Soneto Amor Impossivel

Cerca de 229976 frases e pensamentos: Soneto Amor Impossivel

PENAR (soneto)

De outras sei que já não sou a ti importância
Tu, querendo menos do que o querer parece
Tu, amando pouco do que o amor quisesse
E entre lágrimas e preces... a dura distância

De modo que a paixão perdeu a fragrância
O olhar sem o desejo... a melancolia tece
Um coração frio, como se nos polos tivesse
Certo, amor, já é outra a real circunstância

Então, da minha atenção um vazio fazes...
Silencioso, e tão repleto de entretanto
Que nas linhas da afeição só tolas frases

Já não mais ouves o poetar em pranto
Nem mais voga a dor que assim trazes
Essa, dor doída que no peito dói tanto!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
22 de fevereiro de 2020, Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

TROVANDO COM ESPINHOS (soneto)

Sofrência sem tempo, dor com agonia
Que suspira e sufoca a emoção no peito
Que cala mais do que a solidão queria
E com tanto aperto ainda não satisfeito

Amor, que a boa sorte assim repudia
Em uma ação de azar e sem proveito
E tanto... sorriso para a cruel arrelia
Fica inacabado, ficando imperfeito...

Poema, sem sintonia, que consome
Musicando das mágoas só lamento!
Cego sempre o poetar que desanimas!

E eu tenha sempre, paixão: - com fome
O coração, gelado no cálido sentimento
Com espinhos trovando as áridas rimas.

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
25 de fevereiro de 2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

⁠SONETO DESBOTADO

De tiranas nostalgias, sobrevivido
o fado, vou suspirando, e vazado
vou passando ao ocaso passado
dos dias onde o jeito é nascido

O agrado em rasgas dividido
corre da satisfação apressado
pro vazio, palpita compassado
na solidão, em pesar convertido

E, murmurando tão cruelmente
o trovar alvorece no desalento
e um aperto no peito então sente

Oh! má sorte, no amor sedento
Que vive a lastimar no poente
desbotando está o sentimento!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
04/10/2020 – Triângulo Mineiro

Inserida por LucianoSpagnol

Soneto da distância
⁠Quando dois corpos querendo se tocar
E a distancia o fazem separados
Esperam o ansiosos o tempo passar
E acalmar os corações atribulados
A esperança o fazem acreditar
Que ao fechar os olhos serão confortados
Isso os farão relembrar
Que quando ama não esta isolado
Assim, quando a noite chegar
E a solidão não te fazer bem
E no céu só restar o luar
Sei q vai olhar pro céu
E estarei olhando pra lá também
E estaremos unidos por um mesmo véu

Inserida por DiegoAzevedo

⁠SONETO SEM VOLTA

Vai-se mais um talvez pra outra parada
Vai-se um, outro, enfim decaídas cenas
Que dói no peito, na solidão, e apenas
A teimosia para essa pesada derrocada

Cá na quimera, quando a dura nortada
Bafeja, os devaneios em alças plenas
Ruflam a alma em emoções pequenas
No ocaso do horizonte atiçando cilada

Também dos silêncios onde abotoam
Os suspiros, um a um, não perdoam
E choram, lágrimas pelos olhos vais

Na perfídia imatura, ilusões escoltam
Os sonhos, que sempre ao amor voltam
Mas que ao poético não voltam mais...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Outubro de 2020, 20’20’ – Triângulo Mineiro

Inserida por LucianoSpagnol

⁠INCERTEZA

Este, o soneto de sensação inquieta
Onde, ri e chora as horas de emoção
Chorado no papel, de um caro poeta
A fiel lembrança de cada uma ilusão

Este, canto de uma tenção completa
Que soa no peito com uma pulsação
De sofreguidão, de uma dor secreta
Cravada no sentimento e no coração

Este, que aqui versa o viver profundo
Lamenta a sorte e no mesmo segundo
De incerteza, rima o versejar tal amador

É para ti ó alma de afeto pendente
E a ti, ó paixão, se existe realmente
Vacila, e nem sabe do meu amor!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
22/10/2020, 18’07” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

O AMADOR (soneto)

Ser-se amante é ser-se abundante
(- ou mais do que generoso talvez)
É doar-se em lealdade tão gigante
E pôr-se ao total dispor na validez

É olhar com um afeto importante
Ciente de ser mais que uma vez
Ao qual cada beijo é sussurrante
E o amor, então, cheio de vividez

É saber que o ardor nos consome
A sede, do querer, saciada no bem
Rir, cantar, e ter o escolhido nome

É acertar no que não nos faz refém
Que nos detém! e ter do outro fome
Porque a gente ama, e quer ir além...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
24/03/2020, 14’01” - Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

CANÇÃO À AUSENTE (soneto)

Pra te esquecer ensaiei minha saudade
Deixei então de pronunciar o teu nome
Me escondi no silêncio que me consome
Pra te esquecer ensaiei a minha vaidade

Pra te omitir ensaiei diverso pronome
Busquei na poesia uma profundidade
E na maldade do verso tu me invade
Pra te omitir ensaiei não ter de ti fome

Pra te esquecer ensaiei a minha razão
E no vão árduo o pensamento chorou
Para te omitir ensaiei o meu coração

Pra te esquecer e te omitir só sobrou
Um prazer agridoce e amarga ilusão
Para te omitir, esqueci.... acabou!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
24/03/2020, 19’10” - Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

REALIDADE (soneto)

A dor foi longe demais, para voltar
Nos canteiros onde havia só flores
Hoje a erva daninha tomou o lugar
O que era voz prazerosa, há dores

Em nós, vazio ficou o falante olhar
Aos antigos sensos, outros amores
E na saudade do amor, um silenciar
Com os esboços com outras cores

Valores? Há um, a doce lembrança
Que ficou no outrora, ali a de estar
Uma vez já bailada, outra a seresta

Quebramos tudo, toda a esperança
O que era para ser, se perdeu no ar
E a poesia dedicada, não mais nesta!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
26/03/2020, 12’07” – Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

PEDI UM SONHO (soneto)

Fui pedir um sonho para a doce poesia
Quis pedi-lo, ao desdém, me disse não
Os desamores não sabem, lá onde estão
A inspiração que criam o carinho no dia

A poesia suspira... é cheia de ousadia
Quando o amor é rima com a emoção
E se tem a paixão, ah! é de total razão
Então, quis arrancar-lhe tudo que podia

Aí os afagos raros, vieram ao meu lado
Nos dedos escorreram o afeto intacto
Aonde pude me ver, assim, denodado

E o trovar apaixonado, surgiu em flor
Perfume dos cravos, rosas, num pacto
Que o sonho seria a firmeza do amor!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
29/03/2020, 10’36” – Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

BREU PROFUNDO (soneto)

Em cada estrela no céu a palpitar
Na imensidão do breu profundo
Me sinto agora em outro mundo
Quase sem ruído, tudo a silenciar

Noite. De um negror moribundo
O veto proceloso na greta a uivar
E o sonho sem ter como sonhar
As horas mais lentas no segundo

E a voz da solidão no abandono
Que nas sombras se escondem
Azoado, sinto o hálito do sono

Minha alma tal como um refém
Devaneia na saudade sem abono
Na escureza velando por alguém

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
01/04/2020, 19’29” - Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO OCULTO

Tua poesia veio a mim. Donde viera?
Que canto? Que harmonia? Encanto
Rima doce: - tão sossegada quimera
De leve compasso verso sacrossanto

Inspiração de furiosa paixão sincera
Magnetizando os meus olhos, tanto
Em cada estrofe, que o ledor espera
A todo a leitura, e a todo o recanto

Ai! eu nunca mais consegui esquecer
A fleuma das trovas que ali exalava
E em cada linha o sentimento eleito

E a emoção subiu ao peito sem conter
Os suspiros, que cada verso provocava
Ah! versar: terno, amoroso e perfeito!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
03/04/2020, 22’32” – Cerrado mineiro

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO DESABITADO

Ao poema que roga, desesperadamente
De saudade, separado de sua rima ideal
Onde o coração sofre o afeto ali ausente
Nas desventuras em que se vê sem o qual

Não lhe basta um amador simplesmente
Nem só o gozo duma trova que seja a tal
Nem o simples desejo, deseja vorazmente
O compasso do beijo, num versar musical

E as poéticas inspirações que lhes somem
As quais quisera... paixão cheia de pureza
A esperança de quere-las lhes consomem

E os vazios do sentimento no seu cantar
Compõe solidão, em uma maior baixeza
Escrevendo dor, sem o amor para poetar

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
28/02/2020, 18´12” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

ALTERAÇÃO (soneto)

Como se a sorte, tirar-me, assim quer
Como a névoa no cerrado embaça o ipê
Você, assim na sina tornou-se por quê?
E o destino passou outra trova escrever

Como se as promessas não mais a mercê
Não mais se lê na vã inspiração a sofrer
Você, agora figura numa dor para valer
E os sonhos se fazem de simples clichê

Um céu tão cinza matizou-se lá fora
Sem arco íris e um ar tão tenebroso
Na alma, é sofrência que sinto agora

Como se pudesse não ser malditoso
Nesta poesia, em que o verso chora
O que um dia no cantar foi mavioso...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
03 de março de 2020 – Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

AVINDO (soneto)

Pálido, o luzir do raiar, cerrado sombrio
Chave lá fora, cá dentro o peito chora
Embalsamado no tempo que implora
Por afago, neste dia de um céu bravio

Sobre o leito do meu olhar a aurora
Em lágrimas escoadas do verso vazio
Melancólicas, com suspirar e arrepio
Que consola com a lua, branca senhora

E nos olhos rasos d’água, palpitando
A saudade, que dá aflição se abrindo
Em lembranças, que ali vai resvalando

Não te rias de mim, ó agrado findo
Por ti, no rancor eu velei chorando
Mas, no amor, paz e renovo avindo...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
04/03/2020, 04’37” - Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO DO AMADO

É a encarnação do zelo. Pulsa-lhe a paixão
Cheio de afeto, repleto de afável piedade
Tem um olhar do desejo e a altiva emoção
De que todo tempo é tempo, à toda idade

A alma curva-se ao sacramento da união
Se abre em gozo de uma total felicidade
Quando, sempre, o querer, é mais coração
Mais respeito, razão, e fiel a simplicidade

E assim, com o peito ansioso, e ao dispor
Corado o pensando, o suspiro a lhe arfar
O lábio ao ríctus, crispa-se em tímido riso

Nada lhe falta, torna-se um real paraíso
Conciso. E sem o apuro de como se amar
Há quem, o privilégio tem, de ter o amor!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
13/03/2020, 04’55” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO PLENO

Amando, soando o coração, mão nervosa
Suspira. A emoção sai da poesia, excitada
E toma-lhe, a palpitar, a prosa apaixonada
Em uma inspiração com estrofe carinhosa

Tenta a ideia romântica: verseja com rosa
Inspira. E a rima, assim, do amor é retirada
Com afeto em que o desejo brota do nada
Seduzindo a trova numa louvação gloriosa

Pega o pensamento, doma a ode em cena
De satisfação, liberta as palavras apertadas
Na solidão, e as busca da sensação secreta

E, assim, tão profundo, no delírio do poeta
Em gritos de triunfo, e clausulas douradas
Ao pé do mundo, confessa a sua obra plena...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
15/03/2020, 06’36”- Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

APARTE (soneto)

Amo.... Vejo elevado o coração que ama
Todo o êxito, fé, que tem a relação boa
Alberga-o a glória, e a imaginação voa
Todo o afeto que na sensação chama

Amar.... É o princípio que não atraiçoa
Do ramalhete, a rosa, da rosa sua rama
Se tem os espinhos, suplante o drama
Pois no afeto, sabe bem quem perdoa

E o que fazer para ser como um amado?
Ame! assim feliz estará com o seu amor
Seu o senso! o outro somente agregado

Então, não se preocupe com seu dispor
Disponha! Terá sempre o tal apropriado
Que com os olhos do agrado, dará valor!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
18/03/2026, 14'53" - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

NARRATIVA (soneto)

Ah! quem nos dera diferente ser, porvir
Inda nos perdoasse! Ah! quem nos dera
Que inda juntos pudéssemos mais sorrir
Ver o pôr do sol e o florir da primavera

Vivíamos com a leveza do simples sentir
E os dias eram longos e felizes cada era
Narrávamos as horas no prazer de existir:
- os beijos, os olhares, restam na quimera

E, no coração, a lembrança que implora
E em cada suspiro a saudade que palpita
E de visita o teu cheiro na difícil memória

Ah! tão sem glória ver tudo isso ir embora
O querer chora, e o amor não mais acredita
Outrora contíguo... e agora, nossa história!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
22/03/2020, 04’49” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

SEM JURA (soneto)

Nesse poetar sofrido e atado
Refúgio da minha desventura
Usando o trovar como mísula
Nada consola ou é consolado

A dor doída é sem o agrado
E o coração sem ter ternura
É um verso com amargura
E que no peito é mastigado

A voz da falta, nele falando
Reluz com sofrer em gritos
E que na saudade murmura

E, porque ficar blasfemando
Então, com os versos aflitos
Se já não mais existe, jura!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
22/03/2020, 12’23” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

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