Sou seu Quase Amor Odeio meio Termos

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Eu não sei esperar nada. E a natureza gritando no meu ouvido que então, já que sou birrenta, vou ficar sem nada mesmo. Porque é preciso saber viver. Atiram a gente nesse mundo, nosso coração sente um monte de coisa desordenada, nosso cérebro pensa um monte de absurdo. E a gente ainda precisa ser super-equilibrada para ganhar alguma coisa da vida. Como se só por estar aqui, aturando tanta maluquice, a gente já não devesse ganhar aí um desconto para também ser louco de vez em quando.

Eu nunca fui uma santa. Eu sou um ser humano e eu apronto às vezes.

Tenho muita coisa aqui pra te oferecer, mas sabe o que é? Sou incompleto, também preciso receber.

Sou mulher o suficiente para te fazer feliz. E você é capaz de me amar o suficiente a ponto de me fazer fechar os olhos para o mundo para ver apenas você?

Como teria eu opiniões íntegras se não me basta ser o que sou e se ardo por parecê-lo?

Eu me perfumo para intensificar o que sou. Por isso não posso usar perfumes que me contrariem. Perfumar-se é uma sabedoria instintiva. (...) É bom perfumar-se em segredo.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica Os perfumes da terra.

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Sou feliz sendo quem eu sou, e não o que os outros querem que eu seja.

Todos pensam que eu sou delicada. Eles não me conhecem, pois por onde eu passo, eu derrubo alguma coisa.

Sou sortudo. E quanto mais duro eu trabalho, mais sortudo fico.

Arre, estou farto de semideuses! Onde é que há gente no mundo? Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?

Eu concordo cem por cento com o que Cristo falou. Aliás, eu tenho dificuldade com isso, porque sou um pecador.

Quem já não se perguntou: sou um monstro ou isto é ser uma pessoa?
Quero antes afiançar que essa moça não se conhece senão através de ir vivendo à toa.

Clarice Lispector
A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Escrevo porque encontro nisso um prazer que não sei traduzir. Não sou pretensiosa. Escrevo para mim, para que eu sinta a minha alma falando e cantando, às vezes chorando...

Clarice Lispector
Minhas queridas. Rio de Janeiro: Rocco, 2007.

Nota: Trecho de carta para Tania Kaufmann, escrita em 23 de fevereiro de 1944.

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Eu sou sim a pessoa que some, que surta, que vai embora, que aparece do nada, que fica porque quer, que odeia a falta de oxigênio das obrigações, que encurta uma conversa besta, que estende um bom drama, que diz o que ninguém espera e salva uma noite, que estraga uma semana só pelo prazer de ser má e tirar as correntes da cobrança do meu peito.
Que acha todo mundo meio feio, meio bobo, meio burro, meio perdido, meio sem alma, meio de plástico, meia bomba.

Tati Bernardi
BERNARDI, T. Tô com Vontade de uma Coisa que Eu Não Sei o que É. Panda Books, 2008.

Nota: Trecho da crônica "Assumindo o ET pirocudo"

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Sou tímida e ousada ao mesmo tempo.

Clarice Lispector

Nota: Citação dita durante a entrevista a Júlio Lerner, no programa "Panorama", na TV Cultura, em fevereiro de 1977.

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E doidamente me apodero dos desvãos de mim, meus desvarios me sufocam de tanta beleza. Eu sou antes, eu sou quase, eu sou nunca.

Clarice Lispector
Água viva. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 1998.

Antigamente todos me tratavam mal, não sou mais um marginal. Mas se estar à margem for negar o que não me convém, então eu sou marginal.

É, eu sou o herói, o mito. Sou o não mimado, o que não se vendeu. Minhas cartas são vendidas por 250 dólares lá no leste. E eu não consigo comprar um saco de peidos.

Não sou perfeita, mas partes de mim são excelentes!

Para que vieste / Na minha janela / Meter o nariz? / Se foi por um verso / Não sou mais poeta / Ando tão feliz.