Soneto da Mulher Perfeita
Um amante
Num soneto feliz e ímpar, a ternura
Rimando o prazer com uma lucidez
Num sentimento com doce ventura
Que envolve a alma, com parvulez
Enquanto o canto alastra formosura
Em uma poética que a emoção fez
No âmago, o amor, figura brandura
Enchendo de agrado e de solidez
Pela primeira vez, a poesia amada
Uma rosa, um toque, apaixonada
Sensação. Versado o beijo galante
E, o soneto saciado, rico e querido
Outrora pícaro, agora com sentido
Rascunha versos para um amante.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
17 janeiro, 2024, 18’38” – Araguari, MG
Soneto de janeiro
Então, janeiro, primeiro do ano
E, assim, caminha dia pós dia
A sorte na sua inquieta valeria
Agridoce magia, de fatal plano
O destino palpita tão soprano
Num canto de tristura, alegria
E, seguindo, cheio de fantasia
Faz-se vida, e o tempo decano
Indo, que se vai, caminhando
Fatos, estórias, n’alma flamas
Com um horizonte passageiro
Sentido, então, vai passando
Fugaz, vigente, em chamas
Alvorecendo mais um janeiro...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
21 janeiro, 2024, 14’12” – Araguari, MG
Soneto 63º aniversário de Brasília
O quadradinho visto em sonho
Riquezas ocultas entre os montes
De um ponto a outro, suponho
Tesouros de abundantes fontes.
Santo Bosco a ouvir amiúde:
Quão grande é a Prometida!
Oh! veluda voz não me ilude
Leite e mel jorrarão toda vida.
Nos graus 15 e 20 deságua,
Posto que cercada por espelhos d’água,
Reflete riquezas inconcebíveis.
De Colômbia a Sul da Argentina
Guiado por vozes audíveis
Dom Bosco viu a Terra de Brasília.
NÃO HÁ
Não há em um soneto quem poética visse
Quando se quer, o amor, no verso cantar
Ele encanta, faz ao leitor, assim, encantar
Por ter aquele agrado, sem ser uma tolice
Ama tudo isso, e nunca é uma vã chatice
Deixa escorrer pelas mãos o doce poetar
Os sussurros do coração e então cativar
O viver, fugaz, por conseguinte a velhice
Tem olhar na inspiração, belo e fecundo
Tem abraço, tem gesto, se alimenta disto
E o sentimento, aí, alto, melhor do mundo
Supera a trova desigual, cada imprevisto
Suspira, poetisa as sensações ao mundo
E a emoção muito mais que apenas isto...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
28 maio de 2023, 15’05” – Araguari, MG
SONETO- EXPLOSÃO DE AMOR
fico a sonhar como eu queria que você viesse,
Novamente a fazer morada em meu coração;
Devaneios, Como queria que você quisesse ,
Até o infinito Viver comigo, uma eterna paixão !
Não imaginas como eu queria ver o teu sorriso ,
A fazer morada eternamente no meu paraíso;
Ver brilho de teus olhos novamente regressar
E infinitamente dentro de minh'alma adentrar !
E se um dia você resolver voltar: realmente vier ,Juntos dormindo no mesmo espaço na cama ,
E nos alimentarmos no mesmo prato e talher.
Mas é tão só, um sonho meu , uma pura ilusão;
Onde o corpo clama, pede e minh'alma quer ampla ,sublime explosão de amor, sevocê vier
Maria Francisca Leite
Direitos autorais reservados sob a Lei - 9/.610/98
SONETO NO EMBALO DA CANÇÃO CANÇAO
Ouvindo uma sublime, linda canção
Eu Te encontro em minha imaginação
ao fechar os olhos levo você comigo.
Quero teus braços para o meu abrigo
*
sinto seus braços me envolverem;
O teu calor deixa- me extasiada
Como num sonho e desse sonho
Nunca mais quero ser acordada .
*
No embalo de uma canção, tu me envolves
Com desejos tresloucado; tudo que mais
Anseio no embalo da canção é ter você ao meu lado !
Dentro de meus sonhos, meu mundo imaginário; Acredite se quiser, é especial,
Simplesmente Um lugar extraordinário !
*
Maria Francisca Leite
Direitos autorais reservados sob a lei - 9.610/98
Soneto 150
Ó, que força usas para teres tanto poder
Que não deixa meu coração se desviar?
Fazer-me mentir diante do que vejo,
E jurar que a luz não abençoe o dia?
Desde quando adoeceste tudo,
Que em negar teus próprios atos
Há tanta força e mostra de talento,
Que fazem teus defeitos superar teus dons?
Quem te ensinou a fazer-me amar-te mais ainda,
Por mais o que eu ouça e veja só cause o ódio?
Ah, embora eu ame o que outros odeiam,
Como eles, não deverias me ter horror.
Se tua falta de valor fez que eu te amasse,
Mais valia tenho por amares a mim.
SONETO FIGURADO
Poeto... e quem lesse logo imaginaria
Que poesia feliz! Que verso amoroso!
Encantada estrofe, poema venturoso
Cheio de atraente sensação, todavia
Mal sabe que na entrelinha, só utopia
Escondida prosa dum fingido virtuoso
Sentimento, sussurrante, tão doloroso
Choroso. A mais pura e dura fantasia
Na poética o riso no devaneio perdido
E a felicidade sem rima e sem sentido
Descrido, onde uma infelicidade junca
Ah! Postiça emoção, fria e sorrateira
Minha inspiração queria estar inteira
Mas tu, saudosista, esquecer, nunca!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
14 junho, 2023, 19'57" – Araguari, MG
SONETO SEDUZIDO DE AMOR
Esse que prosa por aqui, leitores
De poética jura e sensível feitio
É um soneto mais, mais louvores
De mais cores, o tal, mais gentio
Sintam que são de nobres teores
Sutil poesia, sensação e arrepio
Hino romântico, ofertadas flores
Aquela paz ao coração, pousio
Reconheceis, talvez, ser utopia
Direis que não, apenas, melodia
Um cântico tão cheio de frenesi
Eu vi a emoção trovar o encanto
E, o sentimento no íntimo, tanto
Eu vi... ele seduzido de amor, vi!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
16 junho, 2023, 19'22" – Araguari, MG
SONETO INFORTUNADO
Nas linhas da poesia cheia de gana
Há sempre um nome oculto a saber
Há, no agitado coração, carraspana
Sensação, que se quis e ainda quer
E, numa poética de emoção insana
Sonha, poetiza, deseja tudo a valer
Os versos rimando de forma profana
Pois, o sentimento fica sem entender
E, se vai sonetando o verso diverso
Título a título, num sentido qualquer
E indigente, se estabelece disperso
Triste versar infeliz, e nunca amado
Menciona quantidade no furtivo viver
Privado, carecido, e tão infortunado...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
18 junho, 2023, 19'00" – Araguari, MG
SONETO DE INVERNO II
Frio, uma taça de vinho, face em rubor
No cerrado ivernado, pouco se aquece
Um calor de momento, o licor oferece
E a alma velada, enrolada no cobertor
O arrepio no corpo, a infusão apetece
Para esquentar a noite até o seu alvor
Acalorando o alento do clima estritor
Num cálido agasalho que o afeto tece
Ah, ó estação de monocromática cor
Tão Agarradinhas paixões, em prece
Os mistérios, os desejos, os sentidos
Assim, embolado nas lareiras, o amor
Regado de vontade, no olhar floresce
Junho, ventos gelados e frios sonidos
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
21 junho, 2023, 19'34" – Araguari, MG
Início do inverno
MORRE DENTRO DE MIM
Se eu peço ao soneto dar-me felicidade
A este coração sofrente, sonso e servil
Prosa que sou infortunado, varrido, fútil
Ávido, inútil e cheio de inflada vaidade
Donde vem está falta de simplicidade
Está tua crueldade? mostra ser hostil
Nas entrelinhas és vil, dum saber sutil
No versejar, tosco, e sem a suavidade
A minha inspiração sussurrante, chora
Nos suspiros dentro da ilusão e, assim
Farto de sensação e lágrima, vem fora
Parece que a poética, só quer, querer
Ser, sem piedade morre dentro de mim
Só para sentir o sentimento esmaecer
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
22 junho, 2023, 20'43" – Araguari, MG
Soneto da ternura
Como é lindo o deslumbramento de um sorriso
E a beleza de um olhar azul
A sutileza de uma carícia
E o calor de um fervoroso abraço
Como é maravilhoso dizer o quanto te preciso
Na inteireza desse amor iluminado
Você não sabe o quanto estou fascinado
Ao ver a loira de olhos azuis mais uma vez
Oh, como é bela a ternura
Um encantamento que fulgura
Em um momento de sensatez
Como é linda a irreverência de um olhar
E a essência que me trás esse amor
Ao contemplar essa mais linda flor especial que é você.
Frankton Rodrigues de Lima
Canto só ou em dueto
junto ao mundo que vislumbro
rabiscando linhas em soneto
sou um poemeto sem rumo
DESCANSO NO MAR - (Soneto polissêmico)
És majestoso... oceano Pacífico;
Que se abre ao sopé desse morro;
Nesse mar azul calmo e pacífico,
...em êxtase mergulho e morro!
...sendo, para o fim muito cedo;
Luto, sentindo da vida a chama;
Mas sem forças desisto e cedo,
... à voz, que bela me chama.
- Seu navegar não serás em vão,
ou, sepulcro sem mastro e vela,
Sobre ondas que vem e que vão,
não haverás no fim, choro ou vela;
Nesse infinito largo como um vão,
...eterna Nau, da paz que se vela!
Claudio Broliani
Soneto ao meu amor
A lua brilha, espelho do luar,
Reflete a luz que vem do seu senhor.
Assim sou eu, que busco o teu olhar,
E encontro em ti a fonte do amor.
No céu sereno, a lua em esplendor,
Inspira sonhos, faz o mar cantar.
Mas, sem o sol, é triste e sem valor
Perdida e fria, não pode brilhar.
Assim era eu, sem tua luz em mim,
Um ser sem rumo, triste a vagar.
Contigo, amor, conheci vida enfim,
E em teu carinho, volto a resplandecer.
És meu sol, que me faz renascer
E sem ti, não saberia sequer viver.
Soneto à Divina Helena
Helena, és estrela que o céu adorna,
Rainha dos tempos, de eterna magia.
Teu nome ressoa, o mundo transforma,
És verso esculpido em pura harmonia.
Teus olhos, dois sóis, brilham com candura,
E trazem do Éden o mais raro fulgor.
Tua voz é melodia que perdura,
Encanta os sentidos, exala o amor.
És mais que mortal, és lenda vivente,
A própria beleza em forma terrena.
Nos corações deixas rastro ardente,
Sublime, encantada, divina Helena.
De ti se inspiram os céus e a terra,
Pois em tua essência a perfeição encerra.
Sublime, encantada, divina Helena.
De ti se inspiram os céus e a terra,
Pois em tua essência a perfeição encerra.
Edson Luiz Elo
São Paulo, 30 de Dezembro de 2024
*"Soneto da Existência*"
Nem tudo que os olhos vêem é a verdade,
Na valça etérea das nuvens a fluir,
Ouvindo os sons da vida, em suas melodias,
A busca do ser, é uma eterna sentinela.
Meu nome e sobrenomes, um reflexo de histórias e legados,
Um varão que atravessa os tempos,
Genealogias que caminham sob o fado,
Tece o destino na vastidão de um coração.
Existência senil, direitos e deveres,
Frutos de labuta, em atos altruístas,
Na vida encontramos nosso verdadeiro sentidos.
Com mãos calejadas, eu e meu Pai,
Construímos os alicerces e paredes,
Um mundo em que a dignidade se faz espelho.
E a luta por justiça, um doce conselho.
Meu irmão: Será que levarás o que me tiraste?
Seus estudos no campo dos Direitos,
Vê-se uma impura "Lambada"
Papai: como te amo, te admiro, meu herói, meu Anjo Amigo!
( memória)
Soneto à Estrela do Meu Coração.
Tu és a bela estrela, nas estradas do meu céu,
Brilhando com doçura, como um farol na bruma,
Teu riso, doce música, ecoa além do véu,
Nas noites tranquilas, onde a esperança é sonhos.
O sol se pondo, no porto do meu coração,
Tua luz se ofusca, mas nunca se esconde,
Ainda que a maré leve a nossa canção,
Teu amor, um farol que eternamente responde.
O vento alado das tardes dominicais,
Sussurra segredos entre as folhas verdejantes,
Teus passos na areia, lembranças imortais.
Caminham ao meu lado, em gestos tão constantes.
A sombra dos ipês, no verão tão distante,
Guarda a essência pura dos momentos de paz,
E mesmo nas tempestades, em dias tão errantes,
Teu amor, minha âncora, me guia e me traz.
Nos braços do tempo, em cada estação,
Teu ser é o abrigo, a minha inspiração.
Soneto sobre Resiliência e Angústia
Resiliência não é ser imbatível,
Blindado contra a dor ou a traição;
Não há um coração tão invencível
Que nunca sinta o peso da emoção.
Na angústia mora a chave do caminho,
E aquele que a encara, sem fugir,
Descobre, mesmo em meio ao desalinho,
A força que o ensina a prosseguir.
Não é na fuga que se encontra a paz,
Mas no enfrentar sereno e consciente;
Quem sofre e luta, aos poucos se refaz.
E aprende que o sofrer é inerente,
Pois, como Kierkegaard bem nos traz,
É da angústia que se faz o resiliente.
Edson Luiz ELO
São Paulo, 23 de janeiro de 2025
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp