Soneto da Mulher Perfeita
Por enquanto te amo, nesta poesia,
Neste soneto feito com carinho,
Onde minha paixão extravasa
Todo o amor que tenho e meu destino.
Céu azulado, sem nuvens passando,
Mas meu coração cheio de saudade,
Pensando em ti, esta paixão inflamando,
Me faz lembrar a nossa intimidade.
Somos como as folhas da mesma árvore,
Nossas vidas se entrelaçam na beleza,
Juntos somos fortes, somos imortais.
E assim, meu amor, eu nunca me esqueço,
Que mesmo longe, te amo com certeza,
E esta paixão nunca se extinguirá.
SONETO
Deixa que eu te ame como um ideal,
Como aquele que a tempestade arrastou
Mas que na verdade do corpo é puro e leal,
E no gozo físico transcendente se encontrou
Deixa que eu te ame sem pensar naquele,
Que ao mundo se entregou sem compreender, Ingenuamente solto, sem alma e pele
Sem saber quão vulnerável é se perder
Deixa que eu te ame com a imaginação,
Com a insegurança e com desespero
Com silêncio dos gestos, só com o coração.
Deixa que eu te ame até o fim, sem medo
Dessa ilusão que só nos faz sofrer,
Pois não há outro modo de amar, nem de viver
Por Evan do Carmo
Soneto da Eternidade
No manto azul da noite, o sonho invade,
Trazendo a paz de estrela cintilante,
O tempo se dissolve em eterno instante,
E o coração se acalma no leito da saudade.
Na voz do vento, ouço a eternidade,
Que sussurra segredo, calmante.
Enquanto o céu desenha, radiante,
A essência pura da imortalidade.
Na vastidão do ser profundo,
Mergulho em pensamentos infinitos,
Buscando a verdade além do mundo.
Pois sei que no silêncio dos aflitos,
Há um eco de luz que nos inunda,
E torna eternos nossos gritos.
Soneto da Vida Plena
Morre lentamente quem não viaja,
quem não lê, não ouve a música do ar,
quem não encontra graça em si, se apaga,
e ao amor-próprio, deixa de amar.
Morre lentamente quem se deixa escravo
do hábito, dos mesmos trajetos, fiel,
quem não muda a marca, não arrisca o novo,
ou não conversa com um estranho, cruel.
Morre lentamente quem faz da TV um guia,
quem evita a paixão e o mundo inteiro,
e prefere a certeza, a sombra fria.
Morre lentamente quem evita o mistério,
quem se queixa do destino, o tempo é traiçoeiro,
e abandona o sonho, antes de vê-lo inteiro.
Soneto ao meu amor
A lua brilha, espelho do luar,
Reflete a luz que vem do seu senhor.
Assim sou eu, que busco o teu olhar,
E encontro em ti a fonte do amor.
No céu sereno, a lua em esplendor,
Inspira sonhos, faz o mar cantar.
Mas, sem o sol, é triste e sem valor
Perdida e fria, não pode brilhar.
Assim era eu, sem tua luz em mim,
Um ser sem rumo, triste a vagar.
Contigo, amor, conheci vida enfim,
E em teu carinho, volto a resplandecer.
És meu sol, que me faz renascer
E sem ti, não saberia sequer viver.
SONETO DO AMOR IDEAL
Que tipo de amor seria ideal entre nós
um amor que fosse como prece ao vento
aquele amor que tudo aceita, que tudo cala
calmo, lânguido, silencioso, passivo e lento?
Não tenho a pretensão de ser perfeito
não entendo amor assim, como novela
desejo amor náufrago, de barco à vela
sem certeza, sem destino, exposto ao sol
Quem ama vive em campo de batalha
lutando contra o egoismo e a vaidade
assim espera encontrar a ilha da felicidade.
Quem almeja a vida em paz foge da guerra
no amor os amantes travam luta com navalha
no fim todos perdem, ninguém ganha do amor.
SONETO
A PONTE DA SAUDADE
Havia uma ponte sobre um rio,
Um rio que cortava uma cidade
A carne que gemia, um calafrio
Na ânsia de sentir uma saudade.
A ponte de tão frágil, caiu na` água
Só mágoa, num suspiro se afogou
Agora se travessa o rio a nado
Corrente dos desejos se quebrou.
As almas traspassadas em dores cruciantes
o rio e a cidade afastados hoje choram
a sorte esquecida, da ponte e dos amantes.
Mas a ponte da esperança não tem chão
na mente dos amantes que se encontram
distante da cidade do desejo e da ilusão.
Soneto do amigo
Um velho que me diz verdades duras
em horas que não desejo ouvir
como um pai ou uma mãe a me pedir
cautela, para olhar além das amarguras
Às vezes tão distante e tão presente
contar com uma amigo é ter certeza
da voz que exala brandura e madureza
a infundir coragem, a nos tornar contente.
Alguém fiel, mas imperfeito como nós
humano e errante, mas leal e constante
um amigo antigo desata os nossos nós
Feliz é quem encontrou um grande amor
se a sorte não nos valeu neste sentido
pelo menos nos conceda um amigo de valor
Evan do Carmo 02/04/2018
Para todos os meus amigos, declarados e anônimos
SONETO DO RISO HUMANO
A angústia Sartriana, tristeza do primata
espinho que maltrata a alma com terror
quicá fosse alegria, espasmos de amor
o riso é inumano, ilusão da vida ingrata.
Da vida idealizada, da paz tão almejada
De medos, incertezas, daquilo que queremos
de tudo que sonhamos, até do que vivemos
o riso é um disfarce, uma máscara condenada.
A nos questionar se somos gente ou animal
o riso humano revela o que tentamos esconder
práticas inconfessáveis, ora de bem ora de mal.
Onde mora a dor, o choro espera o riso
tudo o que fazemos, queremos um motivo
o homem sonha a vida, a morte o paraíso.
Evan do Carmo 07/04/2018
SONETO CAATINGUEIRO
Nas trilhas do sertão, fui moldurado
pelo vento, pelo sol da esperança.
Cresci de coração, sempre ancorado
nos remansos de amor e confiança.
Com a seca, vi a fome, sem bonança,
mas nunca me entreguei ao desespero,
pois minha fé nutre a perseverança
no alimento do sonho, o meu tempero.
Tenho a fé que norteia meu destino,
sangue bom sertanejo e caatingueiro,
na luta desde os tempos de menino.
No meu rosto há o brio de um guerreiro,
pela graça de Deus sou nordestino,
Piauiense, valente e brasileiro.
"" Depois de um soneto
a poesia e o poema não se contiveram
tiveram um caso
não por acaso
nasceu a trova
como prova
de que os poetas não só imaginam
mas existem sim
histórias e histórias de amor..
Soneto da Carta ao Araújo
No teu quarto quieto, lotado de sonhos
Que tu vivencias, na mais sóbria graça,
Te digo, meu amigo: o tempo passa
Enquanto vivemos dias enfadonhos.
Depois de nós, tudo seguirá o mesmo,
Assim como já eram as coisas antes,
Hão de haver boêmios e delirantes
Para ocuparem os bares, a esmo.
Mas sonhador como tu, não haverá igual:
Seja nesta, ou em qualquer galáxia,
És para sempre, excêntrico e único.
E me é consolo, saber que ao final
Serás tu a árvore asclepidácea
A enfeitar meu esquecido túmulo.
Soneto do Amor Maior
Ao meu amor maior, que me guia,
Trago-lhe, aos prantos, minhas angústias.
Só tu és quem ouve as minhas súplicas -
Quero viver em tua alegria.
Vem de ti a luz que me irradia,
Que finda as cóleras, tão múltiplas.
Mesmo que venhas às horas últimas,
Preenches o vazio de todo um dia.
E quando as tristezas triunfarem
Sendo a solidão absoluta,
Hei de me tranquilizar, sabendo:
Elas não tardarão a cessarem;
Cada lágrima será enxuta
Quando ao teu lado eu estiver vivendo.
SONETO 01 - QUEDA LIVRE
Além de Si
Quando dei por mim
Já não era mais eu...
Tudo onde via ser meu
Faziam partes do fim.
O amor que outrora fora tudo,
Agora não mais restava um pouco.
Momentos marcados como loucos
E eufóricos foram apenas absurdos.
Um todo por metades desiguais,
Ou fragmentos de uma parte.
Pois o meu desejo foi a arte
Que preencheu esse vazio demais.
Agora estou eu cá sem ver o que há aqui...
Por doar-se demais além de si.
/SONETO 02 - QUEDA LIVRE
Acima do Véu
Prometi a ti a vida que falei.
Rasguei os músculos dormentes,
Queimei a pele no sol quente
E até as lágrimas, enxuguei.
Mergulhei fundo na vida para ter o mundo.
Segundos duraram anos longe de você.
Profundos tormentos senti para vencer
E no fim vejo somente sorrisos imundos.
Quisera eu poder alcançar o céu
Sem precisar ver acima do véu.
Estaria você a me iludir com vagas esperanças.
Agora frágil e jogado ao léu,
Vivendo amargo feito fel,
Como poderia eu ainda ter confiança?
Soneto das Lágrimas e Feridas
Quando busquei afeto, em dia tão cruel,
Recebi palavras duras, frias, sem alento,
Críticas cortantes, frias como o vento,
Ferindo a alma, amargando o papel.
Coração magoado, lágrimas quentes, mãos frias,
Boa noite num visor, gelado e distante,
Em prantos queimei velas, num clamor constante,
Soluçando à lua, em noites vazias.
Calei-me para dar-te voz, cedi aos teus caprichos,
Quis fazer parte, mas só encontrei distância,
Fechei os olhos aos teus deslizes, em relutância.
Perdi-me, murchei-me, dividi-me em fragmentos,
Deixei de lado meus desejos, apaguei-me no escuro,
Enquanto eu era um vulcão, eras apenas um fósforo
Soneto do Coração Ferido
Em meio às sombras, meu coração se parte,
Ecoam os gritos de um amor desfeito,
Cada lembrança crava, em mim, seu jeito,
E a dor se espalha, como fria arte.
Cicatrizes profundas, marcas que não somem,
Vozes do passado sussurram meu tormento,
Em lágrimas que vertem, meu desalento,
Revelam o silêncio que os sonhos consomem.
O peito dilacerado clama por paz,
Enquanto a saudade aperta, sem compaixão,
Sinto-me perdido, sem rumo, sem cais.
No abismo da dor, sigo a rastejar,
Sem saber se um dia haverá salvação,
Neste mar de tristeza, aprendo a lidar.
Soneto da Dor e Superação
Cansado de chorar, vago por migalhas de afeto,
Ajoelhado ao destino, em prantos e rezas, eu clamei,
Queimei velas aos deuses, por teu amor implorei,
Desfiei a lua em lágrimas, num gesto incerto.
Nas estrelas lancei a dor, por teu amor,
Desfiz-me em vários eus, para teu bem-estar,
Machucado em mil, pra te engrandecer, te elevar,
Feri-me, para poupar-te, ocultando meu temor.
Sorrisos camuflando tristezas, dei-te aos montes,
Desfiz-me para ganhar teus elogios e carinho,
Deixei de ser eu, tentando ser nós, montes.
Tantas vezes oprimindo a dor, busquei ser amado,
Encontrei desprezo onde esperava abrigo,
Das cinzas renasço, em mim mesmo, reencontrado.
*"Soneto da Existência*"
Nem tudo que os olhos vêem é a verdade,
Na valça etérea das nuvens a fluir,
Ouvindo os sons da vida, em suas melodias,
A busca do ser, é uma eterna sentinela.
Meu nome e sobrenomes, um reflexo de histórias e legados,
Um varão que atravessa os tempos,
Genealogias que caminham sob o fado,
Tece o destino na vastidão de um coração.
Existência senil, direitos e deveres,
Frutos de labuta, em atos altruístas,
Na vida encontramos nosso verdadeiro sentidos.
Com mãos calejadas, eu e meu Pai,
Construímos os alicerces e paredes,
Um mundo em que a dignidade se faz espelho.
E a luta por justiça, um doce conselho.
Meu irmão: Será que levarás o que me tiraste?
Seus estudos no campo dos Direitos,
Vê-se uma impura "Lambada"
Papai: como te amo, te admiro, meu herói, meu Anjo Amigo!
( memória)
Soneto à Estrela do Meu Coração.
Tu és a bela estrela, nas estradas do meu céu,
Brilhando com doçura, como um farol na bruma,
Teu riso, doce música, ecoa além do véu,
Nas noites tranquilas, onde a esperança é sonhos.
O sol se pondo, no porto do meu coração,
Tua luz se ofusca, mas nunca se esconde,
Ainda que a maré leve a nossa canção,
Teu amor, um farol que eternamente responde.
O vento alado das tardes dominicais,
Sussurra segredos entre as folhas verdejantes,
Teus passos na areia, lembranças imortais.
Caminham ao meu lado, em gestos tão constantes.
A sombra dos ipês, no verão tão distante,
Guarda a essência pura dos momentos de paz,
E mesmo nas tempestades, em dias tão errantes,
Teu amor, minha âncora, me guia e me traz.
Nos braços do tempo, em cada estação,
Teu ser é o abrigo, a minha inspiração.
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