Sorriso
Vestígios dos Lençóis
Meu riso está tão triste...
Procuro suas mãos
no breu da noite,
na escuridão
do colchão.
Tateio e tateio...
Não sinto nada,
apenas a fronha,
onde um dia
te tive e desejava.
Te amava... e amava.
Nosso suor, pela cama,
sempre lá estava.
Escorria...
Pelo seu corpo,
nosso amor
líquido ficava.
Nossos receptáculos,
repletos de calor,
reluziam um brilho
jamais esperado.
Era o amor
de nossos corpos,
em memórias,
eternizado...
Se um dia fui riso, se um dia fui pranto,
se causei a dor ou fui ledo encanto,
sou feito de falhas, mas sigo a lutar, errando, aprendendo, buscando acertar.
Toque e Fogo
Em meio ao riso, ao nosso enredo,
minha mão desliza, sem medo.
Na curva macia, morena e quente,
um aperto leve, um toque ardente.
Teu olhar responde, faísca e chama,
brilho escondido, desejo que inflama.
Na dança sutil de pele e arrepio,
teu corpo se curva, entrega ao frio.
Não é só toque, é jura, é laço,
é ter-te perto num breve espaço.
Entre risos, entre segredos,
aperto tua coxa e perco os medos.
Teus músculos tensos, um leve tremor,
denunciam o fogo do nosso calor.
É um gesto simples, mas tão profundo,
como se eu segurasse em minhas mãos teu mundo.
E quando afrouxo, num jogo envolvente,
tua pele implora, pede mais quente.
Entre apertos, suspiros, ora pois,
somos apenas nós… só nós dois.
O fogo eterno é o maior riso contra risadas riscadas.
A fumaça é densa e infinita em enxofre de eternidade.
Sabe...
Já me apaixonei perdidamente,
cegamente por alguém.
Meu riso era frouxo e sincero.
Meu coração batia tão rápido,
e as horas pareciam seguir cada batida,
pois cada momento ao seu lado
era breve, bom e delicado.
Eu não sabia o que fazer,
pois nada mais enxergava além de você.
Tu me prendeu de uma forma
que não posso explicar,
nem mesmo com palavras
ou com essas músicas clichês de romance.
Tudo parecia um filme,
mas sem trilha sonora,
sem tudo aquilo que as pessoas acham bonito.
Nós não podíamos ser quem éramos...
por medo.
— EE
Nasci do sonho de permanecer em riso,por momentos eu cresci apanhando da vida mas a resiliência me mantinha de pé.
Acostumei-me a tomar a forma de João teimoso,um dia caia chorando,no outro me erguia sorrindo,era muita surra da vida, e se fosse hoje chamariam o conselho tutelar para ela.
Com o tempo me vi firme porque o choro já não me derrubava, porque eu via gosto de minha queda no rosto alheio. foram muitos choros depois disto ,mas minha expressão era intacta.
A dor era a mesma.
Como as pessoas são cruéis! mas, eu podia ver em cada uma delas a projeção de suas derrotas.
Tempo futuro eu não sofria mais, me fazia coluna,firme,arrojada com vigas de ferro na caixaria.Um pedreiro entenderia bem minhas palavras, por dentro escorria lágrimas em perceber como as pessoas não se importam com sua história e com o que vc passa, com o que você sobrevive.culpam,
julgam,por percepção equivocada. Não posso me importar, eu não seria fruto se olhasse para a erva daninha. Quem tira sua forca é conta não paga e as minhas foram todas bem pagas e, em dia.
Hoje meus caminhos continuam sendo trilhados. Pés doloridos, corpo cansado. Mas meus olhos não lacrimejam para qualquer um, minhas lágrimas são seletivas, e só derramam para quem tem o coração de gaivota, solitário, pensativo,coração de compaixão.
Alguns que riram de mim agora choram... Mas não me rebaixo ao riso fácil. Observo em silêncio, com a serenidade de quem compreende o ciclo da vida.
Bom dia!
Deixa de ser carrancudo,
Abre o peito, solta o riso,
Seja leve, seja amigo,
Mais paciente no improviso.
Por que não ser agradecido?
Por que não louvar o céu?
A vida é presente divino,
É dádiva, é puro mel.
Amanheceu, respira fundo,
Mesmo sem o céu azul,
Agradece o pão, o mundo,
Cada passo, cada sul.
Deus te deu o dom da vida,
O milagre de acordar,
Não desperdice essa lida
Com o hábito de reclamar.
Força, rapaz!
Força, menina!
Força, doce princesinha!
Segue em frente com esperança,
Na alma leve, uma criança.
— Armazém da Poesia
O salão enfeitado, riso ecoando no ar,
Brasa acesa, cheiro de carne, alegria sem par.
Será mais que festa, será comunhão,
Com cheiro de churrasco e oração.
Com mesa farta, mas também coração cheio,
De quem crê no milagre e no Caminho verdadeiro.
coisa linda comemorar um aniversário é riso para todo lado quando vai chegando mais idade a dificuldade para tudo por isso a melhor comemoração é quando nasce
Ainda não sei se foi no teu riso que meu coração se perdeu, ou no teu olhar que incendiou minha alma… só sei que desde que te imaginei, nunca mais fui o mesmo.
Dois Completos
Ela era riso, era vento, era grito, ninguém via além do jeito esquisito.
Menina sonhadora, alma exagerada, feia diziam... só mais uma engraçada.
Vivendo entre tentativas e rejeição, adolescente em busca de aceitação.
Até que um dia, como quem não quer, ele apareceu... em frente à casa, de bicicleta.
Não disse nada, só um sorriso calado, os dias passaram, o silêncio, aliado.
Ela esperava, o coração em festa, mas ele, quieto, "tímido" e como quem ainda não correspondia nada.
Foi na sala, com Djavan no ar, que ela tentou o amor declarar; 1⁰ ela colocou "Oceano", mas ele não entendeu, coitado, ela pôs " Fato consumado", queria apenas ser beijada.
Ela o beijou, ele saiu, e em palavras desdenhou: "Era isso que você queria me falar ?" Ele se foi... ela sem ação, foi a procura dele no mesmo instante...
...Uma pedra jogada, num gesto sem nexo dela , e ele? Seguiu ainda mais perplexo, sem entender.
Mas o coração é bicho sem juízo, ele apaixonou-se assim, sem aviso.
Dois loucos, crescendo em confusão, mas firmes, de mãos dadas na contramão.
O tempo passou, fez deles maduros, superaram medos, encararam futuros.
Os filhos não vieram, mas o amor ficou, e como família, a vida os moldou.
São dois, mas vivem como um só ser, completos, imperfeitos, só pra se entender.
Entre lágrimas, risos, noites em claro, apoiam-se no tudo, até no raro.
Não são metades, são inteiros, sim, amam-se no caos, no começo, no meio e no fim.
Ela: " A boneca doida"
Ele: " O boboyo" Eternos apaixonados.
Porque o amor, quando é de verdade, não precisa de molde ou de metade.
Basta ser dois, com alma e defeitos, dois corações batendo do jeito perfeito de cada um , em prol de um amor que não idealiza, mas é realista.
parasitologia III
corpo
febril
toque
sutil
fado
senil
riso
infantil
a noite cresce
como micélio
nos cantos...
(fungos na alma)
infecção
vai além:
raízes
infestadas
de pústulas
negras
espalham-se
em dermes,
roupas
retratos
amores
vermes
e o que
por elas
passam
encontram:
pus
nos cantos
pretos
e lágrimas
no espelho
(rindo de nervoso)
toxina
exótica,
instinto
apático
oxida
a carne
rasga
a pele
delira
a mente
sempre desce —
e o tempo escorre
como seiva grossa.
(devagar enquanto apodrece)
pulmão afogado,
berros encharcados,
sonhos errados
em corpos fechados.
células morrendo,
estradas cedendo,
horas tremendo,
tempo moendo
e nada.
(só o ponto final,
como tampa de caixão)
Nunca se esqueça... Melhor ainda: Nunca se afaste dos humildes, de seu cheiro, seu riso desregrado, seu calor, sua paz. Não há humanidade muito longe deles.
Há dores que não gritam: se disfarçam em gentileza, se escondem no riso. A alma, como a pele, aprende a cicatrizar por camadas — mas nunca deixa de lembrar onde foi ferida.
Gosto de atitude e sinceridade... Não me encaixo em rótulos ou padrões... Sou de riso fácil... Um bom papo... E muito chamego....
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