Suas Maos em meu Corpo

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Meu erro sempre foi idealizar o amor como nos filmes, mas só através de Cristo que entendemos o verdadeiro amor. Amor esse que crua e transforma

*- No meu sentir, quando René Descartes disse "cogito, ergo sum", a lógica racional (ou carteziana) da frase nos leva a contextualizar o pensamento sobre uma palavra apenas: "coerência". De tal modo, nada é justo ou injusto, certo ou errado, bom ou mal, sem ela. Decididamente é essa a minha visão. A "coerencia", pura e simples, refere a consecução da busca universal da mente humana, legitimada pelos mistérios paradoxais e irrespondíveis da vida e da tese da criação. Tudo o é e sempre será, por "coerencia"!*
(Vitor de Oliveira Antunes Neto)

Sinto-me viva sempre que meu coração está em paz e minha alma equilibrada.

Estive perdido mas me encontrei quando encontrei vc que me reanimou a realizar meu sonho

"Eu já fiz tanta tolice em nome desse tal livre arbítrio, que o meu espírito tomou as rédeas e disse: Agora chega!"
Haredita Angel
03.02.25

O que faz meu sonho ser completo,
é ter você nele. Pois, ao seu lado,
cada meta se torna realidade. E cada passo nos leva à nossa história.

"Quando o Sol se avergonha no horizonte, eu sei que a saudade vai recair sobre o meu eu, de novo.
Ela se via como Ouro de Ofir, mas era só uma bijuteria, ouro do tolo.
Quando a vislumbrei, conclui meu hara-kiri, ela não teve dó; teve dor, ela não teve zelo; ela agiu com dolo.
A infância, a juventude, são tão boas, a inocência é tão doce, sinto falta da minha ignorância, sinto falta das vezes em que fui tolo.
Quando se ama, quando se envelhece, percebe-se que até mesmo a ausência de algo pode ser doloroso.
Um cheiro, um beijo, um olhar, uma carícia, aquele 'eu te amo', um corpo.
Quando o amor nasce, floresce em um só peito, em um só coração, é um sentimento natimorto. Recordo-me de nós, das vezes em que tentei, das vezes em que, mesmo sem errar, errei, e só me vem o desgosto.
Paguei, ah sim, mas paguei por todas as iniquidades, pecados desta e de outra existência: já não devo mais nada ao Deus, deixe minh'alma longe de outra vida com ela, Pai, não quero esse martírio, de novo.
Se fui feito para ela, então, me desfaça, Pai, destrua minha existência, me faça rastejar pelos sete infernos, mas não me faça olhar uma outra vez na constelação daquele olhar, o de minh'alma, o poço. Sei que errei, fui parvo, pecador, boêmio, nunca um bom moço.
Mas, mesmo que o Senhor, por sobre os céus, castigasse Lúcifer com o amor incondicional àquela mulher, eu rogaria para que, com o de muitas faces, fosse mais piedoso.
Nem mesmo ele merece o castigo que eu, um mero mortal, experimento dia após dia, um inverno após o outro.
Meu coração sangra ao lembrá-la, sinto meu peito roto.
Eu a escuto em toda voz, toda brisa tem seu cheiro, todo beijo tem o macio dos lábios, eu a vejo em todo rosto.
Disseram-me, certa vez, que eu estava somente apaixonado; era melhor o atestado de insanidade, terem me trancado como um louco.
Ela não ama, Pai, ela é incapaz, e, por amá-la em demasia, torno-me um ser extremamente odioso. Indiferente à dor alheia, se não posso ter o que mais almejo, por que poderia qualquer outro?
É errado, meu Deus, eu sei, mas ela me tornou um ser invejoso.
Percebo que era falácia, dela, cada choro.
E uma vez mais, eu a amaldiçoo.
Eu, que tentei ser o melhor homem que ela poderia ter ao lado, hoje parece que lancei meu espírito ao dos sentimentos, o esgoto.
O Sol parece já estar nascendo, devaneei, uma vez mais, com o copo cheio, até que tu, sobre o céu, me mates, eu hei de sofrer mais um pouco.
Pois, quando o Sol nos sorri no horizonte, eu sei que a saudade vai recair sobre o meu eu, de novo..." - EDSON, Wikney - Memórias de Um Pescador, A Oração do Desesperado

"Suave o olhar, belo é o sorriso.
Ultimato em meu peito, inenarrável brilho.
Era ela, por ela, eu abriria mão da minha vida, daria um último suspiro.
Lago em que me afogo, me inunda a beleza, o aveludar da voz é música aos ouvidos.
Longe, tão longe, não posso tê-la, e, ao vê-la, percebo: não sou digno.
Estarás, algum dia, aqui comigo?
Não sei a resposta, enquanto isso, venero-te em silêncio, ao longe te admiro..." - EDSON, Wikney

Meu Cavalo Barbicacho


Eu sei que muitos não entendem
Mas aqui hei de contá-lo
O que faz o gaúcho
Gostar tanto do cavalo

Essas cosa vem de guri
Criado nas camperiada
Arrastando alpargata
Bombachita arremangada

Vem também do ensinamento
Da Mãe e do velho pai
Das cosa da fronteira
Da Argentina, Uruguai

Mas pra mais claro entender
Me busco longe a memória
Pra contar de um cavalo
Que fez parte da minha história


Eu ainda muito cedo
Meu pai ainda em vida
Tinha ofício de peão
Eu acompanhava na lida

Nasceu um dia na estância
Que criamo feito guacho
A mãe parindo morreu
Pus o nome de barbicacho

Onde eu ia me seguia
No rancho, mangueira galpão
E com ele eu me entendia
Ele entendia meu coração

Ja um pouco crecido
Me deixava eu montar
Ia com ele pra escola
Me esperava até eu soltar


E quando voltava pras casa
Nós vinnha cantando facero
Dos amigo que eu tinha
Ele era o primeiro

O tempo foi passando
E nos crescendo na idade
E quanto mais passava o tempo
Mais crecia a amizade

Acabei domando de baixo
Mas tinha que enfrena
Pedi pro peão da estância
Cuida ele pra não judia

Nem bocal precisou
Aceitou o freio solito
Eu fui lidando com ele
Dando função despacito

Meu pai ficou muito enfermo
Se fumo la pra cidade
E meu cavalo ficou
Com ele minha saudade

Depois na faculdade
Fizeram eu estudar
E lembrava do meu cavalo
Que jurava um dia buscar

Voltei ainda umas vezes
Meu amigo visitar
Tinham largado pra várzea
Só de longe pude olhar

Naquele ano meu pai
Que já vinha adoentado
Nao aguentou o tirão
E sei foi pro outro lado

E junto com meus estudo
Eu tive que trabalhar
Pra ajudar nas despesas
E minha mãe sustentar

E o grande dia chegou
Pra vida não ser mais dura
Um doutor veterinário
Era minha formatura

Agora ja formado
Com a profissão eu consigo
Podia cumprir a promessa
De buscar meu velho a amigo

Já tinha tudo ajustado
Até cocheira construi
Só faltava ir buscar
Meu amigo de guri

Levantei naquele dia
Radiante em felicidade
E disse pra minha mãe
Vamos buscar ele pra cidade.

Chegamo na velha estância
Onde meu pai fora peão
E vi minha mãe chorando
De tanta recordação

Pedi licença na entrada
Pra falar com o capataz
De pronto nos recebeu
Podem entrar no más

Depois de um dedo de proza
Falei da minha razão
De voltar na velha estância
Entrar naquele galpão

Eu vim buscar meu cavalo
Meu amigo nunca esqueçi
E hoje ele vai comigo
Conforme eu prometi

O capataz me olhou
Mirando meio de baixo
Eu de pronto! peça um peão...
Pra trazer o barbicacho

E num instante silente
Me pedindo pra eu sentar
Me perdoe, a fraqueza
Mas não podes mais levar

E sem meio entender
Retruquei inconformado
O cavalo é da minha posse
A mim me foi regalado

Com meu pai ainda em vida
Aqui criei ele guacho
Todos sabem da história
Minha e do barbicacho

E já com os olhos aguado
No meu ombro a mão estendeu
Lamento mas a verdade
O teu cavalo morreu

Mas como, de que maneira?
A mim ninguem avisou
Sabiam que eu voltaria
E nem tanto tempo passou

E o capataz rude homem
Me deu a grande lição
O tempo pra alguns e largo
Pra outros se conta na mão

A saudade, adoece
Quando se tem a distância
O tempo lá da cidade
Não é o mesmo da estância


As vezes do fundo do campo
Ele vinha e relinchava
Depois voltava a passo
E mais um tempo esperava

Até que um dia um peão
Notou que não vinha mais
E foi recorrer o campo
Aos cinco meses atrás

Encontrou ele já triste
Jogado junto ao alambrado
Morreu no outro dia
Na várzea foi enterrado

Num pé de curunilha
Deixamos a marcação
Podes ir até lá
Fazer uma oração

Quem sabe ele aguarda
De ti uma despedida
E te espere mais um pouco
No outro lado da vida



Meu coração se partiu
Sem querer acreditar
Deixei meu maior amigo
Morrer de me esperar

Naquela várzea sem fim
Me ajoelhei no campo largo
Pedi perdão ao amigo
Que até hoje saudade trago


E assim fica explicado
Nessa payada pra contá-lo
Quem é gaúcho entende
A amizade um cavalo.


Renato Jaguarão.

#TempestadeDeEntrega


Tempestade de Entrega
por Eliz Areba


Você veio aninhar em meu coração
como gota oculta de orvalho,
repouso frágil sobre a folha,
tímido,
mas nascente em terra seca.


Não queria margens estreitas


então se fez riacho,
apressado em se converter em rio.


Mas antes,
precisou ser cascata que despenca do alto,
ímpeto de céu rasgado,
como se fosse esmagar a terra —
mas não fere.


A terra se abre, acolhe cada gota,
se deixa saciar,
e o vale inteiro respira.


Até encontrar o mar.


Assim você me fez amar.


E veio a neblina que abraça a montanha,
trazendo consigo a geada
que adorna a relva,
testando se esse amor
iria mesmo solidificar.


Até a chuva que fecunda a terra
se ausentou por um tempo.
Mas nós — pó e chão


não poderíamos rachar.


Então a neve em nós se abrigou,
com o intento de nos transformar em gelo,
em granizo armado,
mas esqueceu-se:
tudo é água,
e viva sempre será.


Pode se recolher em lago quieto,
tornar-se terra fértil,
mover-se em marés,
respirar maresia,
explodir em ondas indomáveis,


até tocar o oceano sem bordas,
onde todas as águas se reconhecem
e se tornam uma só.


Pois toda gota — orvalho,
nascente,
riacho ou mar —
guarda em si
a promessa do infinito.

Eu sou grato a ti meu Deus tanto pelas "potencialidades intrínsecas" quanto como pelas "graças imerecidas".

Eu fuide moto, meu cavalo de ferro,
e no meio da estrada, vi o impossível nascer.
Um olhar tímido, um gesto pequeno,
um toque que fez o mundo desaparecer.


A Sombra me acompanhava em silêncio,
meu coração batia como nunca antes,
foi a primeira vez de tantas coisas,
foi a única vez em que acreditei de verdade.


Ela me envolveu em promessas suaves,
em carícias que pareciam eternas,
me pediu que não desistisse,
e eu, cega, me entreguei inteira.


No ponto médio de uma fazenda distante,
a Sombra se fez real diante de mim,
e naquele instante pensei:
"talvez seja aqui que eu finalmente existo".


Mas a Sombra nunca pertenceu à luz.
Ela sempre esteve fadada a desaparecer
quando o sol da verdade surgisse
e revelasse o vazio que escondia.


Hoje caminho entre ruínas,
abraçada ao silêncio que grita.
A Sombra que amei se desfez,
restou apenas a ausência fria.


Me apaixonei por uma Sombra.
E como toda Sombra,
ela partiu antes que eu pudesse segurá-la,
deixando em mim apenas a noite eterna.


Na escuridão que ele deixou,
eu também deixei de existir.

Meu modelo de família é cada um no seu canto, sem encher o saco de ninguém, se unindo quando alguém precisa… Família de porta-retrato, só de aparência, esconde sujeira debaixo do tapete.

Você é a luz ao meu lado.

“Meu peito — feito ilha — aperta de saudade!”

Em silêncio, imploro. Almejo o que nunca será meu. Talvez o que mais rejeito seja o que tenho de sobra, esse excesso de pensamentos, vagando como sombras num silêncio gritante, me prendendo às noites que não sabem dormir.

Soneto “Homens da minha vida”


Márcio, meu esposo, namorado e companheiro
Um pai presente, com carinho e dedicação
Homem simples, divertido e verdadeiro
Sua alegria nos cativa, pura diversão.


Márcio Júnior, meu filho primogênito, meu doce amor
Meu menino autista, cheio de sonhos, azul é seu mundo
A cada dia nos ensina o novo e pretende ser ator
É calmo, sereno, sincero e com olhar profundo.


Henrique Lui, menino parceiro, nosso segundo rapaz
Gosta de esportes, é dedicado, tranqüilo e espontâneo
Meu tesouro branco, é firme em tudo o que faz.


Emanuel Cauê, o caçulinha, de futebol, aos sete já era comentarista
É carinhoso, emotivo, às vezes tímido, questionador
Meu pacotinho de ouro, meu intenso flamenguista.


Tatiane da Silva Santos - Santarém PA
23/08/25

Soneto “Meus pais”

Alonso e Eunice (em memória)



Seu Alonso, meu pai conselheiro

Homem trabalhador, conhecido por “Meus Amigos”

Ajuda a todos, chama-os de queridos

Sustentou os filhos com o suor de pedreiro.



Dona Eunice, minha mãe educadora

Mulher persistente, intitulada “Minha Amada”

Orientou a tantos, pela educação foi obstinada

Sustentou os filhos com a função de professora.



Ele, eterno “vizinho”, sereno, flamenguista animado

Da família Tavares, cresceu no Acai do Lago Grande

Pai amável, tio carinhoso, esposo apaixonado.



Ela, eterna “diretora”, resiliente, franciscana empenhada

Da família Ferreira, cresceu no Atumã de Alenquer

Mãe incansável, tia inspiradora, esposa dedicada.



Santarém - Pará, 26/08/25.

Nietzsche não é meu inimigo.
O Amor Fati foi sempre a minha Guia —
fios de Ariadne.
Wagner foi seu labirinto.
E assim, sua morte, absurda,
se encontra com a de Heráclito.

a tristeza me dominou quando o amor chegou no meu coração ⁠