Somos aquilo que fazemos quando Ninguem nos Ve
Nossa dor vem da distância entre aquilo que somos e aquilo que idealizamos ser.
Nota: A frase costuma ser atribuída a Friedrich Nietzsche. Na verdade, a frase foi dita por Alain de Botton na série "Philosophy: A Guide to Happiness" (transmitida em 2000), no episódio sobre Nietzsche, intitulado Nietzsche on Hardship (Nietzsche e o Sofrimento, em tradução). O pensamento é uma interpretação das ideias de Nietzsche feita pelo escritor Alain de Botton, e também está presente em seu livro "As consolações da filosofia" (2000).
...MaisNão dês a ninguém aquilo que te peça, mas aquilo que achas que necessita; e suporta logo a ingratidão.
VOCÊ É
Você é os brinquedos que brincou, as gírias que usava, você é os nervos à flor da pele no vestibular, os segredos que guardou, você é sua praia preferida, Garopaba, Maresias, Ipanema, você é o renascido depois do acidente que escapou, aquele amor atordoado que viveu, a conversa séria que teve um dia com seu pai, você é o que você lembra.
Você é a saudade que sente da sua mãe, o sonho desfeito quase no altar, a infância que você recorda, a dor de não ter dado certo, de não ter falado na hora, você é aquilo que foi amputado no passado, a emoção de um trecho de livro, a cena de rua que lhe arrancou lágrimas, você é o que você chora.
Você é o abraço inesperado, a força dada para o amigo que precisa, você é o pêlo do braço que eriça, a sensibilidade que grita, o carinho que permuta, você é as palavras ditas para ajudar, os gritos destrancados da garganta, os pedaços que junta, você é o orgasmo, a gargalhada, o beijo, você é o que você desnuda.
Você é a raiva de não ter alcançado, a impotência de não conseguir mudar, você é o desprezo pelo o que os outros mentem, o desapontamento com o governo, o ódio que tudo isso dá, você é aquele que rema, que cansado não desiste, você é a indignação com o lixo jogado do carro, a ardência da revolta, você é o que você queima.
Você é aquilo que reinvidica, o que consegue gerar através da sua verdade e da sua luta, você é os direitos que tem, os deveres que se obriga, você é a estrada por onde corre atrás, serpenteia, atalha, busca, você é o que você pleiteia.
Você não é só o que come e o que veste. Você é o que você requer, recruta, rabisca, traga, goza e lê. Você é o que ninguém vê.
Ao Crepúsculo
Não...
Depois de te amar eu não posso amar mais ninguém.
De que me importa se as ruas estão cheias de homens esbanjando beleza e promessas ao alcance das mãos;
Se tu já não me queres, é funda e sem remédio a minha solidão.
Era tão fácil ser feliz quando estavas comigo.
Quantas vezes vezes sem motivo nenhum, ouvi teu riso, rindo feliz, como um guizo em tua boca.
E a todo momento, mesmo sem te beijar, eu estava te beijando...
Com as mãos, com os olhos, com o pensamento, numa ansiedade louca.
Nosso olhos, ah meu deus, os nossos olhos...
Eram os meus nos teus e os teus nos meus como olhos que dizem adeus.
Não era adeus no entanto, o que estava vivendo nos meus olhos e nos teus,
Era êxtase, ternura, infinito langor.
Era uma estranha, uma esquisita misturade ternura com ternura, em um mesmo olhar de amor.
Ainda ontem, cada instante uma nova espera,
Deslumbramento, alegria exuberante e sem limite.
E de repente... de repente eu me sinto como um velho muro.
Cheio de eras, embora a luz do sol num delírio palpite.
Não, depois de te amar assim,
Como um deus, como um louco,
nada me bastará e se tudo tão pouco,
Eu deveria morrer.
As pulgas sonham em comprar um cão, e os ninguéns com deixar a pobreza, que em algum dia mágico de sorte chova a boa sorte a cântaros; mas a boa sorte não chova ontem, nem hoje, nem amanhã, nem nunca, nem uma chuvinha cai do céu da boa sorte, por mais que os ninguéns a chamem e mesmo que a mão esquerda coce, ou se levantem com o pé direito, ou comecem o ano mudando de vassoura.
Os ninguéns: os filhos de ninguém, os dono de nada.
Os ninguéns: os nenhuns, correndo soltos, morrendo a vida, fodidos e mal pagos:
Que não são embora sejam.
Que não falam idiomas, falam dialetos.
Que não praticam religiões, praticam superstições.
Que não fazem arte, fazem artesanato.
Que não são seres humanos, são recursos humanos.
Que não tem cultura, têm folclore.
Que não têm cara, têm braços.
Que não têm nome, têm número.
Que não aparecem na história universal, aparecem nas páginas policiais da imprensa local.
Os ninguéns, que custam menos do que a bala que os mata.
Ter fé é acreditar naquilo que você não vê; a recompensa por essa fé é ver aquilo em que você acredita.
Quando chegar
Quando chegar aos 30
serei uma mulher de verdade
nem Amélia nem ninguém
um belo futuro pela frente
e um pouco mais de calma talvez
e quando chegar aos 50
serei livre, linda e forte
terei gente boa ao lado
saberei um pouco mais do amor
e da vida quem sabe
e quando chegar aos 90
já sem força, sem futuro, sem idade
vou fazer uma festa de prazer
convidar todos que amei
registrar tudo que sei
e morrer de saudade.
Nós fazemos acordados o que fazemos nos sonhos: primeiro inventamos e imaginamos o homem com quem convivemos – para nos esquecermos dele em seguida.
Tudo quanto fazemos, na arte ou na vida, é a cópia imperfeita do que pensamos em fazer. Desdiz não só da perfeição externa, senão da perfeição interna; falha não só à regra do que deveria ser, senão à regra do que julgávamos que poderia ser. Somos ocos não só por dentro, senão também por fora, párias da antecipação e da promessa.
A maior parte das coisas que dizemos e fazemos não é necessária; quem as eliminar da própria vida será mais tranquilo e sereno.
Não é o quanto fazemos, mas quanto amor colocamos naquilo que fazemos. Não é o quanto damos, mas quanto amor colocamos em dar.
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