Sombra
A arrogância, como uma sombra, obscurece a visão interior, nos privando de enxergar além dos véus da auto importância. Ela cria uma barreira que separa a essência do ego, muitas vezes alimentada por uma busca incessante por validação externa. Nesse contexto, a espiritualidade oferece um caminho para dissipar essa fumaça, permitindo que a luz interna brilhe com mais intensidade.
Outro homem, uma sombra no passado, Em seus olhos, histórias a serem contadas. Desejo por mais tempo, uma busca a se prolongar, Na coreografia da vida, novos passos a dançar.
Coração dividido, uma rara lança. Esposo, pilar sólido de sua história, Amante, sombra secreta de sua memória.
Deverá um juiz, ao sentenciar, alinhar-se com a sombra do réu, pois, sentenciando uma pena à outrem, usando como régua a análise da sua própria sombra, estará mesmo a agir com injustiça, não importando o que dizem os papéis e as provas.
Na sombra da casa, o beijo da espera,
O desejo profundo, uma chama sincera.
Família é abrigo, mas dor é corrente,
Um lar que é espinho, ferida latente.
Mentiras ao redor, tempestade no ar,
A joia da prole, um brilho a brilhar.
Em meio à desilusão, a união se ofusca,
O amor é a busca, mas a dor nos busca.
Em cada lágrima, um eco de grito,
Lutamos pela verdade, buscando alvissare.
A dor que consome, a alma a castigar,
Nos dias frios, a insônia a reinar.
A solidão é amiga, no coração um espaço,
No labirinto interno, buscamos um laço.
E mesmo em meio ao sofrimento profundo,
Tentamos encontrar leveza neste mundo.
É só sombra , o nosso é nosso
Mesmo que conquistado com dor
O prazer é o outro
De usufruir o que é suado
Trecho do poema: Não é só devaneio
Poema : Ser empata
Em dias nublados, a alma hesita.
O espelho reflete uma sombra cansada.
Estou em um ambiente, onde a luz se esconde.
O peso das emoções, uma carga pesada.
Sensações frias dominam meu ser.
Como uma pedra, imersa em profunda solidão.
As dores vêm, como ondas no mar.
Sussurros de um passado, clamando perdão.
No seio familiar, o tumulto é real.
Batalhas diárias, invisíveis aos olhos.
Armadura forte, que oculta a fragilidade.
Sorriso no rosto, mas dentro, um nó.
Nessa dança de emoções, busco a paz.
As vozes caladas gritam aos ventos.
Ser empata é um dom e uma dor.
Um mundo de sentimentos, em cada momento.
Quando estamos debaixo da sombra do Altíssimo, ficamos protegidos e descansamos, porém, quando está fora da sombra do Altíssimo ou fora das asas D'Ele, ficamos desprotegidos e sem refrigério, resumindo, totalmente a mercê dos gaviões, que são os demônios querendo nos destruir.
(DVS)
Entre a Luz e Ideias
No silêncio da alma, uma dúvida floresce,
Traiçoeira e sutil, como sombra a espreitar,
Ecoa em Shakespeare: "Medo de arriscar,
Nos faz perder o que poderíamos ganhar."
Caminho entre luzes de fé e de amor,
Um mandamento antigo ressoa no ar,
"Amem uns aos outros", a voz ecoa,
No coração sincero, a verdade há de morar.
Na busca pela vida, onde a existência é rara,
Pergunto ao mundo, o que significa viver?
Oscar Wilde sussurra: "Apenas existir,
É o destino de muitos, mas viver é florescer."
Quem é correto, nunca há de fracassar,
Suas pegadas na terra, lembradas serão,
Pois a justiça é uma chama que arde,
Na trilha da vida, um eterno clarão.
Nada há encoberto que não venha a revelar-se,
Nem oculto que não venha a saber-se,
Entre luzes e ideias, sigo o caminho,
Na esperança do porvir, onde a verdade há de brilhar.
Mas quem não se ama, não sabe amar,
Perdido nas sombras, sem luz para dar,
Enquanto eles riem por serem iguais,
Eu rio de volta, por trilhar outros sinais.
- Notório Jhow
A dualidade entre luz e sombra, autenticidade e conformidade, reflete a complexidade da experiência humana. Aceitar e integrar esses contrastes pode nos proporcionar um entendimento mais profundo de nós mesmos.
Há lugares onde o sol traz alegria e a noite traz calmaria, onde a sombra é suave e a luz dança com o vento, revelando um ambiente de perfeita harmonia e tranquilidade. Esses são espaços onde a alma se acalma e a sua presença é uma melodia de prazer e não um peso.Cada gesto ou palavra são acolhedores, como o retorno de um amigo querido. Habitar esses lugares é um privilégio, como um abraço constante onde o coração se sente, verdadeiramente, em casa.
Tenho medo do abandono,
da sombra fria que se avizinha,
do vazio que preenche as lacunas
onde antes habitava o afeto.
Tenho medo do silêncio que ecoa,
nas paredes do peito, tão só,
onde outrora as vozes dançavam,
agora apenas o eco de um nó.
Tenho medo de ser esquecido,
como um livro fechado na estante,
as páginas amarelas de histórias,
que ninguém mais se lembra ou sente.
Mas também tenho a esperança,
de que no fundo desse temor,
encontro forças para aceitar,
que o abandono não apaga o amor.
E assim, entre o medo e a coragem,
vou costurando as feridas do ser,
pois mesmo que o medo me assombre,
aprendo a viver, a crescer.
Há um medo que se esconde no seu peito,
Como uma sombra que não se revela,
É o temor de expor o que é perfeito,
E ver o seu coração perder a aquarela.
Cada palavra não dita é um fardo,
Cada gesto contido, uma prisão,
E o silêncio, que pesa, é um bardo,
Cantando versos de indecisão.
O seu coração quer falar, mas se cala,
Temente ao frio da rejeição,
E na alma, a dúvida se instala,
Será que vale a confissão?
Mostrar os sentimentos é despir-se,
É caminhar na corda sem rede,
Mas o medo insiste em reprimir-se,
Enraizando-se como uma parede.
E assim, o amor fica trancado,
Em um peito que não quer arriscar,
Mas a vida, que passa ao lado,
Não espera quem teme amar.
No fim, resta apenas a saudade
Do que poderia ter sido,
Pois o medo, em sua crueldade,
Rouba o que era prometido.
Mas quem ousa quebrar as correntes,
Mesmo com o risco do não,
Descobre que os corações valentes
Encontram força na superação.
