Sinto o Vento na Janela
Somos linhas soltas, jogadas ao vento pela vida em decorrência do tempo.
Somos linhas capazes de tecer a cortina da vida, somos elas, as capazes de escolher o próprio destino.
TÉDIO (soneto)
Sobre minh’alma, no cerrado ao relento
Cai tal folhas ao vento, dum dia outonal
Um silêncio mortal, dum vil argumento
Tão brutal, o aborrecimento, tão fatal!
Oh solidão! Tu que poeta no momento
Abandono, no mundo, a mim desigual
Me dando ao pensamento o lamento
Num letargo sentimento descomunal.
Só, sem sonho, sem um simples olhar
Deixar de sonhar, como então fazê-lo?
Se é um aniquilamento assim estar...
Deixar o enfado num desejo em tê-lo
O que não vejo! Porém, estou a ficar.
Ah! Dá-me a aura da ventura em zelo.
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Agosto, 23 de 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Dessa vida só levaremos o amor,por isto sempre trago seu perfume nas mãos,e deixo o vento ir falando de mim pelo caminho.
Canção
Não te cies do fado, nem do meu olhar
que o vento nos puxa pela alma sedenta
que as estrelas no céu se põem a poetar...
E nosso desejo se faz eternidade juventa.
Apressa-te, amor, que o tempo é de amar
que amanhã não importa, te quero agora!
Não demora tão longe, não me deixe estar
sozinho, num nácar de silêncio, janela a fora
o pensamento, se fores sonho, quero sonhar!
Seja já! Mesmo que a estória fale de outrora
o coração traça rotas que nunca pude tatear.
Apressa-te, amor, dispa está solidão, és abrigo
pegue na mão, me abrace, e assim vamos estar.
Se não te disse, com os meus versos te digo:
Como foi bom poder te encontrar!… e ficar!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
05/04/2019
São Paulo
(um mês)
Penso-te.....
Dentro do meu olhar fitando o teu,tal como um livro desfolhando ao sabor do vento, á sua mercê,ao sentir o que poderás sentir,ao som do silêncio escutando simplesmente esse teu doce foco,desses olhos milagrosos,desse sorriso único que só tu sabes transmitir de um carinho e tenro pestanejar que nasceu contigo.
Porque este vento não me leva até ti,e me não me deixa perder-me,nessa mulher que és tu.
Aqui saboreio esse teu olhar,palavras que o simples sentir de esta aragem as faz soltar,as faz soletrar,as faz movimentar e juntar deixando-te este texto único,que só esse teu olhar me decifra este meu pensar-te........(Adonis silva)10-2019)®
AMANHECER (soneto)
O sol do cerrado, hoje nasceu no cantinho
da página do horizonte, e o vento friorento
opaco, a chiar na fresta, com olhar sedento
abraçando o dia e, brindado com remoinho
E no cantinho da pauta do céu, momento
dum novo alvorecer, engrunhado, mansinho
encimando o inverno no sertão torvelinho
num ritmo trêmulo, mas cheio de elemento
E o coração na janela d'alma observando
suspenso nos pensamentos, devaneando
enquanto o tempo tingia o olhar de magia
Neste amanhecer da vida de sol brando
que nasce ali no cantinho, dia formando
meus sonhos vão sonhando em romaria...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
2017, junho – Cerrado goiano
Outra Vez
Outra vez, eu tive que me ausentar
Os sonhos foram levados ao vento
E agora não adianta mais chorar
Os pensamentos estão ao relento
Se buscar bem no fundo do meu olhar
Verás gotas de desalento e sofrimento
São estações que continuam a passar
E eu um passageiro neste seguimento
Outra vez, eu tive que me calar
Neste silêncio de isolamento
Ali pode minha alma poetar
E a poesia me trazer total alento
Mas talvez ninguém possa entender
O que para muitos é pouco fundamento
Quando se ama para valer, faz viver
E só vive quem tem amor no sentimento
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
fevereiro de 2016 – Cerrado goiano
Cerrado goiano
Canta o vento na folha seca
Dos galhos ásperos e tortuosos
A flora chora por uma trégua
Craquelado em uivos dolorosos
É o arqueado doce seco cerrado
De campos densos e preciosos
Chão goiano irregular e sulcado
Povo alado, de serena alma a trovar
Este cerrado abarroado, elevado
Que o desencanto encanta o poetar
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
09/03/2016, 18'50" – Cerrado goiano
MiniConto
Em si bemol menor, o vento soprava na sala, a Sonata número 2. O piano deserto num canto.
Sand, aluada, pálida e sentimental , o olhava com saudades.
Queria muito que essa tristeza passasse...
Igual o vento forte antes da chuva...
Mas passou por mim um vendaval..
Que deixou marcas..marcas profundas...
Daquelas que ninguém nunca vai sentir saudade...
Vento que venta
e leva meu juízo.
Vento que arrepia,
e esfria meu coração.
Vento que sopra
e consegue carregar meus sonhos.
Vento bravo
porque não perdoa.
Vento gelado
porque me persegue?
Vento á toa,
que vaga por onde perambulo.
Vento perene,
me leva daqui.
"Nem todo dia é igual
nem todo golpe é fatal,
siga como o vento, sem
temer o temporal..."
(JOTA'FS - Eu não sou daqui...)
A vida é como um vento...
Basta só segui-la como a corrente do ar. Pois o vento sopra constantemente.
Serenidade...
Exactamente onde estamos
O vento amainou
A chuva só atrapalha
Pergunto-me há quantos anos estarei aqui?
Quantos sonhos ficaram por sonhar?
Quantos?
Qual o dia que não vou vou aparecer mais entre vós
Qual o dia que vão todos sentir a minha falta
Tudo faz parte de um questionário
Tudo faz parte de um viver
Tudo e real
Aquela oportunidade
Passou..
Deixei fugir....
Apenas leio o meu pensamento
Serenamente
Assim o suficiente não é estimulante
Apenas uma historia que passou pela terra
Mas.....marquei a diferença.....Eu
(Adonis Silva)11-2019)
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp