Sou seu Quase Amor Odeio meio Termos
Vagamente pensava de muito longe e sem palavras o seguinte: já que sou, o jeito é ser.
Eu sou mau? Eu sou bom? Parei de me perguntar isso pois eu não tenho as respostas. Mas alguém as tem?
Sou um pouco dos meus amigos,
um pouco da minha casa,
Sou parte do que me faz feliz,
uma parcela de sonhos.
Sou de tudo um pouco, um pouco de tudo.
Sou parcialmente um ser bizarro,
logo, sou um ser humano.
Sou uma saudade ambulante de um passado,
e uma expectativa insistente de um futuro melhor.
Sou o ódio e a simpatia,
o sorriso e a cara amarrada.
Sou os erros que cometi,
e os passos certos que dei.
Simplificadamente; sou uma vida que já viveu,
e ao mesmo, tempo uma vida que ainda está para viver.
Eu sou simplesmente eu
mas a cada dia melhor...
A cada queda mais forte;
A cada tropeço mais atenta;
A cada mentira mais desconfiada;
A cada alegria mais animada;
A cada erro mais sábia;
A cada derrota mais insistente;
A cada vitoria mais disciplinada;
A cada instante mais observadora;
A cada duvida um pensamento;
A cada amigo mais cúmplice;
A cada lágrima menos otária;
A cada novidade um aprendizado;
A cada ""amor""eu tô mais ligeira;
A cada dia menos complicada;
A cada passo mais perto;
A cada resposta mais cautelosa;
A cada minuto menos paciente;
A cada ação uma reação;
A cada fim um início;
A cada começo uma história;
A cada minuto mais feliz;
A cada dia mais eu...
Sou amante da vida, dos dias de sol, das noites frias, das palavras doces e duras, dos abraços calorosos, das mãos que acariciam, do corpo ardente de desejo, da boa música, de uma boa história, dos versos íntimos, dos irmãos de sangue e não, das coisas difíceis, e de tudo o que é - pela vida - permitido descobrir...
LAMENTO DOS IMPERFEITOS
Não sou perfeito
Estou ainda sendo feito
E por ter muito defeito
Vivo em constante construção
Sou raro efeito
Não sou causa e a respeito
Da raiz que me fez fruto
Desfruto a divina condição
Em noites de céu apagado
Desenho as estrelas no chão
Em noites de céu estrelado
Eu pego as estrelas com a mão
E quando agonia cruza a estrada
Eu peço pra Deus me dar sua mão
Sou seresteiro
Sou poeta, eu sou romeiro
Com palavra, amor primeiro
Vou rabiscando o coração
Vou pela rua
Minha alma às vezes nua
De joelhos pede ao tempo
A ponta do seu cobertor
Em noites de céu apagado
Desenho as estrelas no chão
Em noites de céu estrelado
Eu pego as estrelas com a mão
E quando agonia cruza a estrada
Eu peço pra Deus me dar sua mão
Vou pelo mundo
Cruzo estradas, num segundo
Mundo imenso, vasto e fundo
Todo alojado em meu olhar
Sou retirante
Sou ao rio semelhante
Se me barram, aprofundo
Depois vou buscar outro lugar
Sou o fogo, e ela é a gasolina, e não há sinal de que vamos parar ou diminuir o ritmo até algo explodir.
Eu sou uma bagunça, difícil de lidar. Eu me afasto do nada, mudo de uma hora pra outra e você fica se perguntando o que aconteceu. E depois disso ainda volto como se nada tivesse acontecido. Eu faço você se desculpar, quando fui eu que errei. Eu não sei quais são os limites quando se trata do que eu quero e eu sou egoísta quando o assunto é quem eu amo. Pequenas coisas me machucam. Eu adoro receber elogios, mas fico sem graça e desvio o assunto quando recebo algum. Eu faço tudo ao contrário, só pra te irritar, quando você tenta mandar em mim. Sempre acho que não sou bom o suficiente. Eu sou idiota por natureza, e fico ainda mais ao lado dos meus amigos. Resumindo: você não vai querer ficar perto de mim.
Não sou nada, não tenho nada, mas foi pela simplicidade do meu nada que te ofereci tudo e você não quis.
Você não sabe que não sou boa pra você?
Eu aprendi a te perder, mas não posso me dar ao luxo
Rasgo minha blusa para estancar seu sangramento
Mas nada, nunca, te impede de ir embora
Eu sou exatamente isso que você vê: uma menina no corpo de mulher que não tem problema nenhum em exagerar no perfume, no decote, no tamanho da saia... Porque pra mim não importa o que vão dizer, pensar, achar: pra mim o que importa é o quanto vou me sentir bem. E pelo tamanho do meu sorriso, pode ter certeza de que vou muito bem obrigada!
Sou uma carta gigante, chata, cheia de erros, longa demais, muito complicada. “Chega”, alguém, com preguiça de ler sobre o amor ou sem coração para se emocionar com uma carta, disse. E eu virei bolinha de papel.
