Sonetos de Luís de Camões

E ponde na cobiça um freio duro,
E na ambição também, que indignamente
Tomais mil vezes, e no torpe e escuro
Vício da tirania infame e urgente;
Porque essas honras vãs, esse ouro puro,
Verdadeiro valor não dão à gente:
Milhor é merecê-los sem os ter,
Que possuí-los sem os merecer.

Luís de Camões
Trecho do livro Os Lusíadas, canto IX.
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Cessem do sábio Grego e do Troiano
As navegações grandes que fizeram;
Cale-se de Alexandro e de Trajano
A fama das vitórias que tiveram,
Que eu canto o peito ilustre Lusitano,
A quem Netuno e Marte obedeceram;
Cesse tudo o que a Musa antiga canta,
Que outro valor mais alto se alevanta.

Luís de Camões
Os Lusíadas (1572).

Quão mal está no caso quem cuida que a mudança de lugar muda a dor do sentimento!

Luís de Camões
Obras Completas

O amor é uma ferida que dói, e não se sente;

Luís de Camões

Nota: Adaptação de trecho de soneto de Luís de Camões

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