Somos Passaros de uma Asamario Quintana
Somos constantemente induzidos a crer que a vida reside na busca do que nos falta, num ciclo sem fim de consumo e vendas incessantes, impulsionado pela lógica neoliberal.
Nem sempre é o outro que desperta desejos; por vezes, somos nós que o utilizamos para satisfazer nossos anseios, atribuindo-lhe qualidades que apreciamos e buscamos.
Comparações
Na vida, somos envolvidos em comparações. Pela vaidade, menosprezamos os menos afortunados. Pela inveja, repugnamos os mais privilegiados, num ciclo eterno de insatisfações e contradições.
Narcisistas, julgamos sem permissões, rotulando os outros com todo desatino. Ambicioso é quem nunca se satisfaz, acomodado é quem com pouco faz.
Cegos nos afetos, esquecemos as razões, que, para além das comparações, encontra-se a verdadeira paz.
Na sociedade atual, somos frequentemente encorajados a manter-nos sempre ocupados, seja por meio de trabalho, redes sociais ou atividades de lazer.
Essa constante movimentação muitas vezes serve como um meio de validação pessoal e social, onde a ausência de atividade pode ser percebida como falta de produtividade ou relevância.
As redes sociais, em particular, intensificam essa dinâmica, incentivando a exibição contínua de nossas vidas e a busca incessante por aprovação na forma de curtidas, comentários e compartilhamentos.
Esse ciclo pode levar a um sentimento de obrigação em relação à participação e presença online, criando uma pressão para estar sempre conectado e ativo.
Somos química viva — elementos da tabela periódica em perfeita união.
Enquanto essa organização persiste, vivemos; quando se desfaz, a vida cessa, e retornamos à química da natureza, participando do ciclo contínuo da matéria em constante transformação.
Percorrer a história familiar, social, cultural
do eu que sou, do nós que somos,
herdamos e carregamos.
E do valor que, no outro, tanto esperamos reconhecer
e que almejamos receber.
Somos seres naturais e culturais —
nem determinismo biológico que aprisiona, nem ideológico que condiciona; mas interacionismo que impulsiona.
E tenho, vos asseguro, tudo o mais que faz de mim uma mulher às vezes viva, às vezes objeto.
Desamparada, eu te entrego tudo – para que faças disso uma coisa alegre. Por te falar eu te assustarei e te perderei? mas se eu não falar eu me perderei, e por me perder eu te perderia.
Eu me pergunto: se eu olhar a escuridão com uma lente, verei mais que a escuridão? a lente não devassa a escuridão, apenas a revela ainda mais. E se eu olhar a claridade com uma lente, com um choque verei apenas a claridade maior.
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