Soneto da Saudade
SONETO AO DIA DA MULHER
Ela é esse alguém que se faz linda
É fortaleza rígida, não à toa
É quem à vida com sorriso brinda
Ora sensível, chora e se magoa
É fonte de ternura que não finda
Mas se precisar luta como leoa
Ela tem coração de menina ainda
É flor e espinho numa mescla boa
Ela encara seus medos sem receio
hoje, ontem, amanhã ou tempo qualquer
Então duvidar dela é errar feio
E ela pode ser sim o que quiser
Porque para romper rótulos veio
Este lindo anjo em forma de mulher
Enfermeira, Traga-me um Soneto
Enfermeira, traga-me um soneto,
com 14 versos e um café às quatro.
Que trate a nostalgia com afeto
e cubra de rima o que foi abstrato.
Traga-me estrofes com gosto de volta,
com perfume de rosa esquecida.
Com um toque de infância solta
e uma leve ironia bem-vivida.
Me injete lembranças no braço esquerdo,
o do coração, o mais sincero.
Anestesie a ausência com palavras,
antes que meu peito fique mais severo.
Prescreva:
1 abraço, 2 olhares desviados,
e se possível…
um entrelaçar de dedos inesperado.
Soneto meu bem maior
Me faz ser mais
Mais adulta ou mais criança
Me faz ser vida
Mais feliz e mais vivida
Me faz ser alma
Me olha, me acalma
Me faz ser carne
Me ascende, me apaga
Me faz ser gestos
Gestos bobos que de mim, muito falam
Me faz ser mais
Mais um pouco capaz
O teu amor me trás
Mais um tanto de paz...
Soneto de Separação
(Paródia)
Num crescente do meu riso fiz pranto
Ruidoso e franco como a amargura
E das vidas unidas fiz loucura
E com mãos desamparadas fui santo
Num crescente sem calma fiz tormento
Que dos olhos desfiz a última dama
E da ilusão fiz o meu arrependimento
E do sofrimento imóvel fiz trama
Num crescente, não mais que num crescente
Fiz de triste aquela que fiz amante
E de sozinho em que se fiz presente
Fiz de um amigo pródigo o distante
Fiz da vida uma fulgura constante
Num crescente, não mais que num crescente
Soneto do Pássaro
Suas asas batem
Os ventos do sul nelas tremem
Breve segundo de luz
É perfeito pra teu corpo , reluz
Uma deusa ou mortal
Pássaro alado ou divino
Tua leveza ti transporta ao paraíso imortal
De longe podes perceber
Que triste não irás lhe fazer
Multi colorido nesse céu astral
Flutua tua beleza nessa aurora boreal
A procura de um canto
Repleto de encantos
Parece humano, na busca de sobrestar seus enganos
SONETO ACRÓSTICO
RECORRENDO AO ESTUDO E À REFLEXÃO
ELE MUDA A SI E O QUE ESTÁ AO SEU REDOR.
VERSANDO SOBRE FORMAS DE REVOLUÇÃO,
O POETA ESTÁ SEMPRE LUTANDO POR ALGO MELHOR.
LAVRANDO DIVERSOS IDEAIS EM SUA MENTE,
UTOPIAS FLORESCEM EM SEU CORAÇÃO,
CARREGA CONSIGO UMA PRIMAVERA INSURGENTE,
INCONFORMADO, ESCREVE ESPINHOS EM SUA COMPOSIÇÃO.
ODIADO, AMADO OU IGNORADO,
NA SOCIEDADE ONDE VIVE
ATUA FAZENDO SUAS INTERVENÇÕES.
REVOLUCIONÁRIO É UM SER ENGAJADO,
INTERAGE E SOBREVIVE,
OUSANDO TRANSFORMAÇÕES.
Soneto ao Luar
Sempre sozinha tão solitária
Às vezes brilha intensamente,
E outra se esconde timidamente
Lá em cima em monotonia.
Poetas se expressam sobre ela
E por sua causa são escritas
Tantas e tantas poesias.
Mas lá no céu a luz não é dela
Que seria dela se não fosse o sol?
Não serviria nem como farol
E pouco a pouco seria esquecida
Lá em cima não seria percebida
Nem tão pouco, apreciada seria.
Nem este soneto, eu escreveria.
Sua beleza esta em sua forma,
Não em seu brilho inexistente.
Como pode a lua se comparar a uma estrela?
SONETO AO POETA
Escrever?!... É ainda uma aventura desnecessária
que eu poderia substituir por qualquer outra mortalha.
Rabiscar palavras fingidas, que nada significam em
sua abrangência interpretada ao entendimento de ninguém.
Qual a razão deste culto clichê? O porquê da adorável função
dos sentidos impostos em entrelinhas que palpitam no coração?...
E quanto à transmissão da mensagem duramente planejada
e a necessidade de versificar estas palavras calejadas?...
Mas que é do suor escorrido que se desenham as belas letras,
as palavras – incógnitas desvendáveis –, e o sabor é diário;
o cotidiano que é indispensável ao bom gosto dos literários.
Pois as palavras não morrem, nem viram veredas.
Revivem-se a cada página virada, a cada minuto perdido;
escrever é dom da alma – que faz sorrir ao aflito.
Soneto
Pedi tempo ao tempo
Mais o tempo me sugeriu mais tempo.
Oh tempo, porque exiges tanto tempo.
Nessa vida de perda de tempo.
Pedi calma pra calma
Mais a calma já me respondeu sem calma.
Oh calma, porque não me queres da calma.
Se eu sem você não tenho calma.
A vida sem o tempo não tem sentido.
Sem a calma não tem abrigo.
Sem os dois sou meu próprio inimigo.
O que tiver de acontecer que aconteça
Mais que a vida tenha uma certeza
E seja feita de destreza.
Soneto Encantado
Você parece ter um poder
Que só me faz te querer
E cada vez que encontro teu olhar
Meu coração começa a disparar.
Quando sinto teu corpo junto ao meu
É como tudo virasse um breu
E não existisse nada ali,
nada além de você eu.
Você é uma droga pra mim.
Você é meu vício
E também meu benefício.
Enquanto houverem estrelas
Mesmo sem poder tê-lás,
Continuarei a te amar.
Soneto da chegada
O amor é fruto do sentimento
É dor absorvida com prazer
Às vezes, dificil de entender
Pois compensa grande sofrimento
Veio curar o meu lamento
Minhas vontades satisfazer
Veio você pra me entender
E me libertar do aborrecimento
Um anjo, sutil e perfeito
Que cai em meus braços
Ocupa e aquece meu peito
Sem incógnita nem embaraços
Com afeto, carinho e respeito
Resultando em beijos e abraços
SONETO DE UTOPIAS
Onde vislumbro a utopia
Contudo a plantar quimeras
Como quem colhe poesias,
de todas serás mais bela.....
E planto um pouco de ilusão,
Enquanto durmo falo com elas.
Que delírio poder falar-te então....
A plantar sonhos, colher quimeras.
Que desdita falar com utopias.
O que os sonhos te dizem?
Do que te falam as fantasias?
Pois só quem planta utopias,
Poderá sonhar e falar então,
plantar ilusão e colher poesias.....
Falso Soneto II
Adeus, minha querida, adeus, meu amor!
Dei-te afeto, carinho, e tu, só me deste dor
Agora, vou-me embora, mas de ti não esqueço
Porque tão ingrata com quem te deu tanto apreço?
Fizeste-te escarlate aos meus primeiros cortejos
Agora, é com tristeza n’alma que eu te vejo
Entregaste-te a outro! Sabe que ele não te ama!
Não vale um vintém, bêbedo que minha musa profana!
Despeço-me agora de ti querida, não posso mais
Ver o que tu fazes comigo, mata-me aos poucos
Só queria ter os sorrisos, que tu me davas tempos atrás
Pois adeus, luz de minh’alma, não posso curar esta ferida
Não aguento teu desdém, teu descaso deixa-me louco
Morro, lembre-se de mim, como quem mais te amou em vida...
SONETO DOS PUROS
Ser alvo como a neve, o amor
Sereno corpo, refulgido ser
O clamor, o pranto a amanhecer,
No brilho ávido o temor.
A pureza de sequiosa luz
A refletir no tempo o meu olhar
Luz aguerrida a purificar
E inerte chama que me conduz.
O porvir, o dormir, o ir, o rir
A pureza de ser e o vago fulgor
De um vasto tempo e inerente luz.
A segregar na luz o pranto
A unir o puro encanto
De um vago momento o qual reluz....
Soneto de esperança
Quando pego a caneta pela mão
E eu risco a esmo em um livro de poesia
Não sei que pensamento me alucina
Rabisco inconsciente “Amadeus”. Não!
Recuso a ti em mente, se te recuso
E volto ao meu recluso pensamento
Mais grita e se expande o sentimento
Já me vejo diante do teu vulto.
Balanço as mãos ao vento e só me admira
Que esteja em frente a mim sempre mais nítido
No espelho do banheiro em que me via
Amadeus não é o amor de uma vida
É um consolo para um semblante aflito
A espargir água santa na cortina.
E que ressoe o vento
Ao suave assovio
Em seus cabelos
Um ressoar em melodia
Um soneto de amor
Escrito nas curvas
Sublime do teu corpo
Na valsa sem pressa
No ritmo sincronizado
Do meu corpo no seu
O mais perfeito encontro
De prazer,suado,molhado...
Simetricamente assim...
O nosso mais louco
Momento de amar
Soneto
Um menino está brincando
Solitário no quintal
Todo dia para ele
é sempre igual
Faz brinquedos com as tralhas
Que vai juntando pela vida
Nunca foi primeiro em nada
E nem nunca teve nada de primeira
Nunca teve segredos
Mas guardou no coração o medo
de viver na eterna solidão
Encontrou somente a companhia
Quem lhe atirasse as migalhas
Que houvessem restado ao fim do dia
Soneto de Páscoa
O sofrimento pelo caminho
Do peso que carregou,
Da coroa a cada espinho
Quantas lágrimas não chorou.
A dor suportou sozinho
Dos membros que a cruz pregou,
Mas como a água que virou vinho
Jesus Cristo ressuscitou.
A Mãe recolheu o pranto,
Irrompeu de seu peito o manto
Que abriga todo sofredor
E olhou para o céu enquanto
Agradecia ao Espírito Santo
O retorno do Redentor.
Boa noite... um soneto de amor
Tarde demais
Ao te rever depois de um tempo
Em minha mente voltou tantas cenas
Que mexeram com meus sentimentos,
Mas, agora é tarde; que pena.
Tive você sempre em meus braços
Por muitas vezes, meu ombro te afagou
Sentindo sua ternura em nossos abraços;
Só percebi que era amor quando acabou.
Em vários momentos fui seu confidente
Sem desconfiar que eram indiretas
Que me dava constantemente.
Agora ao te ver tudo voltou
Bateu em mim uma imensa dor
Só agora enxerguei este amor.
SONETO DA OBSERVAÇÃO AUTÊNTICA
(para dar um jeito na falação egocêntrica)
Para o bom entendimento de certas ocorrências
deve ser preciso ficar à distância necessária
de quem tem um intento de fazer maledicências...
Ter juízo é abdicar da arrogância sectária!
Todo sectarismo atrapalha uma pesquisa imparcial,
recusa um manifesto da ponderação analítica,
tem revanchismo canalha, não prioriza o essencial
e abusa do dialeto de uma acusação inverídica.
O necessário julgamento do fato observado,
além de ser indiscutivelmente mais criterioso,
é solidário e isento de um desacato aloprado.
O bem convincente Poder da Paz é vitorioso
ao combater a falação egocêntrica
e promover a observação autêntica.
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