Somos aquilo que fazemos quando Ninguem nos Ve
Houve momentos em que um abraço era tudo que eu precisava… mas ninguém estava lá. A solidão se torna um grito mudo, um vazio que aperta o peito, quando o corpo implora por calor e só recebe o frio implacável das paredes gélidas. Nessas horas, a ausência do toque se torna tortura, e o abraço que nunca veio rasga ainda mais a minha alma já despedaçada.
Ninguém é o que parece… sobreviver exige máscaras. Por trás do sorriso contido, moram medos e feridas que só eu conheço. Fingir normalidade me protege, mas também me isola. Enquanto isso… meu verdadeiro eu
espera, calado, nos bastidores de uma vida encenada.
Não espere aceitação de ninguém se você faz o que gosta. Às vezes é melhor agir com sinceridade e sermos nós mesmos do que fingir ser algo que não somos. A vida cobra. O tempo passa. E o único que pode fazer alguma coisa por você é você mesmo.
O trabalho mais difícil e doloroso é a reconstrução de si mesmo. Ninguém sabe a beleza e o peso do que é ser o que é.
Carreguei tempestades no peito sem alagar ninguém, atravessei madrugadas de insônia sem cobrar alívio alheio, dei sem pedir troco e caminhei entre espinhos sem lamentar as feridas. Agora, se me virem colhendo minha própria paz, não me julguem, pois aprendi que doar sem medida a quem não valoriza é cavar a própria ausência.
Carreguei o peso do mundo sem deixar cair sobre ninguém, engoli lágrimas para que outros pudessem sorrir, lutei batalhas que ninguém viu e, mesmo esgotado, ainda estendi a mão. Nunca fiz alarde da minha dor, nunca pedi troféus pela minha resiliência, e ainda assim esperam que eu continue oferecendo o que já me custou demais. Minha generosidade nunca foi fraqueza, mas agora é escolha. E se hoje me permito viver sem culpa, sem carregar quem nunca quis andar ao meu lado, não me apontem o dedo. Eu aprendi, da forma mais cruel, que quem dá demais a quem não valoriza acaba se tornando invisível até para si mesmo. E isso eu nunca mais serei.
Começo sem fim...
Tenho muito guardado para te dar
Que não foi oferecido a ninguém
Todo o tempo e suas horas a ofertar
Tuas são as especiais e mais além
O que importa a tua história
A minha, no caminho do amor
Se desenhou com ou sem glória
Se sincero é o que tenho a propor
Não tem importância o lugar
Nem distância, se comigo estiver
O que importa é poder te amar
E brilho nos olhos eu poder ver
Te adoro, te desejo, sem limite
Quero mais que um simples sim
Quero mais que frases no convite
Quero ter começo e não ter fim...
O céu do cerrado é tão estrelado.
Acho que é porque, assim, no breu,
ninguém trupica no chão cascalhado.
Aprendi que não se pode exigir o amor de ninguém, pôde-se apenas dar boas vindas!
Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Saudade, essa palavra
que arde e da falta provenha
que não tem quem explique
e ninguém que um dia não tenha...
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
A poesia invade
o meu poetar. Se não vem,
morro de saudade.
Sou metade de um ninguém...
Luciano Spagnol
poeta do cerrado
SONETO PASSADO
Nem o tempo pode voltar
Nem ninguém tal querer
O passo dado vai varrer
O passado no caminhar
Se quiser voltar e ver
Saudade irá encontrar
O ontem perdido no ar
E a vida sem se viver
No olhar, o velho e tal pesar
No coração, revés a abater
E a alma sem se transformar
Então, sigamos no outro ter
Pro vário podermos amar
Passar... um novo alvorecer!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Fevereiro de 2017
Cerrado goiano
ASPEREZA DO CERRADO
Ai a aspereza do cerrado
Não a entende ninguém
É sublime o céu encarnado
E são encantados também
Traz na secura do teu ar
O empoeirado vai e vem
Do vento nas folhas a chorar
E as estrelas no céu além
São versos ao poeta poetar
Que nunca será um porém
São feiticeiras noites de luar
Que ao olhar nos faz tão bem
Só quem embala na emoção
Entende a alma que aqui tem
Está matuta e rude vegetação
De flores, e trovadores também
Ai a aspereza do meu cerrado
Que nunca nos trata como refém
Chão que chora o amor e o amado
Na viola que do cancioneiro provém
Ai a aspereza do tortuoso cerrado
Impregnado aos que aqui vivem...
E aos poetas também!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano
SUSPIROS PROFUNDOS
Ninguém sentiu o meu choro inseguro
Ó dolorosa dor entre as dores minhas
Embriagada solidão, máculas daninhas
O falto para mim foi silencioso e duro
Permaneceste no pensamento escuro
Vazia e casta, tristes eram as tadinhas
E chegaste a ter mais do que tinhas
Tornando-te em um flagelo impuro
Invisível tornou o meu sofrer inquieto
A minha poesia, o sentimento secreto
Jorrados do sentir, ali tão moribundos
E, neste trágico, pedaço dos pedaços
Ele, que habitou a ter esses embaraços
Fez-me o dono de suspiros profundos
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
26/08/2020, 12’28” – Triângulo Mineiro
E aí?
E aí eu aqui nesta cidade
Cativo da liberdade
Sem legitimidade
Sem ninguém
Num horizonte além
Nos caminhos sem rumo
Desatando o prumo
Tentando o resumo
Do sumo que escorre na face
Há se ele falasse
Se ele chorasse
Eu também quereria chorar
Desapegar pra parar de sufocar
Me alegrar com o muito do pouco
O pouco do muito do eu louco
E eu aqui nesta cidade
Já com cumplicidade
Da secura do amanhecer
É o craquelado do entardecer
Que dorme e acorda
Acorda, dorme e borda
Cada fio da saudade
Aqui nesta cidade
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
10 de outubro, 22'48", 2015
Cerrado goiano
Ninguém conhece a tua força nem estudou a tua fraqueza, seja forte corajoso ainda que não seja o inimigo vai tremer a tua estratégia.
Não deixe ninguém para trás. Reconheça que o sol é de todos, um gesto de carinho arrasta bons exemplos na vida vivida de todo ser humano.
Na rotatividade a vida segue a passos largos cobrindo os rastros, para ninguém acompanhar a mudança do ontem hoje e amanhã.
Todo esforço é gratificante, ainda que ninguém veja o bom trabalho, no final, tudo será exposto, um bom exemplo não passa despercebido.
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