Sou porque tu Es Pablo Neruda
Acorda, pois eu ainda agora cheguei...
Deixa a luz permanecer, diáfona.
Vim buscar-te, mansa e eleita,
para te levar no meu manto perlado,
a estrela branca da noite,
em que a noite não existe,
e o dia é uma palavra soletrada.
Acorda, pois eu ainda agora cheguei...
Deixa o sonho reinsistir, idolatrado.
Vim trazer-te, suave e altaneira,
na concha do meu longo regaço,
a galáxia azul dos teus ideais,
em que a luz insiste,
e a sombra é uma porta fechada.
Acorda, pois eu ainda agora cheguei...
Deixa o teu âmago fundir-se no meu.
Vim ocupar-te em mim, louca e sôfrega,
querendo o teu limiar nas minhas mãos,
lançando-te nessa profusão inexplicável,
nessa dor de existir entranhada,
nessa alegria de amar glorificada.
Acorda, pois eu ainda agora cheguei...
Quando vi o primeiro brilho de lágrimas nos teus olhos, o meu coração ecoou nos ouvidos do mundo.
Que estás a fazer, Deus?
No meu sonho corria de mãos dadas e julgava-me criança. E quantas vezes quis descrever o que sentia, encontrar o beco com saída, a janela aberta na escuridão, a chave esquecida, e mergulhar no abismo da tua imensidão.
Enquanto procurares, em outras metades, metades de mim, nunca me encontrarás.
Procura-me inteiro. E só a mim. É assim que te quero. Inteiro. E só a ti.
Quando olho para ti, vejo-me a mim, lapidada num sonho que só eu sonhei.
A meiga ternura e o eterno encanto, sussurrando no silêncio que só eu abracei.
Senti sempre, sem ver, a deceção no teu olhar. Cada vez que errei. Toda a vez que falhei.
E eu fiquei. E ficaria. Até ao fundo. Até ao fim.
Sei que és um homem bom e que só a ti pertencem as lições da tua vida.
Ainda não compreendo muito, mas podes dar-me a mão e eu caminharei contigo a tua jornada.
Não olhes para mim assim. A tua equação é o afago que deposito em cada nó dos teus dedos e levam os meus braços a abraçar os teus.
Eu me importo contigo e te quero bem de verdade.
Sinto a tua falta e a falta da tua presença.
Tudo fica mais bonito quando estás e quando estás tudo é bonito.
Com as pedras que colocas nas minhas mãos construo uma ponte segura para poderes vir até mim quando te cansares.
Se tivesses conhecimento, por um lapso do tempo ou por uma graça divina, do que tenho dentro de mim, decerto as tuas lágrimas passadas seriam risos presentes comigo.
E ela ficou a vê-lo, ao longe, sentindo dentro dele as suas várias reticências.
Olhá-lo nos olhos seria revelar-se, estendendo a felicidade à sua volta.
Tu que sofres de amor, sorria ao canto que ria, libere de vez sua alma, impune a triste sombria. Evite aos olhos alheios que fumegam sua sabedoria. Pois a vida lhe pune com tristeza para vinda do amor com alegria.
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