Sociedade Alienação
Eu acho muito interessante como o Brasil me deu um palco para falar deste assunto, como se eu fosse mais válida a falar sobre isso porque sou estrangeira e mulher negra da elite. É interessante ver isso porque vejo muito mais mulheres brasileiras militantes, ativistas, que são muito mais experts na causa negra do que eu, mas elas não estão presentes na mídia. Estão basicamente ausentes.
Quando falamos das habilidades do futuro, uma das barreiras na periferia são os termos do empreendedorismo. Você fala em flexibilidade, proatividade, empatia. Já ouviu falar? São todas habilidades que todo mundo na periferia já tem de forma compulsória. Somos proativos porque temos que buscar oportunidades, uma mãe solteira é flexível por ter que cuidar da família e trabalhar. Mais criativo que periferia não existe, mas aí é chamado de gambiarra. Na verdade, é a inovação da quebrada, a inovação do improviso. Então, é preciso se preparar para o futuro. Eles já têm as qualidades e precisam estudar a técnica para entrar no mercado. Falta juntar o talento com o conhecimento técnico.
Representatividade para mim é disputar sentido, criar referência, narrativa. O mundo em que vivemos é muito plural e cada vez mais a gente vai ter que lidar (ainda bem) com essa questão. Não vai dar para impor padrões goela abaixo sem alarde, sem luta!
Eu desejo que meninas negras e indígenas possam sonhar com outros futuros e não só aqueles que estão socialmente dados para nós.
Se a gente não estimular que mais pessoas possam se apropriar das tecnologias e não apenas por um viés consumista, corremos o risco de aumentar as desigualdades, uma vez que as tecnologias são capazes de impactar muitas pessoas em grande escala. Ou seja, pessoas diferentes, com backgrounds diferentes pensando, criando, e moldando futuros possíveis onde caiba mais gente.
A gente traz um olhar diferente do que é o padrão. E isso é inovação também. Quando você consegue reunir olhares diferentes para pensar alguma coisa você provavelmente vai ter algo inovador.
A masculinidade não é um rótulo ou um interruptor de luz, acho que é uma jornada, e quando paramos essa jornada, estamos estragando tudo.
A proposta da imutabilidade é mais do que indecorosa: ela violenta um indivíduo. Ela propõe que continuemos a fazer o que foi feito no passado.
Aquele que não faz uso de todo o potencial de sua vida, de alguma maneira diminui o potencial de todos os demais. Se fôssemos todos mais corajosos e temêssemos menos a possibilidade de sermos perversos, este seria um mundo de menos interdições desnecessárias e de melhor qualidade.
O Ser torna-se livre, quando se desliga de religião, e das amarras que o prende ao sistema convencional, estabelecido pela sociedade.
Revidar um mal é uma grande tolice de nossa parte. É apenas uma reação instintiva e irreflexiva, que não tem mais espaço, na atual sociedade. Pois, a resposta deve ser consciente e reflexiva.
Hoje, a nuvem é a metáfora central da internet: um sistema global de grande potência e energia que ainda assim retém a aura do numenal e do numinoso, algo quase impossível de entender. Nós nos conectamos à nuvem; trabalhamos na nuvem; guardamos coisas na nuvem e recuperamos coisas dela; pensamos pela nuvem. Pagamos pela nuvem e só a notamos quando ela não funciona. É algo que vivenciamos o tempo todo sem entender de fato o que é e como funciona. Estamos nos treinando para depender da nuvem apenas a partir de uma noção nebulosa do que se confia a ela e o que se confia que ela vai fazer.
A onda que mais carrega o progresso dos últimos séculos tem sido a ideia central do próprio Iluminismo: que mais conhecimento - mais informação - conduz a melhores decisões.
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