha atenção
Buscar o que me agrada
O que dá prazer...
ouvir música...
soltar o corpo numa dança...
ou a imaginação em um livro...
dirigir sem destino...
cuidar do corpo e da alimentação...
curtir um hobby...
pintar...
Preciso de um tempo para mim
Um tempo para nutrir minha alma
Um tempo para ouvir meu coração
Um tempo para conversar com DEUS...
Eu cada dia, mato um pouco de mim mesmo, com o objetivo de fazer calar minha voz interior, ou melhor, estou tentando me livrar das perturbações interiores desenvolvendo uma consciência depravada, fraca, viciada que me faça feliz no torpor da vida. Quero me aquietar diante dos homens e de Deus. Ou perder o respeito de mim mesmo. Ou ainda deixar de preocupar com o que os outros pensam de mim. Nesse suicídio a prestações, mareio meu brio.
REFÉM
Algemada, fruto do meu coração
Consumada, minha própria condenação...
Viver sem ti, é estar sem mim
Mesmo sabendo aonde estou
Certo de que nada sou.
Certo demais,
De que não sou capaz.
Confinado, olhos da minha razão
Fustigada fio da minha canção.
lembro os teus olhos
Entre as vidraças
Te acostumando ao pavor
E eu me entreguei ao sabor
Da mesma pena e da mesma dor.
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naeno*comreservas
PALMA DA MÃO
Eu não conheço a palma da minha mão.
Entre tantos cruzados de linhas,
E mais de um veio principal
Onde descambam as águas dos meus dias.
Não tenho noção do que seja a palma da minha mão,
Reconheço, e já é volumoso
As coisas que toco, a embaralhar meu destino.
Reconheço, quando a espalmo frente aos olhos,
Alguns poros suados, o anel centenário,
A cor, que coincide com a cor do meu corpo inteiro.
Na aventura a que me lancei,
Em me procurar e me achar,
Em algumas partes de mim deu pra ver
Outras nem que eu virasse o mundo o contrário
Daria para medir, saber, esboçar.
Alguém, como eu, desconhece, numa vista frontal
O seu crânio, seu cabelo, tal como tal, são?
Ou conhece seus buracos
Que só na cabeça contam-se sete,
Afora os outros por onde se mete
Nosso temor, dizer explorar.
E os seus encontros de mãos e pernas,
Como uma árvore, quem conhece?
O por trás todo, ninguém sabe o que é.
Sabemos dos outros, também minúcias,
Nada de definido se sabe
O que conhecemos de nós mesmos
Também os ouros conhecem,
E somos mais conhecidos por eles,
Do que por nós, da mesma forma inversa.
Se por fora de nós pouco sabemos,
Imagine um devaneio por dentro.
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naeno*comreservas
POEMA DO CÉU
Se eu vier a nascer de novo
Pedirei ao Deus da vida...
Seja esta a vez da minha morte.
Mandai-me velho, com todo o tempo que terei
E deixai que progressivamente eu regresse.
Largai-me cambaleante como uma criança
Nos seus primeiros passos
Que daí eu desça, remoçando
Com a carga pesada de tudo o que é meu
Das coisas que vi e fiz e repetirei de novo.
E siga esquecendo, desaprendendo
Diminuindo ou aumentando.
Destapados os ouvidos, limpos meus olhos
Que eu ouça e veja.
E que tudo vá se diluindo e consistindo
No olhar atento e sentidos perfeitos de moço.
Mas que eu vá me esquecendo,
E o que eu lembre dure o tempo de esquecer.
Que a mim seja da beleza
De primeiro ver o crepúsculo
Pra só depois ver a aurora.
Que as estrelas e a lua, eu veja antes
Que a luz ofuscante do sol.
Que as mulheres se surpreendam
Com os beijos que sugarei de suas bocas
Que eu siga de tudo esquecendo...
Que as estações se invertam
Da forma como eu venho vindo e indo.
Que eu veja as águas que não se repetem
No mesmo ponto do rio
Descidas distas dos meus olhos, um dia.
Que as chuvas primeiras sejam as derradeiras
E eu já colha antes de plantar, antes de arar.
Que o meu primeiro presente, uma bola furada
Dê-me a alegria de um menino encantado.
Que eu desça ou suba esquecendo...
Desaprendendo, perdendo e sendo o sentimento adulto.
Que de repente eu me veja
No regaço de minha mãe sugando o colostro,
E de tudo esquecido,
Que se abram as portas
Por onde entrei e saí pela segunda vez.
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naeno*comreservas
Momento na vida, esse momento de ansiedade total que consegue roubar toda a minha criatividade. Esse momento onde a ansiedade me possui me leva ao abismo profundo da incerteza e das dúvidas. [...] Quais são as causas dessa confusão mental? Meu mental confuso me torna vunerável os sentimentos confusos e distorcidos e me deixa sem defesa contra os pensamentos abstratos.
CARTA
Um dos meus desejos mais ardentes
Sempre foi o de sair deste lugar
Minha primeira ambição foi ser
Um militar do exercito brasileiro
Sempre os julguei importantes demais
E trabalhadores eventuais.
Porém eu não era do tipo certo
Que recebiam ordens e a executava
E o mais complicado de tudo,
Sou o tipo miúdo, a que se serve quase a nada
E ainda com uma forte tendência a me perder
Nos meus devaneios de poeta.
— Passei tanto tempo da minha vida me preocupando com ele, que esqueci de mim... E sinto saudade.
— Dele?
— Não, de mim.
Pensei, penso e pensarei...
logo ex...isto, pois sinto o som...
(O barulho)
...barulha na minha cabeça...
Mas aprendi que a vida é feita de momentos, que ainda assim podem ser interrompidos sem minha permissão.
Não acredito mais no amor
Assim jurado e não cumprido
Minha resposta é sempre verdadeira
Prefiro ir só no meu caminho.
DESAFORTUNADO
Eu conheci a casa de um desafortunado
Nela vivi quase toda minha vida,
Apanhei gravetos para os invernados,
Puxei gavetas e guardei retratos,
Um arquivo morto de mim retirado.
Eu andei por dentro da casa cumeada
Tropecei pelos atalhos, cadafalsos
Troquei uma vida, que me dera, inventada
Por uma que eu vi de perto, andando enfalço.
Fui o primeiro desordeiro do motim.
Não tive nunca uma gota de raiva,
E foi assim, andando dentro e fora dos pântanos
Que hoje dou graças à sorte fora de mim.
A imaculada virgem, mãe da Conceição
O meu amparo, de quem mais eu vi nos olhos,
A minha amada, o tempo todo cortando a rota
Dos desamados, sempre me trouxe por sua mão.
Fiz pisoteio até o cultivo dos desgarrados,
E vi a festa da colheita das formigas,
E disso eu disse, com o coração e alma aflitos,
Não me descanso, mesmo quando estou sentado.
E da lavoura que os cupinzeiros demarcavam,
Umas espigas de milho bem debulhadas,
Pus o sabugo como mastro da bravata,
E lutei só, com Conceição, nela amparado.
Olha-me Deus, no que escrevi,
Eu relatei a minha vida e Vos traí,
Era um segredo até à outra por vir,
Até cansar, e cansado, aqui cair.
Você consegue mexer no mais profundo da minha alma
Faz me sentir as mais estranhas sensações
Viajo ao paraíso somente com o brilho do seu olhar
Você me toca e perco o equilíbrio da razão
Quando fala ao meu ouvido a sua voz me faz viajar pelo tempo e pelo espaço
Compartilhar meus momentos com você é muito mais que atração e desejo...
Quando estou nos seus braços me sinto um menino...
Nossos olhares quando se cruzam, instante mágico que viajamos ao infinito
Quando toco sua boca... Sinto o mel!
Eu não vou mais olhar atrás
O que passou não volta mais
Não temerei o que virá
Minha Esperança está Em Deus
Cada lágrima que chorei
Cada sonho que perdi
Coloco aos Teus pés
Levanta-me Senhor
Eu confio em Ti
Nada poderá me afastar de Ti
Tu És a minha Fonte, meu sustento
Meu Amigo Fiel
Eu confio em Ti
Nada poderá me afastar de Ti
Em Todo tempo eu sei que estás comigo
Meu amigo Fiel
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