Soneto da Falsidade de Vinicius de Moraes
Meu coração anda aprendendo sobre reciclagem e desenvolvimento sustentável, mas continua com déficit de atenção.
E, quando o presente é feio e o futuro incerto, o passado vem-nos sempre a memória como o tempo em que fomos felizes.
Quem não crê na MATERIALIDADE dos milagres de Nosso Senhor e vê neles apenas metáforas pedagógicas não é cristão nem mesmo no sentido metafórico do termo.
O Amor é igual ao rio, prolonga seu percurso com curvas só para tornar mais belo o encontro com o mar.
A maioria das pessoas passam a vida a procura da pessoa certa, vivendo algumas paixões e sentimentos passageiros, que só temos a noção que não era de verdade quando acaba, porque o que é verdadeiro e recíproco não acaba jamais.
Foi um amor imenso, sem escolha, autoritário. Meu coração escolheu sem me auscultar. E o amor instalou-se, repentino como susto. Faltava-me garfo para lutar contra a paixão, e amei com desgrenhadas medidas.
Só a loucura tem a virtude de prolongar a juventude, embora fugacíssima, e de retardar bastante a malfadada velhice.
Sempre que eu acordar, farei um pedido à Deus, que Ele me conceda forças para continuar, alegria para viver, luz para irradiar, paz para aconchegar, saúde para trabalhar e amor para compartilhar”... Porque a vida é feita de emoções, nós somos o reflexo do que diz o coração, somos a partilha de um bem chamado “imensidão”.
Havia ali a massa de um homem futuro, à espera que os anos, cuja ação é lenta, oportuna e inevitável, lhe dessem flacidez ao caráter e virilidade à razão.
A fidelidade aos amigos era antes resultado do costume que da consistência dos afetos.
Eu acredito em profundidades. E tenho medo de altura, mas não evito meus abismos. São eles que me dão a dimensão do que sou.
