Sos
Podemos até pensar que estamos sozinhos ao não vermos ninguém ao nosso lado, mas sós nunca estaremos enquanto filhos de Deus.
INQUIETUDE
Vem de dentro
sobe sorrateiro
pode ser ânimo ou preocupação
ansiedade, falta de sossego
bate no peito, move coração
agitado, receio
sufoca por dentro
tira atenção
é complexo ou chamego
que me queira
busca da razão
tudo vai, logo volta
se é dentro ou de fora
passa tempo, passe agora
inquieto vá-se embora
Os solitários, antes, loucos que viviam sós. Os hipócritas, pessoas que fingem se amar e se escondem uns dos outros através de parentes e amigos. No confinamento, em suas casas, suportam-se e fingem se amar. Não há o que se preocupar, depois disso, vamos continuar vivendo de aparências.
Manipuladores
(Mentores da Mentira)
Desde quando nós,
Desatamos nós,
Superamos sós,
Silenciando a voz.
Sendo jurados e réus,
Atuamos deliberadamente,
Aturamos displicentemente,
Alteramos indiscriminadamente
O ambiente em que habitamos.
Nós desatamos nós,
Nós atuamos sós,
Sós aturamos nós,
Nós alteramos vós.
Manipuladores,
Mentores da Mentira.
Manipulando com deboche,
Ventríloquos, fantoches,
Marionetes, bonecos.
Comentários ilógicos,
Num papel higiênico.
Domínio da arte cênica,
Do ar cínico.
Arsênico ao anêmico mímico.
Arquétipos irônicos,
Ventríloquos, fantoches,
Marionetes, Bonecos,
Manipulados pelos Mentores.
Manipuladores,
Mentores da Mentira.
Pessoas que são muito elas mesmas
acabam ficando sós!
A autovalorização não deve ser egoísta
pois o que realmente atrai é a humildade,
ela fará com todos percebam os valores de quem quer que seja,
sem ser necessário esforço algum!
A sós.
Perco-me em suas curvas, e
Deleito-me em seus pedaços.
Minhas brasas acendem em seu fogo;
Tua boca instiga a minha.
Quero te devorar a todo instante.
Te levar a outro mundo, e
Puxar-te de volta
Com minhas mãos firmes em tua cintura.
Teu corpo conecta ao meu,
Tua alma é uma extensão da minha;
Nossas vidas são uma só.
Talvez eu nem queira esse espaço a sós, esse vago.
E entenda que alguns desejos e almejos,
estão fortes em meu peito.
Tiram-me o sono, me aprisionam, entristecem...
Talvez eu nunca entenda essa dor, da falta,
quando se tem tanto a dar.
E eu me perca mais e mais no tédio de estar só,
sem querer estar.
Talvez eu nem queira ser preenchida,
e sim, toque, abraço, olhar...
Tenho a falta de um luar, de amar,
de um simples enroscar de mãos...
Talvez eu nem queira algo sério, só a seriedade de estar
Chegamos sós e partimos desta Terra sós.
A solidão faz parte de vários momentos da vida. Apenas você pode fazer suas provas.
Dê as mãos para a solidão amiga.
E supere-se.
Mas saiba das as mãos aos verdadeiros amigos. E mantenha-os até aonde puder, pois até mesmo estes são passageiros, fazem suas provas e partem sozinhos.
Por isso o tempo é precioso e momentos são eternidades.
Não foi fácil, mas Francine se desvinculou dele e ficou, enfim, a sós consigo. Ao acordar, desligava o alarme e contemplava, com prazer, os sons da alvorada. Ao tomar banho, bailava com suas músicas preferidas. Agora ela dirigia cantarolando! Antes de dormir, embalava-se com o silêncio do anoitecer, conversava com Deus e escutava aquelas vozes internas que, por tanto tempo, ela ignorou. Finalmente, Francine estava se conhecendo e desfrutando da própria companhia. Desde então, ela nunca mais abriu mão de si mesma.
- Trecho da crônica "Antes tarde do que nunca"
Eu preciso escutar música a todo momento
Para nao ficar a sós com meus sentimentos
Que me deixam em tormento
DESVENTURADOS DA SORTE
Em noites de dias frios
Dormem os pobres mendigos
Ignorados e sós
Nas soleiras das portas
Com o estômago vazio
O aconchego da cobertura
É uma caixa de papelão
Entrapados nas roupas esburacadas
Choramingam a dor da sua solidão
Tapam a cara com vergonha
Da vida que não escolheram
Choram as suas dores sem queixume
Com o coração golpeado
O caixote do lixo é sua mesa farta.
Porque a sociedade apressada
Deles não querem saber nada
Assim vive o pobre mendigo
À mercê do seu destino
Dormindo na laje fria
Sem sonhos!!! Sem ilusões !!!
© Cely M d Fonseca
Foto Via Web!
Se eu sei que nada sei, então saber é relativo
Enquanto estivermos sós, nada será conectivo
Nascemos e morremos, a questão de um instante
Referências subjetivas que mudam vários semblantes
A idéia de um porém, mas que nunca palpável
Dá idiotice amarga de uma sobrevivência amável
Luz que não se apaga, escuro que não dissipa
De um Deus onipotente, quem o mal habilita
Em uma esfera que não cai, enxergue o ar no céu
Numa concepção bonsai, estrelas são de papel
A Poeira de carbono, que julga e também é réu
Faça o que queres e a de ser tudo da lei
Se usassem a singularidade, talvez não existissem reis
Romântico e surreal de uma existência tão concreta
Possível vibrar emoções, se no peito bate uma pedra
É só química a sensação, treino igual de um atleta
Que por fora se faz monções, por dentro o caos deserda
