Soneto da Falsidade de Vinicius de Moraes
A quem devo desculpas? A quem devo desculpas por presente no momento não estar? Sem sentir, sem cheirar... Sem saber aonde estar... Consciente quero em minha vida viver. Toda minha vida, tudo que tenho é tão pequeno e pouco, um momento apenas que, incrivelmente é eterno. Tenho-me tão pouco, reconhecendo que a vida é momentânea, quero estar vivo, permanecer no momento sem viagens no tempo, mesmo que momentâneo seja, desse momento sairei para outro apenas quando a saída for um momento.
Talvez devo-me desculpas, entreguei-me aos devaneios temporais e navegando por eles, me perdi, sem encontrar o caminho de volta percebi que, verdadeiramente não queria encontra-lo, me afastara dele para distante da realidade ficar.
Quero minha vida, aceito esta e me responsabilizo por se a partir daqui me ausentar. Está é minha casa e aqui estou a morar, aceito o momento e então posso ser até o mesmo. Não mais morto, agora vivo. Vivendo a vida real.
Noite fria
Um cobertor, um pensamento, um vazio
E de companhia me faz o frio,
Uma cama, um aconchego, um sorriso,
E de longe sopra o frio.
Uma ideia, uma tosse, um calafrio,
E o vento traz o frio.
Uma sensação, uma vontade, um martírio,
E sinto em mim o frio.
Me aqueço, me esfrio
Põem fogo e apaga.
Me acho me perco.
O contraditório esfriou
Ou o a razão super aqueceu.
O molhado deu lugar ao seco,
Ou será que sou eu?
Frio de junho que fogueira não esquenta,
Frio de junho que sentimento congela,
Congele as preocupações da vida,
E todo o resto deixe que eu aqueça.
Pois pra ter fogo não basta o calor,
Mas a chama que se faz com o mais puro querer ser feliz.
A estrada
A estrada é o caminho, a direção o rumo. A estrada é o destino marcado a cal por novos limites. A estrada é escola, ensina, machuca, nos faz crescer. A estrada traz dor e também esperança. Apresenta-nos a raiva e depois a alegria. Traz o medo em cada curva, acentuado e sem sinalizações de saída. Nas retas nos da tempo para descansar, pensar, nos preparar para novas curvas. Essa é a estrada. Esburacada, Mal cuidada, Perigosa. Fascinante, Bela, Sedutora. Na estrada se vê o por do sol e também o seu nascer. Na estrada se conhece o amor e também a desilusão. Como canta o Titãs “Estou na estrada, ou a estrada é que esta em mim. Tenho pressa, será que a estrada é que não tem fim. Em cada curva uma vontade, em cada reta uma ilusão, se eu queria uma resposta, só encontro interrogação. O tempo passa ou será que quem passou fui eu”.
Chuva
Chuva de pranto em esperança que assola.
Molha alma, molha cara, molha a vontade de limpar tristeza pra vir certa a felicidade.
Chuva de relva em positividade, traz a esperança em cada gota e em cada batuque dos pingos um novo ânimo para vencer.
Chove chuva de amor, vem relâmpago de paixão, se for pra arrastar algo pra longe, leve qualquer ilusão. Vida molhada agasalhe no frio de estar sozinho.
Chove cá, lá, aqui , agora.
Molhe o tempo, as horas e o passado. O futuro fique limpo para as tempestades de outono, e a primavera seja início dos desafios que pretendemos alcançar.
Chove, ou não chove.
Molhe ou não molhe.
O céu está td escuro, mas a beleza do dia nunca esteve tão clara.
Mulher chega ser sinônimo de dinheiro.
É, e o homem sem dinheiro não pega, não pega nem o busão pra voltar pra casa; triste realidade.
Porém, apesar do interesse desculpado por ser na necessidade, ninguém disse que mulher é para ser pega, não nenhum sábio disse isso; mulher é para ser amada, ouvida, compreendida, respeitada e fazê-la feliz!
Como reconhecer a felicidade, se não reconhece a infelicidade?
Não perguntar se fulano é feliz, mas, se já foi ou é infeliz, é duro mas quem não assume a infelicidade, está mentindo quanto a felicidade; pois só é feliz de verdade, aquela que passou pela infelicidade e hoje reconhece, aprecia e vive a felicidade.
As condições que vivo no momento, pedem para eu ter vontade, vontade de chorar; mas é difícil sentir e as lágrimas não saem, talvez elas estejam com frio ou, de greve, não sei bem ao certo.
O que eu sei, é que tudo realmente, inevitavelmente, sendo coisa boa ou não, passa.
Como uma doença (exemplo), é inútil focar nela, seria sinônimo de perda de tempo e energia, pois ou ela passa ou eu passo; de qualquer modo vai passar.
Viver a raridade no tempo precioso é o que se deve fazer, com gratidão para ser feliz de verdade, fazendo valer a pena.
A morte...
Odiada e repudiada seja.
Morte...
Você não avisa...
POR QUÊ????
Por quê?
Não é justo, ninguém merece sofrer; a dor de quem fica é indescritível, imensurável e triste.
Não; coração que bate com amor por alguém, tem que ser feliz.
Ah, eu queria poder fazer algo, qualquer coisa, que amenize esta dor inaceitável.
#F.X:'(,\o/<3.
A morte seria mais compreensível, se soubéssemos quando viria, e pudéssemos realizar uma despedida digna, mostrando o quanto amamos tal pessoa, e o quanto ela é importante.
Mas não sabemos, e nos esquecemos de abraçar, apontar a importância e dizer que ama; parece que desprezamos o que podemos fazer, e valorizamos o que não podemos mais.
Os que possuem percepção do tempo, sabem apreciar a importância do agora feliz, que é ser e fazer o seu melhor, eternizando o momento que valeu a pena, pois não voltará mais.
Os que carregam dores profundas na alma, são capazes de tal, podem ser os mais felizes.
Já os que sofreram, possuem dores e são infelizes, mas vivem futilmente, talvez sejam anestesiados, acomodados, se não refletem, não percebem, não compreendem o significado de racionalização, não conseguem ao menos pronunciar esta palavra, seres humanos são?
Complexo, vida, vida...
Vai?!
Há "cristãos" aflitos intimamente em seu interior, buscando irracionalmente, inconscientemente, razões para não crer em Deus.
E, há "ateus" aflitos intimamente em seu interior, buscando racionalmente, porém ainda inconscientemente, “razões” por meio de contestações e indagações, motivos para crer em Deus.
O que diz crer não consegue ir além, e viver firmemente com poder o que professa crer; já o que diz não crer, não consegue aceitar a ignorância do não saber o tudo realmente necessário e viável, sobre o que aconteceu, acontece e acontecerá, ele sabe que tem sempre mais, e enxerga encaixes.
O problema do primeiro, é que além de ser naturalmente limitado, se faz e acomoda-se na mediocridade; o problema do segundo é o orgulho de não dar o braço a torcer, não saber como se redimir, não compreender a liberdade que traz a entrega e comprometimento em busca de viver o conhecimento profundo.
- A esperança é o amor
Sujeitos a tudo, contamos com a compaixão do desconhecido, estamos nas mãos da misericórdia.
- Grau de instrução
Prefiro ser um eterno autodidata, do que ser mais um, com as mesmas perspectivas e expectativas dentre a multidão.
Grau do quê?
O meu grau é a mira por fundar um sistema revolucionário, fazer a diferença na terra em nome do bem, e administrar bilhões de dólares para realizar o que eu nasci pra fazer.
Grau de... Oiiiiiiiii?
O meu anseio é alcançar o que nenhum diploma que conquista cargos, pode alcançar.
- Aprender a esperar
A paciência é um exercício constante
A paciência é um esporte que se pratica
Tem que compreender, tem que aceitar, tem que fazer, tem que viver, porque sem ela, não chegamos a lugar nenhum.
Sem a paciência, o fácil e rápido servirá, e ele é qualquer coisa por aí, duvidoso é.
Eu sou meu próprio Deus, meu próprio demônio
Eu sou responsável pelas minhas conquistas e o único culpado pelos meus erros.
Eramos nós os loucos?
Querendo amar de maneira eloquente
Nadando contra a correnteza nesse mar de gente
Eramos nós os loucos?
Que sonhávamos em ser livres
Até descobrir que liberdade não existe
Eramos nós os loucos?
Voando por ai sem ter asas
Fazendo da vida um belo conto de fadas
Eramos nós os loucos?
Proliferando paz num mundo de ódio
Correndo atras de felicidade sem se preocupar com o pódio
Eramos nós os loucos?
Sim! Eramos nós, os únicos loucos sem maldade no coração.
Onisciente
Imensurável de tudo sei
Em todo lugar estou
Dos corações que criei
Meu filho é o redentor
Transcendo as leis da física
Vou além do seu pensamento
Indulto todas as críticas
Pois sou o senhor do tempo
Comando a fúria do mar
Desperto o brilho das estrelas
Não tente me desvendar
Respostas não irão obtê-las
Meu poder é infindável
Mas não quero demostrá-lo
E mesmo que seja intolerável
Perpetuamente irei amá-lo
Vernáculo do Amor
Incondicionalmente a amarei
Em vida e após a morte
Num barco sem nau a navegar
Teu coração é meu passaporte
Ao perfeito mundo onírico
Que se tornou realidade
Negar amor é um ato ilícito
Vai trucidar a felicidade
De apreciar minha cônjuge
Incólume em meio a dor
Almejando o horizonte
Exercendo o vernáculo do amor
Beija Flor
Eis o beija flor
De visão apurada
Onde vais com tanto amor?
Planar sobre as águas!
Do que precisas no ardor?
Só do néctar das flores
Num voo livre sem temor
Polinizando amores
Ao redor desse esplendor
Habita um sentimento
Diz a ela beija flor
Que seu beijo é o meu alimento.
Ela e eu, eu e ela
Sentados juntos no metrô
Refletindo sobre o reflexo do vidro
Dois amigos?
Não
Dois irmãos?
Não
Dois namorados?
Não
O que então?
Dois, dois desconhecidos que não se apresentaram!
