Soneto 12

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⁠ESPERAR

Não mais te darei o canto do amor tanto
E nem tão pouco a sensação por te amar
Siga-te no teu canto, quieto, e, portanto,
Permita-me idear na poética, e devanear...

Não mais te darei aquele desejo, encanto
Nem acalanto. Pois, a mim torou-se pesar
Fique aí, por aí... no teu qualquer recanto
Onde os versos não possam te encontrar...

Desejo-te mais e mais, e estar, bem mais
Pois cá, o meu coração tá cheio de canção
Esperar? Minh’alma saiu da beira do cais...

Largais o tempo, se foi, agora outra razão
As rosas marcadas de paixão, aquelas tais
Não mais. Te amar, somente na inspiração...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
04/09/2021, 19’45” – Araguari, MG



Que o amor resplandece como nós versos da poeta;
e entre as estrelas, a lua, na imensidão, me perco,
viajo, suspiro, no encontro do eu lírico.
Que trás calmaria a uma alma inquieta

No querer olhar nos teus olhos todos os dias,
sentir a cumplicidade e o desejo de amar;
nos carinhos e abraços só quero delirar,
que faz bem a alma, e as dores alivias

Sentir teu cheiro e teu toque
Num suspirar de emoção
Sempre carregado de paixão

Quero teu amor e teu carinho
Ouço a tua voz ecoar
Com saudadesde de te amar!
@zeni.poeta

⁠ naquilo que pode ser
sentido
não há quem sequer encontre
sentido
tu já me tens
sustido
em teu pélago
tens escondido
e se este calvário
tornar meu próprio castigo
é culpa do coração
que fechou o postigo
e de refém lhe tens
mantido

⁠O TEU OLHAR

O teu olhar é diferente
dos olhares que o meu já encontrou.
É um olhar muito atraente,
que de repente, me enfeitiçou.

O teu olhar tem mais vida,
mais brilho, beleza e cor.
O teu olhar, minha querida,
confesso, me conquistou.

Não, não sei explicar
o que se passa no teu olhar.
Só sei que me enche de emoção.

E quando estás me olhando
eu vou me controlando,
dizendo: agüenta coração!

⁠AREIA DA PRAIA
(Edson Nelson Soares Botelho)

Areia da praia com sua magia
Quanto mistério no seu silêncio
Esconde tantas aflições
E momentos felizes
Mistério do mar que a beija
Levando consigo todos os segredos
Deixando a saudade
E levando a verdade
Mistério do vento que acaricia
Ditando todos os desejos
Transformando sonhos em realidade
Mistério do sol que aquece
E no infinito desaparece
Dizendo que o amor só acontece uma vez

⁠E O VENTO LEVOU
(Edson Nelson Soares Botelho)

O amor só acontece uma vez na vida
Ele chega sem hora marcada
Assumindo o controle total do coração
Queimando com o fogo da paixão

Você começa a sonhar acordado
Achando que tudo é possível
Acreditando em todas as promessas
Você se considera a pessoa mais feliz do mundo

Passando por cima de todas as regras
Dia e noite, grudado na pessoa amada
Pensando que tem o controle total

Satisfazendo todos os seus caprichos
Até chegar o dia de você perceber
Que amou demais e nunca foi amado

⁠AMOR EM CASABLANCA
(Edson Nelson Soares Botelho)

Não adianta procurar o amor
Ninguém consegue achar esse sentimento
Ele surge de uma energia divina
Capaz de unir dois corações

O amor é um presente de Deus
Em um simples olhar fazer o coração estremecer
São duas almas gêmeas se unindo por uma força superior
Dois corações batendo em um só ritmo

É a mistura de loucura e paixão
É a renovação do espírito na arte do amor
É viver todas as emoções possíveis

A busca incansável do amor e seus mistérios
Tem suas recompensas na conquista dessa magia
Muitos fracassam e tem suas lamúrias intermináveis

⁠DO OUTRO LADO DA VIDA
(Edson Nelson Soares Botelho)

Paixão da minha vida, tua voz a falar mansamente
Tive a certeza que estava diante de um grande amor
Nunca esquecerei, quando ouvi de ti a frase eu te amo
Foi como um borbulhar de emoções dentro do meu coração

Hoje quando digo eu te amo, e ouço de ti a mesma frase
Sinto essa emoção como se a cada dia, fosse uma vitória
Diante de todas as tribulações, a frase eu te amo
Eterniza no tempo, como um hino da vitória

Superamos todos os obstáculos da vida
Pisamos em espinhos, mas nunca nos deixamos.
Estamos ligados pelo amor para sempre

Eu não quero nunca te perder, mas se for do destino
Que tenhamos que nos separar pela morte
Ficaremos na eternidade, na luz desse grande amor

⁠APRENDIZADO.´.
(Ellen Ketlen)
(Edson Nelson Soares Botelho)

Afirmar o bem negar o mal
Afirmar a verdade negar o erro
Afirmar a realidade negar a ilusão
O uso construtivo da palavra em benefício próprio

Quando a vaidade nos procura
Quando o orgulho nos humilha
Quando a ignorância nos acusa
Quando a crítica nos fere

O silêncio na gentileza do perdão
Esperar o tempo para construir a paz
Arquiteto, Mestres e Pedreiros

Nos três pilares da construção
Na paciência, no tempo e no perdão
Construímos o nosso caminho de luz

⁠AMOR PERDIDO
(Edson Nelson Soares Botelho)

Se a pessoa que você ama te diz adeus
Com a promessa que talvez haja uma volta
Pode ter certeza que você vai se sentir
Em um barco afundando

Na despedida do amor
No mar enfurecido do ciúme
Sem salva-vidas para socorrer os erros cometidos
Sobre as águas escuras e geladas da tristeza

Cheio de tubarões famintos
Querendo ficar com sua ex-namorada
Na tempestade que não pode suportar

Porque outro vai tomar o seu lugar
Fazer as mesmas coisas de amor com ela
E você vai entrar na grande tempestade do ciúme

⁠CANTO II

Janela d'alma, visão
Íris líquidas pingantes
Longe, longe, coração
Ah, distâncias distantes.

Na ronda teu juízo
Envolto em madeira e terno
No bosque paraíso?
Na floresta inferno?

Se com luz,
Voo alto
Asas de Ismália.

Se na cruz,
Não falto
Mortalha.

⁠Lembranças, que lembrais meu bem passado

Lembranças, que lembrais meu bem passado,
Pera que sinta mais o mal presente,
Deixai-me, se quereis, viver contente,
Não me deixeis morrer em tal estado.

Mas se também de tudo está ordenado
Viver, como se vê, tão descontente,
Venha, se vier, o bem por acidente,
E dê a morte fim a meu cuidado.

Que muito melhor é perder a vida,
Perdendo-se as lembranças da memória,
Pois fazem tanto dano ao pensamento.

Assim que nada perde quem perdida
A esperança traz de sua glória,
Se esta vida há-de ser sempre em tormento.

⁠AD MAIOREM DEI GLORIAM

Possível um amor por Deus não é
se não se pode ver o ser divino,
se a voz dele escutar é desatino,
se o modo de abraçá-lo é pela fé.

Assim foi adorar a Deus até
o dia em que tornou-se ele menino,
e na carne mudou nosso destino
sendo o Cristo Jesus de Nazaré.

Agora poderemos abraçá-lo
no reino que prepara para os seus
que pela fé o abraçam para amá-lo.

Converta este meu verso até os ateus,
a fim de num tal reino eu ser vassalo
poeta, pra maior glória de Deus!

Nhandeara, 6 de julho de 2021
Marcos Satoru Kawanami
.

⁠A vida é como uma montanha-russa,
nela temos altos e baixos.
Ela pode nos trazer momentos de inércia,
ou momentos de sucesso.

O conceito de vida pode ser complexo,
muitas vezes sem nexo.
Mas às vezes o conceito pode ser simples,
simplesmente ser feliz.

Acontece que a vida passa rápido,
rápido como um trem-bala,
no qual estamos embarcados.

Por isso temos que viver e não ter medo de ser feliz,
sempre buscar as melhores companhias,
e nunca esquecer que somos eternos aprendizes.

Me sinto mal quando olho para o horizonte
E me lembro pelo que me fez passar,
Mas já passou né? tanto faz.
E você não admite, ta certo você ainda mais linda.

Eu não quero ter você aqui mas sinceramente eu necessito.
Você não me quis... ainda sinto falta de você,
penso e retorno a mim, meu amor não me ajude.
E então olho para frente

E vejo o resto da minha vida
E vejo quanto tempo perdi te esperando.
Pensando em você

Mas não quero mais
Quando olho ao horizonte
A vastidão me acalma

Hoje escutei aquela musica
Me Recordei dos Maravilhosos
Momentos curtos e pequenos
Que muito breve passamos juntos!

A NOITE

Oh! jornada negra! O silêncio debruçado
Lá fora... um raio rasgando o céu, espia
A minha alma, teimosa, cheia de porfia
Fria, chuva que cai, molhando o cerrado

No horizonte desfalece a luz do fim do dia
No céu tenebrosa, a lua, e o quarto calado
E só, trevoso e largo, o trovão estardalhado
Troando a solidão da chuvosa noite vazia

Devassa... oh! jornada escura de loucura
Que estardalhaça no peito suspiro fundo
E excarcera o medo sem qualquer ternura

Pobre umbroso de arrelia, e moribundo
O sono, pávido e prostrado de amargura
A noite, chuvosa, faz-se lento o segundo.

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2018, 25 de outubro
Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

INIMPUTÁVEL

A concatenação do texto é necessária
como cauterizar um sangramento o é
tirando uma hemorroida ou amputando um pé,
e deve progredir conforme a faixa etária.

Outrossim confrontar opiniões contrárias
conduz ao quebra-pau, edificando a fé
de que esta Humanidade é mesmo uma ralé
e vale a pena crer que exista coisa vária.

Porém a coerência é algo coerente,
refutando um sofisma além de insofismável,
pois sempre é sim, ou não, e coerentemente.

Procure terminar de forma inoxidável,
mantendo a hemoglobina azul ou transparente,
e um texto aí está, com siso, inimputável!

Marcos Satoru Kawanami

.

Inserida por mskawanami

O GAMBÁ E A CONDIÇÃO HUMANA

Sarnento e definhando em mortuária
postura sorumbática cadente
aparece um gambá noturnamente
lá no pomar da dona Januária.

Em termos de gambá, tem faixa etária
de alguém que já viveu eternamente,
assombração albina e recorrente,
que é mais assombração por ser precária.

Não acho o que me diz o tal gambá,
talvez alguma coisa visceral,
alguma coisa ruim mas sem ser má.

Porém o bicho é feio, e, na real,
convocando a razão mais para cá,
cagaço não define a coisa mal...

Marcos Satoru Kawanami

.

Inserida por mskawanami

CORRENTE

Aplique-se em trabalho virtuoso,
na luz da primavera, o tosco Marcos
zanzando pela Lapa, aos pés dos arcos,
recebe por conselho de um idoso.

Cagou para o conselho valoroso,
beijou a vida de um viver anarco,
remou contra a maré, furado barco
achou de o recrutar, desventuroso.

De déu em déu esteve sem paragem,
a cada porto foi mais tosco sendo,
e o porto calendário na contagem.

Mas, no inverno, de frio estremecendo,
falou “busque a virtude” o néscio Marcos
vendo um rapaz aos pés dos mesmos arcos.

Marcos Satoru Kawanami

.

Inserida por mskawanami

ASSOMBRAÇÃO

Tenho uma solidão, tapera sombria
Assombrada, de sonhos penitentes
Onde anda a ilusão tristonha e fria
Na saudade, poetando os ausentes

E no vazio, a alma sem doce poesia
Tal paz duma sepultura, os poentes
Sois, num entardecer de melancolia
Tatalam as mãos, olhar e os dentes

No silêncio o ranger da imaginação
Pelos cantos os vultos em prantos
Das lembranças, tal qual fiel serva

Que invadem as órbitas da emoção
Soturnos fantasmas e, quebrantos
Segregando o espírito na tênia treva

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Novembro de 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol