Sonho Perdido
É da Vida Que se Canta o Destino
Nem tudo que se perde,
É perdido de verdade.
Há sempre uma brecha,
Que nos deixa uma fresta,
Num sentido de liberdade.
Nem tudo que se acha,
É achado de fato.
Existe sempre um mistério,
Na parede que se fecha,
Que a maçaneta não mostra,
Da chave que não abre a porta.
Nem tudo que se vive,
Colhe dentro um existir.
Perde-se o que se quer
E acha o que não se procura.
É da vida que se canta o destino,
Quando da vontade morta, nada suporta,
E vai-se deixando o tempo à toa seguir.
- EM OUTRO PARAÍSO
Ser pensador, é ir contra o mundo.
Discordar é direito, ter uma opinião
é ser livre:
Nem sempre é dizer que tudo é perfeito,
Nem é dizer que alguém deve ter encontrado o paraíso.
Ou um outro jardim no Éden,
Onde Adão, Eva e a Serpente nunca estiveram...
Todo canto, tem seus recantos...
Gente sem discernimento, insensata...
Todo canto tem desencantos, que espantam.
Lugar perfeito? Ali, acolá..?
Paraíso aqui?
No mundo dos homens?
Aonde?
Onde mora gente..?
Sossega a mente...
Descansa, espera a sua hora!
E quando você me deixa só
Eu fico perdido, sem um lar
Como um cão sem osso
Eu só quero você para mim
Eu tenho que te ter, amor
DIÁRIO DE BORDO: SOL 383
Andei pensando sobre leis em Marte.
É, sei que é bobagem, mas tenho muito tempo livre.
Existe um tratado internacional que diz que nenhum país pode reivindicar algo que não esteja na Terra. E, segundo outro tratado, se você não está no território de nenhum país, a lei que se aplica é a marítima.
Então Marte são “águas internacionais”.
A Nasa é uma organização não militar americana e é dona do Hab. Portanto, enquanto eu estiver no Hab, vale a lei americana. Assim que ponho os pés lá fora, estou em águas internacionais. Depois, quando entro no veículo espacial, volto à lei americana.
Esta é a parte legal: vou acabar indo a Schiaparelli e comandar o módulo de pouso da Ares 4. Ninguém me deu permissão explícita para fazer isso nem pode fazê-lo até eu estar a bordo da Ares 4, operando o sistema de comunicação. Depois de embarcar na Ares 4, antes de falar com a Nasa, assumirei o controle de uma nave em águas internacionais sem permissão.
Isso faz de mim um pirata!
Um pirata do espaço!
Em meu pesadelo eu estava em um túnel escuro, abri os olhos na intenção de acordar e eu estava no mesmo túnel sem luz, percebi que era minha vida estacionada e sem direção.
Há pessoas que passarão a
vida inteira correndo de si mesma,
e quando ela finalmente se alcançar,
já estará cansada demais...
Às vezes só damos valor a algo quando perdemos, pois, é com a perda que vemos o quanto era importante o que foi perdido.
Existem pessoas tóxicas dizendo ser nossos amigos. Você está ali presente sempre que pode na vida dela, aconselha, ajuda, defende e protege. Chegando um belo dia, essa "amizade" aparece falando para o mundo que a mesma não possui amigos para ajudá-lo... E você para e relembra a quantidade de vezes que doou seu tempo para ajudar aquela pessoa e percebe que talvez tenha jogado fora esse preciso tempo.
Privado
Uma sensação
Um vázio
Repleto de dor
Encontra-se um universo
Dentro de mim
Me concedeu fraqueza
Como o teu universo
A cada nascer do sol
Ele está maior
No meu universo
Não existe estrelas
Não existe luz
Apenas tormento.
Positivo quanto ao nascer
De uma luz cintilante.
(...)
Vaga a mente numa exaustão profunda e encontra o fim do que parece ser a tolerância, trama o plano de fundo fronteirando o inalcançável, segue o longo, estreito e profundo abismo estendido infinitamente sob o céu escarlate de poeira vermelha vagando com o vento seco levando consigo resquícios de esperança qual clama por seguir adiante e atravessar o desfiladeiro dos cânions abissais que cercam e emparedam-o aos cantos escuros das sombras geladas.
Teme os estrondos longínquos que vagam pela grande vala, das nuvens carregadas em algum lugar a despejar torrentes de águas a escavar e aprofundar valetas no solo que de tão seco não enxarca. Tempestades que ameaçam dar por fim um gole sedento e refrescante engolindo para o fundo dessa garganta todo irrelevante presente, presos, entalados, incapazes de se defenderem do tumultuoso reboliço gélido e embarrado da saliva secular que torna a jorrar dos céus para terra numa faxina destrutiva reiniciadoramente confortável.
O sol lá fora ferve e frita os que vagam num passeio infernal por entre as areias escaldantes e entorpecedoras, passos que levam o ser cada vez mais perto do fim de seus curtos tempos. Enquanto lá em cima desejam o fechar do tempo e o cair da chuva, aqui em baixo só se procura sentir novamente um confortável sopro de vento refrescante. Cansado de olhar para a silhueta das bordas do precipício, vaga procurando por algo caído, folhas, galhos, flores, sementes, qualquer coisa que alimente a esperança desconfiada da remota chance de sair dali, espera que esteja descendo rumo a um lago ou riacho, pelo menos o fim dessas paredes que o engolem mais a cada hora que passa, a cada passo que hora em hora ficam mais insensíveis à caminhada fatídica infindável do vale que engole a todos e digere até mesmo a sanidade.
Restos de carniça, abandonada, esquecida, refugada pelos livres urubus a voar tão alto que daqui parecem moscas no risco de céu que se vê. O derreter paciencioso da carcaça fedorenta vai sendo banqueteada calmamente por vermes lúgubres
habitantes isolados nesta garganta que a tudo abandona
deixa morrer
se findar
acabar
porque ela
final
não possui.
Desprovida de fim serpenteia a eterna víbora por entre o quente e desértico solo, rico em ausências e espaços, imensidões vazias que põe qualquer infeliz vivente à condenação de ser devorado mais pelo tempo que pelos vermes. Vastidão isolada de qualquer presença, tendo o uivar dos ventos no alto das entranhas como companhia, o aguardar paciente das aranhas em seus emaranhados nós tricotados com exímia destreza milenar, calmamente a espera de um inseto qualquer que por azar o destino lhe finda a vida neste fim de mundo enrolado numa teia tendo suas últimas lástimas ouvidas por um vagante tão azarado quanto ele que de tando andar no fundo do abismo já alucina e ouve lastimando a pequena criatura que alimenta o predador com suas energias, lembranças, sentimentos e sonhos nunca alcançados.
(...)
(A)VENTURA
Para sentir-se perdido,
não é necessário constatar-se sem rumo.
Se estiver à deriva,
mesmo que à pouca distância da praia,
próximo à segurança de um porto,
estará perdido se não tiver objetivo.
O que nos leva a navegar não são as velas,
nem os ventos que as fazem avolumar,
muito menos a força das correntezas,
e tampouco o acaso em busca do incerto.
Para estar perdido, basta navegar contra a vontade,
mesmo que em águas rasas e calmas.
Para encontrar-se, é preciso sede de navegar,
para saciar os desafios do desconhecido.
Vontade de aquietar-se, quando calmaria,
ou disposto ao galope dos zimbrados.
Navegar não é somente uma grande aventura;
é, apesar de tudo e de todos, enorme ventura!
Prosa Experimental
'Engolido"
(...)
Vaga a mente numa exaustão profunda e encontra o fim do que parece ser a tolerância, trama o plano de fundo fronteirando o inalcançável, segue o longo, estreito e profundo abismo estendido infinitamente sob o céu escarlate de poeira vermelha vagando com o vento seco levando consigo resquícios de esperança qual clama por seguir adiante e atravessar o desfiladeiro dos cânions abissais que cercam e emparedam-o aos cantos escuros das sombras geladas.
Teme os estrondos longínquos que vagam pela grande vala, das nuvens carregadas em algum lugar a despejar torrentes de águas a escavar e aprofundar valetas no solo que de tão seco não enxarca. Tempestades que ameaçam dar por fim um gole sedento e refrescante engolindo para o fundo dessa garganta todo irrelevante presente, presos, entalados, incapazes de se defenderem do tumultuoso reboliço gélido e embarrado da saliva secular que torna a jorrar dos céus para terra numa faxina destrutiva reiniciadoramente confortável.
O sol lá fora ferve e frita os que vagam num passeio infernal por entre as areias escaldantes e entorpecedoras, passos que levam o ser cada vez mais perto do fim de seus curtos tempos. Enquanto lá em cima desejam o fechar do tempo e o cair da chuva, aqui em baixo só se procura sentir novamente um confortável sopro de vento refrescante. Cansado de olhar para a silhueta das bordas do precipício, vaga procurando por algo caído, folhas, galhos, flores, sementes, qualquer coisa que alimente a esperança desconfiada da remota chance de sair dali, espera que esteja descendo rumo a um lago ou riacho, pelo menos o fim dessas paredes que o engolem mais a cada hora que passa, a cada passo que hora em hora ficam mais insensíveis à caminhada fatídica infindável do vale que engole a todos e digere até mesmo a sanidade.
Restos de carniça, abandonada, esquecida, refugada pelos livres urubus a voar tão alto que daqui parecem moscas no risco de céu que se vê. O derreter paciencioso da carcaça fedorenta vai sendo banqueteada calmamente por vermes lúgubres
habitantes isolados nesta garganta que a tudo abandona
deixa morrer
se findar
acabar
porque ela
final
não possui.
Desprovida de fim serpenteia a eterna víbora por entre o quente e desértico solo, rico em ausências e espaços, imensidões vazias que põe qualquer infeliz vivente à condenação de ser devorado mais pelo tempo que pelos vermes. Vastidão isolada de qualquer presença, tendo o uivar dos ventos no alto das entranhas como companhia, o aguardar paciente das aranhas em seus emaranhados nós tricotados com exímia destreza milenar, calmamente a espera de um inseto qualquer que por azar o destino lhe finda a vida neste fim de mundo enrolado numa teia tendo suas últimas lástimas ouvidas por um vagante tão azarado quanto ele que de tando andar no fundo do abismo já alucina e ouve lastimando a pequena criatura que alimenta o predador com suas energias, lembranças, sentimentos e sonhos nunca alcançados.
(...)
Esvai-se o tempo paralelo aos precipícios
seus passos ressoam pelas paredes e correm para longe
ouve-se nada
De olhos escancarados e pernas bambas
cai
fita o esvoaçar das areias no céu crepusculoso
esfria
A noite vem chegando aos poucos
sua anunciação provoca espanto
medo
A possibilidade cada vez mais real daquela garganta vir a tornar-se
a sua tumba
seu eterno descanso
repouso
sem lamúria
de um cadáver que aos poucos derrete
calmamente
sendo apreciado com elegância pelos vermes
de outrora
e sempre
A noite
sem os ventos
traz o ensurdecedor silêncio
que até conforta
O céu
super estrelado
surge na fenda
que se estende por cima dos olhos
Como se estivesse frente a frente com um rasgo na imensidão única do espaço, numa brecha para as estrelas, distantes luzes a vagarem violentamente pelo negro esplendor entre as galáxias emaranhadas nas teias do cosmo. Leve, separa-o do chão flutuando hipnotizado pelo infinito espaço celeste conduzindo seu espírito elevado para além do cânion , para além do vale, percebe-se afastando de si seu mundo deixado para traz, pronto para abandoná-lo à própria condenação. Vai para o eterno abismo escuro onde o mundo ainda está a cair, cercado por distantes pontos de luz flutuando no vazio.
Torna-se ausência...
some
Enquanto seu corpo o perde de vista mergulhando entre os astros, deixa de sentir, morre o tato, olfato e paladar. Como uma pedra qualquer, ignora sua dureza e passa a afundar na areia levando consigo a insensibilidade fria para o passeio petrificado de quem nunca sai do lugar. A partir de agora é vaga lembrança de si, aos muitos esquecida e mil vezes fragmentada em poeira de olvidamento.
(...)
O vendaval o desperta, caído, esgotado, já havia desistido de manter-se em vida. Caído aguardava esvaziar-lhe os pulmões e findar-lhe as batidas cardíacas gritando aos ouvidos; 'estais a viver', insuportável verdade que lhe implica a inspirar novamente o escasso ar empoeirado da vala, a garganta seca que lhe engolira já não se sabe quando e porque. Deitado observa o cair dos grãos de areia e alguns galhos velhos, as nuvens correm de um lado para outro sobre a poeira enlouquecida, cada vez menos se ouve o coração que a pouco ensurdecia-o pois trovões rolam das alturas como despencar de imensas pedras.
Dá um pulo e põe-se de pé quando muito próximo o chicotear de um raio lhe arranca a alma do corpo por um instante, acerta em cheio o solo que cospe para cima estilhaços e deixa um rasto de fumaça a vagar perdidamente pela ventania. Tentando esfregar os olhos cheios de areia para entender o que acontece ao seu redor, avista um javali apavorado fugindo em sua direção, foge do temido gole titânico da garganta abissal, uma onda de água barrenta carregando pedras, galhos e tudo o que houver na caminho; carcaças, aranhas, sonhos de um inseto, esperança de um vagante perdido.
Engolido é, o caldo lhe arrasta moendo sua sanidade rumo a longa digestão em algum lugar do bucho deste gigantesco demônio do serrado, tudo some, se finda, acaba. Liquidificando e varrendo suas entranhas num gargarejo infernal o monstruoso cânion solta murmúrios assustadores de enfurecimento ouvido pelas estendidas planícies. Aridez que ansiava à meses por algumas gotas tem agora o solo lavado e levado com as enxurradas seus pedaços de qualquer coisa que por aqui para sempre se perde.
Caem ao longe raios sobre o resistente mato seco que rapidamente se torna uma roça de altas labaredas erguidas contra as nuvens, labaredas que parecem alimentarem-se da chuva, enquanto o vento lhes dão força para seguir devorando o restante do que estiver sobre o solo estalando um pipocar diabólico e apocalíptico neste agora caótico recanto abandonado.
(...)
Escorrem violentamente as turvas águas barrentas
por dentre a garganta cada vez mais larga
avermelham as terras baixas e formam um gigantesco lago sujo
como sangue coagulado
pus
pedaços
hemorrágica manifestação barrenta de um fim de mundo.
Lá no meio daquilo tudo
secretado
expelido
abortado
de sua paranoica semi-existência
o vagante perdido
se encontra.
SE UM DIA...
Se um dia te encontrares no olhar perdido de um menino de rua
Se deres a ele seu melhor sorriso
Se derrubares o muro
E enfim permitires um toque de peles
Descobrirás então o sentido da vida.
"Tudo o que ouço,
tudo o que vejo...
Imagino, sinto, são peixes.
Nadam dentro de mim,
nadam fora de mim.
Fazem parte de mim.
A palavra noite significa tanto
que tudo o que ouço durante o dia
são peixes respirando.
Ecoa em mim sem tomar pause,
ecoa em mim intensamente.
Que psycho? Quão perdido?
Alívio? Encontrei descanso ,
enquanto as nadadeiras estavam
paradas... encontrei descanso."
ELE a encontrou! A mulher que sempre procurou lhe deu a chance de lhe fazer feliz. Não precisa fazer mais buscas descontroladas por alguém que pudesse entregar todo seu sentimento, sem medo e sem pudor. Achou em meio a tantos o seu amor verdadeiro. Criou consciência que nada o que vivera antes se supera ao que ela gera em seu coração. Ele encontrou aquele que pode não ser o seu amor eterno e que dure para sempre, mas que há de viver e se concretizar somente enquanto eles respirarem. Encontrou o amor que lhe surpreende nas manhãs e que lhe domina a noite. Que aproveita junto com ele o calor do dia e que se deslumbra com ele ao observar do luar. Se outrora procurava casos efêmeros... agora acredita que efêmero mesmo, é o tempo que deseja passar longe dela...
Com ELA suas tardes de domingo têm a mesma emoção das noites de sexta, a mesma alegria de véspera de feriado prolongado, a mesma euforia da comemoração de gol em final de campeonato. Por que todo e qualquer momento ao lado DELA, é para ELE, é o que de mais belo existe.
Beliscá-la, mordê-la ou simplesmente beijá-la... Como nunca ninguém fez antes. Como nunca ninguém fará!
ELE a encontrou e hoje seu maior objetivo é fazê-la feliz.
ELA o aceitou! Desmistificou a ideia de poder ser feliz sozinha. Passou a acreditar que o amor existe e que é diferente de tudo o que já vivera. O amor que ele lhe deu a curou de todas as mazelas, dores, finais e recomeços que um dia viveu. Aprende a cada dia o significado do amor. Que tentar ser feliz já é ser feliz. Que partilhar um sentimento é a própria felicidade. Descobre que o amor pode nem ser eterno, que eles podem nem ter filhos ou morar com os pais dele, mas que o amor DELE há de durar enquanto respirar, e que, se em outra vida se respira, ELE há de continuar a lhe amar.
Com o tempo ELA vai aprender a entregar seus segredos a ELE. Vai aprender que ELE é mais que seu homem. Mas ELA já o aceitou, e isso é questão de instantes para acontecer.
ELA não busca nele o estereótipo do homem mais bonito. Reconheceu o que existe de mais belo em alguém. Guarda seu silêncio com as verdades mais belas que ELE ouve sem necessidade de uma palavra se quer. Aprendeu a querê-lo sempre perto, junto, colado.
Quer beijar, cheirar, morder, beliscar e apertar para ter certeza que a felicidade chegou e que está ali mesmo… materializada nele.
ELA sem saber, faz a esse homem um bem que ninguém fez antes.
ELES estão por aí... Juntos, se não em realidade, em pensamento, de cabeça a coração. ELES são essas vidas que se complementam e estão ávidas para amar e fazer o outro feliz.
Ou alguém duvida que o universo traz aquilo que desejamos?
Ficar lamentado pelo tempo perdido levara você a conquistar de seus Objetivos? Sua Resposta Definira seu Sucesso!
