Soneto 18
SONETO DO DESEJO
Ao tempo em que me viu amor
Depois de tão sentido passar
Em fremente paixão com tão primor
Esquece ao mundo por encontrar...
Não tem mais sentimento nem ardor
Qual este cumprido a inflamar
Com tão sorriso e com tão fulgor
Em outro corpo por ti provar...
Deste colo quente com tão desejo
Que o viveu momento igual ao meu
Em conforto será por um só beijo
Se ao seu corpo por tão profundo
O sentir igual ao mesmo seu
Tremente aos lábios por um segundo.
'Soneto Dos Sentimentos'
O amor é um tesouro,
Um sentimento duradouro.
Companheirismo para a eternidade,
Uma paixão, uma amizade.
Algo a mais que um beijo,
Um sorriso, um desejo.
Com carinho e ternura,
Leva à loucura.
Quem já teve uma paixão?
Quem não teve não sabe quão
O sentimento é forte e provoca ebulição.
Deixar-se levar, dar-se uma chance.
Mergulhar de cabeça em um romance,
Nem que seja só mais um lance.
Soneto de uma lembrança
Que todo sentimento meu foi real,
E que também todas as lembranças causam dor
E que Todo amor foi real e que os momentos foram eternos
não foi nada em vão e minhas juras não foram mentiras
Para sempre fará a lembrança vossa viva em minha memoria
E dessa memoria cada momento inesquecível
E nesses momentos também aqueles difíceis
Pois estes e que justifica todo o meu amor
Jugue tais expressões faça delas uma balança
Analise minha dor, a força de uma saudade eterna.
Mais não vos subestime o meu amor
Que esta madrugada de amargura sejas meu veredito
De um dos mais puros sentimentos
E da mais cruel madrugada de dor.
Soneto dos meus dois amores
Meus dois amores nem mais estranho existe
um posicionamento em oposição
um sentimento em que em mim persiste
uma dor que alivia o coração.
Um é pensamento e exaltidão,
o outro é frieza e agonia,
um é suspiro e paixão,
o outro vive a se queixar de falta de alegria.
Dois amores que já vive outros amores
e eu aqui em martírio e ternura
vivendo uma loucura inquieta.
Amados meus, meus terrores!
meus pesadelos de alma pura
residentes apenas na memória de uma poeta.
Soneto à E.F.F.
De um amor doce fez-se pranto
em seu presente e seu passado
prometi amor eterno e portanto
esse sentimento em mim é consagrado.
Com outra pessoa você vive
e meu coração acalentado
mas com você sempre estive
em cada sonho meu acordado.
Um dia perdido te terei novamente
promessa que você fez ra mim
um dia, onde exalei alegria
Depois meu pecado foi prudente
creio que já suficiente castigou-me, enfim,
arrependimento em meu coração contagia.
Soneto à T.R.
De um sentimento fraterno fez-se uma paixão
a amizade de um homem e uma mulher
fogo que aqueceu o coração
uma confusão que não se sabe o que quer
A distância em ligação
quilômetros de saudade
um gostar moldado a mão
prazer e felicidade.
A volta tão esperada
em contagem regressiva
e o coração ficou apertando
Um mar de alegria em esplanada
férias de uma vida
realidade ficou chorando.
SONETO
Às vezes é só o tamanho da sua alegria
às vezes é só o tamanho da sua decepção
às vezes não é, nem um e nem outro
às vezes são só coisas do coração
muitas vezes são só palavras
em outros casos oração
algumas vezes são viáveis
outras vezes é a situação
todas as alegrias gritam
todas as tristezas somem
todas as palavras voltam
tudo a sua volta, sente
tudo em você é diferente
tudo na vida mostra a gente.
B.
Soneto de Nenhuma Dor
Nenhuma dor dói mais que dor nenhuma,
Nenhuma palavra pode até ser um soneto,
Nenhum sorriso não quer dizer tristeza,
Nenhuma verdade torna o silêncio obsoleto.
Nenhuma dor me traz a solidão,
Nenhuma ausência me faz sentir sozinho,
Tanta paixão me deu nenhum amor,
A solitude amplia meu caminho.
Nenhum ocaso me faz pensar que é tarde,
Nenhuma verdade me faz refém do medo,
Nenhum perdão me ameniza a mágoa.
Nenhuma lembrança é a dor que ainda arde,
Nenhuma saudade tem o gosto azedo,
Nenhuma agrura me arranha a alma.
Soneto da Ilusão Quebrada
Quem sabe, talvez, eu me aprimore
Talvez eu devesse ler um pouco mais...
Aprender mais sobre esse folclore,
Um pouco mais sobre meus ancestrais
Talvez estes poemas amadores que faço
não tenham o que é realmente preciso
para fortelecer este estranho laço...
São rimas que faço de improviso...
Rimas, estas, pobres e sem sonoridade
Sem nenhum tipo de ambição profissional
Que apenas expressam a minha vontade
Vontade que a cada dia parece ser mais banal
parece ser mais carnal, com mais sexualidade
com textura, e com sabor de que está no final
Soneto ao amigo
Ao descaso da vida te encontrei
Perdido por momentos de alegria
Entre duvidas eu chorei e ri
E tu, apenas ficaste ali, olhando-me...
Poderias virar as costas ao momento
Podias fechar os olhos ao trabalho
Podias passar um melhor momento
Mas não tu ficaste apenas, ali, olhando-me...
No teu silencio, na tua presença, fiquei forte
Nas tuas palavras sábias e severas de conforto
Ganhei a coragem de enfrentar mais um dia...
No teu abraço, no teu enxugar de lagrimas
Eu senti-me importante e curei as feridas
Que só tu, apenas tu o soubeste fazer...
Soneto ao tempo
Por que deixar o tempo cauteloso
Desenrolar assim nosso destino
Nos protelando vagaroso
Brincando feito um menino
Se esse tempo soubesse
O pouco tempo que tenho
Até faria uma prece
Como a fazer sempre venho
Se esse tempo tormento
Entendesse dos meus anseios
Não perderia mais tempo
Enfim, se esse tempo saudade
Tivesse de mim compaixão
Esconderia a verdade,
dentro de uma canção.
Soneto para sua Felicidade
O motivo do meu sorrir é o teu riso,
E tuas lágrimas é o motivo do meu pesar.
Mas eu escolheria o meu pesar para que tu tivesses para sempre esse teu sorriso,
Mesmo que eu passasse minha vida triste e a chorar.
Seria o primeiro “triste-feliz” do mundo.
Triste por um motivo qualquer e só isso...
Mas feliz por ver teu sorriso se abrir para o mundo!
E todo mundo veria a ti com outro sorriso,
Alguns chorariam rindo ou sorririam chorando,
Mas a alegria que procede do teu riso,
Cessaria qualquer pranto!
Só o meu que continuaria,
Por que eu escolhi teu sorriso,
E preferi de qualquer vil tristeza o seu manto!
Soneto aos poetas da madruga
Aqui vossa presença eu consagro
Às ervilhas podres da madrugada
Vaga quem porta um sentimento amargo
E tão frágeis são quanto uma maçaneta enferrujada
Peço perdão, pela métrica usada
Sei que não vos convém a academia
Pois a vós a ideia não foi doutrinada
Encaixamos a alma onde o imaterial se distorcia.
Com sucesso, lhes envio um salve
Se é poesia em imagem, letra ou movimento
Ou vida esculpida no incorrupto mármore
Hoje a noite não é de Vinicius, ou Camões
Da noite a poesia vive meus irmãos!
Sagrado é o caos, dentro de vossos corações!
(SONETO) MADRUGADA (CALMA)...
No silencio da madrugada
Consigo escutar
As batidas do meu coração
Solitario coração
Nem mesmo o vento frio
Que sopra la fora
É capaz de apagar
A chama que Invade
O coração nessa hora
Traspassando a divisao
Do nosso ser
Enchendo o propio peito
Da brisa leve que acalma
Aflição e a solidão da alma
Lagrimas que escorreu
Dos olhos e trasmitindo
A voz da alma inexprimivel
Madrugada calma...
A terminar e se esconder
Pureza da alva ao subir
Resplandecendo a aurora
Que do amanhecer
É a primeira luz
Poderia continuar a falar-te
Madrugada calma...
Mas o Sol da justiça
Ja vai chegar
E o trabalhador dispertar
Madrugada calma...
Que me inspira, me encina
Descobri que juntos
Não tem mais solidão
No meu coração.
JUBILA CANÇÃO (soneto)
Bendito sejas o amor, ao coração meu
Que desnudou o breu da minha solidão
Em luz, das andas minhas na escuridão
Quando a sombra, me era o apogeu
Bendito amor, que me estendeu a mão
Como quem no amor oferta o amor teu
Sem distinção, pois, dele dor já sofreu
E então sabe aonde os vis passos dão
Bendito sejas, que no prazer plebeu
Trouxe amor à vida e, boa comunhão
Ao pobre pecante, dum âmago ateu
E então, neste renascer com gratidão
Que no peito uivou e angústias moeu
Do solitário pranto, fez jubila canção.
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Janeiro, 2017
Cerrado goiano
SONETO DE PERDÃO
Meu amor, peço-te: não fiques triste
Se algum mal, porventura, te fizer
Pois nosso sentimento me persiste
E perdurará haja o que houver
Meu amor, vem cá: dê-me tua mão
Pensa: se o mal que foi-te cometido
Foi, por mim, feito a ti despercebido
Não sou, por fim, digno do teu perdão?
Quem ama sabe, sim, que sofre e morre
Sabe também que vive à redenção
Assim que vive, e morre, quem se entrega
Se nada vale a vida que decorre
Sem teu perdão, (oh!, dor que me carrega)
Diz-me, então: de que vale amar em vão?
A IMENSIDÃO DO AMOR (soneto)
Falar deste amor imenso
Que corre em nossas veias
Seria como contar o extenso
Trabalho da aranha em suas teias
Imensuráveis são os sentimentos
Quando de verdades são esculpidos
Amor é o maior dos alimentos
De impurezas está despido
Um sentimento inconfundível
Para dele viver desprovido
E para a paz imprescindível
É cantado em prosa e poesia
De existência indiscutível
Amor que a humanidade desafia
melanialudwig
SONETO DO AMADOR
Amador é o desejo do ser amado
Vive desejando mil formas pra achar
Se no amor não tem o que imaginar
Pois é virtude no ato de ser desejado
Se nele se tem o ser transformado
Onde mais o amador quer desejar?
Pois só assim o bem irá conquistar
E o afeto na alma então será liado
Mas se pouco for o desejo no olhar
Pouco o amador terá encontrado
Aí por ele, o amor, então vai passar
Se ao amador o amor é cobiçado
Então deixe o amor lhe alcançar
Pois o verbo dum amador é amar
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Fevereiro de 2017
Cerrado goiano
SONETO EM DESPEDIDA
Até logo! Aqui ficam férteis momentos
do meu viver. Na lágrima levo a aurora
na bagagem o mundo, vou-me embora
o abrigo que cá havia, agora lamentos
Na memória a saudade em penhora
se foi inglória, porque tive detrimentos
e é nas perdas que tem ensinamentos
e vitórias na vida, basta, é hora agora
Nesta mais uma passagem, portentos
vim com amor, e vou com amor afora
tento no coração bons sacramento
Sigo, para trás fica o tempo outrora
o céu claro são alvos adiantamentos
Goiás, despeço-me, a gratidão chora
Luciano Spagnol
Agosto de 2016
Cerrado goiano
SONETO "MEA CULPA"
Você que sempre foi especial, errei
Então, no meu erro, desculpa peço
É difícil perdoar! Sei! Árduo regresso
Eu confesso: -com remorso fiquei!
E nesta "mea culpa", algo lhe direi
Se o coração escuta, é progresso
Não é fácil arrepender sem acesso
Tão pouco indulto de quem o fazei
Então, com um afeto lhano modesto
No nada é impossível, o meu gesto
De contrição... Na minha incorreção
Nem tudo na vida nos é tão funesto
Pra que seja no amigo ato molesto
E neste soneto de amor: -Perdão!
Luciano Spagnol
27, agosto de 2016
Cerrado goiano
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