Somos Passaros de uma Asamario Quintana
Sede de Ser
Há uma sede em mim, que cresce a cada dia. Sede de ser beijada, acariciada, valorizada. Sede de me sentir viva, de ser tocada de uma maneira que só quem sabe amar sabe fazer. O calor dos dias parece aquecer ainda mais essa vontade, e o vento que sopra traz com ele o anseio por algo mais. Algo que não seja passageiro, algo que vá fundo.
Mas eu espero. Esperar é o que me resta. Porque sei que o tempo passa, e minha juventude se transforma, meu corpo também. As inseguranças batem à porta, e cada nova pessoa que surge me faz questionar se sou suficiente. Mas a verdade é que eu não quero qualquer toque, não quero apenas um beijo. Eu quero ser amada, devorada, desejada de uma forma única, verdadeira, que vá além do físico.
Eu queria me entregar a esses desejos, me perder neles, sentir o calor que vem de um abraço que não me solta. Mas a espera... ela me ensina. A cada dia que passa, fico mais certa de que a entrega só vale quando é completa, quando é genuína, quando não há dúvida, só entrega.
Que o Amor Me Reconheça
Há uma parte de mim que se revela apenas para quem sabe ver. Não me entrego facilmente, porque meu amor, minha entrega, é algo que se cultiva com paciência. Não sou para ser admirada à distância ou compreendida apenas pela superfície. Sou feita de camadas, de sensações, de desejos, e só aqueles que têm a coragem de mergulhar nas profundezas de quem sou, poderão encontrar o que é verdadeiramente meu.
Eu espero, sim, mas não de qualquer jeito. Não espero por qualquer um. Espero por aquele que será capaz de enxergar não só o que está à mostra, mas também o que me habita de forma silenciosa, o que guardo para o momento certo. O amor que procuro não é pressa. Ele se faz em detalhes, em toques suaves que não exigem respostas imediatas, mas que se entregam sem medo do tempo.
O que eu quero é alguém que saiba me ver além do que se mostra. Que consiga ler nas entrelinhas e me reconhecer nas minhas pausas, nas minhas hesitações. Que o amor, quando vier, me encontre por inteira — com minhas reservas, meus medos, minhas ansiedades. E que, mesmo assim, ele se faça presente de forma tão profunda que nenhuma insegurança ou distâncias possam abalar.
Eu não sou uma simples entrega. Sou uma promessa, um mistério que só se revela a quem tem a coragem de ver além do que é imediato. Que o amor me reconheça não como um reflexo rápido, mas como algo que vale a pena ser descoberto lentamente, com cada toque, com cada palavra. Eu sou esperada. E, quando ele me encontrar, será como se o tempo finalmente tivesse valido a pena.
O Que Sempre Foi Para Ser
Hoje já te quis dentro de mim mil vezes, e em cada uma delas lembrei que, de alguma forma, você já pulsa aqui dentro. Mas ainda assim te quero perto, tão perto que nossos corpos provoquem faíscas, que o calor do desejo nos envolva até dissolver qualquer distância. Quero sentir sua pele na minha, o toque que não pede licença, a respiração entrecortada pelo arrepio do encontro. Quero a explosão e a calmaria, o fogo e o silêncio que vem depois, quando já não há nada entre nós além do que sempre foi para ser.
Moça
Ela é liberdade contida, uma ventania presa em uma janela entreaberta. Tem asas, mas ainda mede a altura antes de voar.
Ela tem um olhar que alcança longe, que enxerga o que muitos deixam passar. Mas nem sempre sente que é vista como realmente é.
Carrega no peito um coração intenso, que bate forte por tudo que acredita. Se entrega com profundidade, sente com verdade, mas nem sempre encontra quem compreenda sua forma de sentir o mundo.
Ela é feita de contrastes—leveza e intensidade, coragem e receio, força e sensibilidade. Ora quer ir, ora hesita. Mas dentro dela arde um desejo incontido de se lançar, de ser inteira, de se permitir.
E quando finalmente abrir suas asas, o vento será apenas um detalhe, porque ela já nasceu pronta para voar.
Reconexão com a Alma – Entre as Sombras e a Luz
Hoje, me encontro em uma fase de profunda introspecção e dor. A depressão, como uma sombra silenciosa, me impede de fazer o que amo, de pegar o equipamento, de capturar a beleza que o mundo me oferece. Vejo minhas fotos acumuladas, como se esperassem, pacientemente, para serem vistas e compartilhadas. A vontade de me conectar com as pessoas, de retornar às ruas e à arte que tanto amo, está aqui, mas não consigo encontrar forças para avançar.
Recebo cobranças, palavras que pedem que eu volte, que eu movimente as redes sociais, que eu me mostre novamente. Mas, por dentro, as palavras se misturam com o vazio e o silêncio. Por mais que eu queira dar continuidade aos projetos, a paixão que antes me movia parece ter se dissipado, e o impulso criativo que me fazia levantar e agir se perdeu em algum lugar.
No entanto, quando volto aos meus arquivos, quando revisito uma fotografia ou leio um texto guardado, algo dentro de mim é tocado. É como se cada imagem, cada palavra escrita, fosse um lembrete do que eu sou capaz, um resgate da minha essência. E, a cada novo olhar, a cada palavra lida, sinto que me encontro um pouco mais.
Ainda que a estrada pareça difícil, sei que o meu resgate está aqui, nas imagens e nos textos que guardei para mim. Eu sei que posso voltar, e eu vou voltar. O que é importante é que eu me encontre novamente no meu próprio ritmo, na minha própria essência, e que o meu trabalho seja a chave para esse reencontro. Quando eu vejo o reflexo disso, vejo o impacto que minhas ações têm, e percebo que a cultura está se movimentando, que o olhar das pessoas está mudando, sinto que o trabalho árduo e silencioso valeu a pena. Essa é a recompensa que me move a continuar. E, um dia, esse caminho de volta será completo.
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O Reflexo de Quem Sou
Sou Jorgeane Borges, uma mulher que vê o mundo através da poesia da fotografia e da profundidade das palavras. Não apenas escrevo, mas sinto; não apenas fotografo, mas enxergo além do instante. Meu trabalho é um reflexo de quem sou: uma contadora de histórias, uma guardiã de memórias, alguém que busca capturar a essência do tempo para que ele nunca se perca.
Minha jornada com a fotografia e a escrita não começou por acaso, mas como uma necessidade. Embora a fotografia tenha sido uma paixão que sempre esteve presente, foi em 2019 que ela se transformou em parte do meu caminho artístico. A escrita, por sua vez, começou na adolescência, quando eu escrevia rascunhos, textos e poesias, mas acabou ficando adormecida por um tempo. Escrever e fotografar são formas de dar voz ao que transborda dentro de mim e ao que vejo além do visível. Cada fotografia que capto e cada texto que escrevo são fragmentos do que sou, ecos de momentos que insistem em permanecer.
Meu olhar se volta para as raízes, para as histórias que moldam o lugar de onde venho. Busco registrar meu povo, minha cultura, a essência da minha terra – porque acredito que há beleza e força naquilo que nos conecta ao passado e nos impulsiona ao futuro. Quero que minhas fotografias e palavras não apenas contem histórias, mas façam sentir, reviver, reconhecer-se nelas.
Entre todas as buscas, talvez a maior delas seja a conexão. Acredito que o verdadeiro encontro acontece quando nos permitimos ser vistos e compreendidos em nossa essência. Não me contento com a superficialidade; prefiro a profundidade dos olhares, das entregas, das trocas genuínas.
Seja bem-vindo ao meu universo, onde cada palavra e cada fotografia são convites para sentir e enxergar além. Aqui, o tempo se torna memória, e a arte, um elo entre almas que se reconhecem.
A Fragilidade da Confiança: Quando Ser Ouvida Se Torna Uma Nova Dor
Quebrar minha confiança depois que me abri, depois que confiei a você minhas dores mais profundas, é mais do que uma decepção — é me fazer reviver tudo o que lutei para superar. Quando falei dos meus medos, das minhas cicatrizes, quando me permiti ser vulnerável, eu estava entregando uma parte frágil de mim, acreditando que seria acolhida, não exposta.
Trair essa confiança não é só uma falha, é uma ferida reaberta. É me fazer sentir, mais uma vez, que segurança é apenas uma ilusão, que o cuidado que esperei encontrar era apenas um reflexo distorcido. Quando alguém rompe essa confiança, não é só no outro que deixo de acreditar — começo a duvidar de mim mesma, da minha capacidade de confiar, de me entregar sem medo.
Reconstruir essa confiança parece impossível. Não porque não queira, mas porque o medo grita mais alto. Porque uma vez que sou ferida por quem prometeu me proteger, tudo o que resta é a sensação de estar, mais uma vez, desprotegida no mundo.
Em uma noite qualquer, movida por uma curiosidade suave e um desejo sutil de conhecer alguém novo, abri o navegador e, num impulso quase ingênuo,
digitei no Google: “site de amizades" e em seguida apareceu um anúncio de "site de relacionamento cristão”. Pensei comigo: por que não? Vamos ver no que isso dá.
Sempre me perguntei o que leva alguém a se cadastrar em plataformas digitais, e, mesmo sem entender muito bem, permiti-me tentar.
E então, te encontrei.
Fiquei no site por apenas dois dias, mas bastou.
Foste o único com quem a conversa fluiu com leveza, como um rio que já conhecia o caminho. Havia naturalidade, havia sintonia.
Parecia que nossas almas se reencontravam depois de muito tempo.
Trocas de mensagens, áudios… e, mesmo eu, que sempre fugi de ligações telefônicas, perdi-me no tempo enquanto tua voz me alcançava do outro lado.
Foram mais de oito horas em um diálogo tão profundo, tão espontâneo, que fez do desconhecido uma presença íntima, quase familiar.
E, de repente, estavas em meus dias, em meus pensamentos, e ocupavas cada espaço com doçura e intensidade.
Como explicar o que não se mede? Será que sentias o mesmo?
Nos conhecemos em 12 de maio de 2025.
E doze dias depois, eu já estava irremediavelmente apaixonada.
Decidi conhecer, enfim, aquele que fazia os meus dias mais leves. Aquele que sorria comigo, mesmo à distância, e que tornara as horas mais doces.
No dia 24 de maio, saímos da tela e nos encontramos na realidade.
Foi o dia mais feliz da minha vida. Te olhar foi apenas a confirmação de tudo que eu já sentia. Foram momentos simples, mas tão intensos, que pareciam uma eternidade vivida em poucas horas.
Fazia tempo que eu não experimentava tamanha alegria.
Mas três dias depois... tudo terminou.
Te conheci por acaso ,ou pelo menos, assim acreditei.
Não sabia que esse acaso viria carregado de encanto e desilusão, entrelaçados no mesmo fio. Foi intenso, veloz, verdadeiro. Houve chama, houve alma.
Conhecer-te foi, sem dúvida, uma das mais inesperadas e belas surpresas que a vida me concedeu.
Teus beijos ultrapassaram a pele tocaram minha alma.
Teu toque, ainda que ausente agora, permanece em mim com a força de tudo que é eterno. Inesquecível. Como um eco que insiste em voltar quando tudo silencia.
Talvez tudo isso tenha existido apenas em mim.
Talvez já estivesses partindo, mesmo enquanto ainda estavas aqui.
Teu silêncio, tua ausência de entrega, tua recusa em tentar... fizeram do céu um abismo. E eu caí do êxtase à dor, em segundos.
Há dores que não se explicam. Apenas se vivem.
E essa, que pulsa em meu peito, rasga tudo o que há de mais bonito em mim.
Afastei-me por necessidade, não por vontade.
Mesmo querendo tua presença, precisei partir para me salvar.
Teu silêncio gritava alto demais, e tua falta de cuidado com meu coração foi uma ferida que sangrou em silêncio.
Sobrevivi, mas não sem marcas.
Não desejo jamais reviver essa dor.
Talvez pareça imaturo, mas fechei todas as portas que levavam até você.
Infelizmente, não há chave que tranque o coração, e o meu, ainda guarda teu nome com delicadeza e pesar.
Amar-te-ei, Emerson.
Mesmo no silêncio, mesmo na ausência, mesmo que esse amor exista apenas em mim.
Porque há sentimentos que, mesmo findos, continuam vivos nas entrelinhas da memória, nos espaços que ninguém mais preenche.
Não existe vida feliz?
Passei muito tempo preso a uma ideia boba.
A ideia de que devemos buscar a felicidade, devemos ter uma vida feliz e de que devemos ser felizes a todo momento.
Até que me dei conta de que esse pensamento ingênuo me instruiu a comportamentos compulsivos.
Em momentos difíceis eu me sentia como se não houvesse saída, como se o sofrimento fosse eterno.
Com isso eu buscava fontes de felicidade superficiais,
Coisas que pudessem fazer eu me sentir bem, preenchendo algum tipo de vazio.
O problema é quando isso acaba gerando um ciclo vicioso.
(A felicidade é uma reação hormonal a estímulos que nos levam a sensação momentânea de bem estar)
Então eu entendi que a felicidade não é um destino.
Não se trata de viver buscando a felicidade.
A felicidade é algo que você encontra no caminho, você deve viver enfrentando turbulências, errando e sofrer um pouco. Isso faz parte da caminhada.
Talvez hoje meus propósitos tenham me tornado mais forte, talvez eu passe por momentos difíceis e saiba que assim como a felicidade, o sofrimento também é momentâneo.
Descobri a importância de ter uma vida plena, uma vida em que você se sinta parte de um propósito, algo que tenha significado p você;
Construir uma base, uma estrutura com sua família e amigos que possam te apoiar.
Mas acima de tudo você precisa entender que na vida tudo tem um propósito e uma razão de existir. Busque o seu propósito e seja forte.
Afinal, não existe uma "vida feliz". O que existe são, na vida, momentos felizes;
de valor a esses momentos e tente aproveitar ao máximo cada instante, esses passam rápido.
- emersomgold
Uma Carta Para Minha Mãe.
Em 19 de Abril de 1964, nascia uma caboclinha no interior da Bahia, chamada Valdenice, que se casou aos 15 anos, hoje mãe de quatro filhos, cristã e baixinha, a história dessa mulher daria um livro sem dúvidas,
Essa caboclinha é para mim uma mulher, forte, guerreira, honesta, muito inteligente, ela tem um coração que não cabe no peito, ela tem uma vitalidade que contagia a todos ao seu redor, pequena no tamanho medindo apenas 1,49m de altura, essa mulher é uma gigante quando se trata de sua família, seu lar e sua fé.
Quantas coisas você teve que suportar ao longo desses anos, quanto sofrimento nessa jornada, mesmo assim você não perdeu sua alegria, sua fé, seu amor por seus filhos e marido. muito querida por toda a família e amigos, respeitada e admirada. Essa conquista é para poucos!
Se eu puder escolher a minha mãe nas próximas encarnações, eu te escolherei de novo e de novo e de novo. Como eu sempre falo, Mamis, você é a luz da minha vida! Sem você meu mundo se apaga, quero deixar registrado aqui o quanto te admiro, te amo e te respeito.
Peço a Deus todos os dias para que possamos comemorar o seu aniversário, o seu dia das mães, a sua presença, por muitos e muitos anos, que te abençoe, te ilumine a cada dia, com saúde, fé, e que todos os seus sonhos se realizem, pois você merece o melhor, e você terá, com fé em Deus.
Feliz Aniversário Minha Mamis, Feliz Vida!!!
Com todo o Amor do meu ser,
Gleiciele Oliveira
BELEZA DO NUBLAR
Quando olho para o céu vejo uma luz a brilhar
De dia o sol clareia a noite vejo o luar refletindo seu lindo brilho na superfície do mar
Vou olhando no horizonte vejo uma nuvem por lá o vento trazendo chuva fazendo a beleza Nublar
Sabemos nem tudo é belo basta só esperar
A noite veio com chuva pela manhã o sol voltará a brilhar
Assim como o sol a chuva também tem sua beleza
Algumas vezes ela vem só para lavar a tristeza
Trazendo de volta um belo sorriso e mostrando a sua grandeza
RECOMECE
Às vezes é preciso recomeçar, recomeçar uma nova história ou renovar os votos da mesma. Nem sempre recomeçar significa substituir. Às vezes é preciso ser muito forte para reiniciar e continuar no mesmo jogo.
Às vezes é preciso recomeçar, recomeçar uma relação, lembrando que nem sempre trocar é uma opção. Às vezes, só reiniciar é o X da questão.
Às vezes é preciso recomeçar, recomeçar uma nova vida, construir uma nova história em outro lugar. Talvez você esteja acostumado a ter alguém para sempre te ajudar.
Às vezes é preciso recomeçar, sair da sua zona de conforto, conquistar outras pessoas em outro lugar. Porque para se ter uma visão de cima, é preciso voar.
Então recomece sempre que for preciso, sempre que para você faça sentido recomeçar. O mundo é grande e lá fora tem um bando de gente para te aplaudir assim que você pousar.
O SEGREDO DO SUCESSO
Sempre em minha vida serei dedicada.
Serei uma estrela presente no meu presente.
O meu sucesso é maior quando me encanto com os meus pensamentos.
Quero viver cada momento com bênçãos, distribuir todo meu magnetismo, alegria, luz, simplicidade, amor, inocência, MINHA CRIANÇA!
Quero rir do meu riso e derramar sorrisos.
O sucesso é assim, quanto mais você o procura, ele se esconde dentro de você!
Quem sabe a felicidade, a realização de todos os meus sonhos é o livramento de todas as angústias, medos, tristezas, solidão e desamores.
Sucesso tu és o meu grande amor, IMORTAL, a chama que acende a luz interior e me leva ao infinito a plenitude do meu SER.
Não chame jamais o sucesso de idolatria, nem realce quem eu proclamo hoje, agora e sempre que VOCÊ é um SUCESSO.
(Fabiana Barbosa - Instituto Polimento do Ser)
Um Amor Silencioso
Quando um homem conhece uma mulher,
às vezes nasce um amor repentino, intenso,
no brilho do sorriso dela,
no encanto do olhar,
na admiração por sua inteligência.
Em cada conversa,
em cada música romântica compartilhada,
essa paixão cresce em silêncio dentro dele.
Vêm os pensamentos,
as vontades de cuidar, de proteger,
de estar por perto.
Mas o mais difícil de tudo
é saber que ela é casada.
E esse homem — por respeito, por honra —
não quer ser parte da dúvida entre dois.
Resta a ele o afastamento,
guardar esse sentimento com carinho,
como quem esconde um tesouro no fundo de um baú,
na esperança de que, talvez um dia,
a vida permita que esse amor respire de novo.
Caminho Além da Ilusão
Certa manhã, à beira de um rio nas montanhas, uma jovem encontrou o velho mestre que recolhia água com seu discípulo.
Ela fez uma reverência e disse em voz baixa:
— Mestre, há muitos dias venho ao templo. Meu coração se voltou para seu discípulo. Desejo ser vista por ele. Como posso me aproximar?
O mestre encheu o balde antes de responder:
— Para ser vista por quem caminha, é preciso caminhar. Quando o coração está apegado ao fruto, não percebe a árvore que o sustenta.
A jovem hesitou, depois perguntou:
— Então, se eu seguir seu caminho, ele me amará?
O mestre olhou para a correnteza e disse:
— Quando seus passos estiverem no mesmo lugar que os dele, talvez já não deseje mais o que hoje deseja.
Ela se calou. E ficou.
No início, permaneceu no templo acreditando que, ao purificar-se, poderia conquistar seu coração.
Os dias tornaram-se meses. Os meses, estações. A jovem passou a servir no templo, a ouvir os ensinamentos, a observar em silêncio. Meditava ao amanhecer. Foi sendo transformada pelo próprio caminho.
Certa manhã, voltou ao mesmo rio. Lá estava o jovem monge, recolhendo água. Ele a viu, sorriu com gentileza. Ela apenas inclinou a cabeça em respeito — e seguiu andando.
Naquela noite, procurou o mestre e falou com voz serena:
— Mestre… por muito tempo acreditei que amava aquele que caminhava ao seu lado. Mas hoje entendo: eu queria tirá-lo do caminho, como quem colhe uma flor por achá-la bela demais para deixá-la onde está.
— Meu desejo era o do ego: guardar para mim aquilo que brilhava, temendo que outros vissem. Confundi amor com posse, presença com pertencimento. Queria segurá-lo como quem arranca uma flor da terra, sem perceber que, longe do seu solo, ela murcha e morre.
— Hoje, basta-me vê-lo florescer.
O mestre assentiu com os olhos fechados e respondeu:
— Quando o ego silencia, o coração vê com mais clareza. E já não deseja tocar o que pode apenas contemplar.
"É devido a vós que uma infinidade de almas são excluídas do reino dos Céus!" Ah! Queira a Deus!, digo a mim mesmo muitas vezes, que os doutores tivessem tanto empenho pela salvação das almas, como têm pelas ciências humanas! Um dia terão eles de dar contas bem rigorosas da ciência que adquiriram e dos talentos que lhes foram confiados".
"O que recomendo é que vos lanceis nos braços de Deus e que tenhais nele uma confiança tanto mais íntima quanto maiores forem os vossos males. Ali, unicamente, achareis consolações para as vossas desgraças e força para as suportar."
"Há uma grande diferença, também, entre o homem que confia em Deus quando tem tudo o que precisa, e aquele que confia em Deus quando nada possui. Também, uma coisa é confiar em Deus quando a vida está segura, livre de perigos, e outra quando há perigo iminente de destruição. Penso que aqueles que vivem em perigo contínuo de morte chegarão a se cansar desta vida e desejar morrer para estarem sempre com Deus no Céu, porque nossa presente condição mortal é, na verdade, somente uma morte contínua, um exílio da glória para a qual fomos criados”
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