Sonetos de Saudade

Às vezes
não é saudade.
É só a memória
castigando o coração.

Não era tristeza...
Era só uma saudade de
se sentir especial pra alguém.

Às vezes a saudade dói.
E às vezes ela já mata na primeira.

Às vezes
não é saudade.
É só uma vontade
de ver você desfazer as
malas na minha casa.

Às vezes
não saudade.
É só um vazio
que continua
nos sufocando.

Às vezes
não é saudade,
é só uma página que
o tempo não consegue apagar.

As vezes
não é saudade,
é só um pouco de
tudo e um montão de
você.

⁠Às vezes,
não é saudade.
É só um sinto sua
falta em carne e osso, e
um você faz falta na lista
das coisas que não tenho...

⁠Às vezes, não é saudade.
É só um vazio de certas ausências
quando há presenças inúteis ao seu lado.

⁠morri
de saudade
e ressuscitei
nos seus
braços

⁠Saudade
é um passarinho
cantando
distante.

⁠saudade
é um coração
batendo
longe do peito

⁠morri de saudade

e ao ressuscitar
quase morro
de desilusão

saudade é fruta amarga,
é paixão não correspondida,
é dor profunda que dói dentro da gente

⁠ saudade é aquele perfume antigo,
é aquela música com sabor de amor primeiro,
é aquela fotografia que o tempo amarelou

A sua ausência deixa vazio;
A sua falta deixa saudade;
A sua partida deixa tristeza!

O espaço pra saudade, é saudável;
O tempo pra novidade, é agradável;
O momento pra exclusividade, é aceitável;
O período pra irmandade, é aproveitável.

a saudade de quem amamos é uma coisa transcendental, enquanto sinto aqui, em sonhos passo a existir no mundo espiritual....

saudades de meu pai e de meu avô, saudades de quem na vida adoçaram o meu amor...

Fui embora e levei a saudade comigo,
Saudades do meu povo,
Do nosso jeito de falar.

Saudades do clima quente e do caneco d'água gelado a golar,
Saudades do cuscuz e das delícias que só tem lá.

Saudades até do carro do ovo a me acordar,
Saudades de tudo, nem sei nem por onde começar...

Voltar é uma palavra doce que nem alfenim,
Saber que lá tem sempre alguém, esperando por mim.

Uiraúna meu amor,
Serás sempre minha paixão,
Minha princesa, meu sertão,
Mesmo com tristezas e alegrias,
Voltarei pra você um dia.

⁠O beija-flor adornou
O refolho de minha alma
Na luz do sol cravejou
Uma saudade desprezada.
O beija-flor enfeitou
As cinzas de meu jardim
Meu amor acenou
E ninguém acenou pra mim.
O beija-flor cintilou
O feio, o trágico e o obsceno
Num jardim virginal e ingênuo
De onde horrorizou-se o amor.