Soneto da Falsidade de Vinicius de Moraes

Cerca de 150443 frases e pensamentos: Soneto da Falsidade de Vinicius de Moraes

⁠Dois olhares se cruzam
Sonoros, em um dueto
Em sedução o coração
Em criação um soneto...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
30/10/2020, 16’29” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠SONETO DOS FINADOS

Dia dos mortos, túmulos... Finados!
Dois de novembro, fé, um ritual.
Almas no céu? Inferno? Funeral.
Cemitérios, os corpos enterrados.

Covas, ossadas, pó... desencarnados!
Orações, rezas... Um tempo no umbral.
Lamentações, espírito imortal...
Mortes, óbitos, ciclos acabados.

Desafinados, só boas lembranças?
Ó sumida pessoa falecida,
Aos teus filhos deixaste uma herança?

Fecha caixão, velório, despedida.
Anos se vão... A única esperança:
Reencontrá-los no além, fim da vida.

Inserida por RomuloBourbon

⁠PARIÇÃO DUM SONETO

Como um vaso de cristal, vazio e de aporte
Ideias vem, pois bem, tal lampejo em rama
Se arranja, desarranja num sublime porte
Inspirando formas, que da alma derrama

É uma sensação num sentimento forte
Enredando entre os dedos, e ali clama
Poética obra, cheias de encantada sorte
Dum verso em rima que a estima chama

E entre clarões dispersos, assim, venha
O que vibre, que enlouqueça o secreto
Em um rebento da imaginação prenha

E, no somo apogeu do destinto alfabeto
Da quimera, passa a ter ideada ordenha
Dos devaneios, para se parir um soneto

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
04/11/2020, 18’42” - Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Este é mais um soneto escrito por Adailton Ferreira
(poeta Adailton).
SONETO : As palavras silenciosas.
Acordo com a ideia na cabeça.
Transcrevo-as para o papel.
Com a caneta dou "vida" aos sentimentos.
Existem palavras tristes ou alegres que nos consomem por dentro.
São palavras que transmitem emoções.
Elas chegam aos nossos corações.
As palavras, em silencio, nos fazem chorar.
As lágrimas começam a escorrer pelo rosto.
Transbordam felicidade ou desgosto.
Meu DEUS! O que é que eu faço?
Dei-me um abraço.
Um abraço forte e silencioso.
Um abraço é o resumo de tudo que eu não pude escrever.
É um dizer silencioso: amigo eu gosto de você.

Inserida por adailton_ferreira_2

⁠Soneto de um menino

Fiz do meu peito caixa de Pandora
Do incauto sentimento singular
Que fora suprimido desde outrora
Por mais que vagueasse apenas por lá

Na triste sina de quem sempre chora
Porque não lhe convém saber amar
Na aflição de ficar ou ir embora
Frente ao tenro brilho do azul do mar

Tão intimidador que eu oceano
Porque sei que tu és sílaba tônica
Da palavra que procurei por anos

No meu conto de fadas que era crônica
Em versos solitários por engano
Nessa história de paixão platônica

(Airton Memória)

Inserida por PalavrasAtrativas

SONETO PARADOXAL

Como quisesse poeta ser, deixando
O estro romântico, espaço em fora
O amor, ao reconhecer sem demora
A seleta face, abriu o ser venerando

Encontros e desencontros, cortando
Caminhos e trilhas, percorri: e agora
Que nasce a poesia, o poema chora
E chora, a rima passada, recordando

Ó, estranha sensação despropositada
Tão saudosa como se fosse “In Glória”
Invade o poetar sem ter um comando

Assim por larga zanga aqui pousada
Me vejo perdido, triste nesta oratória
Quando poderia êxito estar versando

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
04 de dezembro de 2019 – Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

A noite num soneto
o gato pardo
é preto.

Inserida por mateus_teixi

SONETO MALFERIDO

Foste a quimera maior da minha vida
ou talvez a irreal... Evidente e ausente
contigo o amor foi no ter vorazmente
contigo, também, a alma foi repartida

Partiste, e a trova não mais te ouvida:
arde-me a inspiração, lota o presente
no cerrado agoniado fica o sol poete
num amargor da memória malferida

Amor extremo, minha perda e ganho
penitência e regozijo, dor sussurrante
um anacoreta de sentimento estranho

Sinto-me vazio, e na noite te escuto
delirante anseio, sentir sem tamanho
na vastidão do suspiro de um minuto...

© Luciano Spagnol- poeta do cerrado
Cerrado goiano, 08 de dezembro, 2019

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO EM CONFISSÃO

És do meu viver, o romantismo belo
Cobiçado desejo, a todo tempo, jura
Que desperta uma doce tal ternura
Onde a emoção e a paixão: - velo!

Amo-te assim, no olhar de candura
Da minh’alma, num desejo singelo
O clangor do querer mais que belo
O agridoce da saudade, a doçura!

Amo o teu viço amante, o teu cheiro
De brisa numa nublada madrugada
Amo-te no teu singular, por inteiro

A voz do âmago, ao ouvir: “te amo!”
Que o destino trouxe a sua chegada
E no coração, amor, assim te chamo!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
20/12/2019, 05’30” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

Soneto meu⁠

Vês esses olhos de luzes coroados
Em diamantes que brilham ao luar
Vês você andar sozinha
Vês o céu sem estrelas

Você deixei, naquele pranto
A flor sem razão apodrecida
"A aurora convertida
A Rosa que apodreceu e foi esquecida

Deixe de lado e vem para cá minha amada
Vês desse rio a esfera metálica
Em sucessivo aljôfar desatada

Parece ter olhos de rubis
Vês hoje tudo, e amanhã nada
Vês você agora e depois ser esquecida.

Por: Daniel B. Souza

Inserida por danielbsouza18

⁠IMPRECAÇÃO (soneto)

Se por falta de inspiração, numa furna escura
Me vejo adormecido no vazio e na imprecação
- Agora, solitária e inerte, cheia de amargura
Minha poesia suspira e rascunha sem demão

E, em versos tortos e com uma certa loucura
Devaneia nas linhas sem qualquer emoção
Onde o silêncio escreve agonia que tortura
Em trovas choradas e sangradas do coração

Maldita sejas pelo lampejo sem sentido
Pelo vão que toma conta do meu prover
Pelo romântico versejar no falto perdido

Pelos amores deixados sem deles ser
Pelo prazer que passou a rimar doído
Pela poética essencial tirada do viver

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
24/06/2020, 10’43” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

⁠BARCOS DE PAPEL (soneto)

Na chuva da temporada, pela calçada
A enxurrada era um rio, e o meio fio
O teu leito, com barragem e desafio
Na ingênua diversão da meninada

Bons tempos felizes, farra, mais nada
Ah! Os barcos de papel, inventivo feitio
Cada qual com um sonho e um tal brio
Navegando sem destino, a sua armada

Chuva e vento, aventura e os barquinhos
Tal qual a fado nos mostra os caminhos
E a traçada quimera no destino velejada

Barcos de papel, ah ideais, são poesias
Que nos conduzem nas cheias dos dias
No vem e vai, no balanço, da jornada...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
27/06/2020, 11’05” – Triângulo Mineiro

Inserida por LucianoSpagnol

⁠TUA AUSÊNCIA (soneto)

Sofro, ao recordar-te, com minha saudade
Da tua ausência. Meu poetar se transporta
Minha alma se vê numa penúria que corta
E meu sossego, nervoso, cheio de vontade

É verdade, toda essa minha infelicidade
Que percorre está poesia, aqui tão torta
Escorrendo por motivo que não importa
Largando os versos, árduos, na ansiedade

Aí, que confuso clamor que transtorna
Das orgias das trovas de outrora fausto
E agora, penosas e tão malfeito se torna

Ofensiva sensação, funesto holocausto
Que na solidão figura, e na dor amorna
A vazia inspiração e, o silêncio exausto

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
21/06/2020, 09’43” - Triângulo Mineiro
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

⁠SONETO INTRÍNSECO
Não quero te comparar a nada breve,
Poderia te comparar com uma noite de estrelas,
Pra quê? Não sobrevive,
Ela termina com os primeiros raios de sol.
Poderia te comparar com o outono,
Com a sutileza que carrega o amanhecer,
Pra quê? Sonha a abandono,
Ele termina com a frieza e tristeza do inverno.
Vou te comparar com o oceano,
Ele é belo e não se esvai,
Mas se perde em giros infinitos azuis.
Gira com a Terra em devaneios mil,
Não para! Ondeia, ondeia, ondeia...
Assim és tu no interior da minha poesia

⁠Para que fique registado, Ao BOM pessoal do Site; O Pensador, dedico este merecido soneto:


Ao Pensador...

É com um grande prazer que publico;
Os meus poemas, nesse vosso espaço;
Pois por lá pô-los, tão contente fico;
Por ver em vós; tanto desembaraço!

Publicar no vosso site, dá gosto;
Por bom carinho por vós demonstrado;
A embelezar tudo o que nele posto;
Pelo que aqui, vos deixo o puro agrado!

Tanto trabalho, a vós já tenho dado;
Sempre que altero, algo nos meus poemas;
Nunca encontrando, em vós um desagrado;

Pelo que deixo aqui tão bem postado;
Que adoro em vós, partilhar os meus temas;
Dando-vos já um meu: GRANDE OBRIGADO!

Com O Carinho que de mim mereceis;

Inserida por manuel_santos_1

⁠CAOS (soneto - II)

Do fundo da minha poesia, ouço e canto
Uma inspiração em suspiros e peugadas
Da imaginação, nas sofrências magoadas
Em um pélago de devaneio e de encanto

Às vezes, um torpor de o meu pranto
Escorre pelas rimas e pelas calçadas
Dos sonetos, são saudades coalhadas
Clamor da dor que retintim no tanto

Da alma ... assim agonia, glória e luto
Poetam choro e hosana, no meu fado
Numa fermentação de um senso bruto

Então cá pelas bandas do seco cerrado
Os uivos do peito que aqui então escuto
Transforma o caos em um poema alado

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
29, junho de 2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO INTRÍNSECO
Vestido de branco, és tu dançarino,
Um sorriso sutil,
A meia luz no salão,
Me leva em teus braços em rodopios,
Meus pensamentos voam,
Cabaré improvisado, pecaminoso,
Perfume afrodisíaco me embriaga,
Meu olhar de bolero te deixa enfeitiçado,
Sublime é a dança,
Saia rodada, livre movimento,
Cheia de segredos, não tente desvendar,
Teu olhar incrédulo, serpente veneno,
Explode de desejo,
Então, te enganas, só te quero na dança, dançar e rodar...⁠

⁠NUMA MANHÃ DE INVERNO (soneto)

Inverno. Defronte a inspiração. Cato por quimera
Sobre os sentimentos calados, e a agasta solidão.
Devaneios, perturbação. E a sensação na espera
No frio... tudo solitário, e desgarrado da emoção

A vidraça da janela, embaçada, úmida atmosfera
Tal uma tela em branco, aguardando uma demão
De imaginação, e perfume da delicada primavera
Aí, assim, adornar a epopeia devotada ao coração

E logo, ao vir do vento, gelado, ao abrir a janela
Invade a alma a sensação dum vazio subalterno
No horizonte cinza e tão sem uma luzida estrela

E eu olho o céu deserto, e vejo com o olhar terno
Absorto, com uma oca ideia de uma cor amarela
Que priva o estro poético, numa manhã de inverno

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
03 julho de 2020 – Triângulo Mineiro
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

⁠UM AMOR CERRADO (soneto)

Cala-se o triste olhar. Anina o sentimento
E a deslizar pelo rosto mudo, a dor vencida
No exilio tão áspero dum vazio sentimento
Em uma lágrima de choro e de cor abatida

O horizonte se põe, nublado, suspira o vento
Algente, as sensações estão assim de partida
Pura! Frutificando na paz o ardente sofrimento
E a alma incrédula, ainda, não está convencida

Das gotas do pranto, abrasador as lembranças
E pela saudade a sofrência em estreitas tranças
Amarra o peito, apouca, e pelo clamor escorre

E sob o pesar tão cavado e magro, que tortura
Do sonho e as privações dos planos, - fulgura,
A dor, do derradeiro amor que cerra. E morre.

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
06/07/2020, 06’45” – Triângulo Mineiro
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO INVERNOSO

Inverno, dias tristes, sem luz...
As árvores se despem de seus trajes verdes,
Esqueletos inertes,
Meu pensamento fica triste, sinto tua falta!

Em minha cama enrolada em cobertores,
Onde estão teus braços, enlaces, abraços, não sei!
Onde estão nossos abrigos invernais?
Tudo ausente de meus sonhos, encantos, magias...

Por que partiste para tão longe?
Na solidão das minhas noites,
Fecho os olhos, imagino, sinto você
!
Apareces entre anjos imensos…
Em um céu repleto de estrelas,
Sorris para mim…⁠