Soneto 18
" DEVO? "
Eu sei que essa proposta de paixão
tem lado bom, mas tem malícia, enfim!
Me ponho sem saber se eu digo sim
ou se é melhor, de cara, dizer não!...
O papo é meio brega, ruim, chinfrim,
e aponta um ego enorme, confusão,
que indica uma armadilha à ilusão
e pode dar dor-de-cabeça ao fim.
Porém, quem me propõe tem lá beleza,
um pé no luxo incauto da nobreza
e há grana na jogada a meu favor…
Sei lá se digo não, se sim… Que foda!
O romantismo, eu sei, caiu de moda
mas devo dar-me a tal sem ter amor?
" ARTEIRA "
Sapeca, brincalhona, bruxa, arteira,
foi sempre uma mistura inesperada
que a faz ser acolhida, aceita, amada
sem que se ponha, a tal, qualquer barreira!
É dama na alegria acostumada!
Com ela, o sério é pura brincadeira
e o riso é a sua forma costumeira
de se ir levando a vida nessa estrada.
É facil apaixonar-se por seu jeito
maroto, leve, dócil, de respeito,
e com seu toque mágico e festeiro…
Tá afim? Entre na fila, dada a chance,
mas acho não estar ao teu alcance
já visto que, eu aqui, sou o primeiro!
Relatos de um leão 🦁
Um dia eu fui um leão
Seu dourado amanhecer
Não sei se o amor foi em vão
É que caiu noite por escurecer
A luz dos teus olhos clarão
Não brilhava sobre minha juba ao entardecer
Já não quero ser Leão
Posso ser Sol para te aquecer?
Jamais esqueça desse amor
Foi tudo que tinha pra você
Meu amor teu sabor nosso calor
Amor quente nunca clichê
Queria te entregar tudo sem pudor
Pena não querer esse romance em turnê
Marcelo Di Troia
22/07/2018
Hoje peguei a moldura da minha santinha,
que a muito tempo não via.
Já que a fé e esperança de tanto pedir e sofrer,
tinha ficado pra traz,
Foi então que percebi de relance;
Sua face serena tal qual como em luz,
E tendo às mãos a santa cruz de Jesus,
me fez compreender e amar.
Disse à ela com voz pesarosa de dor,
mirando neste interior de coração pecador:
Me deixe também carregar esta cruz do Senhor!
A voz de alívio, então, se fez ouvir;
Pois, foi aceitando o peso da dor.
Que meu coração, enfim, desabrochou para o amor!
(Dedicação à irmã Teresinha do Menino Jesus)
05/08/2018
Bom Dia Anjo de amor e luz
O dia pede alegria, siga seu dia esbanjando simpatia.
Isso com certeza tem energia e muito irradia
o que todos desejam: muita harmonia.
Há que ser assim, curtindo a vida
Embora nem sempre o sorriso acompanhe a lida.
Não liga pra isso, siga, vá em frente.
Apressadinhusss porque atrás vem gente.
Olhe o sol, a chuva e o que vier na bandeja
Com certeza encontrará o que deseja.
Vento, amor e muito humor.
Dia sim, dia não, dia vai, dia vem.
Trocando em miúdos...
Se o dia não veio como deseja, aceite como convém!
* * * * * * * * * * * *
"Dedos que digitam mensagens também afagam o coração"
09/07/2018
A fauna do bem tem que ir além;
Além do que imagina nossa vã filosofia.
Nutrida à problemas e dificuldades num eterno vai e vem;
Causando transtornos e gerando utopia.
Chorar não resolve, brandir a espada é exagero;
Povo que grita unido jamais será calado.
Largue a espada, exerça os direitos com clareza e esmero;
Que o os próprios atos jamais ficarão de lado.
Direito é um bem tão antigo quanto a humanidade;
E só se nega onde prolifera mente promiscua.
Coisa de terra regada à temor, bandalheira e falcatrua!
Mãos hão de se unirem na garantia de lei maior e igualdade;
Onde direitos se instalam à bem do clamor e da verdade.
Para o felicidade do povo e plenitude geral da nação!
Bom dia anjo de amor....
Dia de alegria e semana de muitas emoções positivas, realizadoras.... inenarráveis!
UM TEMPO...?
Pede-me um tempo,... Um tempo?!
Que momento nosso pede-me?
Acaso poderá levar o momento
Preciso em que "Fomos?" Diga-me!
Tomas de mim as juras de fidelidade?
O segundo preciso em que me amou?
O ciclo indefinível que à ti me fiz verdade
Levarás o que? Algo de nós sobrou...?
O que do nosso enlace foi " Demais"?
Ousas pedir-me um tempo, minha vida?!
Se algo " Não foi"... Então leva o" jamais!"
Nunca te entregarei nossas eternidades.
Se queres ir. Vá!_ Não mencione o tempo.
Do meu amor não fará, nunca, brevidade!
SONATA DE OUTONO
Versos de folhas caídas
Circuito de vida, na vida
Folhas mortas, já vencidas
Num balé de vinda e ida
Vão ao chão, são paridas
Trilha de ilusão descida
Na melancolia, ouvidas
Numa inevitável corrida
Do fado, no seu instante
Duma outrora agonizante
Em apelos da mocidade
De tão veloz, e vai avante
No seu horizonte gigante
Os outonos e a saudade...
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2018, 13 de março
Cerrado goiano
A VOZ DO SILÊNCIO
Os degraus são da dor e do sofrer,
Só os calam as vozes da virtude,
Mas o lodo da vil vicissitude
Faz o tolo, de início, esmorecer.
Quem se prende a esta lama sem saber,
Gasta muita beleza e juventude,
E, depois da total decrepitude,
Se despede da vida sem viver.
O brotar dos sagrados germes n’alma
Do andarilho, na dor e paz, o acalma
Entre os juncos do ser que é sua senda.
Cada vício é o riso de uma hiena,
E a virtude é a voz meiga e serena
De quem forja na queda a própria lenda.
ME PERDI, E ME ACHEI
Não me perdi na imensidão... me perdi
Na melancolia do cerrado. E me julguei
No chão, e da terra então, eu me achei
Se daqui eu sai, hoje, meu lugar é aqui
Mas há ilusão no tempo, se acolá e ali
Outros houve, e assim, eu então farei
Caminho, na diversidade, caminharei
Num ardor sublime, na terra araguari
Ah! Ó saudade de cólera tremenda
Os sonhos sonhados agora fugitivos
E as lembranças ao coração inflama
Poetizaram nas rimas desta lenda
A emoção tão comuns dos vivos
Os desenganos os deixo na lama.
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Novembro, 2018
Triângulo Mineiro
Olavobilaquiando
"E cá estamos, cobertos com luzes boreais, sob o véu da noite, nos ocupando um do outro. Tua voz dulcíssima, em entrelaços as cordas que junto a ti toco, como um rio tranquilo junto a luz dos astros, a ecoar e fazer vibrar a alma.
Um sentimento que se torna tangível quanto escuto tua voz, quando toco tuas mãos e te laço com o olhar. Eis que surge da profundidade dos teus olhos e sorriso, uma paz que me acalma. Por que isso precisa acabar? Ciente estou que terei de acordar, para minha infelicidade. Quisera eu ali congelar, viver de ti neste mesmo momento eternamente, mas ainda permanecerás aqui, no melhor lugar de mim que reservei somente a ti, meu amor."
DIAMANTES DE AMANTES
Criador: Edson Cerqueira Felix
Época/Ocasião: 27-12-2018 | 15:30
Região: Paraíba do Sul - RJ, Brasil
Abalroamento: O encanto do amor
Proporcionamento: À todos(as) os(as) leitores(as)
Sugestão: Para todas as idades
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Em um dia de outono, de manhã até a tarde
Nasce o amor entre dois pássaros que no bater de suas asas
E no bater de seus corações
Encontram o mesmo compasso
E voando como que no círculo feito por um compasso
E não o deixa de ser
No compasso de dois pequenos diamantes de amantes coração
E voando juntos, bailando no ar, as suas emoção
É como mirar ao horizonte o mar
Tão longe e tão cheio
Mas que de cheio não transborda, apesar de os rios irem pra lá
Uma valsa no ar para os dois jamais esquecerem desse valsar
E num humilde ninho o acasalamento
Que se transformará em acalanto quando os ovinhos à chocar
O vazio, o infinito, o piano
O vento, teu sorriso, teu pranto
Teu olhar, teu sonhar, uma noite de luar
As árvores a balançar
Um nó, uma dor, sem dó
A água, a alma, a calma
As folhas, o ar, a solidão
O silêncio, as luzes, aqui dentro
Aqui, assim, sem fim
Esse vazio que preenche-me
Depois de um acordar
Nessa noite de luar
A lua a me chamar
E eu em ti pensar
Deserto
Deserto, tão perto, incerto,
Tuas areias já invadem a minh'alma,
Posso sentir, de tua areia estou coberto,
Mas preciso manter a improvável calma.
O vento sopra forte durante a tempestade,
E o calor escalda fazendo ferver o suor durante o dia,
É quando até o nômade perde a vontade,
Incrédulo e maltratado pela mais ríspida agonia.
Quando percebe-se a magnitude da sua grandeza,
A miragem que vem na mente é de água da natureza,
Momento de puro encanto transformado em tristeza.
Logo a ilusão se desfaz e após loucura desmentida,
Destila-se o pensamento que emana do sopro de vida,
E do imenso deserto ressurge a alma absolvida.
À minha mulher.
Apaixono-me dia após dia
pelo odor da sua ruminância,
pelo sabor do líquido que expelia,
pelo tato da sua carne em putrefância.
Expeli em mim, mostra-me
todo o seu resto de humanidade,
tudo o que tens de semelhante
com os animais, decomponha-me.
Se a podridão da morte vive
em teu fim, é onde sentir,
sentirei, serei quem convive
com o afago do enxofre
que ao meu cerébro a de subir,
fazendo meu último dia, hoje.
Não dar pra ser só proza.
Eu sei ser poesia.
Sou a métrica rica, decassílaba de Castro Alves
Sou também o fogo ardente de Camões.
Sou um soneto, maltrapilho, vestido de sensações
BUSCA
Esse sentimento que em mim procuro
Talvez eu nem soubesse responder
Como algo ou alguma coisa a conhecer
Que é óbvio mas disfarço no escuro
Pois sou busca de mim, sou neblina,
Um grito que ecoa, pelo chamado,
Vendaval por mim há tempos esperado
Que responde à mim essa minha sina
Pois na retina, é tua imagem tatuada,
É tua história me ocupando o pensamento
Diga-me, que te parece esse meu sentimento?
Que faço eu dessa minha'alma inflamada?
Bendito são esses versos que por hora clamo
Quando negar já não posso mais... eu te amo...
ENTREGA
Ao teu amor, já me dou por refém
Dos desejos, insanos e indecentes...
Que na forma de me amar, bem além
Torna cúmplice minha pele, e não somente
Pois que tudo em mim te contém
E mesmo sem estar, mas nunca ausente
Faz-me sonhar, o que o peito não detém
Revelando os mistérios, que minh'alma sente
No balé das palavras, dessa tua eloquência
Ou na canção, a que descreve o momento
De verdades que não se aprisionam a aparência
Dá-me pois, tua boca por alimento
E teus braços, ninho dessa minha essência
Eu... Apenas mulher, ao teu olhar atento.
TEUS SINAIS
Sinto na pele teu som
Embalo na cor do tom dos dedos
Na delicadeza das palavras, um segredo
Que escorre das mãos o que é bom
Da tua presença tão forte
Aromas, sabores, tuas cores
Que sutilmente revela amores
E no sorriso da menina, teu Norte
Um caminho que conhece tão bem
Onde escorrem cachoeiras mais além
Nesse enroscar de leito de rio
Até desaguar, céu e mar em desvario
Pois desvendados já estão os sinais
Eu e você...Nada mais!
DOCES DESEJOS
Pousa teu olhar sobre meus sonhos
Vê que em ti reside o prazer e a razão
De insanos desejos, ânsias que exponho
Entre ternos toques e o fogo da paixão
A mágica sensação que ora te proponho
Traz ao peito o fulgor cristal do coração
Acendendo da vida a chama, eu suponho
Em sermos nós, sol e mar de eterno verão
É beleza, é luz de um invólucro de ternura
Pois que da pele também brota a candura
Fascinante equilíbrio na sinfonia do amar
Que faz do meu corpo teu barco, teu mar
Eu, tua...Entregue aos meus doces desejos
Eu, tua...Perdida no sabor dos teus beijos
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