Sobra Covardia e falta Coragem
Não é covardia, é amor próprio. Não é falta de coragem, é respeito por mim mesmo. Quem conhece a força da corrente não se arrisca em mar bravo. Não se lança ao oceano quem já se afogou no mesmo. Não se atira ao precipício quem já não tem mais asas. Não se lê um livro esperando algo surpreendente, quem já o leu uma vez. O amor engana os tolos, aos desavisados, mas não aos feridos por ele mesmo. Ando numa fase de minha vida que prefiro acreditar desacreditando. Sonhar com o pé na realidade. Não espero mais nada, nem almejo grande coisa. Virei pedra, encosta de ilha, apenas observo as ondas que em mim se quebram.
Ricardo F
Não há defeito maior em um ser humano do que a covardia. Entende-se por covardia a falta de coragem de admitir uma verdade... Covarde é todo aquele que usa o orgulho como escudo para defender-se de si mesmo e dos próprios sentimentos. É aquele que conquista o coração de uma pessoa sem ter a menor intenção de fazê-la feliz e para piorar ainda mais, a faz sofrer.
A coragem
é frequentemente falta de visão, enquanto a covardia, em muitos casos, se baseia em boa informação.
"Não é covardia... Ultimamente minha falta de coragem está sendo a dose de sorte pra algumas que insistem que eu reaja por suas falsidades e fofocas. Te ignorar não foi o bastante pra entender que tô fora e não quero beber desta dosagem do seu veneno? Traga sozinha."
—By Coelhinha
A falta de coragem faz do ser humano covarde em muitas situações , mas a maior covardia é deixar de viver um verdadeiro amor por medo de encarar a dor.
Classificação da mentira quanto a origem: MEDO, ESTUPIDEZ e AMOR. Medo: falta de coragem, covardia ... Estupidez: crueldade, irresponsabilidade... Amor: cuidado, medo de ferir... Talvez seja esta a única modalidade que contém um pouco de dignidade.
Covardia é ter um cérebro maravilhoso ao nosso dispor e ter a coragem de viver uma vida mediana na preguiça, sem nutrir esta poderosa “máquina”!
Amor é pra poucos, a maioria não tem coragem. O mundo tá cheio de pessoas rasas. Cuidado ao mergulhar de cabeça achando que é piscina, pode não passar de uma poça d'água.
NÃO FALTA ninguém no jardim. Não há ninguém:
somente o inverno verde e negro, o dia
desvelado como uma aparição,
fantasma branco, de fria vestimenta,
pelas escadas dum castelo. É hora
de não chegar ninguém, apenas caem
as gotas que vão espalhando o rocio
nestes ramos desnudos pelo inverno
e eu e tu nesta zona solitária,
invencíveis, sozinhos, esperando
que ninguém chegue, não, que ninguém venha
com sorriso ou medalha ou predisposto
a propor-nos nada.
Esta é a hora
das folhas caídas, trituradas
sobre a terra, quando
de ser e de não ser voltam ao fundo
despojando-se de ouro e de verdura
até que são raízes outra vez
e outra vez mais, destruindo-se e nascendo,
sobem para saber a primavera.
Ó coração perdido
em mim, em minha própria investidura,
generosa transição te povoa!
Eu não sou o culpado
de ter fugido ou de ter acudido:
não me pôde gastar a desventura!
A própria sorte pode ser amarga
à força de beijá-la cada dia
e não tem caminho para livrar-se
do sol senão a morte.
Que posso fazer se me escolheu a estrela
para ser um relâmpago, e se o espinho
me conduziu à dor de alguns que são muitos?
O que fazer se cada movimento
de minha mão me aproximou da rosa?
Devo pedir perdão por este inverno,
o mais distante, o mais inalcançável
para aquele homem que buscava o frio
sem que ninguém sofresse por sua sorte?
E se entre estes caminhos
– França distante, números de névoa –
volto ao recinto da minha própria vida
– um jardim só, uma comuna pobre –
e de repente um dia igual a todos
descendo as escadas que não existem
vestido de pureza irresistível,
e existe o olor de solidão aguda,
de umidade, de água, de nascer de novo:
que faço se respiro sem ninguém,
por que devo sentir-me malferido?