Sou o Brilho dos seus Olhos ao me Olhar
Eu sou filha orgulhosa
da nossa Amazônia Azul
deste Atlântico Sul
onde está sagrada
a minha absoluta poesia
pela rota infinita
dos povos do Sul Global
que me ilumina e guia.
Trago o Pastoril nas veias,
Sou canção divina
candeia e fascinação,
Você me carregará
a vida inteira no coração.
Da minha Pátria Brasileira
sou orgulhosa herdeira
dos fabulosos baianais
que giram como estrelas,
E faço questão dizer
que também são poemas.
Dança o Jacarandá-do-litoral
com a sinfônica ventania,
Você sabe que eu sou
o ar que você respira,
A tal mulher misteriosa
sonhada com olhos abertos
e feita totalmente de poesia.
Sou eu que fotografo
as artes da minha Mãe
como quem colhe frutas
no pomar do Universo
neste nosso Hemisfério,
e no meio de tantas artes
é a poesia o meu caminho certo.
Sou nascida selvagem
como Butiás-de-vinagre,
o meu nome é liberdade,
não sou e nem serei
como você e não serei
aquilo que você deseja:
vivo a vida com lema.
Eu sou senhora
dos cantos e becos
mais escuros,
A minha loucura
é metódica,
O resto para mim
é retórica,
Ninguém me interna
ou me enterra.
Das auroras matutina
e vespertina sou eu
a poetisa derradeira
do Ipê-branco-do-cerrado
e de todos os ipês
da minha Pátria Brasileira,
Com os Versos Intimistas
tenho escrito a rota
amorosa para que ninguém
se esqueça da nossa
herança de liberdade plena,
sublime, hemisférica e gloriosa.
A minha poesia é latino-americana
do amanhecer ao anoitecer,
Sou feita de contentamento
e das cores dos ipês
com cada uma no tempo
que deve exatamente ser:
Trouxe uma muda
de Ipê-roxo-bola para você.
(Em silêncio a poesia escreve
e o destino se cumpre)
Com o teu ópio místico
obnubilas os meus desejos,
como sou esperta
nos Versos Intimistas
encontro estratégias
para não cair nas armadilhas
das suas fantasias
plantadas no meu coração.
Versos Intimistas nascidos
além do Rio de Janeiro
devotado ao Brasil inteiro,
Sou eu Árvore-do-Brasil feita
para espalhar amor por
este país que nasceu
edênico e ainda tem jeito.
Versos Intimistas que levam
tudo da Taipoca amorosa,
Você sabe que eu sou
a sonhada dama delicada
e cheia de paz afetuosa
que anseia pela sua
mão amável e carinhosa.
Como garoa mansa
a refrescar uma tarde
atípica sou eu devagar
penetrando no coração
Porque para o seu amor
tenho me feito santuário
para te receber como
o meu eterno namorado
Unidos no rito da floração
etérea dos Ipês-brancos
e na dança na Via Láctea
Fazendo o destino místico
ser cumprido como deve ser
com as auroras e o infinito.
Sou como a Piúna-roxa
florescendo em Goiás
que com os meus
Versos Intimistas
capturou os teus olhos
tão magníficos e a tua boca
com gostinho de quero mais,
Pensas em mim o tempo
todo como a fuga paradisíaca
que traz o real sentimento
de amar profundamente em paz.
Se apaixonar por mim é inevitável
Eu sou o Ipê-rosa florindo no peito
Trazendo a calma e o desejo
Essenciais para lidar com o tempo
Movendo está o firmamento
Beijo-te além do meu pensamento
Risonho e apaixonado celebrando
Orgulhoso diante do amor verdadeiro.
No fundo, eu penso quem vai determinar se sou ou não poeta/poetisa é o leitor. Não me sinto com tal autoridade para dizer se sou ou não poeta/poetisa.
O poema sou eu
que me apresento,
te faço perdido
e encontrado comigo,
Você não conhece
mais outro caminho,
Sou eu o seu destino
escrito no chão
e também nas estrelas,
A tal eterna noiva
de Ariano vestida de Sol
e sempre com um manto de poemas.