Sinto falta do meu Passado
Vida verde.
Quero ver no meu jardim em flores,
borboletas com sua cores,
numa manhã de primavera,
a despertar amores.
Vê a mente a viajar,
num passeio ao passado,
sem sair deste lugar,
sem perder seu floreado.
Hó! vida verde em formosura,
um instante em seu regaço,
em um lacônico segundo,
esqueci minhas agruras.
Autor: Cícero Marcos
Silente Jeito de amar.
Há! este amor calado em meu peito,
que em silêncio achou um jeito de lhe falar.
Deveras, o amor não tem defeitos,
na cumplicidade dos olhos silentes,
se fez revelar.
O amor não se explica,
complicado fica,
quem tenta explicar.
É uma ardência no peito,
um sorriso sem jeito,
ao tentar se expressar.
É assim que te amo,
e ao passar-se os anos,
assim vou te amar.
Autor Cícero Marcos
Multiplicando cajado
Seu chamado ecoou, no íntimo do meu coração.
E sobre a minha cabeça senti, o óleo fresco da unção.
Aprendi a sorrir, na alegria ou na dor.
Levando sempre a palavra, no meu alforge de pastor.
Ao sedentos com água viva, pude a sede saciar.
E pra não seguir sozinha, outros filhos, fiz gerar.
Que ainda se mantém, na jornada e labor.
Me ensinando que faz bem, trabalhar pro meu Senhor.
Resignada ao meu chamado,sigo firme o caminhar.
Multiplicando o meu cajado, vejo filhos a trabalhar.
Autor: Cicero Marcos
Às vezes penso que tenho sentimentos exclusivos, algo totalmente meu, mas que não é totalmente verdade.
Penso que eu sou a única pessoa capaz de ter noção plena das adversidades humanas ao meu redor, ou que sou a única que consiga me ver realmente no lugar do próximo.
Imagino que às vezes eu seja um anjo lobotomizado, ou alguém que foi criada pra ser totalmente consciente de si e dos outros, mas nunca me senti eu mesma, sendo fruto de um experimento maluco, ou um anjo, onde estão minhas asas e meus exames?
Sabe, é estranho ser você mesmo mas ao mesmo tempo não se reconhecer na frente do espelho, encharcada de emoções que explodem como uma bomba poderosa, não sei se isso seria uma vantagem só minha, ou talvez seja fruto de uma mente deturpada ao longo de anos de caos.
Talvez eu esteja louca, talvez eu seja um anjo ou um experimento maluco, sendo alguma dessas alternativas, não doeria mais do que não ser eu mesma.
Até mesmo o caos precisa de seus momentos de calmaria,meu momento de paz, momento de transcender, de elevar meu processo criativo.
Quem vê pensa que minha vida é meu trabalho, mas na realidade minha vida é realizar sonhos, meus sonhos custam caros!
Super star...
Vou escrever lá no céu
A própria luz do luar,
Seu nome junto ao meu
No universo estrelar.
Por mais que me bate a saudade
Quando estiver distante, soa-me
O tanger do sino, quando passo,
Sempre errante.
Então olho para o céu ao universo
Estrelar, procuro seu nome e o meu,
Escrito a luz do luar, e então a vejo
Sorrindo nas estrelas a brilhar.
Poesia Natalina..
Pai nosso que estás no céu
Encontro em ti meu refugio
Venha a nós a tua gloria
Na paz de Cristo Jesus
Envia teus anjos—Senhor
Atenda a esse clamor
Sara esta terra ferida!
Como uma colmeia gigante
De abelhas que pairam voantes
A procura de um novo jardim
Para seu mel extrair,
Assim somos nós,oh Senhor !
As abelhas que servem a ti;
O mel extraído das flores
São tuas doces palavras,
Que jorram da seiva da vida
Como a água da fonte escorrida
Ao caule que é nossa alma.
Tu és o Senhor na terra,
No céu, e em todo o universo,
Oremos a ti Senhor
Na Santíssima Trindade,
Em nome do Pai, do filho,
Do Espirito Santo também
Que neste Natal todos oram,
E todos digam; Amém.
Por um beijo Seu....
Meu coração funciona como
Um despertador, todas as vezes
Que me aproximo de ti ele dispara,
E só se acalma após um beijo seu.
Ao sentir o teu corpo perto do meu
Senti calor.
Olhei nos teus olhos,
Ganhei confiança
Nessa noite serena me apaixonei…
(...)
Parte da poesia "Onde está o teu corpo".
Nota 1
A música dança na mente
Feito fumaça a brisar
O consciente.
Nota 2
A música em meu ser
Na maresia, penetrou
Profundamente em minha
Memória,
Feito fumaça entorpecente
Brincou com o meu subconsciente.
Nota 3
A música entrelaçou em minha mente
Confundindo o meu subconsciente.
Fechei os meus olhos na maresia:
- E deixei a brisa
Me levar.
Lasso
Deixei que o vento
Entre em meu corpo
Como a primavera.
Florescendo o meu amor,
Entrei no infinito
Penetrando
Profundamente no gozo
Entrelaçando nas estrelas
O nosso corpo
Como um laço,
Lasso.
Soneto jocoso
Pondero a emudecida formosura
De Fília, sem temer que impertinente
Possa, no meu soneto, meter dente,
Pois carece de toda a dentadura.
Se, por cobrir a falta, esta escultura
Tão muda está que não parece gente,
Estátua de jardim será somente,
Se de pano de raz não for figura.
O Senhor Secretário quer que a creia
Bela sem dentes; eu lho não concedo:
Desdentada é pior do que ser feia,
E em silêncio só pode causar medo,
Ser relógio do sol para uma aldeia,
Para um povo estafermo do segredo.
O impossível
O impossível
O meu coração
Não vai derreter
Como gelo,
Você não vai
Embora no outono
Espere ao menos
As minhas flores
Que tenho para
Lhe dar.
Se estivermos
Juntos não
Morreremos
No inverno.
Nos dois juntos
Se refrescando
No gelo
Em um verão
sem fim.
Quando alguém falares mal de minha pessoa, não precisas trazer tal fato ao meu conhecimento, deixe-o em seu êxtase particular.
Oh solidão, não podia ser pior.
Distingo-me em um tédio. Desaba tudo ao meu redor.
Raras estrelas ao meu céu. Esporadicamente algumas brilham, afinal, já estão mortas em um leito cruel.
Oh mágoas, por que persiste se meu amor já não existe?
Foi-se o meu fulgor. Foi-se meu gosto.
A única coisa que brilha são as lágrimas rolando nas maçãs do meu rosto.
Estou acordada esperando meu amor ligar. Nada até agora, acho que vou deitar. Não sei se é amor, não sei se é carência, só sei que meu coração entrará em uma falência.
Tempo perdido que não volta mais.
Aqui sozinha no meu quarto e ninguém mais.
O clima lá fora está frio.
Névoas a esvoaçar, mas não me importo com a neblina já que é assim a me agradar.
Apesar da algidez do dia ouço cachorro latindo, crianças gracejando, gangorra da praça a ranger.
E eu aqui pensando o que poderia ser melhor sem meu aparecer.
