Só sei dizer que te Amo
Borrões do destino
Há dias em que eu sei tudo o que passa em mim.
Sei dizer sim.
Tudo é tão claro.
Minha mente é de uma lucidez tão lúcida que me fascina.
Há dias que tudo não passa de um enorme borrão.
Vivo a mais completa alucinação.
Sou apenas uma voz inaudita.
Presença maldita no meio da multidão.
Aos poucos viro pó.
E sigo, no meio da multidão, aos atropelos...
Completamente só.
Caminhos frios, decadentes, turvos.
Viro a esquina.
Do pó ressurjo.
Qual Fênix... me refaço de passo em passo.
Aos borrões do destino não me curvo.
Então eu sou só eu...
me segura se não vou ter um troço...
me esforço
mas já não posso
o que era nosso
não continua nosso?
Me segura...
vou ter um troço
pelo menos isso eu posso?
Insegura...
Só
Solidão...
Vazio... sem sentido,
não ser querido,
só e só meio coração.
Solidão...
só desesperança...
Janela aberta
quem espera sempre alcança?
Solidão...
só sem companhia
perdido na multidão.
Solidão...
calma.... respira e se acalma
na multidão
há um
que preencherá o vazio da sua alma.
Quem busca... encontra
identificação
e a sensação de estar completo o coração...
Só quem busca
deixa de ser só...
Somente só:
Você descobre a escuridão
Você descobre a desilusão
Você descobre a solidão
Você descobre. Que tem um coração!
Autor: Nelson Martins
Quem na vida sobe mais, só um pouquinho que seja, por tendências naturais ganha espias e fiscais ao serviço da inveja
A pensar eu me concentro...
E este mundo só melhora
se todos forem por dentro
como mostram ser por fora.
O que eu quero hoje ?
Ah Deus, hoje eu só quero teagradecer por me sustentar em dias difíceis. Obrigado Deus por tanto amor, mesmo sem merecer.
Resposta
Faça só então, seja a senhora do teu destino, e entenda-se de tal forma que se permita errar mesmo sabendo da dor, permita-se pular mesmo sabendo da queda, permite-se viver mesmo sabendo da morte!
Seja a senhora do teu destino, mas não te esqueça que sem partilha não estará trilhando o destino, talvez um roteiro.
Seja a Senhora do teu destino e não esqueça que com todo entendimento de si para o mundo isso ainda será pouco.
Seja a Senhora do teu destino é não esqueça de partilha-se perante quem ou aquilo que acha "certo".
Seja a Senhora do seu destino, e eu torço que um dia o seu, encontre com o meu para que assim tudo isso possa fazer um pouco mais de sentido ou fazer sentir.
Na vida não existe meio-termo, ou você se dedica 100% ou abdica do exercício, do contrário, provavelmente, não daria certo.
O vento soprara aquelas ondas
O mar refletia em luz
Um ar gelado soprava de lá
Era infinito o seu movimento
E aquela estrela, ah! Aquela estrela
NUMA SÓ PERCEPÇÃO
Da poética, no divino lirismo, com certeza
Terá olhares, os suspiros, em todos saberes
Que habitam o coração, com seus quereres
Tão cheios de cores, amores e suave beleza
Do fundo do soneto, surgira de uma pureza
D’alma, as juras, sorrisos, e ternos prazeres
Em altruístas versos de generosos haveres
De quem é gracioso pra sensível gentileza
Palavras providas daquele agrado imenso
Com muito da sensação, tal arte barroca
Cheia de excesso e de compasso intenso
Quão bom o ledor tivesse, assim, a noção
Nas entrelinhas da poesia, lidas pela boca
Ter o poeta e a criação numa só percepção!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
11 setembro, 2022, 12’07” – Araguari, MG
NÃO FOI SÓ O QUE EU QUIS
Não foi só ilusão que eu quis. Só estar
Para na imaginação ter sensação divina
De um amor que faz a emoção palpitar
De um coração tão cheio de adrenalina
Não foi a sedução que eu quis. Só amar
Ter um olhar no sentimento, na rotina
Que valha e que assoalha, afável achar
Na felicidade que a sina, então, destina
Não foi só um capricho, pois, quis mais
Numa ânsia de uma poética emocional
Tão completa de desvario e de paixão
Apenas ter por ter nas faltas são iguais
Não foi só haver que eu quis, quis aval
Descalçando-me do eirado da solidão...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
27 setembro, 2022, 15’26” – Araguari, MG
UM SÓ SONETO
Somente um soneto cru, precário
Poetizando a sensação repartida
Tão singular, vazio, tão deficitário
E, aceita calmamente a dor doída
Qual a um verso em um relicário
Intocável, inerte, exilado da vida
Ferido em espinho, sem itinerário
Sangrando aquela paixão partida
Somente um só soneto bem podia
Nas estrofes o sentido arrebatado
Embalado com poética na poesia
Fazendo palpitar o canto, cantado
Dando asas a ilusão, e que voaria
Nas rimas do coração apaixonado.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
11 março, 2024, 20’04” – Araguari, MG
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