Som

Tua voz e como o doce som do mar ao entardecer,
Teu sorriso e tão radiante quando a luz do sol,
Teus olhos brilham como as estrelas numa noite escura,
A vida sem vc não tem sentido,

Sol é bom
Para torrar
Para ouvir um bom som
Todo o dia sem parar

SONETO NA CONTRAMÃO

O badalo bate, o sino da igreja soa
Qual navalha o som corta a solidão
Chiando no silêncio pesar e aflição
E no relógio a hora a ligeireza ecoa

Num labirinto de saudade e emoção
A lembrança de asas no tempo voa
Desgovernando o sentimento a toa
Num vácuo de suspiros no coração

Então, o seu ganido invade a proa
Da alma, que se sente sem razão
E cansada de tantos ruídos, arpoa

Nesta quimera de dor e de paixão
Os olhos são cerrados pela garoa
Pingada das lágrimas na contramão

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Dezembro, 2016
Cerrado goiano

Todo artista é um ser político e ao som do canhão é o primeiro a morrer nas mãos da censura.

Notou as lágrimas alheias
Mas as minhas são invisíveis
O som da minha voz é inescutável
O meu semblante é indecifrável
Aos seus olhos sou uma estatua
A qual não se move e nem se fala

nota fora do tom

o cerrado, seco, árido som
é fado
um megaton
tumultuado
nota fora do tom
que nele fala
que se maquia sem batom
arrasta em alarido, em ala
cheios de vozes
espinhos que rala
ferozes
para um verão de gala
que na alma debrua ilhoses
de chuva, quimera
podando a estiagem
pra brotar a primavera

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Setembro de 2017
Cerrado goiano

Trink, trink, trink. Eu sempre odiei o som de um do despertador, mas odeio ainda mais o que ele significa: Escola. Como isso é chato, ah, acho que não vou à escola hoje.
- O despertador já tocou faz eras, então trate de levantar.
- Porque você tem que me perturbar logo na segunda?
- Você nunca levanta sozinho na segunda, estão resolvi dar uma passadinha.
Quem tá me perturbando nesse momento é o Erique, ele é meu melhor amigo, o único ,para falar a verdade.
- Salada, sério?
- você não tem comido direito, então resolvi fazer uma coisa um pouco mais saudável. Eu não vou te acompanhar à escola hoje, mas trate de ir.

Não foi somente lembranças reveladas ao som da caixinha de música. A melodia me trouxe seu cheiro, seu toque.
Amor guardado para a vida.

Ficar em silêncio e deixar a tempestade fazer todo o som, e uma alternativa para quem tem medo da chuva, mas se você aprende a dançar na melodia de um dia chuvoso será mais divertido. Logo descobrirá que o medo dos raios e trovões e apenas um frio na barriga.
Sinta antes que o momento passe, o gosto da água caindo e lavando os medos, sinta o som da água, e a melodia do seu toque ao cair no chão, lembre-se da alegria da infância, do cheiro da terra molhada, da felicidade de ser criança. Contemple o clarear dos raios e o céu á iluminar, não tenha medo pois os medos te fazem enxergar monstros até no lugares mais belos.
Eu não me tornei o medo da chuva, pois aprendi a dançar no seu ritmo, não sou mais o medo da vida pois cada dia eu luto por ela, faço dos meus dias uma eterna dança na chuva, para que assim eu enxergue todos os dias com beleza á vida passar.

A margem espero o descanso do rio.
Ao ouvir o som de suas águas aquieto-me.
Sinto um misto de esperanças vindouras e medos pontuais.
Transbordo. Rompo diques, mas nunca é o suficiente.
Estou cansado! Contenho-me. Sustento todo um ecossistema.
Será que um dia chegarei a minha margem?
E lá chegando... será que poderei finalmente descansar?
E nesse merecido descanso... encontrarei ouvidos interessados em meus ruídos a fim de encontrar neles sua própria calmaria?
A margem espero o descanso do rio...

Hoje ela só quer dançar ao som desse Beiradâo

A felicidade é peregrina, não se prende a um lugar, livre como um passarinho, o som do seu canto nos motiva a continuar, um dia desses ela pode pousar lá em casa pra gente se regozijar.

As palavras soa como som de cachoeira a verdadeira voz no ouvido dizendo me para todo sempre até posso imaginar eu e você no mesmo lar pássaros na janela ao cantar quando acordar e de olhar que tudo que eu mais preciso está sussurrando no meu ouvido amor fica mais um pouco não é hora de trabalhar ao pensar que tirei uma foto sua dormindo é que me faz levantar ao invés de me lamento no caminho vou chorar na carteira tem uma foto sua e faz acreditar que quando eu voltar vamos novamente se encontra e nos amar dessa vez os lobos solitário vão uiva para constatar que a lua cheia e feita para as noites de se apaixonar.

Estertor
é o nosso som.
Nós dois
mortos de amor.

" Se o único som for do ar lembre-se
Ainda está ouvindo algo que trás vida "

"O reflexo do silêncio é o grito em oração ao som de nós mesmos" A'Kawaza

Quando o sentimento é verdadeiro, o coração pulsa mais forte, a boca fica ressecada, as palavras somem de nossa mente, o olhar fica mais vidrado, e o sorriso vai de canto a canto de boca.

Reflita na força ressurgindo no raiar da aurora, renascendo como som da musica nos olhares, de tambores da felicidade desta harmonia por nome vida.

Quão bom é, acordar ao som dos pássaros, e ver-se despida de tudo, despida de orgulho, despida de vaidade, despida do desamor, do desencanto e da incompatibilidade.

Assim você se olha no espelho,
E se vê como realmente é,
É aí que você pode escolher,
Onde, como, e se... Deve mexer!

A vida é rotulada, como:
Própria,
Como um sopro,
Como o "se não houvesse amanhã",
Como "espera o tempo de Deus".

Você é quem escolhe!
Você, é quem resolve onde se encaixa!
As consequências também são suas; mas aaaah! Que vida estranha, alguns escolhem seguir o caminho do "não arranha" e vivem pagando um sofrimento ao que seu olhar estranha.

Não tenho mais rotulagem,
Cada um a seu modo,
Seja livre para seguir,
Procurar evoluir,
Agora vou dormir,
Amanhã cedo acordo.

Amanhã eu escolho,
O que quero ou sinto ser,
Me redescubro no impensável,
Sou amor, sou poeta
Sou ódio, sou beata
Vivo letras,
Vivo da caneta prata,
Vivo do inimaginável.

Verde Natureza

Terra dos verdes pastos, ao som dos pássaros, encanto a alma. Cheguei no meu recanto, estou aqui em meu canto, onde acaba-se o pranto.
O lugar de riso fácil, de paisagem admirável, de presença incomparável.
Eu gosto mesmo é do campo, do verde, do silêncio, me amanso.
Ah, boba moça!
Se achava dona da cidade
Quando viu a felicidade
Escapar de suas mãos.
Foi no campo que ninguém viu
A menina se redescobriu
Dona desse mundão
Sua vida com certeza é
No verde natureza
Rodeada da criação