Somos Passaros de uma Asamario Quintana
As pessoas mais tímidas são as mais observadoras e tendem a esconder uma dádiva que as destacariam na sociedade...
Filosofia é igual arte, não há como explicar uma obra prima, é tudo muito subjetivo, no caso da arte é quase sempre abstrato.
Uma tropa militar estava acampada ao redor de um poço, um poço sem corda.
Um dos soldados caminhando à noite cai dentro do poço, e começa a gritar por socorro, seus gritos são aterrorizantes.
Os soldados se reuniram em volta do poço para tentar tirá-lo dali, mas nada conseguiam fazer para ajudá-lo.
Passaram-se dias, e os soldados não aguentavam mais os gritos de socorro de seu amigo.
Não tendo o que fazer e desesperados com a aflição do homem ao fundo do poço, levantaram acampamento e o deixaram ali para sua própria sorte.
Este homem se viu sozinho, desesperado, perdendo suas forças, sua fé, se entregando ao seu cruel destino.
Até que um andarilho chega e pula no poço junto do homem.
O soldado surpreso disse:
Você está louco, agora ambos iremos morrer aqui.
O andarilho olha no fundo dos seus olhos e lhe diz:
Irmão, eu já estive aqui antes.
Escrevi este texto e o lia para meus amigos que não viam saída para seus problemas.
Sempre há uma saída, basta confiar, que Deus vai colocar um andarilho em seu caminho.
Não será um soldado, não será um homem santo, será um homem igual a você, que já vivenciou, já caiu e já levantou tantas vezes.
Que pra ele, cair é normal.
Não deveria ser a partida de uma paixão que derrube nosso castelo. Estamos prestes a descobrir uma fortaleza antes do êxodo.
Nasce uma nova esperança, um novo despertar, mais uma aurora se desenha no firmamento, do alto do Iracema se percebe uma manhã calma, silenciosa, a alma e o corpo pedem para ficar, mas tudo bem, a missão, parcialmente cumprida, o coração pede para ficar, a insurgência do Corpo, o néctar da alma, calma, logo tudo passa.
Cada novo dia que acordamos é mais um presente que nos é ofertado, pois, viver é uma dádiva de Deus, por isso é tão importante agradecer e tentar viver ao máximo, nem um dia é igual ao outro, por isso devemos ser grato a todo momento por poder prestigiar as obras do Pai.
Escolhi ser feliz; nas sombras da jaqueira do Mucuri, numa bela vista de outrora, uma vista ampla do Alto do Iracema, nas sombras do Ibituruna ou numa fonte grande de emoções.
A minha história não começa nem termina aqui; sou apenas parte de uma engrenagem do enredo de um filme chamado vida.
A medida privativa de liberdade é uma grande conquista na evolução da sociedade. Saímos das marcas do ferro quente, das penas de banimento, de penas de caráter cruéis para pena de prisão, reprimenda mais humanizada e justa.
O mundo é um casulo, no seu interior, uma pequena densidade de homens na acepção da palavra, na sua definição semântica, e assim, procuro ocupar espaço nesse ambiente reduzido de pessoas formidáveis, notáveis, de homens frente do seu tempo, humanismo exacerbado, estrela reluzente, estilhaços de luzes que incendeiam o cósmico de solidariedade e manifestações de arrebóis transcendentes.
O delito chamado de Novo Cangaço é uma afronta à sociedade. É preciso criar normas severas para o eficaz enfrentamento do crime de terrorismo doméstico. É mister mudar a justiça do faz de conta, criar regras claras e austeras de contenção. Isso que se espera de um sistema jurídico forte e protetor.
Preciso descrever meus sentimentos e deixá-los para a eternidade; o amanhã é uma incógnita, e por isso, deixo um punhado de pedido de perdões por aquilo que poderia ter feito, mas o tempo me suprimiu, nem tudo saiu de acordo com a nossa vontade.
"Há uma doença internacional que se alimenta da noção de que você pode usar qualquer meio para promover sua causa, já que os fins justifica os meios"
Mais uma crise de saudade. Inúmeras vezes tenho esse problema. Fico me perguntando pq você não tentou mais? Pq não me procurou mais? Pq não lutou pra ter eu perto? Eu sei que eu que terminei, mas nem com isso você se importou tanto. Você tentou por alguns dias, desistiu de nós e resolveu seguir a vida. Poxa vida, foram 8 anos que você não tentou consertar e deixou fugir pelas mãos. Eu ainda sinto uma dor no peito, de saber o quanto eu me doei por você, do quanto eu lutei para que tivéssemos uma vida boa, para te fazer feliz. Poxa vida, você deixou escapar uma vida inteira juntos.
A escuta de um trauma
O trauma é uma cordilheira de escombros.
Existe um sujeito soterrado nesse emaranhado de dor?
Existe vida, depois do trauma?
O trauma é afiado, e o trauma falado corta, rasga, craquela o sentido, a fantasia, o imaginário.
E nesse caos subjetivo, a escuta também dói.
A dor de quem ouve o trauma é a dor de presenciar uma avalanche, como um observador distante, de um lugar seguro e impotente, de quem vê a destruição passar, dela não faz parte mas é por ela tocado, e é dela também um sobrevivente.
Como num mar revolto, o terapeuta precisa saber nadar, mergulhar, respirar, numa posição peculiar de quem entra em cena para cuidar de alguém se afoga, sem poder no entanto, salvá-lo ou nadar por ele.
