Soneto da Paixao
Soneto da saudade
Saudade da chuva
Harmonia terrestre
Saudade estava
Acalanto a alma
Saudade do sol
Estrela terrestre
Saudade estava
Acalanto a alma
Saudade estava
Da minha doce amada
Pensante fada
Saudade estava
Da madrugada... Atordoada
Assim serena, ô doce amada
Soneto: Sonho
O vento sorrateiro na janela
Sem paciência grita
Escuta o eco do medo
A vida desafiando os espinhos
O tempo passa ligeiro
A voz é engolida a seco
A coragem salta do peito
O sol floriu um sorriso
Os sonhos fazem o caminho
A esperança faz a rega
A paciência faz o ninho
É assim quando continua de pé
Nada acontece sem luta
Nada acontece sem fé
Autoria #Andrea_Domingues ©️
Todos os direitos autorais reservados 26/07/2022 às 08:00 hrs
Manter créditos de autoria original _ Andrea Domingues
soneto de neve
solto sua mão
mas acho que vou te encontrar
no inferno, pode ser
na terra ou no mar
neve grossa
estamos afundando
me perdoe pela arrogância
mas acho que vou continuando
me perdoe, me perdoe
poque eu segui o riacho
pensando "um dia eu te acho"
assim como a neve
que não derreteu por completo
e que não conseguiu dizer adeus.
Quis faróis, tens que visam Salvador,
Vai-se soneto branco chamuscado;
Falais aos caranguejos e saguis,
Imitantes atores às marés, areias,
Num traquear desolado Atlântico:
Vens lufada abrangente e Carioca;
Branda a lufar — se nós lufássemos
— que sejais samba, roda de pagode.
Baianos cativados contemplam
As areias, caranguejos na ciranda,
Até saguis em marés. A elite levanta
E sai do Monte Pascoal a ver samba:
— Que fazeis esses? Longe; aqui na Bahia?
—Esses, acampar-se-ão no Farol da Barra.
Soneto à Morte do Conde Orgaz -
Lá longe, mais além, onde não vejo ninguém,
existe um préstito funéreo
a que minh'Alma se prende, porque contém,
um profundo olhar etéreo ...
Vão muitos a sepultar, entre lúgubres caminhos,
D. Gonzallo de Tolledo, Senhor da Vila de Orgaz.
"Óh morte, quando é que também me vestes...?" Assim diz, o Poeta-Conde, Senhor da vila de Monsaraz!
E em hora derradeira ouve-se uma voz sem Paz:
Não há ninguém que me conforte,
oiço ainda o Vento chorar trágico e forte!
E tanta gente se vê nos funebres chorões do seu caminho
a abrir com lágrimas de morte, um qualquer destino,
para aquele que foi outrora o Conde de Orgaz!
(Soneto que nasce da belissima Tela do Pintor El Greco em que o tema principal é a morte e enterro do Conde Orgaz.)
Soneto, “fim de aventura”
— Repentinamente a alegria transformou em entristecimento
— O riso converteu em lamento,
— Surgiram lágrimas e abatimento
— Momentaneamente, o que era paz, se transformou em tormento
— Inesperadamente;
— Na expressão extinguiu a luminosidade
— O afeto converteu em incerteza, não havia mais tanta clareza
— Os encontros converteram em preocupações, já não faziam diferença!
— inusitadamente;
— A solidão se fez presente,
— habitou o coração
— A vida, perdeu o sentido, naquela aventura que estava vivendo.
— Aquela fantasia, perdeu a razão, senti estar sofrendo.
— Imprevistamente, o vento levou, terminou!
Rosely Meirelles
“Soneto despedida, sem adeus”
— À momentos que julgo minh’alma despovoada
— No instante que a saudade aperta
— Sinto-me desprotegida, a vagar
— Não é um lugar que eu gostaria de estar
— Me vejo caminhando sozinha num deserto, sem ter você por perto
— Na escassez de tuas carícias
— O frio me visita, as noites parecem contraditórias
— Não sei como bloquear você de minha memória
— Espero que o tempo venha acomodar esse louco sentimento.
— Alinhar essa história, trazer sossego e alento, paz e contento
— Necessito dessa ordenança, não ter a mente vagando nessa contradança
— Você chegou radiante, feito o amanhecer.
— Brilhou…me amou, e partiu!
— Se foi, como um melancólico entardecer e nem se despediu!
Rosely Meirelles
Soneto da laetitia
Em Veneza a laetitia em tudo reina
Mas com o tempo ela há de estiar
Assim como as lindas flores, com o tempo hão de secar.
Entre as papoulas italianas o inverno tem de chegar
O templo de laetitia é onde hão de descansar,
Até o inverno da tristeza por fim acabar
No tempo há dois caminhos, que levam a dois pergaminhos
Que por mais que parecidos são distintos
A amizade e amor são separados
Mas por uma linha tênue são ligados
Mas no fim ambos levam ao mesmo caminho
A laetitia os recebe com apreço
Os que ousaram cruzar a linha
E por fim chegar ao romantismo
Soneto ao Conde de Monsaraz -
E escuto à noite, na Voz do Universo,
cálido, certeiro, feito de Estrelas,
uma Voz que ecoa, deixando-me imerso,
num manto doce de tímidas procellas:
"... há uma Paz infinita na solidão das herdades,
ó Alma das coisas mortas,
eu sinto que me confortas,
nos campos, quando me invades ..." *
E há um silêncio sinistro e misterioso
que me escorre a Alma num pálido sentir,
ora doce ora amargo, ora alegre ou doloroso ...
E sinto em mim, às vezes, vacilante e audaz,
essa voz Eterna, doce, a sorrir,
do Conde de Monsaraz ...
Tens em minha Casa um lugar onde podes pernoitar sempre que venhas.
Tens em meus braços um ninho de amizade que te espera.
Tens em minha Alma outra Alma que sempre esperará a tua Alma ...
*Quadra de António de Macedo Papança, Conde de Monsaraz. IN Musa Alentjana - 1908
DEVIR {soneto}
Alvorecendo o dia, percebo a vida diferente...
Vou ate' a janela, descortinada com o ventejar.
O rebolar das flores se despindo do usual, a notar.
Flores murcham, animais morrem, igual a gente...
O som dos pássaros, o balançar das arvores...
Olhando pra fora, percebi o clarão de um recomeço.
Tudo parecia numa conspiração só, um rebuliço.
Vida desprovida, despertei-me destes horrores...
Em nada o existir, tudo num habilita-desabilita.
Não há garantias, nem estabilidade, tudo passa.
Ineficaz e' o existir, um sopro de vida que irrita.
Abraça pra sorrir, aperta pra doer, magoa pra sofrer.
Que gosto tem uma lagrima? Antes era congelada?
Agora pode chorar, a lagrima não e' nada! E' viver.
Soneto para Ayronn
Ayronn, meu filho amado
vim aqui te visitar
A saudade bateu forte
que não pude controlar
neste local está seu corpo,
mas sua alma está com DEUS.
Hoje me encontro perdido,
nem sei se quero me encontrar
A realidade fere a alma,
e desta dor quero afastar...
O vazio tomou conta da casa,
é um pro canto, outro pro outro
os momentos de nossa interação
nos perseguem dia após dia...
Filho lindo, descanse em paz,
até que um dia irei te encontrar
então iremos nos abraçar eternamente.
Soneto: Esperança
O vento batendo na porta
Sem compostura nenhuma
É o eco dos sentimentos
É tudo que você tanto guarda
Palavras, dores e angústias
É entulho no caminho
Às vezes temos que falar
Se livrar do que pesa
O vento sopra com jeito
A voz é engolida a seco
E as angústias saltam do peito
Eco da dona vida
Nada acontece sem fé
Rega pra ser florida
Autoria de #Andrea_Domingues ©️
Todos os direitos autorais reservados 25/05/2022 às 18:20 hrs
Manter créditos de autoria original _ Andrea Domingues
Soneto Vida
O grande mistério da vida
Com toda a docilidade
Uma conduta mais atrevida
Nos oferece a crueldade;
A criança alegria e liberdade,
Juventude um encanto e doçura,
Nos brinda com amargura
A sua tão fragilidade,
Ensina - nos a ser forte,
Entendemos que não é sorte,
A felicidade com trabalho merecido;
Dores aprendemos a suportar.
A velhice o amargo esperar,
Num canto talvez esquecido.
Set/01/10
Missias
Soneto da saudade
Quando de saudades eu viver
E a solidão me assombrar
A certeza do incerto acontecer
E essa peleja começar
Essa angusta ao anoitecer
Afligindo o meu pensar
Me levando a perecer
Sem quer reanimar
Oh que dor sufocante
Tire de mim agora!
Remova neste instante
Se Deus me levasse embora
Seria reconfortante
A esse coração que chora
Soneto da distância
Quando dois corpos querendo se tocar
E a distancia o fazem separados
Esperam o ansiosos o tempo passar
E acalmar os corações atribulados
A esperança o fazem acreditar
Que ao fechar os olhos serão confortados
Isso os farão relembrar
Que quando ama não esta isolado
Assim, quando a noite chegar
E a solidão não te fazer bem
E no céu só restar o luar
Sei q vai olhar pro céu
E estarei olhando pra lá também
E estaremos unidos por um mesmo véu
- Se assim não for -
(Soneto)
Na verdade há mágoas palpitando no meu peito,
há sintomas de saudade de outro tempo,
silêncios adormecidos no meu leito
que se agitam conforme agita o vento!
E há sequelas agarradas à minha pele
incapazes de me deixarem respirar,
talvez um dia sejam brancas como a neve
e me deixem , como Florbela, "amar ... amar!"
Talvez os dias me possam ser mais leves
e os sonhos que hoje correm à minha frente,
ao meu lado, me possam ser mais breves ...
Se assim não for recordarei na minha gente
o amor de quem o sente e não descreve,
porque afinal, quem fala muito, muito mente!
Soneto Nº 1
Fui conduzido por um longo caminho
O Senhor que me conduziu
Muito antigo de dias me pediu para escrever
E eu espero que você possa ler
Ele não me disse o que eu ia encontrar pelo caminho
Mas a sua voz suave como o vento
Era persuasiva e persistente
Escutei como se escutasse com a mente
Segui sozinho por um caminho muito estreito
Me cortei pelo caminho, me machuquei, quase que morri
Sorri, ao chegar no fim desse caminho
Tinha uma mansão com o meu nome e Mustang conversível
Do bom e do melhor havia Tudo
Guardei a minha espada e o meu escudo em um dos átrios
__
Edson Felix
16/02/2021
Brazil
Soneto Nº 2
O sol
Pode brilhar muito intensamente
Como brilha intensamente
E pode deixar de aparecer de repente
As vezes, é assim
Os dias são ensolarados
E as luas também
Bem, mas tem dias que nem ele, nem a lua aparecem
Nossa esperança vai morrer por causa disso?
Nós sabemos que eles estão lá
Embora não possamos vê-los
Os dias nublados não são para sempre
Nem as noites sem lua
Independente da fé tua
__
Edson Felix
18/02/2021
Brazil
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp